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Psicomotricidade

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Psicomotricidade GLEYDE SELMA SCHAPKE Desenvolvimento do Esquema Corporal Objetivos da educa o da respira o: Aprendizagem e controle da expira o (exerc cios ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Psicomotricidade


1
Psicomotricidade
  • GLEYDE SELMA SCHAPKE

2
Psicomotricidade Plano de Aula
  • Objetiva-se com esta disciplina, dar subsídios
    para que os alunos possam
  • Obter conhecimentos sobre os fundamentos teóricos
    e práticos da psicomotricidade.
  • Promover a análise crítica sobre a atuação do
    psicopedagogo na área da psicomotricidade
  • Compreender a importância da psicomotricidade no
    aprendizado escolar de uma forma geral e no
    desenvolvimento total do indivíduo.
  • Identificar os distúrbios psicomotores com o
    propósito de estabelecer uma intervenção adequada
    sem conseqüências desastrosas para a criança e
    seus familiares.
  • Possuir autonomia para a criação de formas
    estimuladoras da expressão e realização a partir
    do corpo.

3
Psicomotricidade Ementa
  • Conceito e história da psicomotricidade
  • Bases neuroanatômicas e psicológicas do
    desenvolvimento psicomotor
  • Psicomotricidade e Estimulação Precoce
  • O desenvolvimento psicomotor da criança
  • Avaliação e Identificação dos distúrbios
    psicomotores
  • Formas de Intervenção na área de
    psicomotricidade.

4
Psicomotricidade Conteúdo Programático
  • Unidade 1
  • Psicomotricidade seu significado, sua história
  • O desenvolvimento psicomotor na sua evolução
    neuroanatômica e psicológica
  • As bases neurológicas da maturação psicomotora
  • As vivências corporais e seu valor afetivo
  • O papel dos estímulos ambientais no
    desenvolvimento cognitivo, afetivo e social da
    criança
  • A Estimulação Precoce

5
Psicomotricidade Conteúdo Programático
  • Unidade 2
  • A Educação Psicomotora
  • Os elementos psicomotores ou áreas psicomotoras
  • O desenvolvimento do esquema corporal na criança
  • O desenvolvimento da lateralidade na criança
  • A relação viso-manual e o desenvolvimento da
    noção espacial e temporal na criança.
  • A discriminação visual e auditiva
  • A pré-escrita

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Psicomotricidade Conteúdo Programático
  • Unidade 3
  • Distúrbios Psicomotores
  • Formas de Intervenção em psicomotricidade
  • Orientações e encaminhamentos
  • O Ato de Brincar

7
Psicomotricidade Metodologia de Ensino
  • Aulas expositivas
  • Discussão de temas pertinentes a área, abordados
    em artigos ou textos científicos
  • Participação dos alunos por meio de debates,
    dinâmicas de grupo, estudos de caso como também
    apresentações orais e escritas.
  • Leitura em sala de aula
  • Atividades práticas na criação de recursos para
    intervenção

8
Psicomotricidade Avaliação
  • A avaliação dos alunos deverá ocorrer por meio de
    participação efetiva em que será considerado a
    experiência pedagógica e uma prova escrita em
    grupo, onde será discutido estudos de casos
    reais, sobre distúrbios psicomotores, que deverá
    ser realizada no último turno do módulo.

9
Psicomotricidade Bibliografias
  • BOSSEMEYER, M. Guia para o desenvolvimento da
    percepção motora. São Paulo Editora Manole,
    1989.
  • BRUHNS, H.T. Conversando sobre o corpo. Campinas,
    SP Papirus, 1994. 5o ed.
  •  
  • COSTA, A. C. Psicopedagogia e psicomotricidade
    pontos de intersecção nas dificuldades de
    aprendizagem. Petrópolis,R.J Vozes, 2001. 2o ed.
  •  
  • DE MEUR, A STAES, L. Psicomotricidade educação
    e reeducação-níveis maternal e infantil. São
    Paulo Manole, 1989.

10
Psicomotricidade Bibliografias
  • FERREIRA, M. Ação psicopedagógica na sala de
    aula uma questão de inclusão. São Paulo Paulus,
    2001.
  • FONSECA, V. Educação Especial programa de
    estimulação precoce. Porto Alegre Artes Médicas,
    1995
  •  
  • FONSECA, V. Psicomotricidade. São Paulo Martins
    Fontes, 1993.
  • FRUG, C.S. Educação motora em portadores de
    deficiência formação da consciência corporal.
    São Paulo Plexus Editora, 2001.
  • GUEDES, M. Oficina da brincadeira. Rio de
    Janeiro Sprint, 2000.2o ed.

11
Psicomotricidade Bibliografias
  • HERMANT, G. Atualização em psicomotricidade o
    corpo e sua memória. São Paulo Editora Manole,
    1988.
  •  
  • L.PICQ P. VAYER. Educação psicomotora e retardo
    mental. Aplicação aos diferentes tipos de
    inadaptação. São Paulo Editora Manole, 1988. 4o
    ed.
  • LEVIN, E. A clínica psicomotora o corpo na
    linguagem. Petrópolis, RJ Vozes, 1995. 4o ed.
  •  
  • LÉVY, J. O despertar do bebê práticas de
    educação psicomotora.São Paulo Martins Fontes,
    1987. 5o ed.
  • VAYER, P. O Diálogo Corporal. A ação educativa
    para a criança de 2 a 5 anos. São Paulo Editora
    Manole, 1984.

12
PSICOMOTRICIDADEDefinições conceituais
  • Área do conhecimento que visa destacar a relação
    existente entre a motricidade, a mente e a
    afetividade e facilitar a abordagem global da
    criança por meio de uma técnica.(De Meur e Staes)
  • Concepção psicopedagógica do movimento humano.
    (Vitor Fonseca)
  • É a educação do movimento com atuação sobre o
    intelecto, numa relação entre pensamento e ação,
    englobando funções neurofisiológicas e psíquicas.
    (José Coelho)
  • Prática que tem como eixo central o movimento e o
    corpo de um sujeito desejante. (Levin e Steban)

13
O Corpo Seu significado e sua história
  • A palavra corpo teve sua origem
  • Do sânscrito garbhas que significa embrião
  • Do grego kapós que significa fruto, semente,
    envoltura
  • Do latim corpus que significa tecido de membros,
    envoltura da alma, embrião do espírito.

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Significado do corpo e sua história
  • O uso hábil do corpo foi importante na história
    da espécie humana durante milhares de anos,
    atingindo o seu apogeu na cultura grega e no
    ocidente durante a era clássica.
  • A beleza da forma humana foi ressaltada através
    da arte e do atletismo. Havia preocupação nas
    atividades físicas em desenvolver um corpo
    perfeito, proporcional e gracioso em todos os
    seus movimentos, no seu equilíbrio e na sua
    tonicidade.

15
Seu significado e sua história
  • A dicotomização existente entre o corpo e a alma
    foi estabelecida por René Descartes no séc. XVII.
    Na concepção cartesiana, o corpo seria algo
    externo não pensante. Seria o depositário da
    alma, e a alma seria a substância pensante por
    excelência. Para Descartes, a alma não executa
    nenhum tipo de participação naquilo que pertence
    ao corpo e vice-versa.

16
Seu significado e sua história
  • As atividades de raciocínio e as atividades
    físicas são tradicionalmente percebidas em nossa
    cultura de formas distintas e estanques. A
    valorização das atividades mentais em detrimento
    das atividades físicas é um fenômeno ainda
    presente na civilização ocidental.

17
História da Psicomotricidade
  • Estudos psicológicos do desenvolvimento humano
    demonstraram a importância do uso do corpo no
    desenvolvimento cognitivo da criança. A partir de
    então a relação entre corpo e mente vem sendo
    alvo de inúmeros estudos e indagações.
  • O termo Psicomotricidade aparece a partir do
    discurso médico, mais precisamente neurológico
    numa visão organicista que tem como prioridade o
    estudo do movimento em si.

18
História da Psicomotricidade
  • No século XX a Psicomotricidade se estabelece
    como ciência independente.
  • Vários estudiosos contribuíram para a visão atual
    da Psicomotricidade. Os trabalhos de Wallon,
    Gesel, Ajuriaguerra e Piaget, são citados nos
    estudos da educação psicomotora
  • Wallon ressaltou a relação entre o afeto e a
    emoção no desenvolvimento psicomotor

19
História da Psicomotricidade
  • Piaget destacou a relação evolutiva da
    motricidade com a formação do pensamento
    cognitivo
  • Ajuriaguerra vem contemplar a questão corporal em
    sua relação com o meio ambiente, mais
    especialmente no que diz respeito a
    conscientização da criança em relação ao seu
    próprio corpo.

20
História da Psicomotricidade
  • A Psicomotricidade atual encontra-se permeada por
    uma interdisciplinariedade onde linhas de análise
    diferenciadas se entrecruzam nas práticas
    existentes.
  • Práticas fundamentadas nas concepções
    psicomotoras existentes tendem a considerar que
    os determinantes biológicos e culturais da
    criança contribuem dialeticamente na construção
    do corpo (motor), da mente (pensamento e
    inteligência) e da afetividade (emoção) .

21
História daPsicomotricidade
  • Os primeiros trabalhos realizados tinham uma
    proposta reeducativa, um caráter terapêutico, já
    que se preocupavam em reabilitar funções
    psicomotoras que se encontravam prejudicadas.
  • A educação psicomotora preconizada por Piaget
    aparece com a intenção de estimular as crianças
    de forma adequada, em cada fase do seu
    desenvolvimento.

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A história da Psicomotricidade
  • A Educação Psicomotora tem predominância na
    pré-escola e é considerada uma educação de base.
    Ela está intrinsecamente ligada a capacidade de
    aprender ao conteúdos da pré-escola. Com ela a
    criança toma consciência do seu corpo, da
    lateralidade, da sua situação e da situação de
    outros objetos no espaço, do domínio temporal,
    além de adquirir habilidades de coordenação de
    seus gestos e movimentos.

23
Bases neurológicas da maturação psicomotora
  • Para o funcionamento do sistema motor é
    necessário a coordenação de vários componentes
    neurais e musculares de uma maneira altamente
    integrada e diferenciada.
  • Quando alguém resolve atirar ou agarrar um objeto
    com as mãos, observamos primeiramente a relação
    olho-mão.Cada pequeno movimento feito é
    supervisionado pelas áreas cerebrais
    responsáveis, pela precisão e alcance da meta
    estabelecida. Isto é chamado de refinamento e
    regulação do movimento.

24
Bases neurológicas psicomotoras
  • Para que este movimento ocorra com sucesso o
    cérebro precisa ter condições de perceber o
    movimento em cada uma das suas etapas. As
    informações sobre a localização do objeto e da
    mão são captadas pelas vias sensitivas e
    transformadas numa espécie de mapa para o sistema
    nervoso.

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Bases neurológicas Psicomotoras
  • A postura e o movimento dependem da combinação de
    reflexos involuntários, coordenados pela medula
    espinhal, e de ações voluntárias, controladas
    pelos centros nervosos superiores
  • A postura e o movimento dependem da contração de
    alguns músculos esqueléticos
  • O sistema motor está organizado a executar
    contrações coordenadas, em grande parte por meio
    de REFLEXOS, que são integrados na medula
    espinhal.

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Bases neurológicas psicomotoras
  • Reflexos Medulares são respostas estereo-
  • típicas a tipos específicos de estímulos.
  • O controle da postura e do movimento pelo tronco
    encefálico se dá através
  • Vias motoras descendentes
  • Cerebelo movimento postura aprendizado
    motor freqüência alcance
  • Força e direção - COORDENAÇÃO

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Bases neurológicas psicomotoras
  • A percepção que o indivíduo tem do mundo depende
    das suas atividades motora. A posição e o status
    do próprio corpo irá regular a sua percepção de
    mundo. Convém dizer que o sistema perceptual e
    motor estão sempre interagindo em grande parte
    das atividades motoras.
  • A evolução da percepção de seu próprio corpo na
    criança irá desenvolver o chamado sentido
    cinestésico. Com ele é possível termos uma noção
    da localização dos nossos membros no espaço.

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Bases neurológicas psicomotoras
  • O desenvolvimento observado a partir da maturação
    do sistema nervoso pode ser caracterizado por
    iniciar-se na região da cabeça, estendendo-se até
    o tronco e só depois às pernas (céfalo-caudal ),
    como do tronco às mãos e dedos (próximo-distal).
    Nos movimentos funcionais esta seqüência também é
    verdadeira.

29
O papel dos estímulos no desenvolvimento da
criança
  • A evolução tônica do corpo da criança está
    indissociavelmente ligada aos ESTÍMULOS
    oferecidos pelo meio ambiente. O equilíbrio entre
    a evolução corporal do sujeito e os estímulos
    ambientais são a base do seu aprendizado.
  • Os ESTÍMULOS podem ser 1. PROPRIOCEPTIVOS-
  • são sensações cinestésicas que nascem do
    corpo
  • 2. EXTEROCPTIVOS - são estímulos exteriores ao
    organismos que agem sobre ele através de
    experiências sensitivas (de contato, pressão
    etc.) e sensoriais (visão e audição)
  • 3. INTEROCEPTIVOS são estímulos vindo das
    vísceras.

30
O papel dos estímulos
  • A criança tende a responder tanto às perturbações
    interiores quanto as exteriores. Há uma
    desequilibração e uma busca de novos meios para
    atingir novamente o equilíbrio (reequilibração).
    Deve se estabelecer uma relação dialética onde o
    estímulo o meio e a resposta vão se desenvolvendo
    gradativamente.

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O papel dos estímulos no desenvolvimento da
criança
  • Aspectos a serem evidenciados na educação
    psicomotora
  • 1. A formação do EU desenvolvimento do esquema
    corporal e dominância lateral.
  • 2. Despertar a si próprio
  • 3. Acesso a noção de espaço
  • 4. Acesso a noção de tempo

32
Papel dos estímulos no desenvolvimento da criança
  • Nestes princípios estão estabelecidas as bases da
    educação psicomotora. Entende-se que a educação
    psicomotora deve englobar diversas atividades
    oferecidas as crianças de forma seqüencial
    observando a etapa de desenvolvimento em que elas
    se encontram.

33
Elementos Básicos da Psicomotricidade
  • ESQUEMA CORPORAL É o conhecimento intuitivo,
    imediato que a criança tem do seu próprio corpo.
    É um elemento básico para a formação da
    personalidade. É a representação relativamente
    global, científica e diferenciada que a criança
    tem de seu corpo e de gerar as possibilidades de
    atuação sobre as partes do seu corpo, sobre o
    mundo exterior e sobre os objetos que o cerca
  • É a organização das sensações relativas ao seu
    próprio corpo.

34
Esquema Corporal
  • O corpo é considerado a primeira forma de
    linguagem, já que com ele, a criança introduz
    sua comunicação com o meio. É a linguagem da ação
    .(Le Boulch)
  • A partir desta organização a criança se torna
    apta a realizar suas diversas possibilidades de
    ação.
  • A educação do Esquema Corporal engloba o controle
    postural (atitudes) e o controle segmentar (os
    gestos dos membros superiores e inferiores)

35
Esquema Corporal
  • A organização do Esquema Corporal se dá através
  • 1. Da percepção e controle do próprio corpo, ou
    seja da interiorização das sensações relativas a
    esta ou aquela parte do corpo e a sensação do
    corpo como um todo
  • 2. Um equilíbrio postural econômico
  • 3. Uma lateralidade bem definida

36
Lateralidade
  • A Lateralidade corresponde a dados neurológicos,
    mas também é influenciado por hábitos sociais.
    Identifica não somente a preferência manual, mas
    a organização do conceito de esquerda e direita
    determinando o uso de maior força e maior
    agilidade e precisão pelo membro determinado.

37
Lateralidade
  • A lateralidade é uma dimensão da atividade motora
    humana marcada pela dominância de um lado
    corporal sobre o outro. Um lado do corpo, e
    consequentemente uma parte do cérebro assume uma
    ascendência nas variadas atividades motoras e
    perceptivas. A lateralidade pode ser compreendida
    como a bússola do esquema corporal.

38
Lateralidade
  • Há comprovadamente uma tendência de dominação do
    hemisfério esquerdo do cérebro nas atividades
    motoras. Acredita-se que o lado dominante é
    parcialmente inato ao sujeito e parcialmente
    adquirido. Observa-se que existe uma lateralidade
    homogênea - quando a criança é destra ou
    sinestra (canhota) de olho, mão e pé, e uma
    lateralidade heterogênea quando a criança for
    destra da mão e do olho e canhota do pé, ou de
    forma cruzada, canhota da mão e destra do pé.

39
Coordenação Óculo - Manual
  • Tem como finalidade o domínio do campo visual,
    associado a motricidade fina das mãos elementos
    básicos para o grafismo.
  • Em um gesto bem adaptado interferem os seguintes
    fatores 1. A independência ligada ao equilíbrio
    geral e a independência muscular 2. A
    possibilidade de repetir o mesmo gesto sem perder
    a precisão 3. A independência direita esquerda.

40
Coordenação e Dinâmica Geral
  • Esta parte é constituída de exercícios de
    equilíbrio que é a base essencial da coordenação
    e dinâmica geral.
  • Os exercícios de equilíbrio têm como finalidade
    melhorar o comando nervoso, a precisão motora e o
    controle global dos deslocamentos do corpo no
    tempo e no espaço. Constituem-se de modo geral de
    exercícios de marchas e saltos.

41
Estruturação Espaço - Temporal
  • A consciência espacial e a busca de um equilíbrio
    neste espaço é fundamental no desenvolvimento
    humano. Esta consciência tão necessária é
    dependente da estruturação de um esquema
    corporal. A partir das noções sobre o seu próprio
    corpo a criança progressivamente irá localizar os
    objetos em relação a si mesma e depois entre eles.

42
Estruturação Espaço Temporal
  • Crianças com dificuldades em sua percepção
    espacial tendem a se tornar dispersas em seu
    ambiente, no período escolar costumam confundir
    as letras na hora de escrever, como por exemplo o
    b e o d o p e o q. Dificuldades em estabelecer
    diferenças entre o antes e o depois, são
    percebidas em crianças com distúrbios em sua
    orientação temporal e também espacial.

43
Estruturação Espaço - Temporal
  • Os exercícios de organização e estruturação
    temporal trabalham com noções importantes para o
    aprendizado da escrita e da leitura.
    Desenvolve-se inicialmente as noções de antes,
    agora, depois, lento, rápido, simultâneo,
    sucessivo etc., que devem fazer parte do
    repertório de experiências vivenciadas
    naturalmente pela criança. Em seguida dedica-se
    uma atenção especial aos exercícios que
    introduzem ritmo, tais exercícios exigem uma
    apreensão atenta da sucessão temporal, em termos
    de duração e intervalo.

44
Estruturação Espaço - Temporal
  • Na Organização e Estruturação Espacial
    apresenta-se à criança exercícios a nível da
    experiência vivida, manipulação de conceitos
    espaciais importantes para o processo da
    alfabetização. Os conceitos espaciais direita,
    esquerda, atrás, na frente, entre, perto, longe,
    maior, menor, são vivenciados através de
    movimentos específicos. A partir daí, se propõe
    exercícios em que, com maior intensidade se
    coloca a mediação de um raciocínio, de uma
    reflexão sobre os dados vivenciados no primeiro
    nível.

45
Motricidade Fina das Mãos e dos Dedos
  • Os exercícios de motricidade fina são muito
    importantes para a criança, na medida em que
    educam o gesto requerido para a escrita, evitando
    a pressão inadequada que tanto prejudicam o
    grafismo, tornando o ato de escrever uma
    experiência eversiva à criança. Dada a
    importância desse tipo de trabalho, é conveniente
    no início aplicar os exercícios de motricidade
    fina, antes de qualquer trabalho gráfico.

46
A importância da Estimulação Psicomotora Precoce
  • Desde os primeiros meses o bebê é
    psicologicamente ativo e a maturação de suas
    funções sensórios motoras dependem amplamente dos
    estímulos oferecidos pelo meio.
  • A estimulação Psicomotora precoce surge através
    de preocupações fundamentadas na educação, na
    prevenção e mesmo na cura de distúrbios
    apresentados muito precocemente em determinadas
    crianças.

47
Importância da Estimulação Psicomotora Precoce
  • Com a estimulação precoce é possível estar
    interferindo e estimulando os vários níveis de
    expressão corporal, encontrados no bebê. Seriam
    eles o gestual, tônico, mímico, ocular,
    sinestésico e auditivo.
  • A ausência de estímulos pode paralisar a
    maturação e interferir na organização do sistema
    nervoso, de maneira a ocorrer perda definitiva de
    funções inatas.

48
Os primeiros anos de vida
  • Neste período o bebê estará sempre atento as
    relações afetivas estabelecidas com ele pela mãe.
    Ele apresenta reações que desencadeiam e reforçam
    esta relação. O ambiente familiar como um todo
    também é importante e as reações do bebê irão se
    caracterizar por meio de sinais vocais,
    tônicos-posturais, oculares e mímicos.

49
Os primeiros anos de vida
  • O bebê deve ser estimulado em todas as suas
    capacidades sensoriais e motoras, respeitando-se
    os limites que serão impostos pela própria
    criança. Deve-se procurar perceber o fundo
    tônico-postural e cinético-reflexo apresentado. O
    bebê pode ser preparado para a posição sentada
    com a tonificação de sua musculatura, para
    aposição de pé desde que ele perceba o papel e o
    apoio dos pés, para o andar se for estimulado
    adequadamente na busca do equilíbrio.

50
Os primeiros anos de vida
  • Para iniciar a estimulação é importante que o
    bebê esteja relaxado e confiante. Ele não deve
    ser obrigado a fazer algum exercício e nem tão
    pouco ser superestimulado. O adulto deve adaptar
    o ritmo imposto pela criança à sua prática. O
    bebê deve ser estimulado durante suas atividades
    cotidianas e as pessoas que convivem diretamente
    com ele poderão ficar atentos as suas atitudes em
    momentos específicos de sua vida na forma de
    carregá-lo, de trocá-lo de dar-lhe banho, comida
    e de brincar.Suas atividades poderão ser
    conduzidas de maneira espontânea.

51
Os primeiros anos de vida
  • A apresentação da estimulação para o bebê pode
    ser descrita a partir de quatro fases distintas
  • Até os três meses a educação motora não é
    sistematizada, mas apenas baseada na descontração
    da criança. Nesta idade o corpo é rígido, os
    braços e pernas estão constantemente dobrados e
    os punhos cerrados.

52
Os primeiros anos de vida
  • 2. De três a seis meses começa os exercícios de
    preparação para a posição sentada. Há uma maior
    tonicidade da nuca e do tronco.Ele vira a cabeça
    ao ouvir barulho, usa os reflexos de equilíbrio,
    orienta-se no espaço, brinca com o corpo e está
    sempre olhando a mão. É o início da coordenação
    entre olhar e pegar.

53
Os primeiros anos de vida
  • 3. De seis a doze meses este período é marcado
    pelo movimento global, pela aquisição da postura
    sentada e preparação para a posição de pé. Nesta
    época a criança é capaz de pegar os brinquedos e
    largá-los, já que tem o movimento de preensão
    adquirido. Já reconhece o meio de que faz parte e
    consegue distinguir as pessoas que estão ao seu
    redor. Tem consciência de si e dos outros.
    Sente-se desamparada na ausência da mãe. Começa a
    se locomover arrastando-se e depois engatinhando.

54
Os primeiros anos de vida
  • 4. De nove a quinze meses período dos jogos, de
    aquisição da posição de pé e de preparação à
    independência. Nesta fase a criança está
    descobrindo o mundo. É visível o ímpeto de
    alcançar e agarrar tudo que vê e de fazer as
    coisas por si mesma.
  • O ambiente para a estimulação deve ser calmo e
    descontraído, proporcionando o desenvolvimento
    físico, afetivo e intelectual da criança.

55
Os Anos Pré-Escolares e as Séries Iniciais
  • Desenvolvimento da criança dos 02 aos 05
    anos
  • Esta é a época marcada pela aprendizagem global e
    do uso de si mesmo. A preensão vai se
    especializando cada vez mais, tornando-se
    associada a gestos e a locomoção encontra-se mais
    coordenada.
  • A motilidade e a cinestesia permitem uma
    utilização mais diferenciada e precisa do próprio
    corpo.

56
O anos pré escolares e as séries iniciais
  • Nesta fase é importante estar estimulando
  • O equilíbrio, coordenação corporal geral
  • A percepção do corpo e do espaço
  • A coordenação olho-pé, olho mão
  • Exercícios de pular e sequenciar
  • Movimentos locomotores diversos
  • Desenvolvimento das habilidades sociais
  • Coordenação motora fina
  • Desenvolvimento de habilidades por meio de jogos
    simples

57
A segunda Infância
  • O desenvolvimento infantil a partir dos 05
    anos
  • A criança agora entrou no estágio da
    diferenciação e análise, da representação.Encontra
    -se no meio de uma auto-construção e o ambiente
    em que está inserida tem grande influência neste
    processo. É importante nesta fase que o meio lhe
    dê possibilidades de comunicação, de modo que
    ela sinta segurança para se desenvolver.
  • Ocorre uma melhor elaboração do universo
    exterior, com uma evolução do esquema corporal e
    da noção do outro.

58
A Segunda Infância
  • Fatores a serem estimulados na criança de 04 a
    08 anos
  • Educação do esquema corporal
  • Consciência e controle do próprio corpo
  • Educação de uma atitude equilibrada e econômica
  • Educação da respiração

59
A Segunda Infância
  • As condutas motoras de base
  • Equilíbrio Geral
  • Coordenação Dinâmica
  • Coordenação Óculo Manual
  • As condutas perceptivas motoras
  • Educação da percepção
  • Organização do espaço
  • Organização do Tempo
  • Educação Motora Diferenciada
  • Educação da mão
  • Preparação das aprendizagens escolares

60
Distúrbios Psicomotores
  • Os distúrbios físicos e ambientais
  • Entre as causas neurológicas de distúrbios
    psicomotores estão os danos nas zonas do
    hemisfério esquerdo responsáveis pela coordenação
    dos movimentos.
  • Estes tipos de transtornos irão estabelecer
    quadros de patologias denominadas de apraxias.
  • As apraxias são um conjunto de transtornos
    relacionados nos quais um indivíduo fisicamente
    capaz de entender um pedido, é incapaz de
    realizá-lo na ordem adequada ou da maneira
    adequada.

61
Distúrbios Psicomotores
  • As apraxias podem ser divididas em
  • Apraxia membro-cinética o indivíduo não consegue
    desempenhar um comando com as duas mãos
  • Apraxia ideomotora o indivíduo executa as ações
    desajeitadamente e usa a própria parte do corpo
    como objeto
  • Apraxia ideacional o indivíduo apresenta uma
    dificuldade especial em passar por uma seqüência
    de ações de forma suave e na ordem correta.

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Distúrbios Psicomotores
  • Vários são os fatores que contribuem para
    que uma criança adquira um distúrbio ou atraso
    psicomotor por causas estritamente físicas.
    Pode-se citar
  • A prematuridade
  • O déficit auditivo
  • A deficiência visual de nascença ou congênita.

63
Distúrbios Psicomotores
  • Alguns traumatismos podem acarretar maiores
    dificuldades nas atividades psicomotoras. São
    eles
  • 1. Deformação da coluna vertebral
  • 2. Assimetria das pernas
  • 3. Achatamento da arcada plantar
  • Em relação as influências ambientais podem
    ser citadas duas situações críticas
  • 1.As carências de estimulação sensório motora
  • 2.As carências afetivas

64
Distúrbios Psicomotores
  • Os transtornos psicomotores compreendem as
    funções psíquicas e neurológicas, além de um
    atraso na maturação do sistema nervoso central.
    Sua principal característica é a falta de
    coordenação entre o que o indivíduo pretende
    fazer e a ação propriamente dita, o que dificulta
    a capacidade de expressar-se através do corpo
  • Isso provoca distúrbios afetivos e também
    problemas de aprendizagem.

65
Distúrbios Psicomotores
  • Podemos considerar na Psicomotricidade os
    seguintes transtornos
  • Perturbações Motoras - Hipertividade
  • Perturbações intelectuais
  • Perturbações do esquema corporal
  • Perturbações da lateralidade
  • Perturbações Espaço-Temporal
  • Perturbações do grafismo
  • Perturbações Afetivas

66
A Intervenção em Psicomotricidade
  • A intervenção em Psicomotricidade pode-se dividir
    em duas componentes
  • Psicomotricidade Instrumental intervenção com
    maior fundamentação de tipo cognitivo e
    neurológico, privilegia a intervenção centrada
    nas situações problemas. As situações devem ser
    apresentadas em forma de jogo e de forma a serem
    vividas como situações de êxitos, estabelecendo
    uma relação de confiança e motivação entre a
    criança e a ação.

67
Intervenção em Psicomotricidade
  • 1. Psicomotricidade Instrumental O recurso à
    demonstração deverá ser reduzido, evitando a
    imitação, utilizando a mediação cognitiva de
    forma a favorecer os processos de análise,
    integração e elaboração da informação, promovendo
    as capacidades de reflexão, invenção, expressão e
    transposição, possibilitando a expressão criativa
    do indivíduo.A verbalização deve ser explorada
    quer na antecipação da experiência imediata à
    tomada de consciência.

68
Intervenção em Psicomotricidade
  • 2. Psicomotricidade Relacional centra-se na
    componente psico-afetiva e relacional, permite
    como que um reviver regressivo da relação
    primordial maternal num diálogo
    tônico-emocional. Neste diálogo, por
    mediatização corporal a comunicação é sobretudo
    não verbal, envolvendo as orientações corporais,
    as posturas, a distância interpessoal, as
    mímicas, as gestualidade, a respiração, a voz, a
    sincronia rítmica, o contato corporal, o olhar, o
    odor,...

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Intervenção em Psicomotricidade
  • A intervenção deve basear-se em situações que
    possibilitem ultrapassar os bloqueios existentes
    e permitam a flexibilidade e liberdade de
    expressão gestual, através de uma atmosfera
    permissiva, segura e lúdica.Os objetos ( balões,
    cordas, arcos, bolas, tecidos, etc.) devem ser
    utilizados como mediadores, sendo introduzidos
    não apenas pela sua funcionalidade e utilização
    práxica, mas sobretudo pelas produções do tipo
    simbólico que vão encorajar.

70
Intervenção em Psicomotricidade
  • O ambiente lúdico constitui outro aspecto
    fundamental ao nível da Psicomotricidade, dadas
    as suas características ( ativo, dinâmico,
    significativo, motivante, construtor, ...),
    constitui um facilitador e potencializador da
    vivência corporal, da relação, da comunicação e
    da aprendizagem.

71
Educação Psicomotora
  • A Educação Psicomotora é uma ação pedagógica com
    o objetivo de normalizar ou melhorar o
    comportamento da criança. É indispensável nas
    aprendizagens escolares.
  • A Educação Psicomotora procura aprimorar os
    mediadores (elementos) que influem na vida
    intelectual da criança e que se encontram
    subjacentes ao aprendizado da leitura e da
    escrita.

72
Reeducação Psicomotora
  • A Reeducação Psicomotora é dirigida às crianças
    que sofrem perturbações instrumentais
    (dificuldades ou atrasos psicomotores). Trata-se
    de diagnosticar as causas do problema e de fazer
    um balanço das aquisições e das carências, antes
    de fixar um programa de intervenção reeducativo.

73
A Reeducação Psicomotora
  • Deve começar o mais cedo possível quanto mais
    nova for a criança, menos longa será a sua
    reeducação. A reeducação é urgente sobretudo para
    os problemas afetivos. Quanto mais o tempo passa,
    mais a criança se bloqueia em um tipo de reação.
    A reeducação ajudará a adotar um outro
    comportamento mais apropriado.

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Quando se deve empreender uma Reeducação
Psicomotora?
  • Embora não exista uma escala de idades pode-se
    indicar
  • A Reeducação pode começar na idade que varia
    entre 18 e 24 meses para crianças que acusam
    atraso motor, grandes déficits motores ou
    bloqueio afetivo
  • Quanto aos problemas de esquema corporal e de
    estruturação espacial, sugere-se atendimento a
    crianças com aproximadamente 05 anos
  • Certas dificuldades motoras e certos casos de
    instabilidades psicomotoras, podem desde a idade
    de 04 anos constituir objeto de uma reeducação.

75
Reeducação Psicomotora
  • A idade de 06 anos é a mais comum para as
    reeducações. É na primeira série que o professor
    constata mais seguramente as deficiências de
    organização espacial ou temporal da criança, sua
    lentidão no trabalho, sua falta de concentração,
    ou mesmo sua hiperatividade.
  • As sessões de reeducação são quase sempre
    individuais por causa da importância do seu
    aspecto relacional. Poderá entretanto ser
    proposto uma reeducação em grupo quando se atinge
    um nível satisfatório de estabilidade na
    reeducação.

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A Reeducação Psicomotora
  • O Reeducador ou Psicomotricista deverá dosar para
    cada sessão um número certo de exercícios, que
    deverão ser variados, sem intervalos, mas com
    ritmo, que não poderá ser muito rápido para
    evitar cansar a criança. Os exercícios de
    concentração serão alternados com exercícios
    menos absorventes, no decorrer dos quais a
    linguagem e o movimento tornam-se uma
    descontração.
  • O humor deve fazer parte de uma sessão, ajuda a
    criança assumir suas dificuldades com otimismo.

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A Reeducação Psicomotora
  • A criança poderá escolher livremente certos jogos
    ou material que o reeducador integra em suas
    sessões. As conversas espontâneas da criança são
    ouvidas na hora, sua extensão dependerá do
    assunto, mas não poderá interromper as sessões.
  • É aconselhável começar uma sessão e terminar com
    exercícios conhecidos. Esta tática dá confiança à
    criança e contribui para a estabilidade entre as
    sessões .

78
A Reeducação Psicomotora
  • O trabalho em grupo pode inserir a criança na
    vivência dos relacionamentos interpessoais
    (aprender a partilhar, a ser ela própria no grupo
    etc.)
  • O local deve ser amplo para os exercícios motores
    e reservado para outros exercícios sentados (mesa
    e cadeiras adaptadas à estatura das crianças),
    bem como colchonetes e tatames para exercícios
    sensório-motores que são realizados no chão.

79
A Reeducação Psicomotora
  • O local deve também ser alegre e decorado com
    gravuras estimuladoras e com brinquedos
  • Duração de uma sessão entre meia hora e 45
    minutos.
  • Número de sessões 02 sessões por semana em
    função da continuidade e eficácia da reeducação,
    principalmente no início. A quantidade poderá ser
    aumentada ou diminuída conforme as necessidades
    da criança.

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A Reeducação Psicomotora
  • Algumas superam seu atraso em um trimestre,
    outras em um ano, outras em dois variando
    conforme a gravidade do caso, a origem da
    deficiência, idade, experiência vivida etc.
  • Organização interna de uma sessão a criança
    deverá sentir o seu período de reeducação como um
    momento feliz. O esforço é parte integrante da
    sessão, pois chegará a um resultado positivo.

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A Avaliação Psicomotora
  • A avaliação psicomotora é importante para se
    diagnosticar dificuldades e distúrbios
    psicomotores presentes no desenvolvimento
    infantil. Independente de qualquer manifestação
    evidentes de distúrbios, pode-se avaliar ou
    proceder um exame psicomotor com o objetivo de
    acompanhar o desenvolvimento da criança.

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Procedimentos para uma Avaliação
  • 1. A entrevista de anamnese é uma técnica de
    investigação científica, um instrumento
    fundamental do método clínico normalmente
    utilizado quando se torna necessário enfocar a
    história pregressa da criança (aluno), de uma
    maneira sistemática e formal. A anamnese
    constitui a própria história do desenvolvimento,
    envolvendo a área familiar , social, e cultural.
    Esta entrevista deve ser realizada com a mãe da
    criança ou responsável que conheça a história da
    criança.

83
Avaliação
  • 2. Tabela de avaliação - As tabelas são
    escolhidas considerando a idade cronológica da
    criança. Para crianças de 0 a 24 meses sugerimos
    a tabela de avaliação adaptada por Vitor Fonseca,
    que avalia as seguintes áreas do comportamento
  • Locomoção (L)
  • Viso-Motricidade (VM)
  • Audição e Linguagem Falada (ALF)
  • Maturação Sócio Emocional (MSE)
  • Praxias (P)

84
Avaliação
  • 3. Tabela 02 para crianças de 03 a 05 anos (Pré
    Escolares). Avalia as seguintes áreas do
    comportamento
  • Área afetivo social
  • Hábitos e atitudes
  • Esquema corporal
  • Estruturação e orientação espaço temporal
  • Lateralidade
  • Motricidade ampla e fina
  • Percepção Visual
  • Proporção (habilidades conceituais)
  • Área cognitiva (Linguagem e análise e síntese)

85
Avaliação
  • Após a avaliação o Reeducador, constrói o Perfil
    de Desenvolvimento, limitando-se a comentar o
    desempenho da criança na avaliação, com a
    preocupação de manter a objetividade, e proceder
    o diagnóstico psicomotor.

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Psicomotricidade seu significado, sua história
  • Definições conceituais
  • Ciência que visa destacar a relação existente
    entre a motricidade, a mente e afetividade, de
    maneira a facilitar uma abordagem global da
    criança por meio de uma técnica (De Meur L.
    Staes,1989)
  • Concepção psicopedagógica do movimento humano
    (Vítor da Fonseca,1993)
  • É a educação do movimento com atuação sobre o
    intelecto, numa relação entre pensamento e ação,
    englobando funções neurofisiológicas e psíquicas
    (José E.A Coelho,M)
  • Prática que tem como eixo central o movimento e o
    corpo de um sujeito desejante. (Levin, Steban,
    1995)

326
Psicomotricidade seu significado, sua história
  • As concepções históricas do corpo e a história da
    psicomotricidade
  • A palavra corpo teve sua origem
  • Do sânscrito garbhas que significa embrião
  • Do grego kapós que significa fruto, semente,
    envoltura e, por último
  • Do latim corpus que significa tecido de membros,
    envoltura da alma, embrião do espírito.
  • O uso hábil do corpo foi importante na história
    da espécie durante milhares de anos, atingindo o
    seu apogeu na cultura grega e no ocidente durante
    a era clássica.  
  • A beleza da forma humana era sobressaltada
    através da arte e do atletismo. Havia a
    preocupação, nestas atividades, em desenvolver um
    corpo perfeito, proporcional e gracioso em todos
    os seus movimentos, no seu equilíbrio e na sua
    tonicidade.

327
Psicomotricidade seu significado, sua história
  • A dicotomização existente entre corpo e alma, foi
    estabelecida por René Descartes no séc. XVII. Na
    concepção cartesiana, presente ainda nos dias
    atuais, o corpo seria algo externo não pensante.
    É o depositário da alma. A alma seria a
    substância pensante por excelência. Para
    Descartes a alma não executa nenhum tipo de
    participação naquilo que pertence ao corpo e
    vice-versa.
  •  As atividades de raciocínio e as atividades
    físicas são tradicionalmente percebidas, em nossa
    cultura, de formas distintas e estanques. A
    valorização demasiada das atividades mentais em
    detrimento das atividades físicas também é um
    fenômeno ainda presente na civilização ocidental.

328
Psicomotricidade seu significado, sua história
  • Estudos psicológicos do desenvolvimento humano
    demonstraram a importância do uso do corpo no
    desenvolvimento cognitivo na criança. A partir de
    então a relação entre corpo e mente vem sendo
    alvo de inúmeros estudos e indagações.

329
Psicomotricidade seu significado, sua história
  • História da Psicomotricidade (A afirmação da
    Psicomotricidade como Conceito Teórico e como
    Prática Educacional)
  • O termo Psicomotricidade aparece a partir do
    discurso médico, mais precisamente neurológico.
    Isto contribuiu para uma abordagem da
    psicomotricidade voltada para uma visão
    organicista que tem como prioridade o estudo do
    movimento em si ( nesta abordagem, as atividades
    corporais não mantinham nenhum vínculo com as
    atividades psicológicas ou intelectuais).
  • No séc. XX a psicomotricidade se estabelece como
    prática independente. Perguntas relativas a
    contribuição das emoções e dos inúmeros tipos de
    sensações no desenvolvimento corporal começam a
    suscitar interrogações sobre a forma de se pensar
    a psicomotricidade.
  • A dicotomização cartesiana de corpo e alma
    torna-se então alvo de especulações e
    questionamento Qual a relação entre corpo e
    alma? Porque diferencia-los?

330
Psicomotricidade seu significado, sua história
  • Vários estudiosos contribuíram para a visão atual
    da psicomotricidade. Sua importância na
    construção histórica dos conceitos de
    psicomotricidade são indiscutíveis. Os trabalhos
    de Wallon, Gesell, Piaget e Ajuriaguerra são
    utilizados com bastante freqüência por pessoas
    que se interessam ou trabalham com educação
    psicomotora.
  • Wallon ressaltou a relação, o afeto e a emoção no
    desenvolvimento psicomotor. Piaget destacou a
    relação evolutiva da psicomotricidade com a
    formação do pensamento cognitivo. Já as obras de
    Ajuriaguerra vem contemplar a questão corporal em
    sua relação com o meio ambiente, mais
    especificamente no que diz respeito à
    conscientização da criança em relação ao seu
    próprio corpo.
  • A psicomotricidade atual encontra-se permeada por
    uma interdisciplinaridade, onde linhas de análise
    diferenciadas se entrecruzam nas práticas
    existentes. Práticas fundamentadas nas concepções
    psicomotoras existentes tendem a considerar que
    os determinantes biológicos e culturais da
    criança contribuem dialeticamente na construção
    do motor (corpo), da mente (emoção) e da
    inteligência.

331
Psicomotricidade seu significado, sua história
  • Os primeiros trabalhos realizados em
    psicomotricidade tinham uma proposta reeducativa.
    Elas tinham um caráter terapêutico, já que se
    preocupavam em reabilitar funções psicomotoras
    que encontravam-se prejudicadas. Esta ação tinha
    como alvo sujeitos que apresentavam déficits
    motores e cognitivos.
  • A educação psicomotora, preconizada por Jean
    Piaget aparece com a intenção de estimular as
    crianças de forma adequada, em cada fase do seu
    desenvolvimento. As práticas em psicomotricidade
    se estabelecem não somente como uma reeducação
    psicomotora mas também como uma educação
    psicomotora.
  • A educação psicomotora tem predominância na
    pré-escola e é considerada uma educação de base.
    Ela está intrinsecamente ligada a capacidade de
    aprender os conteúdos do período pré-escolar. Com
    ela a criança toma consciência do seu corpo, da
    lateralidade, da sua situação e da situação de
    outros objetos no espaço, do domínio temporal
    além de adquirir habilidades de coordenação de
    seus gestos e movimentos.

332
As vivências corporais
  • O corpo e suas emoções
  • O corpo é considerado a primeira forma de
    linguagem para a criança, já que com ele ela
    introduz sua comunicação com o meio. É a
    linguagem da ação.
  • Pouco a pouco a criança vai se apropriando de seu
    corpo, de forma a aprender como usa-lo no seu
    dia-dia. Para isso ela vai realizando conquistas
    sucessivas em relação ao seu espaço, seus
    movimentos, suas posturas, seus gestos e seus
    tempos. No decorrer destes acontecimentos este
    corpo vai se caracterizando e tornando-se uma
    espécie de identidade.
  • O corpo torna-se meio para a ação, para o
    conhecimento e para as relações. As experiências
    corporais interferem na vida mental, afetiva e
    motora dos indivíduos. O corpo deve ser visto em
    sua totalidade, pois nele se inscrevem todas as
    tensões e emoções que caracterizam a evolução
    psicoafetiva de um sujeito.

333
As vivências corporais
  • O psicomotricista deve ser capaz de compreender o
    indivíduo a partir do seu corpo, seus gestos,
    suas posturas e também do seu tônus muscular.
  • É a atividade tônica que permite as atitudes e as
    posturas. É através dela que a criança consegue
    erguer-se e manter-se de pé. Ela serve de
    embasamento para a atividade motora. Com a
    atividade tônica o bebê inicia sua comunicação
    com o mundo e através dela ele irá durante toda a
    sua vida expressar-se corporalmente por meio de
    relações tônico-afetivas.

334
Base do estudo do desenvolvimento psicomotor
  • Evolução neuroanatomica/fisiológica e Evolução
    psicológica
  • A evolução do homem de quadrúpede para bípede.
    (uso das mãos no preparo de instrumentos)
  • Evolução da ação com as mãos (homo habilis) para
    a ação com as palavras (homo sapiens). A
    informação sensorial foi transformada num
    processo cognitivo. Criou-se a linguagem interior
    e o símbolo.
  • Com o símbolo o pensamento se exprime e se
    organiza. A partir do símbolo as experiências e a
    cultura puderam ser transmitidas ao longo das
    gerações.
  • Na evolução de cada indivíduo observa-se a
    passagem do feto da posição curva para a
    vertical. Inicialmente o bebê apresenta uma
    tendência a se atirar, mesmo antes de conseguir
    manter-se sobre as pernas.

335
Base do estudo do desenvolvimento psicomotor
  • Nesta época o tronco forma um bloco com o resto
    do corpo. Somente na fase da puberdade a bacia
    sofre uma profunda transformação e torna-se mais
    flexível durante o movimento. Nesta fase pode-se
    destacar a passagem do ritmo da criança para o
    ritmo do adulto (numerosos fatores psicológicos
    podem influenciar esta passagem determinando a
    forma que este adulto irá se locomover).

336
Neuro-psicomotricidade bases neurológicas da
maturação psicomotora
  • Para o funcionamento do sistema motor é
    necessária a coordenação de vários componentes
    neurais e musculares de uma maneira altamente
    integrada e diferenciada.
  • Quando alguém resolve atirar ou agarrar um objeto
    com as mãos observamos primeiramente a relação
    olho-mão. Cada pequeno movimento feito é
    supervisionado pelas áreas cerebrais responsáveis
    pela precisão e alcance da meta estabelecida
    (atirar ou pegar o objeto). Isto é chamado de
    refinamento e regulação do movimento.
  • Para que este movimento ocorra com sucesso o
    cérebro precisa ter condições de perceber o
    movimento em cada uma de suas etapas. As
    informações sobre a localização do objeto e da
    mão são captadas pelas vias sensitivas e
    transformadas numa espécie de mapa para o sistema
    nervoso.

337
Neuro-psicomotricidade bases neurológicas da
maturação psicomotora
  • Desta forma a percepção que o indivíduo tem do
    mundo depende grandemente das suas atividades
    motoras. A posição e o status do próprio corpo
    irá regular a sua percepção de mundo.
  • Convém dizer que o sistema perceptual e motor
    estão sempre interagindo em grande parte das
    atividades motoras.
  • A evolução da percepção de seu próprio corpo na
    criança irá desenvolver o chamado sentido
    cinestésico. Com ele é possível termos uma noção
    da localização dos nossos membros no espaço.
    Desta forma torna-se viável a execução de uma
    ação coordenada e integrada, da forma como foi
    citada acima.
  • Presume-se que a criança irá desenvolver-se
    gradualmente de forma a obter um controle cada
    vez maior de seus movimentos como também no
    manuseio de diversos objetos. Ela irá aprender a
    utilizar seu próprio corpo com propósitos
    funcionais ou expressivos.

338
Neuro-psicomotricidade bases neurológicas da
maturação psicomotora
  • O desenvolvimento observado a partir da maturação
    do sistema nervoso pode ser caracterizado por
    iniciar-se na região da cabeça, estendendo-se até
    o tronco e só depois às pernas. Ele se dá
    seguindo um ritmo do que é mais próximo até o que
    é mais distante a partir do eixo central do
    corpo. Nos movimentos funcionais esta seqüência
    também é verdadeira.
  • A maturação nervosa responsável pela passagem
    observada entre a atividade indiferenciada para
    uma atividade consciente encontra-se intimamente
    associada e dependente da experiência vivida.

339
O papel dos estímulos no desenvolvim
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