Title: 3-PROPRIEDADES MEC
13-PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS
2PROPRIEDADES MECÂNICAS
- POR QUÊ ESTUDAR?
- A determinação e/ou conhecimento das propriedades
mecânicas é muito importante para a escolha do
material para uma determinada aplicação, bem como
para o projeto e fabricação do componente. - As propriedades mecânicas definem o comportamento
do material quando sujeitos à esforços mecânicos,
pois estas estão relacionadas à capacidade do
material de resistir ou transmitir estes esforços
aplicados sem romper e sem se deformar de forma
incontrolável.
3Principais propriedades mecânicas
- Resistência à tração
- Elasticidade
- Ductilidade
- Fluência
- Fadiga
- Dureza
- Tenacidade,....
Cada uma dessas propriedades está associada à
habilidade do material de resistir às forças
mecânicas e/ou de transmiti-las
4TIPOS DE TENSÕES QUE UMA ESTRUTURA ESTA SUJEITA
- Tração
- Compressão
- Cisalhamento
- Torção
5Como determinar as propriedades mecânicas?
- A determinação das propriedades mecânicas é feita
através de ensaios mecânicos. - Utiliza-se normalmente corpos de prova (amostra
representativa do material) para o ensaio
mecânico, já que por razões técnicas e econômicas
não é praticável realizar o ensaio na própria
peça, que seria o ideal. - Geralmente, usa-se normas técnicas para o
procedimento das medidas e confecção do corpo de
prova para garantir que os resultados sejam
comparáveis.
6NORMAS TÉCNICAS
- As normas técnicas mais comuns são elaboradas
pelas - ASTM (American Society for Testing and Materials)
- ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
7TESTES MAIS COMUNS PARA SE DETERMINAR AS
PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS
- Resistência à tração ( comum, determina a
elongação) - Resistência à compressão
- Resistência à torção
- Resistência ao choque
- Resistência ao desgaste
- Resistência à fadiga
- Dureza
- Etc...
8CLASSIFICAÇÃO DOS Ensaios Mecânicos
Fonte Carlos Alexandre dos Santos-Pucrs
9RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
- É medida submetendo-se o material à uma carga ou
força de tração, paulatinamente crescente, que
promove uma deformação progressiva de aumento de
comprimento - NBR-6152 para metais
10ESQUEMA DE MÁQUINA PARA ENSAIO DE TRAÇÃO
- PARTES BÁSICAS
- Sistema de aplicação de carga
- dispositivo para prender o corpo de prova
- Sensores que permitam medir a tensão aplicada e a
deformação promovida (extensiômetro)
11RESITÊNCIA À TRAÇÃOTENSÃO (?) X Deformação (?)
? F/Ao
Kgf/cm2 ou Kgf/mm2 ou N/ mm2
Área inicial da seção reta transversal
Força ou carga
Como efeito da aplicação de uma tensão tem-se a
deformação (variação dimensional).
- A deformação pode ser expressa
- O número de milímetrosa de deformação por
milímetros de comprimento - O comprimento deformado como uma percentagem do
comprimento original
Deformação(?) lf-lo/lo ?l/lo
lo comprimento inicial lf comprimento final
12Comportamento dos metais quando submetidos à
tração
Resistência à tração
Dentro de certos limites, a deformação é
proporcional à tensão (a lei de Hooke é
obedecida)
Lei de Hooke ? E ?
13A deformação pode ser
14Deformação Elástica e Plástica
- DEFORMAÇÃO PLÁSTICA
- É provocada por tensões que ultrapassam o limite
de elasticidade - É irreversível porque é resultado do deslocamento
permanente dos átomos e portanto não desaparece
quando a tensão é removida
- DEFORMAÇÃO ELÁSTICA
- Prescede à deformação plástica
- É reversível
- Desaparece quando a tensão é removida
- É praticamente proporcional à tensão aplicada
(obedece a lei de Hooke)
Elástica
Plástica
15Módulo de elasticidade ou Módulo de Young
E ?/ ? Kgf/mm2
- É o quociente entre a tensão aplicada e a
deformação elástica resultante. - Está relacionado com a rigidez do material ou à
resist. à deformação elástica - Está relacionado diretamente com as forças das
ligações interatômicas
P
A lei de Hooke só é válida até este ponto
Tg ? E ?
Lei de Hooke ? E ?
16Módulo de Elasticidade para alguns metais
Quanto maior o módulo de elasticidade mais rígido
é o material ou menor é a sua deformação elástica
quando aplicada uma dada tensão
17Comportamento não-linear
- Alguns metais como ferro fundido cinzento,
concreto e muitos polímeros apresentam um
comportamento não linear na parte elástica da
curva tensão x deformação
18Considerações gerais sobre módulo de elasticidade
- Como consequência do módulo de elasticidade estar
diretamente relacionado com as forças
interatômicas - Os materiais cerâmicos tem alto módulo de
elasticidade, enquanto os materiais poliméricos
tem baixo - Com o aumento da temperatura o módulo de
elasticidade diminui
19Anisotropia no Módulo de Elasticidade
- em material monocristalino o módulo de
elasticidade depende da direção de aplicação da
tensão nos eixos cristalográficos, pois a
interação atômica varia com a direção. - Neste caso especifica-se as constantes elásticas
20O COEFICIENTE DE POISSON PARA ELONGAÇÃO OU
COMPRESSÃO
- Qualquer elongação ou compressão de uma
estrutura cristalina em uma direção, causada por
uma força uniaxial, produz um ajustamento nas
dimensões perpendiculares à direção da força
z
x
21O COEFICIENTE DE POISSON PARA TENSÕES DE
CISALHAMENTO
Módulo de Cisalhamento ou de rigidez
- Tensões de cisalhamento produzem deslocamento de
um plano de átomos em relação ao plano adjacente - A deformação elástica de cisalhamento é dada (?
) - ? tg?
Como para metais ?0,3 G0,4E
22Módulo de Cisalhamento
- É conhecido também como módulo de elasticidade
transversal.
23Forças de compressão, cisalhamento e torção
-
- O comportamento elástico também é observado
quando forças compressivas, tensões de
cisalhamento ou de torção são impostas ao material
24O FENÔMENO DE ESCOAMENTO
- Esse fenômeno é nitidamente observado em alguns
metais de natureza dúctil, como aços baixo teor
de carbono. - Caracteriza-se por um grande alongamento sem
acréscimo de carga.
25Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
Tensão de escoamento
Escoamento
- ?y tensão de escoamento (corresponde a tensão
máxima relacionada com o fenômeno de escoamento) - De acordo com a curva a, onde não observa-se
nitidamente o fenômeno de escoamento - Alguns aços e outros materiais exibem o
comportamento da curva b, ou seja, o limite de
escoamento é bem definido (o material escoa-
deforma-se plasticamente-sem praticamente aumento
da tensão). Neste caso, geralmente a tensão de
escoamento corresponde à tensão máxima verificada
durante a fase de escoamento
Não ocorre escoamento propriamente dito
26Limite de Escoamento
quando não observa-se nitidamente o fenômeno de
escoamento, a tensão de escoamento corresponde
à tensão necessária para promover uma
deformação permanente de 0,2 ou outro valor
especificado (obtido pelo método gráfico
indicado na fig. Ao lado)
Fonte figura Prof. Sidnei Paciornik do
Departamento de Ciência dos Materiais e
Metalurgia da PUC-Rio
27Limite de Escoamento
28Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
- Resistência à Tração (Kgf/mm2)
- Corresponde à tensão máxima aplicada ao material
antes da ruptura - É calculada dividindo-se a carga máxima suportada
pelo material pela área de seção reta inicial
29Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
- Tensão de Ruptura (Kgf/mm2)
- Corresponde à tensão que promove a ruptura do
material - O limite de ruptura é geralmente inferior ao
limite de resistência em virtude de que a área da
seção reta para um material dúctil reduz-se antes
da ruptura
30Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
Ductilidade em termos de alongamento
-
- Corresponde ao alongamento total do material
devido à deformação plástica - alongamento
- (lf-lo/lo)x100
- onde lo e lf correspondem ao comprimento inicial
e final (após a ruptura), respectivamente
ductilidade
31Ductilidade expressa como alongamento
- Como a deformação final é localizada, o valor da
elongação só tem significado se indicado o
comprimento de medida - Ex Alongamento 30 em 50mm
32Ductilidade expressa como estricção
- Corresponde à redução na área da seção reta do
corpo, imediatamente antes da ruptura - Os materiais dúcteis sofrem grande redução na
área da seção reta antes da ruptura - Estricção área inicial-área final
- área inicial
33Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
- Resiliência
- Corresponde à capacidade do material de absorver
energia quando este é deformado elasticamente - A propriedade associada é dada pelo módulo de
resiliência (Ur) - Ur ?esc2/2E
- Materiais resilientes são aqueles que têm alto
limite de elasticidade e baixo módulo de
elasticidade (como os materiais utilizados para
molas)
?esc
34Outras informações que podem ser obtidas das
curvas tensãoxdeformação
- Tenacidade
- Corresponde à capacidade do material de absorver
energia até sua ruptura
tenacidade
35Módulo de tenacidadeMateriais dúcteis
- Ut ?esc ?LRT . ?f em N.m/m3
- 2
36Módulo de tenacidadeMateriais frágeis
- Ut 2/3 . ?LRT. ?f em N.m/m3
-
37Algumas propriedades mecânicas para alguns metais
38VARIAÇÃO DA PROPRIEDADES MECÂNICAS COM A
TEMPERATURA
39TENSÃO E DEFORMAÇÃO REAIS OU VERDADEIRAS
- A curva de tensão x deformação convencional,
estudada anteriormente, não apresenta uma
informação real das características tensão e
deformação porque se baseia somente nas
características dimensionais originais do corpo
de prova ou amostra e que na verdade são
continuamente alteradas durante o ensaio.
40TENSÃO E DEFORMAÇÃO REAIS
- TENSÃO REAL (?r)
- ?r F/Ai
- onde Ai é a área da seção transversal
instantânea (m2) -
- DEFORMAÇÃO REAL (?r)
- d ? r dl/l
- ? r ln li/lo
- Se não há variação de volume
- Ai.li Ao.lo
- ? r ln Ai/Ao
41RELAÇÕES ENTRE TENSÕES E DEFORMAÇÕES VERDADEIRAS
E CONVENCIONAIS
- RELAÇÃO ENTRE TENSÃO REAL E CONVENCIONAL
- ?r ? (1 ?)
-
-
- RELAÇÃO ENTRE DEFORMAÇÃO REAL E CONVENCIONAL
-
- ? r ln (1 ?)
Estas equações são válidas para situações até a
formação do pescoço
42TENSÃO CORRETA PARA A REGIÃO DE DEFORMAÇÃO
PLÁSTICA
- ?r k?rn
-
- K e n são constantes que dependem do material e
dependem do tratamento dado ao mesmo, ou seja, se
foram tratados termicamente ou encruados
correta
A tensão correta de ruptura é devido a outros
componentes de tensões presentes, além da tensão
axial
43K e n
- K coeficiente de resistência (quantifica o nível
de resistência que o material pode suportar) - n coeficiente de encruamento (representa a
capacidade com que o material distribui a
deformação)
44K e na para alguns materiais
45Determinação de K e n
- Log ?r log k n log ?r
- Para ?r 1 ?r k
extrapolando
K
?r
Inclinação n
1
?r
46(No Transcript)