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CURSO DE RELA

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Title: CURSO DE RELA


1
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
Campus de Marília
  • CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

COMÉRCIO INTERNACIONAL 4º ANO 2011 Prof. Luís
Antonio Paulino
2
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
"JÚLIO DE MESQUITA FILHO"
Campus de Marília
  • CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS

Aula 2 Internacionalização modelos e dimensões
teóricas
3
Tópicos
  1. Evolução do campo teórico
  2. A internacionalização da produção
  3. A natureza das multinacionais
  4. Abordagens teóricas

4
Evolução do campo teórico de NI e GI
  • Predomino de estudos focados em IDE e EMNs.
  • Insuficiência dos paradigmas construídos.
  • Duas correntes de estudo
  • Adicionar a dimensão internacional aos estudos
    de negócios domésticos.
  • Tratar das consequências econômicas nos países
    de origem e destino.

5
Evolução do campo teórico de NI e GI
  • Três âmbitos específicos
  • problemas que as empresas enfrentam nas
    conduções de trocas
  • problemas que gerentes enfrentam para controlar
    uma rede
  • internacional
  • práticas de negócios no exterior
  • Três tópicos principais
  • Explicação dos fluxos de IDE (pós-II Guerra)
  • Existência, estratégia e organização das EMNs
    (1970-1990)
  • Desenvolvimento da internacionalização da firma
    (1980-2000)
  • A fase atual caracteriza-se pela ausência de uma
    grande questão empírica
  • F A
  • Gestão do conhecimento
  • Conceito de globalização
  • Papel das ONGs

6
Evolução do campo teórico de NI e GI
  • Três paradigmas
  • Extensão
  • Considera negócios internacionais como extensão
    da atividade da firma através de fronteiras
    nacionais.
  • O foco é ajustamento e adaptação das atividades
    em virtude das diferenças entre os ambientes dos
    países de origem e destino das EMNs.
  • Enfatiza as limitações culturais dos negócios em
    outros ambientes (cultura, econômico, legal e
    político)
  • A firma é o objeto de análise
  • As questão que orienta a pesquisa são as da
    firma doméstica, como finanças e marketing

7
Evolução do campo teórico de NI e GI
  • Três paradigmas
  • Gestão transfronteiras
  • Está centrado nos problemas causados pelos
    movimentos de produtos e capitais através de
    fronteiras nacionais e pela necessidade de
    monitorar, coordenar e integrar operações e
    atividades existentes em mais de um país.
  • Apresenta negócios internacionais com distintos
    de negócios nacionais
  • Aborda o desafio das enfrentado pelas
    organizações quando operam em diversos países ao
    mesmo tempo.
  • Sugere que a firma como unidade central de
    análise deve ser substituída por uma visão
    hierárquica, com múltiplos níveis de análise.
  • O fundamental é alterar o foco da investigação
    da firma para os processos de negócios.

8
Evolução do campo teórico de NI e GI
  • Três paradigmas
  • Interação emergente
  • NI é apresentado como um processo hierárquico,
    com múltiplos níveis de análise, resultante da
    interação de dois ou mais processos de negócios
    de múltiplos e que estão socialmente enraizados.
  • Segundo essa abordagem tanto a disciplina da
    economia quanto a antropologia, história,
    economia política e sociologia podem contribuir
    para a compreensão do fenômeno dos negócios
    internacionais e também dos processos nacionais
    de negócios.
  • Implicações
  • intensifica a natureza multidisciplinar de NI
  • refuta a visão econômica de negócios separados
    da sociedade
  • modifica a relação de NI com outros campos de
    multidisciplinar para interdisciplinar
  • envolve múltiplos níveis de análise
    (suprasocietal, societal, indústrias, firmas,
    grupos, indivíduos)

9
Abordagens Teóricas
  • Internacionalização da produção pode ocorrer por
    meio de
  • Comércio internacional
  • Investimento Externo Direto
  • Relação contratual
  • Deslocamento pessoal dos consumidores e
    produtores (pessoa natural).

Internalização da produção
Externalização da produção
10
Internacionalização da produção
11
A natureza das multinacionais
  • Definição empresas oligopolísticas cuja
    propriedade, administração, produção e atividade
    de comercialização se estendem por várias
    jurisdições nacionais.
  • Objetivo principal garantir a produção ao menor
    custo de bens destinados aos mercados
    locais/mundiais, baseando-se na existência de
    alguma vantagem competitiva com relação às
    empresas locais.

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A natureza das multinacionais
  • Outros objetivos
  • Preempção de mercados
  • Acesso a mercados em expansão e relativamente
    fechados
  • Acesso a fontes de matérias-primas estratégicas
    (petróleo, minérios)
  • Acesso a novas tecnologias
  • Explorar economias de escala/escopo

13
A natureza das multinacionais
  1. Estratégia de localização aquisição dos locais
    mais eficientes para suas instalações produtivas
    ou mediante concessões tributárias dos países
    hospedeiros.
  2. Financiamento Investimento Direto Estrangeiro
    (IDE) e/ou financiamento do país hospedeiro.

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A natureza das multinacionais
  • Variáveis que afetam as opções de localização
    (positiva ou negativamente)
  • Recursos específicos do país
  • Qualidade e preço dos insumos
  • Qualidade das infra-estruturas e externalidades
    (PD, etc.)
  • Custos de transporte e de comunicação
  • Distância psicológica (língua, cultura, etc.)
  • Política comercial (barreiras tarifárias e
    não-tarifárias, contingenciamento)
  • Ameaças protecionistas
  • Política industrial, tecnológica, social
  • Subvenções e incentivos para atrair as companhias

15
A natureza das multinacionais
  • Tipos mais comuns de IDE
  • Investimentos industriais
  • Investimentos nas indústrias extrativas
  • Investimentos no setor de serviços
  • Fatores de expansão
  • Compressão do tempo e do espaço em razão dos
    aperfeiçoamentos nos transportes e comunicações.
  • Políticas governamentais favoráveis às
    multinacionais e ambiente internacional propício.

16
A natureza das multinacionais
Fonte LAltas Le Monde Diplomatique (2006)
17
A natureza das multinacionais
Fonte LAltas Le Monde Diplomatique (2006)
18
Abordagens Teóricas
  • Abordagem econômica
  • enfoca a organização da produção, do investimento
    e comércio internacional
  • se concentra em agregados macroeconômicos,
    organização industrial e fenômenos
    microeconômicos considerados altamente objetivos
  • Abordagem organizacional
  • enfoca o comportamento organizacional dentro da
    firma para enfrentar o mercado internacional.
  • o comportamento organizacional e o tomador de
    decisão constituem o enfoque de uma teoria que
    lida com variáveis mais subjetivas

19
Abordagens Teóricas
  • Há um crescente esforço de integração entre as
    duas visões
  • a abordagem do comportamento organizacional
    desenvolve-se com grande sucesso, mas carece de
    uma visão internacionalista.
  • A função do carteiro é entregar cartas, qualquer
    que seja a cor de seu uniforme
  • o teóricos das teorias econômicas de negócios
    internacionais percebem a importância de aspectos
    institucionais e culturais relacionados a
    práticas gerenciais/operativas para o sucesso do
    processo de internacionalização da empresa.

20
Abordagens econômicas
  • Teoria do Investimento em Portfólio (a visão
    neoclássica).
  • Teoria do Ciclo do Produto Raymond Vernon
    (1966, 1979).
  • Teoria do Poder de Mercado Stephen Hymer
    (1976).
  • Teoria da internalização Buckley Casson com
    base em Coase (1937) e Willianson (1975).
  • O quadro de referência eclético OLI de Dunning.

21
Teoria do Investimento de Portfólio
  • Movimentos internacionais de capitais são
    determinados pelos diferenciais de taxas de juros
    e rentabilidade.
  • Comércio internacional responde a diferenças nos
    preços relativos dos bens entre países.
  • Movimentos internacionais de fatores é
    determinado por diferenças absolutas nos preços
    dos fatores.

22
Teoria do Investimento de Portfólio
  • O capital que se movimenta o faz como resposta a
    diferenças absolutas nas taxas de juros ou de
    rentabilidade
  • Investimento internacional é função direta do
    diferencial de taxas de remuneração do capital
    entre os países.

23
Teoria do Ciclo do Produto
  • Investimentos horizontalmente integrados
  • produção do mesmo produto em diversos locais
  • Todo produto se desenvolve em três fases
  • fase de introdução
  • fase do desenvolvimento
  • fase madura, da padronização

24
Teoria do Ciclo do Produto
  • fase de introdução
  • produção tende a localizar-se nos países mais
    avançados industrialmente em razão do grande
    mercado interno (a demanda) e dos recursos
    devotados à inovação (oferta).
  • as empresas tendem a gozar de uma posição
    monopolística, decorrente da tecnologia que
    detêm.

25
Teoria do Ciclo do Produto
  • 2. fase de desenvolvimento
  • com o tempo, o crescimento dessa demanda, a
    difusão da tecnologia utilizada por competidores
    tornam factível e mesmo necessário produzir no
    exterior.
  • nessa segunda fase, os processos de manufatura
    continuam a ser aperfeiçoados, o locus da
    produção tende a deslocar-se para outros países
    industrializados.

26
Teoria do Ciclo do Produto
  • 3. fase de padronização
  • a padronização do processo industrial possibilita
    o deslocamento da produção para os países menos
    desenvolvidos, cuja vantagem comparativa é
    representada pelo menor custo da mão-de-obra.
  • Dessas plataformas de exportação o produto
    acabado ou os seus componentes são exportados pra
    os mercados mundiais.
  • Esse comércio intra-firma passou a ser uma
    característica importante da economia mundial
    contemporânea.

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Teoria do Ciclo do Produto
  • Aspectos importantes que a teoria do ciclo do
    produto ajuda a explicar
  • o peso das empresas multinacionais e da
    competição oligopolista.
  • O papel do desenvolvimento e da difusão da
    tecnologia industrial como fatores importantes do
    comércio e da localização global das atividades
    econômicas.
  • Integração do comércio e da produção no exterior
    na estratégia das empresas.

28
Teoria do Ciclo do Produto
  • Mudanças ocorridas que alteram o ciclo do
    produto
  • aceleração das taxas de inovação e difusão
    tecnológicas
  • aumento da importância competitiva da inovação
  • produção internacional tornou-se elemento
    importante das estratégias empresariais
  • combinação de produtos e técnicas de produção
    altamente padronizados com a existência de
    mão-de-obra relativamente barata fez com as novas
    economias em desenvolvimento (os chamados
    mercados emergentes) passassem a ser fonte
    significativa de produtos industriais e seus
    componentes.

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Teoria do Ciclo do Produto
  • Limitações da teoria do ciclo do produto levaram
    a um esforço para desenvolver uma teoria das
    multinacionais e do investimento direto externo
    direto mais ampla e abrangente a Teoria do Poder
    de Mercado
  • O trabalho pioneiro a tese de doutorado de
    Stephen Hymer no MIT em 1960 (publicada apenas em
    1976)

30
Teoria do Poder de Mercado
  • Fazer negócios no exterior implica outros
    custos para a firma além de simplesmente a
    exportação a partir das suas fábricas instaladas
    no país.
  • Por isso a firma precisa ter alguma vantagem
    compensatória específica, tal como o
    desenvolvimento da sua capacitação tecnológica ou
    gerencial ou economias de escala, que lhe
    permitam obter renda de monopólio com as
    operações no exterior.

31
Teoria do Poder de Mercado
  • Segundo Hymer, as empresas engajam-se em
    operações externas por três razões
  • Vantagens que as firmas do país receptor não têm
    (vantagem específica).
  • Antecipar-se à competição (investimento
    defensivo)
  • Reduzir riscos por meio da diversificação em
    termos de número de mercados em que a firma tem
    atividades (diversificação geográfica de risco)

32
Teoria do Poder de Mercado
  • Enquanto para a teoria do investimento em
    portfólio o investimento internacional é
    determinado pelo diferencial das taxas de
    retorno, para Hymer, a determinação teórica do
    investimento externo deve ser tratada não somente
    em termos de diferenças de atributos entre países
    (fatores de produção e, portanto, remuneração),
    mas também, e principalmente, das diferenças
    existentes entre as empresas dos diferentes
    países.
  • fatores locacionais (fatores produtivos)
  • fatores específicos à propriedade (tecnologia,
    escala, etc.)

33
Teoria do Poder de Mercado
  • A expansão da forma vertical de empresa
    multinacional implicam
  • internalização ou integração vertical das várias
    fases do negócio, para reduzir custos de
    transação.
  • produção e exploração do conhecimento técnico.
  • oportunidade de expandir-se no exterior
    viabilizada pela melhoria das comunicações e dos
    transportes.

34
Teoria do Poder de Mercado
  • O resultado da internacionalização do processo
    produtivo tem sido a rápida expansão do comércio
    intra-firma.

35
Teoria da Internalização
  • O limite de expansão da firma é quando os custos
    de estruturar mais uma transação dentro da firma
    se tornam iguais se tornam iguais ao custo de
    usar as trocas de mercado.
  • Se os custos de mercado são maiores do que o
    custo de organizar outra firma, a escolha para
    expansão da firma é organizar uma nova firma.

36
Teoria da Internalização
  • Um elemento importante da teoria é a questão da
    integração vertical e horizontal
  • A firma procura a integração vertical para vencer
    barreiras de entrada e evita incertezas de
    mercado, e esta é uma reação a preços
    não-competitivos.
  • Ela também procura a integração horizontal para
    usar economias de escala para gerar novos
    conhecimentos.

37
Teoria da Internalização
  • A firma (em oposição ao mercado)
  • ajuda a controlar os custos envolvidos no
    mecanismo de preços (preços de transferência).
  • diminui a incerteza dominante no sistema
    econômico.
  • permite a divisão do trabalho por meio da
    supervisão qualificada.
  • melhora os resultados da experimentação e da
    tentativa e erro.

38
Teoria da Internalização
  • A idéia fundamental dessa teoria é que a troca
    administrada pelo grupo (empresa) envolve custos
    de transação menores do que a troca de mercado,
    incrementando a eficiência do grupo.
  • Nessa teoria, o arranjo institucional adequado de
    cooperação entre as partes envolvidas na troca
    comercial/industrial é o da estrutura
    organizacional das multinacionais globalmente
    integradas na qual o controle é centralizado e
    hierárquico.

39
Teoria da Internalização
  • Vantagens decorrentes da internalização
  • Economia de transação na aquisição dos insumos
    (inclusive tecnologia)
  • Redução da incerteza
  • Maior proteção da tecnologia
  • Acesso à sinergias próprias das atividades
    independentes
  • Controle das iniciativas
  • Possibilidade de evitar ou explorar medidas
    governamentais (especialmente fiscais)
  • Possibilidade de praticar manipulação de preços
    de transferência, fixação de preços predatórios,
    etc.

40
O quadro de referência eclético de Dunning
  • O conceito de paradigma eclético foi desenvolvido
    na década de 1970 por John Dunning, que tinha por
    objetivo delinear uma explicação ampla para a
    teoria da produção internacional da firma, com o
    auxílio de diversos ramos da teoria econômica.

41
O quadro de referência eclético de Dunning
  • Basicamente, o paradigma eclético explica que a
    firma, quando decide iniciar uma produção
    internacional, deve possuir alguma vantagem
    diferencial sobre seus competidores.
  • De posse dessa vantagem, a firma ira internalizar
    a produção se perceber que essa é a melhor
    solução, em vez de ceder seus direitos a outras
    firmas.
  • Finalmente, deve haver um interesse econômico em
    localizar a produção em mercados estrangeiros, de
    modo a capturar os benefícios econômicos
    existentes em diferentes localidades.

42
O quadro de referência eclético de Dunning
  • Essas são as três colunas do paradigma eclético
    (OLI)
  • vantagem específica do proprietário
    (ownership-specific advantage O)
  • variáveis específicas de localização
    (location-specific variables L)
  • internalização (internalization I)

43
O quadro de referência eclético de Dunning
  • A idéia subjacente ao modelo OLI (ownership,
    localization, internalization) é que a decisão de
    produção no exterior exercida por um empresa tem
    sentido em função das economias de localização no
    exterior e das diferenças entre as empresas
    estrangeiras e domésticas, havidas antes do
    investimento.

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O quadro de referência eclético de Dunning
  • Variáveis que afetam as opções de localização
    (positiva ou negativamente)
  • Recursos específicos do país
  • Qualidade e preço dos insumos
  • Qualidade das infra-estruturas e externalidades
    (PD, etc.)
  • Custos de transporte e de comunicação
  • Distância psicológica (língua, cultura, etc.)
  • Política comercial (barreiras tarifárias e
    não-tarifárias, contingenciamento)
  • Ameaças protecionistas
  • Política industrial, tecnológica, social
  • Subvenções e incentivos para atrair as companhias

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Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • A escola de Uppsala preconiza que as empresas
    tendem a internacionalizar para países
    psiquicamente próximos ao seu país de origem e a
    adotar uma seqüência de estágios em que vão
    gradualmente aumentando gradualmente o
    comprometimento de recursos, isto é, o volume e a
    irreversibilidade no exterior.

46
Abordagem organizacional (a escola de Uppsala)
Fonte Hemais, 2004, V.I, p.84
47
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • Esse modelo enfatiza o aumento da
    internacionalização por meio da aquisição,
    integração e uso do conhecimento de mercados
    externos.
  • A firma internacional é uma organização
    caracterizada por processos baseados em
    aprendizagem e apresenta uma complexa e difusa
    estrutura quanto a recursos, competências e
    influências.

48
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • O limite de crescimento da firma está associado
    aos seus recursos humanos e à aquisição de
    conhecimento coletivo, que seria um processo
    evolutivo, conseqüência da experiência direta dos
    funcionários.
  • Uma das idéias centrais da teoria comportamental
    da firma ampliada para os estudos de
    internacionalização da firma, é a de que os
    gerentes evitam riscos e não tomam decisões
    arriscadas voluntariamente.

49
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • Quanto mais longe da matriz, maior é a incerteza.
  • Essa distância não se mede somente em
    quilômetros, mas também pelas diferenças
    culturais, econômicas, tecnológicas e
    educacionais entre os países de origem e os de
    operação.
  • Essa diferença é chamada de psíquica e quanto
    maior essa diferença, maior a incerteza.

50
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • O processo de internacionalização da firma se dá
    em duas etapas
  • A primeira ocorre por meio de operações no
    exterior iniciadas em países próximos a expansão
    da operação ocorre de forma gradual para regiões
    mais distantes.
  • A segunda define a entrada no mercado estrangeiro
    por meio de exportação, raramente começando o
    processo de internacionalização com a firma
    implantando unidades de venda no exterior ou
    subsidiárias. Em geral, o investimento em
    subsidiárias só ocorre depois de anos exportando
    para o mesmo local.

51
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • O pensamento da Escola de Uppsala evoluiu até
    chegar na questão de redes de relacionamento
    (networks), seja na esfera industrial ou no
    relacionamento existente entre firmas e mercados
    internacionais.

52
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • Há uma diferença entre o modelo tradicional e
    esse processo evolutivo de redes de
    relacionamento o padrão heterogêneo de
    oportunidade de entrada.
  • modelo tradicional padronização do modo e dos
    motivos de internacionalização das firmas.
  • modelo evolutivo a heterogeneidade motivaria a
    firma a escolher mercados e estratégias de
    entrada que poderiam ser diferentes do modelo
    tradicional, e os relacionamentos (pessoais ou de
    negócios) poderiam ser usados como pontes para
    entrada em outras networks.

53
Abordagem organizacional (a Escola de Uppsala)
  • Nesse modelo, o processo de internacionalização
    aceita múltiplos modos de entrada, com
    exportação, licenciamento, subsidiárias de
    vendas, subsidiárias de produção, instalação de
    fábricas, gestão de contratos e joint-venture.
    (heterarquia organizacional).
  • As multinacionais organizam suas atividades para
    influenciar atores políticos nos países
    estrangeiros (os legisladores, por exemplo),
    incorporando assim a gestão desses atores
    externos à network dos negócios.

54
Abordagem Cultural
  • Cultura é um mecanismo de diferenciação e
    integração.
  • O caráter multinacional das corporações cria uma
    complexidade cultural, ocasionando conflitos e
    confusões que fazem parte da interação entre
    indivíduos e grupos, e estes não possuem os mesmo
    códigos culturais.
  • A diversidade cultural também pode ser uma
    vantagem para a corporação.

55
Abordagem Cultural
  • A multinacionais possuem uma marca cultural, que
    se refere à sociedade de origem.
  • Quanto maior o poder econômico dessa sociedade,
    mais óbvia é a marca.
  • Corporações com sede em países menores são menos
    etnocêntricas, e o fluxo de integração cultural
    pode ser mais simétrico e recíproco.
  • Os dois modelos homogeneização e resistência
    cultural se interpenetram.
  • Um organização com cultura própria pode inspirar
    lealdade e tender à homogeneização das
    subsidiárias

56
Abordagem da Barganha
  • A área de Negociações Internacionais (que é uma
    sub-área das Relações Internacionais) dedica-se a
    estudar atividades de negócios que atravessam
    fronteiras nacionais e, por essa razão, se
    preocupa com as firmas que realizam esses
    negócios e com as regulações dos governos
    nacionais, bem como as regulações internacionais
    no âmbito de organizações supra-nacionais como a
    OMC
  • Em Negociações Internacionais a intervenção do
    governo deve ser a questão central e, portanto, a
    relação entre governos e firmas multinacionais.

57
Vantagens para o país hospedeiro
  • Acesso a tecnologias e técnicas de gerenciamento
    superiores
  • Aumento da produção local e geração de empregos
  • Demanda de insumos locais
  • Economias que possuem grandes mercados locais,
    um oferta abundante de mão-de-obra qualificada,
    boa infra-estrutura de comunicações e recursos
    naturais valiosos e abundantes (como petróleo,
    por exemplo) estão em melhor condição de
    barganhar e maximizar as concessões dos
    investidores estrangeiros do que aquelas cuja
    única vantagem comparativa é a existência de
    mão-de-obra barata.

58
Desvantagens para o país hospedeiro
  • Possibilidade de se beneficiar por possuir
    alguma vantagem diferencial sobre as empresas
    competidoras locais
  • Superioridade tecnológica, gerencial e de
    marketing
  • Acesso privilegiado a informações
  • Acesso privilegiado a determinados insumos sobre
    os quais tenha domínio na cadeia produtiva
    mundial
  • Acesso a maiores volumes de capital
  • Falta de interesse em transferir para as
    empresas locais conhecimentos e capacitação
    tecnológica.
  • Falta de interesse em localizar fora dos países
    de origem as atividades que exijam tecnologia e
    capacidade gerencial mais avançadas.

59
Vantagens para o país de origem
  • Aumento do lucro de matrizes, que podem ser
    utilizados para expandir o investimento doméstico
    em atividades que gerem alto valor agregado e
    sejam intensivas em tecnologia e capacidade
    gerencial.
  • Acesso a novas tecnologias.
  • Em uma economia globalizada, empresas
    multinacionais domésticas podem ser os únicos
    agentes capazes de sustentar a competição local e
    internacional na produção de bens de alto valor
    agregado e conteúdo tecnológico, tanto no
    mercado externo, quanto no mercado local.

60
Desvantagens para o país de origem
  • Capacidade de mover-se, dentro de certos
    limites, para locais onde o custo de produção
    lhes seja mais favorável, o que pode implicar em
    fechamento de fábricas e dispensa de
    trabalhadores.
  • As desvantagens para os países de origem são
    muito relativas.

61
Relações governo-empresa multinacional e
diplomacia triangular
  • As mudanças na economia global aumentaram a
    interdependência econômica e alteraram o
    relacionamento entre Estados e empresas
    multinacionais
  • mudança tecnológica nos transportes e
    comunicações, permitindo a organização e o
    gerenciamento global dos sistemas industriais e
    de distribuição, reduzindo significativamente os
    custos da globalização dos serviços e dos setores
    de produção.
  • desregulamentação dos mercados financeiros e
    outros serviços, facilitando o IDE.

62
Relações governo-empresa multinacional e
diplomacia triangular
  • mudanças nos métodos de produção e de
    organização industrial, fordismo para o
    toytismo facilitam o operação das empresas em
    escala global, por meio de redes de alianças
    corporativas, como as joint-ventures,
    sub-contratações, licenciamento e os acordos de
    produção (terceirização da produção).
  • num contexto onde a mudança tecnológica se
    acelerou e os recursos financeiros são mais
    voláteis, os ativos que atraíam IED para os
    países em desenvolvimento (matéria-prima e
    mão-de-obra) vão perdendo seu valor.

63
Relações governo-empresa multinacional e
diplomacia triangular
  • A maioria dos governos dos países em
    desenvolvimento entende que, sem atrair IED, será
    muito difícil obter acesso a capital, tecnologia
    e mercado internacional.
  • Na relação de barganha que se estabelece entre
    as multinacionais e os governos nacionais, cada
    lado tenta extrair o máximo de vantagens e
    concessões da outra parte.
  • Há um padrão de negociação chamado padrão de
    barganha obsolescente, em que a empresa se
    encontra em posição mais forte antes de investir
    e consegue extrair o máximo de concessões, mas
    perde esse poder depois do investimento ter sido
    feito na economia hospedeira.

64
Relações governo-empresa multinacional e
diplomacia triangular
  • Estados competem mais por geração de riqueza
    dentro do próprio território do que por poder no
    sistema internacional.
  • O surgimento de novas formas de competição
    global influencia a forma como os Estados
    nacionais competem por riqueza.
  • Países pequenos e menos desenvolvidos enfrentam
    barreiras para ter acesso às indústrias sujeitas
    à competição global.
  • As mudanças anteriores deram origem à
    diplomacia triangular estados e multinacionais
    passam a negociar entre si.
  • As novas dimensões diplomáticas ampliaram as
    opções políticas e administrativas tanto dos
    governos quanto das firmas.
  • Tais mudanças mudaram os resultados da nova
    diplomacia.

65
Relações governo-empresa multinacional e
diplomacia triangular
Fonte Guedes, A. L. 2007, p.85
66
Políticas Nacionais e Estratégias das
Multinacionais
  • Estratégias industriais são planos do governo
    para alocar recursos, com a intenção de atingir
    objetivos econômicos nacionais a longo prazo,
    inclusive crescimento e competitividade
    internacional.
  • A estratégia industrial afeta a estratégia das
    multinacionais quando faz com que firmas se
    desviem dos seus critérios estratégicos
    pré-estabelecidos.

67
Políticas Nacionais e Estratégias das
Multinacionais
  • Os parâmetros que norteiam as estratégias do
    governo e das multinacionais são
  • a especificidade dos instrumentos utilizados
    pelos estado (políticas horizontais e verticais)
  • os graus de liberdade que os governos têm para
    introduzir políticas consistentes com seus
    objetivos.
  • as escolhas estratégicas das firmas dadas as
    capacidades do Estado.

68
Bibliografia
CHESNAIS, F. A Mundialização do Capital. São
Paulo Editora Xama, 1996. GILPIN, R. A Economia
Política das Relações Internacionais. Brasília
Editora UNB, 2002. GUEDES, A. L. Negócios
Internacionais. São Paulo Thomson Learning,
2007. GUEDES, A. L. Negócios intenacionais e
gestão internacionalevolução do campo teórico.
In OLIVEIRA JÚNIOR, M. A. (ORG.) Multinacionais
Brasileiras. Internacionalização, Inovação e
Estratégia Global. Porto Alegre Bookman, 2010.
p. 21-38. HEMAIS, C. (org). O Desafio dos
Mercados Externos. Rio de Janeiro Mauad, 2005.
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