Title: Escoamento
1Escoamento
Hidrologia
Walter Collischonn IPH - UFRGS
2Escoamento
- Revisão sobre escoamento em canais.
- Tipos de escoamento na bacia.
- Geração de escoamento superficial.
- Hidrograma.
- Hidrograma unitário.
- Escoamento subterrâneo.
3Escoamento em rios e canais
- Variável no tempo e no espaço
- Se não variar no tempo permanente
- Se não variar no espaço uniforme
4Escoamento em rios e canais
A velocidade média de escoamento permanente
uniforme em um canal aberto com declividade
constante do fundo e da linha da água pode ser
estimada a partir de equações relativamente
simples, como as de Chezy e de Manning. A equação
de Manning relaciona a velocidade média da água
em um canal com o nível da água neste canal e a
declividade.
onde u é a velocidade média da água em m.s-1 Rh
é o raio hidráulico da seção transversal
(descrito a seguir) S é a declividade (metros
por metro, ou adimensional) e n é um coeficiente
empírico, denominado coeficiente de Manning.
5Raio Hidráulico
Denomina-se perímetro molhado a soma dos
segmentos da secção transversal em que a água tem
contato com as paredes, isto é
onde P é o perímetro molhado (m) B é a largura
do canal (m) e y é a profundidade ou nível da
água (m).
O raio hidráulico é a relação entre a área de
escoamento e o perímetro molhado, ou seja
onde A é área (B.y) e P o perímetro molhado.
6Vazão
A vazão em um canal pode ser calculada pelo
produto da velocidade média vezes a área de
escoamento, ou seja
7Exemplo
Qual é a vazão que escoa em regime permanente e
uniforme por um canal de seção transversal
trapezoidal com base B 5 m e profundidade y 2
m, considerando a declividade de 25 cm por km?
Considere que a parede lateral do canal tem uma
inclinação dada por m 2, e que o canal não é
revestido mas está com boa manutenção.
8Exemplo
Portanto A 18 m2 e P 13,9 m. O raio hidráulico
é Rb 1,3 m. A declividade de 25 cm por km
corresponde a S 0,00025 m.m-1, o coeficiente de
Manning para um canal não revestido com boa
manutenção é de 0,020, então a vazão no canal é
dada por
Portanto, a vazão no canal é de 16,9 m3.s-1.
9Tipos de Escoamento na bacia
- Escoamento superficial
- Escoamento sub-superficial
- Escoamento subterrâneo
10Processos da parte terrestre do ciclo hidrológico
evap
chuva
Interceptação
Depressões
Infiltração
Escoamento superficial
Armazenamento no solo
Escoamento Sub-superficial
Percolação
Vazão no rio
Escoamento Subterrâneo
Armazenamento no subsolo
11Tipos de escoamento bacia
12- Chuva, infiltração, escoamento superficial
13- Chuva, infiltração, escoamento superficial,
escoamento subterrâneo
Camada saturada
14- Escoamento
- sub-superficial
15- Depois da chuva Escoamento sub-superficial e
escoamento subterrâneo
Camada saturada
16- Estiagem apenas escoamento subterrâneo
Camada saturada
17- Estiagem apenas escoamento subterrâneo
Camada saturada
18- Estiagem apenas escoamento subterrâneo
Camada saturada
19- Estiagem muito longa rio seco
- Rios intermitentes
Camada saturada
20Escoamento superficial
- Geração de escoamento na bacia
- Escoamento até a rede de drenagem
- Escoamento em rios e canais
- Escoamento em reservatórios
21Geração de escoamento superficial
- Geração de escoamento na bacia
- Escoamento até a rede de drenagem
- Escoamento em rios e canais
- Escoamento em reservatórios
22Formação do Escoamento Superficial
- Precipitação que atinge áreas impermeáveis
- Precipitação intensa que atinge áreas de
capacidade de infiltração limitada - Precipitação que atinge áreas saturadas
23Fonte Rampelloto et al. 2001
24Áreas Impermeáveis
- Geração de escoamento superficial é quase
imediata - Infiltração é quase nula
25Áreas de capacidade de infiltração limitadas
- Gramados
- Solos Compactados
- Solos muito argilosos
- Capacidade de infiltração é baixa
26Intensidade da chuva x capacidade de infiltração
Precipitação
Escoamento
Infiltração
27- Considere chuva com intensidade constante
- Infiltra completamente no início
- Gera escoamento no fim
início do escoamento
Infiltração Precipitação
intensidade da chuva
capacidade de infiltração
tempo
28- Considere chuva com intensidade constante
- Infiltra completamente no início
- Gera escoamento no fim
início do escoamento
Infiltração Precipitação
intensidade da chuva
capacidade de infiltração
tempo
volume infiltrado
29- Considere chuva com intensidade constante
- Infiltra completamente no início
- Gera escoamento no fim
início do escoamento
Infiltração Precipitação
volume escoado
intensidade da chuva
capacidade de infiltração
tempo
volume infiltrado
30Escoamento em áreas de solo saturado
31Escoamento em áreas de solo saturado
32Escoamento em áreas de solo saturado
33Geração de Escoamento
- Intensidade da precipitação é maior do que a
capacidade de infiltração do solo - Processo hortoniano
- (Horton, 1934)
I (mm/h)
Q (mm/h)
F (mm/h)
Q I F
34Geração de Escoamento
- Precipitação atinge áreas saturadas
- Processo duniano (Dunne)
Q (mm/h)
35Hidrograma
Representação gráfica da vazão ao longo do tempo
36Hidrograma
- O hidrograma é o gráfico que relaciona a vazão ao
tempo e é o resultado da interação de todos os
componentes do ciclo hidrológico.
Heterogeneidade da bacia Caminhos que a água
percorre
37Chuva de curta duração
tempo
15 minutos
P
Q
tempo
38Hidrograma 1
39Hidrograma 2
40Hidrograma 3
41Hidrograma 4
42Hidrograma 5
43Hidrograma 6
44Hidrograma 7
45Hidrograma 8
46Hidrograma 9
47Hidrograma 10
48Hidrograma 11
49Hidrograma 12
50Hidrograma 13
51Hidrograma 14
52Hidrograma 15
53Hidrograma 16
54Formação do Hidrograma
1 Início do escoamento superficial 2 Ascensão
do hidrograma 3 Pico do hidrograma 4 Recessão
do hidrograma 5 Fim do escoamento superficial 6
Recessão do escoamento subterrâneo
3
2
4
5
6
1
55Hidrograma - exemplo
56Formação do Hidrograma
57Tempo de Concentração
- Fórmulas empíricas para tempo de concentração
- Kirpich
- Dooge
Desenvolvida com dados de 7 bacias lt 0,5 km2
Desenvolvida com dados de 10 bacias entre 140 e
930 km2
58Forma do Hidrograma
59Forma do Hidrograma
Obras de drenagem tornam o escoamento mais rápido
60Forma da bacia x hidrograma
61Forma da bacia X Forma do hidrograma
Q
tempo
62Escoamento Superficial
- Estimativas de escoamento superficial com base na
chuva
63Cálculos de Separação de Escoamento
- Para saber como a bacia vai responder à chuva é
importante saber as parcelas de água que vão
atingir os rios através de cada um dos tipos de
escoamento. - Em muitas aplicações o escoamento superficial é o
mais importante - Vazões máximas
- Hidrogramas de projeto
- Previsão de cheias
- Métodos simplificados x modelos mais complexos
64Precipitação
tempo
P
Q
tempo
65Escoamento
Infiltração
tempo
P
Q
tempo
66Escoamento
Infiltração
tempo
infiltração decresce durante o evento de chuva
P
Q
tempo
67Escoamento
Infiltração
tempo
parcela que não infiltra é responsável pelo
aumento da vazão no rio
P
Q
tempo
68Como calcular?
- Usar métodos simplificados
- capacidade de infiltração constante
- infiltração proporcional à intensidade de chuva
- método SCS
69Como calcular?
Escoamento
Infiltração
tempo
Infiltração constante
P
Q
tempo
70Como calcular?
Escoamento
Infiltração
tempo
Infiltração proporcional
P
Q
tempo
71Como calcular?
Escoamento
Infiltração
tempo
Método SCS Perdas iniciais Infiltração
diminuindo
P
Q
tempo
72Como estimar chuva efetiva
- Um dos métodos mais simples e mais utilizados
para estimar o volume de escoamento superficial
resultante de um evento de chuva é o método
desenvolvido pelo National Resources Conservatoin
Center dos EUA (antigo Soil Conservation Service
SCS).
73Método SCS
Q escoamento em mm P chuva acumulada em mm Ia
Perdas iniciais S parâmetro de armazenamento
quando
quando
Valores de CN
74Método do Soil Conservation Service
- Simples
- Valores de CN tabelados para diversos tipos de
solos e usos do solo - Utilizado principalmente para projeto em locais
sem dados de vazão - Usar com chuvas de projeto (eventos relativamente
simples e de curta duração)
75Exemplo
Qual é a lâmina escoada superficialmente durante
um evento de chuva de precipitação total P70 mm
numa bacia do tipo B e com cobertura de floretas?
A bacia tem solos do tipo B e está coberta por
florestas. Conforme a tabela anterior o valor do
parâmetro CN é 63 para esta combinação. A partir
deste valor de CN obtém-se o valor de S
A partir do valor de S obtém-se o valor de Ia
29,8. Como P gt Ia, o escoamento superficial é
dado por
Portanto, a chuva de 70 mm provoca um escoamento
de 8,5 mm.
76Método do SCS
Perdas iniciais 0,2 . S
CN tabelado de acordo com tipo de solo e
características da superfície
0 lt CN O 100 25 lt CN O 100
77Método do SCS
Exemplo de tabela
Perdas iniciais 0,2 . S
Superfície Solo A Solo B Solo C Solo D
Florestas 25 55 70 77
Zonas industriais 81 88 91 93
Zonas comerciais 89 92 94 95
Estacionamentos 98 98 98 98
Telhados 98 98 98 98
Plantações 67 77 83 87
Tipos de solos do SCS A arenosos e profundos B
menos arenosos ou profundos C argilosos D
muito argilosos e rasos
78Método SCS para eventos complexos (mais do que um
intervalo de tempo com chuva)
- Chuva acumulada x escoamento acumulado
- Chuva incremental x escoamento incremental
79Exemplo Método do SCS
Q escoamento acumulado (mm) P precipitação
acumulada (mm) Equação válida para P gt 0,2
S Quando P lt 0,2 S Q 0
Tempo (min) Chuva (mm) Chuva acumulada (mm) Escoamento acumulado (mm) Infiltração acumulada (mm) Escoamento (mm) Infiltração (mm)
10 5.0 5.0 0.0 5.0 0.0 5.0
20 7.0 12.0 0.0 12.0 0.0 7.0
30 9.0 21.0 1.0 20.0 1.0 8.0
40 8.0 29.0 3.3 25.7 2.4 5.6
50 4.0 33.0 4.9 28.1 1.6 2.4
60 2.0 35.0 5.8 29.2 0.9 1.1
CN 80 S 63,7 0,2
S 12,7
80Exemplo SCS
81Exemplo SCS
CN 80
CN 90
82Exemplo SCS
- Bacia com 30 de área urbana densa (CN 95) e
70 de área rural, com pastagens, cultivos e
florestas (CN 78)
83Exemplo SCS
- Bacia com 30 de área urbana densa (CN 95) e
70 de área rural, com pastagens, cultivos e
florestas (CN 78)
Chuva acumulada 35 mm Chuva efetiva 8
mm Infiltração 27 mm
84Exemplo SCS cenário futuro
- Bacia com 100 de área urbana densa (CN 95) e
0 de área rural, com pastagens, cultivos e
florestas (CN 78)
Chuva acumulada 35 mm Chuva efetiva 22,9
mm Infiltração 12,1 mm
Quase 3 vezes mais escoamento!
85Agra, 2002
86Considerações finais
- Transformação da chuva efetiva em vazão
- o histograma tempo área e o hidrograma unitário
- Modelo SCS é simplificado
- Diferentes usuários chegarão a resultados
diferentes dependendo do CN adotado - Bacias pequenas
- Se possível, verificar em locais com dados e para
eventos simples
87- A parcela da chuva que se transforma em
escoamento superficial é chamada chuva efetiva.
88Capacidade de infiltração decrescente
Precipitação efetiva gera escoamento
Infiltração perdas
tempo
Infiltração mantém o escoamento de base no futuro
P
Q
tempo
89Hidrograma triangular
90Hidrograma unitário
91Impulse response function
Impulse input an input applied instantaneously
(spike) at time t and zero everywhere else
An unit impulse at t produces as unit impulse
response function u(t- t)
Principle of proportionality and superposition
92Convolution integral
- For an unit impulse, the response of the system
is given by the unit impulse response function
u(t-t) - An impulse of 3 units produces the 3u(t-t)
- If I(t) is the precipitation intensity occurring
for a time period of dt, the response of the
system (direct runoff) is I(t)u(t-t)dt - The complete response due to the input function
I(t) is given by convolution integral - Response of a linear system is the sum
(convolution) of the responses to inputs that
have happened in the past.
93Step and pulse inputs
- A unit step input is an input that goes from 0 to
1 at time 0 and continues indefinitely thereafter - A unit pulse is an input of unit amount occurring
in duration ?t and 0 elsewhere.
Precipitation is a series of pulse inputs!
94Unit Hydrograph Theory
- Direct runoff hydrograph resulting from a unit
depth of excess rainfall occurring uniformly on a
watershed at a constant rate for a specified
duration. - Unit pulse response function of a linear
hydrologic system - Can be used to derive runoff from any excess
rainfall on the watershed.
95Unit Hydrograph assumptions
- Assumptions
- Excess rainfall has constant intensity during
duration - Excess rainfall is uniformly distributed on
watershed - Base time of runoff is constant
- Ordinates of unit hydrograph are proportional to
total runoff (linearity) - Unit hydrograph represents all characteristics of
watershed (lumped parameter) and is time
invariant (stationarity)
96Discrete Convolution
Continuous
Discrete
Q is flow, P is precipitation and U is unit
hydrograph M is the number of precipitation
pulses, n is the number of flow rate
intervals The unit hydrograph has N-M1 pulses
97Application of convolution to the output from a
linear system
98Time Area Relationship
Isochrone of Equal time to outlet
Area
Excess Rainfall
Time, t
0
5
10
15
20
Time, t
99Application of UH
- Once a UH is derived, it can be used/applied to
find direct runoff and stream flow hydrograph
from other storm events.
Ex. 7.5.1Given P1 2 in, P2 3 in and P3 1
in, baseflow 500 cfs and watershed area is 7.03
mi2. Given the Unit Hydrograph below, determine
the streamflow hydrograph
1007.5.1 solution (contd)
See another example at http//www.egr.msu.edu/no
rthco2/BE481/UHD.htm
101Gauged and ungauged watersheds
- Gauged watersheds
- Watersheds where data on precipitation,
streamflow, and other variables are available - Ungauged watersheds
- Watersheds with no data on precipitation,
streamflow and other variables.
102Need for synthetic UH
- UH is applicable only for gauged watershed and
for the point on the stream where data are
measured - For other locations on the stream in the same
watershed or for nearby (ungauged) watersheds,
synthetic procedures are used.
103Synthetic UH
- Synthetic hydrographs are derived by
- Relating hydrograph characteristics such as peak
flow, base time etc. with watershed
characteristics such as area and time of
concentration. - Using dimensionless unit hydrograph
- Based on watershed storage
104SCS dimensionless hydrograph
- Synthetic UH in which the discharge is expressed
by the ratio of q to qp and time by the ratio of
t to Tp - If peak discharge and lag time are known, UH can
be estimated.
Tc time of concentration C 2.08 (483.4 in
English system) A drainage area in km2 (mi2)
105Ex. 7.7.3
- Construct a 10-min SCS UH.
- A 3.0 km2 and Tc 1.25 h
Multiply y-axis of SCS hydrograph by qp and
x-axis by Tp to get the required UH, or construct
a triangular UH
106Hidrograma Unitário
- O Hidrograma Unitário é um hidrograma de
escoamento superficial direto, resultante de uma
chuva efetiva com intensidade e duração
unitárias. - A definição de chuva unitária é arbitrária,
entretanto para efeito de comparação entre HUs,
costuma-se manter um padrão. Por exemplo, uma
chuva com 1 mm e duração de 1h pode ser adotada
como chuva unitária. - Admite-se que essa chuva seja uniformemente
distribuída sobre a bacia. - A área sob esta curva corresponde a um volume
unitário de escoamento superficial direto. - A definição do HU está baseada em três princípios
básicos.
107Princípios do HU
- 1 Princípio (da Constância do Tempo de Base).
- Para chuvas efetivas de intensidade constante e
de mesma duração, os tempos de escoamento
superficial direto são iguais
108Princípios do HU
- 2 Princípio (Proporcionalidade das Descargas)
- Chuvas efetivas de mesma duração, porém com
volumes de escoamento superficial diferentes,
irão produzir em tempos correspondentes, volumes
de escoados proporcionais às ordenadas do
hidrograma e às chuvas excedentes
109Princípios do HU
- 3 Princípio (Princípio da Aditividade)
- A duração do escoamento superficial de uma
determinada chuva efetiva independe de
precipitações anteriores. O hidrograma total
referente a duas ou mais chuvas efetivas é obtido
adicionando-se as ordenadas de cada um dos
hidrogramas em tempos correspondentes
110Obtenção do HU (exemplo lista)
t (horas) Qobs (m3/s) Qsub (m3/s) Qsup (m3/s)
0.0 2 2 0
0.5 3 2.2 0.8
1.0 10 2.44 7.56
1.5 35 2.69 32.31
2.0 63 2.99 60.01
2.5 57 3.3 53.7
3.0 48 3.65 44.35
3.5 40 4 36
4.0 34 4.45 29.55
4.5 28 4.93 23.07
5.0 24 5.5 18.5
5.5 20 6.05 13.95
6.0 16 6.7 9.3
6.5 13 7.4 5.6
7.0 11 8.2 2.8
7.5 9 9 0
8.0 8 8 0
Determinar a precipitação efetiva a partir da
separação do escoamento
Determina-se o coeficiente de runoff (C)
C 0,80
Pef C x Ptot
Pef 0,80 x 25,420,25
757.800
607.500
111Obtenção HU
HU(10 mm 30 min)
t (horas) Qobs (m3/s) Qsub (m3/s) Qsup (m3/s) QQsup10/20,25 (m3/s)
0.0 2 2 0 0.00
0.5 3 2.2 0.8 0.40
1.0 10 2.44 7.56 3.73
1.5 35 2.69 32.31 15.96
2.0 63 2.99 60.01 29.63
2.5 57 3.3 53.7 26.52
3.0 48 3.65 44.35 21.90
3.5 40 4 36 17.78
4.0 34 4.45 29.55 14.59
4.5 28 4.93 23.07 11.39
5.0 24 5.5 18.5 9.14
5.5 20 6.05 13.95 6.89
6.0 16 6.7 9.3 4.59
6.5 13 7.4 5.6 2.77
7.0 11 8.2 2.8 1.38
7.5 9 9 0 0.00
8.0 8 8 0 0.00
757.800
607.500
112Como obter um hidrograma de projeto a partir de
um HU de uma bacia para qualquer chuva efetiva?
113Princípio da Convolução
HU(10 mm 30 min)
t (horas) QQsup10/20,25 (m3/s) Pef (mm)
0 0 20
0.5 0.4 50
1 3.73 20
1.5 15.96
2 29.63
2.5 26.52
3 21.9
3.5 17.78
4 14.59
4.5 11.39
5 9.14
5.5 6.89
6 4.59
6.5 2.77
7 1.38
7.5 0
8 0
114Convolução
HU(10 mm 30 min)
t (min) QQsup10/20,25 (m3/s) Pef (mm) P1 HU P2 HU P3 HU Q final (m3/s)
0 20 0 0
0.5 0.4 50 0.8 0 0.8
1 3.73 20 7.46 2 0 9.46
1.5 15.96 31.92 18.65 0.8 51.37
2 29.63 59.26 79.8 7.46 146.52
2.5 26.52 53.04 148.15 31.92 233.11
3 21.9 43.8 132.6 59.26 235.66
3.5 17.78 35.56 109.5 53.04 198.1
4 14.59 29.18 88.9 43.8 161.88
4.5 11.39 22.78 72.95 35.56 131.29
5 9.14 18.28 56.95 29.18 104.41
5.5 6.89 13.78 45.7 22.78 82.26
6 4.59 9.18 34.45 18.28 61.91
6.5 2.77 5.54 22.95 13.78 42.27
7 1.38 2.76 13.85 9.18 25.79
7.5 0 0 6.9 5.54 12.44
8 0 0 0 2.76 2.76
0 0 0
0 0
Pef QHU Qsup 10
115Convolução
116Fundação Universidade Federal do Rio Grande
Hidrograma Unitário Sintético
Profa. Rutinéia Tassi
117Quando utilizamos um Hidrograma Unitário
Sintético?
- Quando queremos estimar o hidrograma unitário
para regiões onde não há dados históricos
(Precipitação Vazão), que permitam a
determinação de um HU.
118Como obtemos um Hidrograma Unitário Sintético?
Determinação de alguns de seus pontos
característicos do hidrograma
- tempo de pico
- tempo de base e
- vazão de pico.
- Os métodos mais conhecidos são o HU Sintético de
Snyder (1938) e o HU Sintético do SCS (Mockus,
1952)
119Hidrograma Unitário Sintético do SCS
O HUS proposto por Mockus foi obtido a partir de
um hidrograma adimensional, resultado da análise
de um grande número de HUs de bacias
hidrográficas nos Estados Unidos. As bacias
hidrográficas, cujos eventos foram analisados por
Mockus possuíam grande variabilidade de tamanho e
localização geográfica. O autor representou o
HU através de um triângulo, conforme a figura
120Hidrograma Unitário Sintético do SCS
?t/2
tR
Qp
?t
tp
tr
tb
121Hidrograma Unitário Sintético do SCS
onde ?t é a duração da chuva efetiva unitária
(horas) e tc é o tempo de concentração da bacia
hidrográfica (horas).
- O tempo em horas, desde o centro de massa da
precipitação até o tempo de pico da vazão (tR)
122Hidrograma Unitário Sintético do SCS
- O tempo de recessão do hidrograma tr (horas) é
dado
- A vazão de pico, resultante de uma precipitação
unitária de 1 mm
Qp é vazão máxima do hidrograma unitário
triangular (m3/s) e A é a área da bacia em km2.
123Procedimento para obtenção do Hidrograma Unitário
Sintético do SCS
1) Determinar o tempo de concentração (tc) da
bacia. 2) Determinar o parâmetro tp (horas),
3) Determinar o parâmetro tR (horas) 4)
Determinar o tempo de recessão do hidrograma tr
(horas) 5) Determinar o tempo de base do
hidrograma tb (horas) 6) Determinar a vazão
máxima Vamos aos exercícios!!!!!!
124Exercícios
125Escoamento Subterrâneo
126(No Transcript)
127Recessão do hidrograma
Período seco
A parte decrescente de um hidrograma após um
evento de chuva, conhecida como recessão do
hidrograma, reflete a diminuição do nível da água
no ou nos aqüíferos de uma bacia ao longo do
tempo.
128Recessão forma da curva
- Curvas de recessão de hidrogramas freqüentemente
tem a forma de exponenciais decrescentes.
129Recessão forma da curva
Rios em regiões com chuvas sazonais exemplo rio
dos Bois (GO)
130Recessão forma da curva
Destacando o período de estiagem de junho a
setembro de 1991, é possível verificar o
comportamento típico da recessão do hidrograma
deste rio.
131Quando representado em escala logarítmica, o
hidrograma durante a estiagem mostra um
comportamento semelhante a uma linha reta.
Recessão forma da curva
132Isto sugere que o comportamento da vazão do rio
dos Bois ao longo deste período pode ser
representado por uma equação do tipo
Recessão forma da curva
133Recessão forma da curva
134Recessão forma da curva
135Recessão utilidade da equação
- prever qual será a vazão de um rio após alguns
dias, conhecendo a vazão no tempo atual,
considerando que não ocorra nenhuma chuva.
136Recessão utilidade da equação
- A maior dificuldade para resolver este tipo de
problema é estimar o valor da constante k
137Recessão utilidade da equação
- O valor de k depende das características físicas
da bacia, em especial as suas características
geológicas.
Cuidado CB é dado em horas nesta figura!
138Recessão exemplo
- Durante uma longa estiagem de um rio foram feitas
duas medições de vazão, com quatro dias de
intervalo entre si, conforme a tabela abaixo.
Qual seria a vazão esperada para o dia 31 de
agosto do mesmo ano, considerando que não ocorre
nenhum evento de chuva neste período?
Data Vazão
14/agosto 60.1
15/agosto -
16/agosto -
17/agosto -
18/agosto 57.6
139Recessão exemplo
- Durante uma longa estiagem de um rio foram feitas
duas medições de vazão, com quatro dias de
intervalo entre si, conforme a tabela abaixo.
Qual seria a vazão esperada para o dia 31 de
agosto do mesmo ano, considerando que não ocorre
nenhum evento de chuva neste período?
Data Vazão
14/agosto 60.1
15/agosto -
16/agosto -
17/agosto -
18/agosto 57.6
Portanto, a vazão esperada no dia 31 de agosto
seria de 50,2 m3.s-1.
140Recessão reservatório linear
- No período de recessão do hidrograma predomina o
escoamento com origem subterrânea. - O comportamento da bacia neste período é
semelhante ao de um reservatório linear simples,
em que a vazão é linearmente dependente do
armazenamento
V k . Q
141Reservatório linear
142Reservatório linear
- Aproximar a curva de recessão de um hidrograma
durante uma longa estiagem por uma equação
exponencial decrescente equivale a admitir a
idéia que a relação entre armazenamento de água
subterrânea e descarga do aqüífero para o rio é
linear.
balanço de água subterrânea
balanço simplificado em intervalo infinitesimal
admitindo relação linear, equivale a
substituindo na equação de balanço
e a solução desta eq. diferencial é
143Reservatório linear
Durante uma estiagem uma bacia se comporta de forma semelhante a um reservatório linear simples, em que a vazão descarregada é proporcional ao volume armazenado.
144Exercícios
- Considerando válida a representação da bacia pelo
reservatório linear simples com k190 dias, qual
será a vazão do rio após 30 dias sem chuva,
considerando que a vazão inicial é 100 m3/s?
145Escoamento não uniforme
146Escoamento Variado
147Medição de Vazão
148(No Transcript)