Title: Estado de mal epil
1Estado de mal epiléptico tónico-clónico
generalizado numa criança
- Versão Original
- Heinrich Werner, MD
- Pediatric Critical Care
- University of Kentucky Childrens Hospital
Versão Portuguesa Cláudia Neto, MD Clara Vieira,
MD Maria José Oliveira, MD Unidade de Cuidados
Intensivos Pediátricos e Neonatais H. G. S.
António Porto - Portugal
2Objectivos
- O participante irá aumentar a sua/seu
- Capacidade de definir o estado de mal epiléptico
usando uma abordagem prática. - Capacidade de discriminar causas prováveis para
um estado de mal epiléptico na criança. - Conhecimento dos eventos fisiopatológicos.
- Conhecimento das estratégias terapêuticas para o
estado de mal epiléptico na criança.
3- O estado de mal epiléptico (EME) apresenta-se de
múltiplas formas, dependendo da etiologia e da
idade do doente (mioclónica, tónica, subtil,
tónico-clónica, ausências, parcial complexa,..) - Generalizada, tónico-clónica é a forma mais comum
de EME - A presente apresentação refere-se a estado de mal
epiléptico tónico-clónico generalizado (EME TCG).
4Definição
- Livros de texto convencionais definem o estado de
mal epiléptico como - Convulsão única com duração superior a 30 minutos
- Várias convulsões num intervalo de 30 minutos sem
recuperação completa de consciência
5Porquê 30 minutos ?
- Experiências animais nos anos 1970 e 1980
mostraram que . - .a lesão neuronal pode ser demonstrada após 30
minutos de actividade convulsiva, mesmo quando há
manutenção da respiração e da circulação - Nevander G. Ann Neurol 198518(3)281-90.
6Mais prático definição mecanicista
- EME TCG é uma condição que provavelmente não vai
terminar rapidamente e/ou espontaneamente. - EME TCG é uma condição que requer uma intervenção
imediata - Lowenstein DH. Epilepsia 1999
7- Quanto mais longo for o EME,
- Menor é a probabilidade de cessação espontânea
- Mais difícil é de controlar
- Maior é o risco de morbilidade e mortalidade
- Bleck TP. Epilepsia 199940(1)S64-6
- The Status Epilepticus Working Party. Arch Dis
Child 200083(5)415-9.
8Duração típica de uma convulsão
- Crianças gt 5 anos
- Tipicamente uma convulsão tónico-clónica
generalizada demora lt 5 minutos - Lactentes e crianças lt 5 anos
- Poucos dados. O tempo sugerido para uma convulsão
tónico-clónica típica lt 10-15 minutos. - Reviewed in Lowenstein DH. It's time to revise
the definition of status epilepticus. Epilepsia
199940(1)120-2.
9Definição revista
- O estado de mal epiléptico generalizado nas
crianças maiores (gt5 anos) refere-se a gt 5
minutos de convulsão contínua ou 2 convulsões
breves com recuperação incompleta da consciência - Os doentes com actividade convulsiva generalizada
à chegada ao serviço de urgência são tratados
imediatamente independente da duração prévia - Lowenstein DH, Bleck T, Macdonald RL. It's time
to revise the definition of status epilepticus.
Epilepsia 199940(1)120-2.
10Causas
- Febre
- Alteração de medicação
- Desconhecida
- Metabólica
- Congénita
- Anóxica
- Outras( traumatismo, vascular,
- Infecções, tumor, drogas)
DeLorenzo RJ. Epilepsia 199233 Suppl 4S15-25
11Drogas que podem causar convulsões
- Antibióticoss
- Penicilinas
- Isoniazida
- Metronidazol
- Anestésicos, narcóticos
- Halotano, enflurane
- Cocaína, fentanil
- Ketamina
- Psicofármacos
- Antihistamínicos
- Antidepressivos
- Antipsicóticos
- Fenciclidina
- Antidepressivos tricíclicos
12Mortalidade
Reviewed in Fountain NB. Epilepsia 200041 Suppl
2S23-30
13Mortalidade
- O principal determinante da mortalidade e
morbilidade do EME nas crianças é a sua
etiologia. - A maior mortalidade e maior risco de défices
neurológicos ocorrem quando o EME é causado por
condições neurológicas agudas (infecção,
traumatismo, AVC).
Mitchell WG. J Child Neurol 200217 Suppl
1S36-43.
14Convulsões prolongadas
Alterações sistémicas potencialmente fatais
Alterações sistémicas temporárias
Morte
Duração da Convulsão
15Respiratório
- Hipoxia e hipercapnia
- Ventilação
- (rigidez torácica devido ao espasmo muscular)
- Hipermetabolismo
- ( consumo O2, produção CO2)
- Dificuldade de eliminar secreções
- Edema pulmonar neurogénico?
16Hipoxia
- Hipoxia/anóxia aumentam marcadamente (triplo?) o
risco de mortalidade no EME - Convulsões (sem hipoxia) são muito menos
perigosas que as convulsões que cursam com
hipoxia - Towne AR. Epilepsia 199435(1)27-34
17Edema pulmonar neurogénico
- Complicação rara nas crianças com EME
- Normalmente ocorre como uma consequência de
aumento marcado da pressão vascular pulmonar
durante o EME
Johnston SC. Postictal pulmonary edema requires
pulmonary vascular pressure increases. Epilepsia
199637(5)428-32
18Acidose
- Respiratória
- Láctica
- Oxigenação tecidular diminuída
- Gasto de energia aumentado
19Hemodinâmica
- Hiperestimulação simpática
- Libertação autonómica massiva de catecolaminas
- Hipertensão
- Taquicardia
- Aumento PVC
- Exaustão
- Hipotensão
- Hipoperfusão
0 min
60 min
20Fluxo sanguíneo cerebral Necessidades cerebrais
de O2
- Fase hiperdinâmica
- Fluxo sanguíneo cerebral cobre as necessidades de
O2 - Exaustão
- Fluxo sanguíneo cerebral diminui à medida que se
instala hipotensão - Exaustão dos mecanismos de auto regulação
- Inicio da lesão cerebral
Necessidades de O2
Fluxo sanguíneo
Pressão arterial
Hiperdinâmico
Exaustão
Duração da convulsão
Lothman E. Neurology 199040(5 Suppl 2)13-23.
21Glicose
- Fase hiperdinâmica
- Hiperglicemia
- Fase exaustão
- Desenvolvimento de hipoglicemia
- Hipoglicemia aparece precocemente na presença
de hipoxia - Inicio da lesão cerebral
Lothman E. Neurology 199040(5 Suppl 2)13-23.
22Hiperpirexia
- Hiperpirexia pode surgir durante estado de mal
epiléptico prolongado, podendo agravar o
desequilíbrio entre as necessidades metabólicas
cerebrais e o fornecimento do substrato
energético. - Tratar a hiperpirexia de forma agressiva
- Antipiréticos, arrefecimento físico
- Considerar entubação, relaxamento muscular,
ventilação
23Outras alterações
- Leucocitose (50 das crianças)
- Pleocitose no LCR (15 das crianças)
- K
- creatinina cinase
- Mioglobinúria
24A
- Oxigénio, via aérea, sucção. Evitar hipoxia!
- Considerar ventilação com auto-insuflador manual
- Considerar entubação
- Acesso venoso/intra ósseo. Tratar hipotensão, mas
NÃO a hipertensão
B
C
25Tratamento
- Gasimetria arterial?
- Todas as crianças em estado de mal epiléptico
desenvolvem acidose. Geralmente resolve
rapidamente com o término do EME. - Entubação ?
- Difícil em crianças a convulsivar
- Inicialmente, parar ou diminuir as convulsões,
administrar O2 e considerar ventilação por
auto-insuflador manual - Se forem administrados fármacos paralisantes para
a entubação, assumir que o estado de mal
epiléptico persiste
26Investigação Inicial
- Laboratorial
- Na, Ca, Mg, PO4 , glicose
- Hemograma
- Função hepática, amónia
- Níveis séricos de anticonvulsivantes
- Toxicologia
27Investigação Inicial
- Punção lombar
- Protelar a PL em doentes instáveis, mas nunca
atrasar o inicio de antibióticos / antivíricos se
estes estiverem indicados - Tomografia axial computorizada cerebral
- Indicado se convulsões focais, défices focais,
focalização no EEG, história de traumatismo
cerebral ou discrasias sanguíneas
Treatment of convulsive status epilepticus.
Recommendations of the Epilepsy Foundation of
America's Working Group on Status Epilepticus.
JAMA 1993270(7)854-9.
28Tratamento
- Administrar glicose (2-4 ml/kg SG25, lactentes
5ml/Kg SG10), excepto em situações de normo ou
hiperglicemia. - Hiperglicemia não representa nenhum efeito
negativo no estado de mal epiléptico - ( desde que se evite hiperosmolaridade
significativa).
29Tratamento
- Quanto mais se protelar o início da administração
de fármacos anti convulsivantes, mais
anticonvulsivantes serão necessários para
reverter o estado de mal epiléptico. - Os erros mais comuns prendem-se com a
administração de doses sub-terapêuticas
30Anticonvulsivantes
- Acção rápida
- mais
- Acção prolongada
31Anticonvulsivantes- Acção rápida
- Benzodiazepinas
- Lorazepam 0,1 mg/kg e.v. em 1-2 minutes
- Diazepam 0,2 mg/kg e.v. em 1-2 minutes
- SE o estado de mal epiléptico persistir, repetir
a cada 5-10 minutos
32Benzodiazepinas
- Lorazepam
- Pouco lipossoluvel
- Inicio de acção de 2 minutos
- Efeito anticonvulsivante durante 6-12 horas
- Menor depressão respiratória que o diazepam
- Midazolam
- Pode ser administrado IM
- Diazepam
- Muito lipossolúvel
- Inicio de acção imediato
- Rápida redistribuição
- Perda rápida da actividade anti convulsivante
- Efeitos laterais persistentes
- Hipotensão
- Depressão respiratória
33Benzodiazepinas - Rectal
- Diazepam rectal
- 0,3 to 0,5 mg/kg gel rectal, tipicamente alcança
níveis anticonvulsivantes em 5-10 minutes - Solução intravenosa administrada via rectal, tem
o mesmo efeito anticonvulsivante (com menores
custos) - Seigler RS. J Emerg Med19908(2)155-9.
- Custos
- 5 mg diazepam gel rectal 78.00
- 5 mg diazepam e.v.
1.40
34Benzodiazepinas - Intramuscular
- Midazolam intramuscular
- 0,2 mg/kg i.m.
- Solução aquosa é rapidamente absorvida, início de
efeito anticonvulsivante após 2 minutos - Lorazepam intramuscular
- Poderá ser administrado mas devido à sua fraca
hidrossolubilidade, tem um início de acção mais
tardio que o midazolam - Chamberlain JM. Pediatr Emerg Care
199713(2)92-4. - Towne AR. J Emerg Med 199917(2)323-8.
35Anticonvulsivantes - Acção prolongada
- Fosfenitoína
- 20 mg EF/kg e.v. durante 5-7 min EF
equivalente da fenitoína - pH 8.6
- Infiltração bem tolerada
- Inicio de acção 5-10 min
- Pode causar hipotensão
- Caro
- Fenitoína
- 20 mg/kg e.v. em 20 min
- pH 12
- Infiltração causa lesão tecidular severa
- Inicio de acção 10-30 min
- Pode causar hipotensão, disritmias
- Barato
36Na dúvida, dosear a Fenitoína livre!
- Fenitoína tem grande afinidade para a ligação ás
proteínas - (gt 90, varia com a concentração das proteínas
séricas) - Fenitoína livre Fenitoína activa
- (efeitos anticonvulsantes e tóxico)
- Maior risco de toxicidade com hipoalbuminemia
(geralmente se lt 2 g/dL) - Níveis terapêuticos
- Fenitoína Total 10 - 20 mcg/ml
- Fenitoína Livre 0,8 1,6 mcg/ml
37Anticonvulsivantes - Longa Acção
- Fenobarbital
- 20 mg/kg e.v. em 10 - 15 min
- Início de acção 15-30 min
- Pode causar hipotensão, depressão respiratória
38Escolha Inicial de Anticonvulsivantes Longa
Acção no EME
O doente é um lactente ? Já foi administrada
Fenitoína ao doente?
Sim
Não
Existe um risco elevado de extravasamento ?
(veia pequena, dificuldade no acesso, etc)
Fenobarbital
Yes
No
Fenitoína
Fosfenitoína
39Se EME persiste
- Perfusão de Propofol 5 -10 mg/kg/hora depois de
bólus de 2mg/kg - Perfusão de Midazolam 1-10 mcg/kg/min após bólus
de 0,15mg/kg - Perfusão de Pentobarbital 1 - 3 mg/kg/h após
bólus de 10mg/kg - Paraldeído o seu uso deixou de ser permitido no
Homem. - Isoflurano
40Estado de mal Epilético não convulsivo
- Como se pode afirmar que o doente deixou de ter
convulsões?
41Estado de mal Epilético não convulsivo
- Sinais Neurológicos pós término do EME são
comuns - Alterações pupilares
- Tónus anormal
- Reflexo de Babinski anormal
- Postura
- Clónus
- Pode ser assimétrica
42Estado de mal Epilético não convulsivo
- Até 20 das crianças com EME têm um EME não
convulsivo após EME tónico-clónico - Particularmente comum nos lactentes lt 2 meses
Mitchell WG. J Child Neurol 200217 Suppl
1S36-43.
43EME não convulsivo ?
- Se a criança não responde aos estímulos dolorosos
após 20-30 min do término do EME tónico-clónico,
suspeitar de EME não convulsivo - EEG urgente
44Caso Clínico (1a)
- Um rapaz de 2 anos chega ao SU, via ambulância, a
convulsivar. Os pais chamaram o 112, quando
chegaram encontraram-no com uma convulsão
tónico-clónica generalizada. - Nenhuma droga foi administrada
- Quais são as prioridades?
45Caso Clínico (1b)
- A,B,C. Parar a convulsão.
- Com O2 suplementar, o sinal de saturação é
intermitente, mas lê-se 100 quando o traçado
pletismográfico é aceitável. Os lábios estão
corados. A criança está a respirar com
posicionamento correcto da cabeça apropriada e
protusão mandibular. - FC 145 cpm TA 130/85mmHg
- Sem sucesso no acesso EV, as tentativas
prolongam-se por mais 5 min. A actividade
convulsiva continua. - A seguir?
46Caso Clínico (1c)
- Uso de via alternativa para uma dose inicial de
Benzodiazepinas (BZD) - Poucos minutos após 7,5mg de Midazolam IM, as
convulsões param mas recomeçam novamente. Houve
tempo suficiente para uma das melhores
enfermeiras inserir um cateter de 24G EV na mão
do doente. - Os sinais vitais não se alteraram.
- Toda a gente olhou para si para novas ordens!
47Caso Clínico (1d)
- Após 2 doses de Lorazepam e início de 20mg/Kg de
Fosfenitoína, a criança parou de convulsivar. - Ele encontra-se arreactivo. FR 12cpmin SatO2
100 FC 115/min, TA 105/60mmHg. - Gasimetria arterial (enviada pelo Enfermeiro e
que tu não solicitaste) pH 7,02 pCO2 76 pO2 95
BE 8. - O que fazer? Entubar (estado mental, pCO2)?
Administrar bicarbonato? Repetir a gasimetria?
48Caso Clínico (1e)
- Acidose respiratória Acidose metabólica é de
esperar durante EME. Isso não indica a
necessidade de entubação ou a administração de
bicarbonato. - Desde que o doente esteja bem oxigenado, pode-se
aguardar pela resolução do estado pós-ictal, sem
necessidade de nova gasimetria. - Se o doente permanecer arreactivo após 30min do
término do EME tónico-clónico generalizado
(CTCG), suspeitar de um EME não convulsivo.
49Caso Clínico (2a)
- Lactente de 3 meses com uma história de vómitos e
diarreia desde há 4 dias. Os pais tentaram
mantê-lo hidratado com uma fórmula diluída, soda
e água de arroz. - Esteve letárgico todo o dia, depois começou a
convulsivar. - Chegou ao SU em CTCG.
- Quais são as tuas atitudes iniciais?
- Causa possível?
50Caso Clínico (2b)
- Meningoencefalite? Sépsis? Distúrbio
electrolítico? - Após dar O2 por máscara de alto débito, aspirado
as secreções e posicionar a cabeça em ligeira
hiperextensão com protusão mandibular, a
saturação de O2 atinge cerca de 60 e a criança
está cianosada. Ainda está a convulsivar, não se
vê expansibilidade torácica e não se ouve nenhuma
entrada de ar. - Qual é o teu plano de acção?
51Caso Clínico (2c)
- A saturação melhora para 85 ventilando com
auto-insuflador com máscara o doente parece menos
cianosado mas não rosado. Mantém actividade
convulsiva continua. - Por tua ordem a 1º dose de lorazepam está a ser
administrada ev mas o doente continua a
convulsivar e está cianótico. - Seguidamente dás Rocurónio 1mg/kg Ev rápido e
entubas a criança. Agora está ventilado, rosado e
sem convulsões - Bom trabalho!!! Alguma coisa mais a fazer? Que
informação estás tu avidamente à espera?
52Caso Clínico (2d)
- Tens que assumir que mantém convulsões
eléctricas. Como está o sódio? - Glicose 180mg/dl. Na - 118 mEq/L
- O bloqueio neuromuscular está quase a acabar, mas
ainda existe actividade convulsiva - E agora?
53Caso Clínico (2e)
- Após 20mg/kg de Fenobarbital, e metade da
perfusão de NaCl a 3, a actividade convulsiva
abrandou e depois parou. - Considerar fazer um TAC, planear uma PL e iniciar
antibióticos - Tens um elevado índice de suspeita para
convulsões eléctricas (EME não convulsivo) nesta
criança
54Bibliografia
1. Fountain NB. Status epilepticus risk factors
and complications. Epilepsia 200041 Suppl
2S23-30. 2. Treatment of convulsive status
epilepticus. Recommendations of the Epilepsy
Foundation of America's Working Group on Status
Epilepticus. JAMA 1993270(7)854-9. 3. Bassin S,
Smith TL, Bleck TP. Clinical review status
epilepticus. Crit Care 20026(2)137-42. 4. Bleck
TP. Management approaches to prolonged seizures
and status epilepticus. Epilepsia
199940(1)S64-6. 5. DeLorenzo RJ, Towne AR,
Pellock JM, et al. Status epilepticus in
children, adults, and the elderly. Epilepsia
199233 Suppl 4S15-25. 6. Haafiz A, Kissoon N.
Status epilepticus current concepts. Pediatr
Emerg Care 199915(2)119-29. 7. Lowenstein DH,
Bleck T, Macdonald RL. It's time to revise the
definition of status epilepticus. Epilepsia
199940(1)120-2. 8. Orlowski JP, Rothner DA.
Diagnosis and treatment of status epilepticus.
In Fuhrman BP, Zimmerman JJ, editors. Pediatric
Critical Care. St. Louis Mosby 1998. p. 625-35.