Title: Direito de Propriedade, Externalidades e Problemas Ambientais
1Direito de Propriedade, Externalidades e
Problemas Ambientais
- GESTÃO ECONÔMICA DE RECURSOS NATURAIS E POLÍTICA
AMBIENTAL - Prof. Rogério César, Ph.D.
2Ementa e Referências
- Ementa
- Direito de propriedade externalidades como fonte
de falhas de mercado sistemas de direito de
propriedade impropriamente desenhados estrutura
de mercado imperfeita falhas governamentais a
busca da eficiência o papel eficiente do
governo. - Referências
- TIETENBERG, T. (1996). Cap. 3 - Proprety rights,
externalities, and environmental problemas (pp.
40-65).
3Sumário
- Direito de Propriedade
- Alocações eficientes de mercado
- Estrutura eficiente
- Remuneração de escassez
- Externalidade
- Conceito
- Tipos de Externalidades
- DP impropriamente desenhados
- Bens Públicos
- Mercados Imperfeitos
- Divergência entre Taxa de Desconto Social e
Privada - Falha Governamental
- Busca de eficiência
- Soluções privadas através de negociação
- Regras de propriedade e responsabilidade
- Regulamentação do executivo e legislativo
4Introdução
- Problemas
- Falhas na eficiência e sustentabilidade
- Divergência entre indivíduos e grupos de
interesse e a sociedade como um todo - Subvalorização do ambiente por ambos, mercado e
política governamental - Objetivos
- Conceituar e discutir Direito de Propriedade
dentro do contexto das questões ambientais - Discutir como o governo e mercado podem utilizar
o conceito de direito de propriedade para afetar
os incentivos dos agentes econômicos visando
adotar comportamentos desejáveis.
5Direito de Propriedade
6Direito de Propriedade
- Alocações eficientes de mercado
- A maneira como os produtores e consumidores usam
os recursos ambientais depende do direito de
propriedade que governam estes recursos. - Esses direitos de propriedade são adquiridos
pelos indivíduos, como na economia capitalista,
ou pelo estado, como numa economia de
planejamento centralizado.
Direito de propriedade (DP) refere-se ao conjunto
de títulos que governam o direito de propriedade,
privilégios e limitações quanto ao uso dos
recursos.
7Direito de Propriedade
- Estrutura eficiente Propriedade Privada
- Universalidade Todos os recursos são de
propriedade privada, e todos os títulos são
completamente especificados. - Exclusividade Todos os benefícios e custos
gerados pela propriedade e uso dos recursos
pertencem ao proprietário, e somente o
proprietário, direta ou indiretamente, pode
vendê-los a terceiros. - Transferível Todos os DPs podem ser
transferidos de um proprietário para outro
mediante troca voluntária. - Legitimidade Os direitos de propriedade devem
proteger contra confisco involuntário ou
apropriação de terceiros.
8Direito de Propriedade
- Incentivo para uso eficiente do recurso
- Redução do valor do recurso pelo uso
ineficiente (prejuízo) - Aumento do valor de troca do recurso
(maximização do benefício líquido)
Recurso com DP bem definido Universalidade Exclu
sividade Transferível Legitimidade
9Excedente do Consumidor e Produtor
A Excedente do Consumidor
Preço
Max BL P Qd
B Excedente do Produtor
Oferta
A
P
B
Demanda
Qd Qs
Quantidade
10Remuneração de escassez (RE)
- Remuneração de Escassez (RE) é o EP que persiste
no equilíbrio competitivo de longo prazo, ou
seja, que não é eliminado pela competição (livre
entrada e saída de firmas no mercado). - No curto prazo
- CT CF CV
- EP Lucro RT CT
- No longo prazo
- CT CV
- EP Lucro RE (RT CV) RE
- Se o Lucro 0 gt EP RE
11Remuneração de escassez (RE)
- Remuneração de escassez (RE) gerada pela alocação
de recursos não-renováveis
CME Custo Marginal de Extração CMU Custo
Marginal de Uso RE Remuneração de Escassez
Preço
3,905
CME CMU P
CMU
RE
2
CME
Demanda
0
Quantidade
10,238
20
12Remuneração de escassez (RE)
- O custo marginal de extração (CME) é, de fato, um
gasto efetivo, ou seja, consume recursos. - O custo marginal de uso (CMU) é um custo de
oportunidade, pois represento o quanto se deixou
em ganhar (na forma lucros ou benefício líquido)
por decidir não extrair a última unidade. - Quando a alocação que maximiza o benefício
líquido (lucro) é escolhida, o custo de uso não
acontece de fato (custo que não foi
desembolsado), portanto não resultando em
remuneração de escassez.
13Externalidades
14Externalidades
- Externalidades surgem quando a EXCLUSIVIDADE, de
uma estrutura eficiente do direito de
propriedade, é violada - Condições para o surgimento de externalidades
- Quando um agente econômico toma decisões e não
assumir todas as conseqüências de suas ações - Quando um agente, seja uma firma ou pessoa,
depende diretamente de sua atividade e também das
atividades sobre controle de outros agentes.
15Externalidades Exemplo
SIDERÚRGICA
- Agentes Econômicos
- Firma 1 Siderúrgica
- Firma 2 Resort
- Conflito de Uso
- Uso ineficiente da água
- A Siderúrgica usa o rio como coletor de dejetos
- O Resort usa o rio para atividades de recreação
(balneário).
RESORT
RIO
16Externalidades Alocação de Mercado
Preço
CMs CMap CMae
CMap
Es
P
Em
CMae
Pm
D
Qm
Q
Quantidade
17Externalidades Alocação de Mercado
- Nomenclatura
- D Demanda para ferro
- CMaPCusto marginal privado para o ferro
- CMaSCusto marginal social
- CMaE Custo marginal externo
- QMProdução de ferro para o ótimo econômico Q
- Produção de ferro para o ótimo social
- EM Equilíbrio para o ótimo econômico
- ES Equilíbrio para o ótimo social
18Externalidades Alocação de Mercado
- Conclusões sobre a alocação de mercado de bens
que causam externalidades de poluição - Elevada produção do bem que causa externalidade
(Qm gt Q) - Elevada produção de poluição
- Baixos preços pagos aos produtos da indústria
poluidora (P gt Pm) - Nenhum incentivo está presente no mercado para
reduzir a poluição por unidade do produto - Nenhum incentivo para reuso e reciclagem está
presente devido ao baixo custo do produto.
19Tipos de Externalidades
- Externalidade positiva quando a parte afeta é
beneficiada pela externalidade. Neste caso,
ocorre uma economia externa. - Exemplo policultivo da cajuculture e apicultura
floricultura. - Externalidade negativa quando a parte afeta é
prejudicada pela externalidade. Neste caso,
ocorre uma deseconomia externa - Exemplo emissão de efluentes das indústrias nos
rios emissão de gases das indústrias. - Externalidade pecuniária surge quando o efeito
externo é transmitido através dos mecanismos de
preços (aumento e diminuição de preços), não
causando uma falha de mercado. - Exemplo quando uma investimento de
infra-estrutura é feito numa determinada área
fazendo com que a remuneração da terra se eleve
(aluguéis, preço da terra).
20Outros Regimes de DP
- Outros regimes de direito de propriedade criam
diferentes incentivos para o uso dos recursos. - Direito de Propriedade Privada
- Direito de Propriedade Estatal
- Direito de Propriedade de Uso Comum
- Acesso Livre
21Outros Regimes de DP
- Direito de propriedade estatal
- O governo possui e controla a propriedade
- Regime presente, não apenas nos países
comunistas, mas também em diferentes graus, em
todos os países do mundo - Problemas de eficiência e sustentabilidade podem
aparecer quando os interesses dos gestores
divergem dos interesses da coletividade - Exemplo Parques e florestas.
22Outros Regimes de DP
- Direito de propriedade de uso comum
- Quando um grupo de pessoas possuem e gerenciam
coletivamente uma propriedade - A titularidade da propriedade de uso comum pode
ser formal, protegido por leis, ou informal,
protegidas por tradições ou costumes - Exibem vários graus de eficiência e
sustentabilidade, dependendo das regras que
emergem da tomada de decisão coletiva - Exemplo Reservas Extrativistas, Reservas
Indígenas.
23Outros Regimes de DP
- Acesso livre
- Ninguém possui ou exerce controle sobre os
recursos ou restringir o acesso de outros
usuários - Predomina o princípio do primeiro que chega é o
primeiro que se serve - Pode gerar o que ficou conhecido de Tragédia dos
Comuns. - Exemplo Extrativismo, Pesca, Caça.
24Exemplo Caça a Animais Silvestres
Benefício e Custo de Caça
CMa Custo Marginal de Caça (esforço marginal de
caça) CMe Custo Médio de Caça PMa
Produtividade Marginal de Caça PMe
Produtividade Média de Caça N Quantidade
abatida P Preço do produto de caça Q
Quantidade de esforço de caça RE Remuneração de
escassez.
Max BL PMa CMa gt Q
N
PMe CMe gt QM
B
A
CMe CMa
RE
D
C
PMa
PMe
CMa CMe constante CMe P.N/Q P.(PMe) PMe
N/Q PMa dN/dQ
Quantidade de Esforço de Caça
Q
QM
25Exemplo Caça a Animais Silvestres
- Conclusões
- Em Q o nível de esforço eficiente de caça
-
- PMa CMa gt Max BL gt RE (ABDC)
- Em QM acesso livre (não eficiente)
- PMe CMe gt RE 0
- No regime de acesso livre
- Na presença de uma demanda suficiente, acesso
irrestrito causará a superexploração dos
recursos - A remuneração de escassez é dissipada (perdida),
ou seja, ninguém se apropria da remuneração - Destroi o incentivo à conservação.
26Bens Públicos
27Bens Públicos
- Bens públicos
- Se feito disponível para uma pessoa
automaticamente fica disponível para todas as
pessoas - São aqueles que exibem as seguintes
características consumo indivisível,
não-rivalidade e não-exclusividade - Não-Exclusividade uma vez provido,
impossibilidade de excluir outras pessoas de se
beneficiarem dos benefícios oferecidos pelos
recursos. - Exemplos farol, rádio, paisagem, qualidade
ambiental, biodiversidade.
28Exemplo Provisão de Biodiversidade
- O Problema
- De 3 a 30 milhões de espécies existentes
atualmente, aproximadamente 12 porcento das
espécies de mamíferos e 11 porcento das espécies
de pássaros foram classificados como ameaçados em
1990. - Questões
- Os mercados privados proveriam a quantidade
eficiente de Biodiversidade para a sociedade? - E se fizesse uma coleta de contribuições para
preservar as espécies em extinção?
29Exemplo Provisão de Biodiversidade
Preço
Da Demanda do indivíduo A Db Demanda do
indivíduo B Dm Demanda de mercado CMa Custo
marginal da biodiversidade.
Dm
BMa CMa gt Max BL
BL
CMa
Pa
Pb
Db
Da
Quantidade de Biodiversidade
Qb
Qa
Q
30Exemplo Provisão de Biodiversidade
Provisão Individual Cb CMa.Qb Ca CMa.(Qa
Qb) CT Ca Cb CMa.(Qa Qb)
CMa.Qb CMa.Qa CMa.Qb CMa.Qb
CMa.Qa lt CMa.Q Provisão Privada CTp CMa.Qa
Provisão Eficiente de Mercado Cb Pb.Q Ca
Pa.Q CT Ca Cb Pa.Q Pb.Q
(Pa Pb).Q CMa.Q Provisão
Eficiente CTe CMa.Q
CTp CMa.Qa lt CTe CMa.Q
31Exemplo Provisão de Biodiversidade
- Conclusões
- Pelo sistema de provisão individual, o custo
total é suficiente para cobrir apenas a provisão
de Qa unidades de biodiversidade, sendo portanto
ineficiente. - A ineficiência resulta por que cada pessoa pessoa
é capaz de se transformar em free rider
(carneiro) sobre a provisão das outras pessoas. - Isto diminui o incentivo de contribuir e prover a
quantidade eficiente do bem público o bem
público será subofertado. - A oferta pelo setor privado não será zero.
- A equilíbrio eficiente de mercado (max BL) requer
preços diferenciados para cada consumidor.
32Mercados Imperfeitos
- Problemas ambientais também ocorrem quando um dos
participantes numa troca de DP exerce uma força
desigual na determinação dos resultados. - Este é o caso do MONOPÓLIO.
33Mercados Imperfeitos
RMe Receita Média RMa Receita Marginal CMa
Custo Marginal Alocação de Eficiência Estática
RMe CMe gt Q B BL HIC Alocação
Monopolística RMa CMa gt Q A BL HIED
Preço
Perda para sociedade ? BL - DEC
I
E
F
CMa
J
C
G
Demanda (RMe)
D
H
RMa
Quant. doProduto
A
B
0
34Divergência entre a Taxa de Desconto Social e
Privada
- Condições para maximizar o EP
- Ausência de externalidades
- DP definidos corretamente
- Mercados competitivos
- Taxa de desconto futura (r) do BL de acordo com
as aspirações da sociedade - Implicações do valor da taxa de desconto (r)
- Alto r gt superexploração dos recursos
- Baixo r gt subexploração dos recursos
35Divergência entre a Taxa de Desconto Social e
Privada
- Porque a taxa de desconto social e privada
diferem? - Taxa de desconto social custo de oportunidade
social do capital - Custo do capital tem dois componentes
- Livre de risco é a taxa de retorno do capital
esperado na ausência de risco - Prêmio de risco é um custo adicional requerido
para compensar os donos do capital quando o
retorno esperado e atual divergem. - O custo de capital é maior nas indústrias de
risco. - Devido a diferença nos prêmios de risco social e
privado.
36Falha do Governamental
- Problemas ambientais podem surgir de falhas da
política governamental - Criação de incentivos inadequados que causam
problemas ambientais - Caçada por remuneração empreendida por grupos de
interesses. - Divergência entre os objetivos dos indivíduos e
da coletividade.
37Falha do Governamental
- Caçada por remuneração
- É o uso dos recursos em lobbying e outras
atividades direcionadas em assegurar as
legislações protecionistas visando aumentar os
benefícios do grupo de interesse, mas que
frequentemente diminuem o benefício líquido da
sociedade. - Formas
- Pressões exercidas por produtores políticas
protecionistas contra produtos importados,
políticas de preços mínimos, legislações
favoráveis ao setor - Pressões exercidas por consumidores política de
preços máximos, subsídios ao consumo de
determinados produtos etc.
38Falha do Governamental
- Por que os perdedores (comunidade, sociedade) não
se organizam para proteger seus interesses? - Ignorância do eleitor
- Alto custo do eleitor se manter informado
- Baixa probabilidade que um único voto
influenciará as decisões - Dificuldade dos grupos difusos (afetados apenas
ligeiramente) de organizarem uma oposição
coerente e unificada - Oposição de sucesso é um bem público,
incentivando o comportamento de free rider.
39Falha Governamental
- Busca da Eficiência
- Negociações privadas
- Soluções jurídicas
- Regulamentação governamental, legislativo e
executivo.
40Falha Governamental
- Negociações Privadas
- Como o nível de eficiência pode ser restaurado
numa relação de não-mercado? - Número de partes é pequeno, tornando a negociação
possível - Exemplo Poluição sonora
- O barulho de um sistema de som stereo perturbando
a tranquilidade da noite - Este é um problema ambiental por que o dono do
som não suporta exclusivamente os custos de suas
ações - Existe portanto uma externalidade,
consequentemente uma alocação ineficiente do som.
41Exemplo Poluição Sonora
Qm nível de decibeis quando o dono do som não
considera o bem-estar da vizinhança Q nível de
barulho que maximiza o BL
Preço do Barulho (R/decibeis)
Demanda por barulho do dono do som (BMa)
CMa do barulho para vizinhança
D
BMa CMa
- Compensação paga pela vizinhança (V) ao dono do
som (D) para mover de Qm para Q - DONO DO SOM
- BLD (COMP) d
- BLD (d e) d e gt 0
- VIZINHANÇA
- BLV (d e f) (d e)
- f gt 0
A
a
f
C
P
B
e
b
d
c
0
E
Quantidade do Barulho (decibeis)
Q
Qm
42Regras de Propriedade e Responsabilidade
- Questões
- O DP deve sempre pertencer à pessoa que ganhou ou
se apoderou dela primeiro? - Como os riscos ambientais podem ser administrados
quando a negociação prévia é impraticável? - Regras de Propriedade e Responsabilidade
- O sistema judiciário pode responder aos conflitos
ambientais através da imposição de regras de
direito de propriedade e regras de
responsabilidade (compensação, indenização) - Na aplicação das regras de propriedade, o juiz
decide qual direito é mais importante e coloca
uma restrição contra a violação deste direito. - Na ausência da decisão judicial, o direito é
naturalmente alocado à parte que pode facilmente
apoderar-se deste direito.
43Regras de Propriedade e Responsabilidade
- Teorema de Coase (Ronald Coase, 1960)
- Se os custos de negociação forem desprezíveis e
os consumidores afetados puderem negociar
livremente um com o outro (e quando o número de
partes afetadas for pequeno), a corte poderia
alocar o direito para qualquer um dos dois sem
afetar a eficiência do resultado. - A própria existência de uma ineficiência dispara
uma pressão para melhora que independe de quem
possui a DP. - O único efeito da decisão judicial seria quando à
distribuição dos custos e benefícios entre as
partes afetadas.
44Exemplo Poluição Sonora
- Definição do DP
- DP para o Dono do Som (DP1)
- Nível inicial do barulho Q0 Qm
- A vizinhança pagaria uma compensação para o
Vizinho de P por decibel para reduzir o barulho
até o nível eficiente do barulho, Q1 Q. - DP para a Vizinhança (DP2)
- Nível inicial do barulho Q0 0
- O Dono do Somo pagaria uma compensação para o
Dono do Som de P por decibel para permitir o
nível eficiente do barulho, Q1 Q.
45Falha Governamental
DP1 DP para o Dono do Som Q0 Qm gt Q1 Q CV
d e BLD (d e) d e gt 0 BLV (d e
f) (d e) f gt 0 DP2 DP para a
Vizinhança Q0 0 gt Q1 Q CD b c BLD
(a b c) (b c) a gt 0 BLV (b c) c
b gt 0
Preço do Barulho (R/decibeis)
CMa do barulho para vizinhança
Demanda por barulho do dono do som (BMa)
D
BMa CMa
A
a
f
C
P
B
e
b
d
c
0
E
Q
Qm
DP1
DP2
46Regras de Propriedade e Responsabilidade
- Críticas teóricas e práticas sobre o Teorema de
Coase - O teorema assume que a riqueza não afeta o
resultado. Porém, a decisão de conferir o DP a
uma das partes resulta em transferir riqueza para
outra parte. - O teorema distorce os incentivos das partes
envolvidas, criando alocações ineficientes.
Quando o DP é dado ao dono do som cria-se um
incentivo para se fazer barulho. - O número de partes envolvidas pode criar
dificuldades para aplicar o teorema. Quanto maior
o número de pessoas envolvidas, maior a
dificuldade do teorema ser aplicado.
47Regras de Propriedade e Responsabilidade
- Regras de Responsabilidade
- A justiça pode aplicar regras de
responsabilidades (compensação ou indenização),
que consistem na compensação de prejuízos
monetários devido a danos incorridos, depois do
fato, para as partes afetadas. - As limitações desta abordagem devem-se ao fato de
que as regras variam caso-a-caso e baseiam-se em
circunstâncias únicas. - Exemplo
- Compensação à vizinhança pelos danos causados
pelo som elevado (Qm) no valor correspondente à
Área EAQm. - Custos de limpeza e pagamento de indenização a
pescadores pela redução na captura de peixe
devido a acidente de derramamento de óleo.
48Regras de Propriedade e Responsabilidade
- Custos de Transição
- Custos administrativos incorridos na tentativa de
corrigir uma ineficiência, representado por
gastos com tempo da Corte, taxas de advogados,
mobilização, negociação e construção de consenso
entre as partes afetas etc. - Qualquer mecanismo corretivo (ação governamental)
envolve custo de transação. - Se os custos de transação são altos o suficiente,
e o benefício derivado da correção da
ineficiência é pequeno, então é melhor
simplesmente viver com a ineficiência. - Quando o número de partes envolvidas na disputa é
grande e as circunstâncias são comuns, tenta-se
corrigir as ineficiências através de estatutos ou
regulamentação ao invés de decisões judiciais.
49Regulamentação do Executivo e Legislativo
- Comando-controle estabelecimento de limites para
emissão de poluentes - Multas e sentenças de prisões objetivando
reprimir os infratores potenciais - Zoneamento áreas especificas para intervenções
antrópicas