Direitos humanos e viol - PowerPoint PPT Presentation

About This Presentation
Title:

Direitos humanos e viol

Description:

Direitos humanos e viol ncia Prof. Marconi Pequeno Os problemas ligados viol ncia s o numerosos, complexos e de natureza distinta Viol ncia Sociologia: causas ... – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:107
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 45
Provided by: ic7
Category:

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: Direitos humanos e viol


1
Direitos humanos e violência
Prof. Marconi Pequeno
2
Os problemas ligados à violência são numerosos,
complexos e de natureza distinta
3
Violência
  • Sociologia causas e efeitos da violência urbana.
  • Antropologia ritos e manifestações da violência
    em diversas comunidades
  • Psicologia a violência como manifestação inata
    de instintos primitivos
  • Direito legitimidade do seu emprego e sua
    justificação racional.

4
A violência está ainda enredada em problemas
conceituais referentes à distinção entre
Poder X Coação
Vontade consciente X pulsão
Determinismo X Liberdade
5
A violência é um fenômeno
  • Multicausal
  • Pluridimensional
  • Multifacetado
  • Intransparente

6
O que é a violência?
Toda ação cometida ou omitida que implique a
morte de uma ou mais pessoas ou que lhes inflige,
de maneira intencional ou não, sofrimento, lesões
físicas, psíquicas ou morais contra a sua
vontade ou com o concurso da mesma
7
Convém, todavia, indagar
  • Por que agimos de forma violenta?
  • Por que somos, em princípio, contra a violência
    e, em certas ocasiões, a praticamos?
  • Em que situações a violência pode ser praticada?
  • Podem existir uma fundamentação racional e uma
    justificação moral da violência?

8
  • Por que morrer e matar de raiva, de fome e de
    sede são tantas vezes gestos naturais ?

Caetano Veloso
9
A violência envolve
  • Ações
  • Pessoas
  • Situações

10
Violência conotação pejorativa
  • Horroriza
  • Constrange
  • Envergonha
  • Inquieta
  • Aterroriza
  • Revolta

11
A violência e a questão da moralidade
A violência pode ser considerada como um ato
moralmente negativo, mas nem todo ato moralmente
negativo se caracteriza como violento
12
Violência e poder
  • O poder da violência nem sempre se traduz em
    violência do poder

Existem formas de poder que são exercidas de
maneira não violenta
13
O caráter positivo da violência
Levantes revolucionários
Guerras de libertação
Ação catalítica
14
Violência
Caráter plurifacetado
Complexidade
15
É comum se pensar a violência apenas em seus
aspectos físicos
Homicídios
Torturas
Lesões corporais
Agressões
Sofrimento
Roubos
Maus tratos
Mutilações
ferimentos
Mortes
16
O problema social da violência
  • Fragmentação do espaço urbano
  • Degradação da vida nas grandes cidades
  • Miséria econômica
  • Marginalização social
  • Desemprego

17
  • Acesso desigual à terra
  • Concentração fundiária
  • Estruturas arcaicas de poder
  • Violação dos direitos civis dos trabalhadores
    rurais
  • Milícias armadas por latifundiários
  • Precarização das relações de trabalho

18
Os fatores sócio econômicos são quase sempre
necessários para explicar certos tipos de
violência, mas não são suficientes para elucidar
a sua origem onto-axiológica
19
A desigualdade social é um fator predisponente e,
em alguns casos, condicionante da violência, mas
tudo depende do contexto, das relações
intersubjetivas, dos fatores psicossociais, da
estatura moral dos indivíduos, ou seja, o
problema envolve dimensões existenciais complexas
20
Nosso modo de compreender e definir a violência
depende
  • Valores sociais
  • Regras culturais
  • Ordenamentos normativos
  • Circunstâncias históricas

21
O surgimento e o recrudescimento da violência
depende do modo como a ela reagimos
22
A questão é
Por que somos tão instáveis em nossas formas de
compreensão e em nossas atitudes de reprovação da
violência?
23
A violência simbólica/difusa
  • Violência da neutralidade
  • Violência da calma
  • Violência da indiferença
  • Violência do silêncio
  • Violência da covardia
  • Violência do egoísmo

24
Deve-se evitar
  • A naturalização do fenômeno da violência

25
A violência não é diretamente proporcional ao
acirramento da luta pela sobrevivência
Existem muitos atos violentos destituídos de
interesse de sobrevivência
A violência simples instinto de agressão
26
Agressividade
Instinto de combate
Todavia, no homem o instinto de combate
ultrapassa o interesse de sobrevivência da espécie
27
Os sistemas de controle (direito, moral,
religião) e os ritos de inibição (esportes,
artes) da agressividade não conseguem suprimir os
impulsos hostis e destrutivos dos homens
Hobbes Homo homini lupus
28
Fatores desencadeadores da violência
  • Perda de referenciais éticos
  • Individualismo anárquico
  • Segregação social
  • Cultura do medo
  • Exacerbação dos conflitos
  • Enfraquecimento dos laços de sociabilidade

29
  • Desapego aos princípios de justiça
  • Corrupção e apologia da criminalidade
  • Discriminação a grupos e minorias
  • Herança histórica do autoritarismo
  • Relações sociais baseadas no mandonismo
  • Hierarquização e desigualdades sócio-econômicas
  • Anomia

30
A adoção de penas draconianas, a ameaça da pena
de morte ou a redução do limite etário de
imputabilidade também não são suficientes para
arrefecer a marcha crescente da violência
enquanto fenômeno de sociedade
31
Cultura da violência
  • Violência da cultura

32
Banalização da violência
  • Coisificação (reificação) do homem
  • Desumanização dos indivíduos
  • Perseguição/aniquilamento
  • Exclusão/marginalização
  • Eliminação de toda qualidade humana superior

33
Violência o que justifica a sua emergência?
  • A impotência da razão (crise da racionalidade) ?
  • A fraqueza da vontade (moral hedonista)?
  • O modelo de civilização?
  • O determinismo biológico?
  • A nossa insensibilidade aos fenômenos extremos?

34
Como conter a marchar irrefreável da violência?
  • Fortalecendo uma educação em direitos humanos?
  • Por intermédio de campanhas conscientizadoras?
  • Com o combate ostensivo ao crime organizado?
  • Instituindo uma cultura da paz?

35
A questão é
Como encontrar respostas ou saídas para o insano,
a brutalidade, a selvageria?
O espanto e a perplexidade são as únicas armas
que nos restam diante da tragédia, do atroz, do
mal radical?
36
Todo monumento de cultura é também monumento de
barbárie
Walter Benjamin
37
A violência e a questão do mal
O que é o mal?
Qual a sua origem ?
Por que o praticamos?
38
O mal é uma perversão da razão ou é produto da
fraqueza da vontade?

Em face de tantos genocídios, limpeza étnica,
massacre de populações civis, tribalismos e
intolerância, como acreditar no progresso moral
da humanidade?
39
O mal é uma entidade metafísica, um fato natural
ou é produto da decisão humana ?
  • Intelectualismo moral socrático ? ninguém pratica
    o mal deliberadamente (o mal está ligado à
    ignorância.
  • Kant ? mal radical ? liberdade ? autonomia da
    vontade ? decisão consciente.

40
  • O problema da radicalidade é substituído hoje
    pelo da banalidade do mal

(Hannah Arendt)
O mal não é obra de uma força demoníaca ou
de um gênio maligno
O mal pode originar-se de cidadãos
comuns, sujeitos normais, pessoas honestas
e responsáveis.
41
Arendt denuncia a normalidade de seus autores.
Homens ordinários que se transformam em
assassinos cruéis. A ameaça aterradora de
indivíduos comuns que se transmutam em diabos com
formas humanas
42
Mal ordinário
  • Como entender e justificar as numerosas zonas
    sombrias que habitam nosso comportamento ?
  • Como compreender o problema da existência do
    mal em um mundo governado por um Deus bom ?

43
Como aceitar aquilo que não pode ser justificado?
O mal desafia o pensamento porque elimina a
medida do humano
Como instituir uma cultuar da paz num mundo onde
os fenômenos extremos são sempre possíveis?
44
Os gregos já vaticinavam
  • A história transformou o trágico não em destino,
    mas em terror
  • Muitas coisas são inquietantes, mas nada é mais
    inquietante do que o homem
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com