Title: Secretaria Especial de Pol
1II Encontro Nacional de Produtores e Usuários de
Informações Sociais, Econômicas e Territoriais
do IBGE - CONFEST
Secretaria Especial de Políticas para as
Mulheres Presidência da República
Painel A abordagem de gênero nas
pesquisas domiciliares Políticas Públicas e
Estatísticas de Gênero Brasil 2006
2Políticas Públicas
- Anos 70 Primeiras críticas do movimento
feminista às estatísticas em função da
invisibilidade da mulher importantes
transformações ocorreram nas relações entre
Estado e sociedade no Brasil em decorrência da
democratização. Tem início uma agenda de gênero
fortemente ligada à democratização e direitos
humanos - Anos 80 Agenda de reformas com a
democratização dos processos decisórios e dos
resultados das políticas públicas com a ampliação
do atores envolvidos. - Movimento feminista dentre esses novos atores,
os movimentos feministas deram início à inclusão
da temática de gênero na discussão sobre a
condição da mulher como sujeito político.
Reflexo criação dos primeiros Conselhos
Estaduais da Condição Feminina do Conselho
Nacional dos Direitos da Mulher e da primeira
Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher
em 1985. - Anos 90 Ciclo das Conferências Sociais da
ONU Viena / Cairo/ Beijing/ Durban - Hoje Quem são os(as) beneficiários(as) das
políticas públicas / sociais? Universalidade e
ação afirmativa, democracia representativa e
participativa, descentralização e participação da
sociedade civil na formulação e implentação de
políticas públicas.
3Políticas Públicas - 2003-2004
- Criação da Secretaria Especial de Políticas para
as Mulheres, 2003 - As políticas públicas/sociais são neutras?
- Realização da I Conferência Nacional de
Políticas para as Mulheres fórum sociedade
civil e governo para a formulação de diretrizes
para a elaboração do Plano Nacional de Políticas
para as Mulheres (PNPM), 2004 - Comitê interministerial, elaboração e divulgação
do PNPM, 2004.
4Nós temos um Plano!
- Pactuação do Plano Nacional de Políticas para s
Mulheres - Governo Federal, 2004-2006 - - Governos Municipais e Estaduais, 2005-2006.
- Implementação do PNPM parceria coM 11
Ministérios e Secretaria Especiais
desenvolvimento e implantação de Sistema de
Monitoramento on line e seleção de indicadores
para avaliação e acompanhamento dos Objetivos,
Prioridades e Metas do PNPM no Governo Federal
- Medidas de Processo, Resultados e Impacto.
5Sistemas de Informação SNIG
Parceira SPM/UNIFEM, apoio DFID e IBGE.
- Sistema Nacional de Informações de Gênero -
ferramenta para o desenvolvimento de políticas
públicas. - Sistema de indicadores de gênero com dados
censitários (1991 e 2000), desagregados por sexo
e cor/raça. - Níveis geográficos Brasil, Grandes Regiões,
UFs, Microrregiões, Municípios - os três
primeiros possuem dados referentes às áreas
urbanas e rurais. - Duas foram as razões para a escolha dos dados
censitários a comparabilidade internacional e a
possibilidade de análise de dados referentes a
municípios.
6A Mulher nas Pesquisas Domiciliares
- A linguagem estatística é mediadora e produto de
um discurso social, estando atrelada a valores
dominantes masculinos, o que se observa é que o
indivíduo retratado pelas estatísticas públicas é
um indivíduo sem gênero - Diversos temas são negligenciados pelas
estatísticas públicas, embora relevantes para o
conhecimento da condição feminina, com forte
impacto sobre sua cidadania o trabalho
não-remunerado é um exemplo deles - As estatísticas públicas devem incorporar
prontamente as transformações da sociedade os
novos arranjos familiares, por exemplo - As mudanças nos papéis familiares determinaram
uma dissociação entre a categoria da pessoa de
referência na família e a função de provedor. As
informações existem, mas não se confere
visibilidade social à contribuição da mulher
cônjuge no orçamento familiar - A análise dos dados não desagregados por sexo
dificulta o desenho de políticas e estratégias
para diminuir as distorções existentes e impede o
desenvolvimento de políticas direcionadas para os
grupos mais vulneráveis
7A Mulher nas Pesquisas Domiciliares
- São enormes as dificuldades de análises
comparativas entre homens e mulheres, áreas
rurais e urbanas, entre regiões, entre países - A construção de informações sobre a função
reprodutiva recai apenas sobre a mulher - A inclusão do capítulo Mulher na Síntese de
Indicadores Sociais foi um grande passo para a
visibilidade da mulher nas estatísticas públicas - A PNAD melhorou significativamente a forma de
captar as informações sobre o trabalho da mulher,
sobretudo na atividade agrícola. Outro avanço
importante é a introdução de quesito sobre o
trabalho doméstico e o tempo gasto com estas
atividades, respondido por todos os membros da
família. Isto contribui determinantemente para a
visibilidade social do trabalho doméstico e da
divisão social do trabalho na família.
8A Mulher nas Pesquisas Domiciliares
- Desafios
- Acompanhar e incorporar as propostas normativas
internacionais no que se refere às estatísticas
de gênero - Intensificar as parcerias entre os órgãos do
poder executivo criados para enfrentar as
desigualdade de gênero e raça e os institutos de
pesquisa nacionais - Incentivar e provocar uma reflexão sistemática
sobre estatísticas públicas que possa contribuir
para a superação das desigualdades entre homens e
mulheres - Criar um ambiente favorável à participação da
sociedade na formulação de políticas públicas
evitar a neutralidade
9A Mulher nas Pesquisas Domiciliares
- Incorporar a perspectiva de gênero desde a
etapa do desenho da pesquisa, incluindo perguntas
sobre sexo, idade, cor/raça, nível de ensino,
atividade econômica de todos os habitantes do
domicílio - Incorporar a dimensão de gênero e raça nos
métodos de medição da pobreza - Medir a contribuição da mulher para o processo
de desenvolvimento tanto como resultado de seu
trabalho remunerado, como de suas atividades não
remuneradas - Intensificar a coleta de dados referentes ao
monitoramento das políticas públicas para
avaliação de seu impacto.
10A Mulher nas Pesquisas Domiciliares
Fontes consultadas BRAVO, Rosa. Taller de
indicadores de género. CEPAL/UNIFEM/UNFPA,
2004. FARAH, Marta Ferreira Santos. Gênero e
políticas públicas. Escola de Administração de
Empresas de São Paulo da FGV, 2004. GOLDANI, Ana
Maria. Famílias e gêneros uma proposta para
avaliar (des)igualdades. Universidade Aberta de
Lisboa, Instituto Pagu, 1997. MELO, Lígia
Albuquerque. Injustiças de gênero o trabalho da
mulher na agricultura familiar. Fundação Joaquim
Nabuco, 2002. OLIVEIRA, Zuleica Lopes Cavalcanti
de. Política de informação na área de gênero.
2004.
FIM