Title: TEORIA DAS ELEI
1TEORIA DAS ELEIÇÕES
- Fundamentos e ensino da Álgebra
Trabalho realizado por Ana Sofia Conceição
Castanheira Catarina Soares Dias
Cláudia Maria Ferreira Sebastião José
Alberto Almeida Serra dos Santos
2- Introdução
- No mundo actual é frequente encontrar, em
revistas e jornais, artigos relacionados com
vários tipos de eleições - Uma eleição é um processo pelo qual as sociedades
ou grupos democráticos tentam resolver os
muitos conflitos de opinião entre os seus membros
através de uma única escolha do grupo, escolha
essa feita através do voto - O processo eleitoral divide-se em dois momentos,
a votação e a contagem dos votos - O cerne do processo democrático encontra-se na
contagem dos votos, ou melhor ainda, na maneira
como se descobre a voz colectiva de um grupo, a
partir dos votos individuais de cada membro desse
grupo - O processo não é complicado quando se trata de
escolher uma de entre apenas duas hipóteses - A situação é muito diferente se a escolha
envolver três ou mais alternativas pois não
existe um processo razoável e totalmente justo,
para a partir da votação obtida, retirar o
vencedor da eleição. É daqui que surge a
necessidade da existência de uma teoria das
eleições
3- No capítulo um do nosso trabalho abordaremos os
diferentes métodos de votação, desenvolvendo
alguns aspectos teóricos ilustrados com muitos
exemplos - No capítulo dois teremos como objecto de estudo
os sistemas de votação ponderada este assunto
será desenvolvido de forma análoga ao capítulo
anterior - Numa sociedade democrática todas as pessoas são
iguais - princípio uma pessoa - um voto - Em qualquer sociedade diversificada e pluralista
os eleitores, sejam eles pessoas, organizações ou
instituições, não são iguais e é por vezes
necessário reconhecer as suas diferenças,
atribuindo diferentes pesos a cada um dos seus
votos - princípio uma pessoa - x votos - A qualquer arranjo formal no qual os eleitores
não estejam em pé de igualdade no que respeita ao
número de votos que controlam dá-se o nome de
sistema de votação ponderada - No capitulo três descreveremos, embora de forma
sucinta, a forma como se processam os actos
eleitorais em Portugal, com especial relevo para
o método usado na conversão dos votos obtidos, no
número de assentos parlamentares de dado partido - No capítulo quatro faremos uma exposição acerca
da forma como este tema, é hoje abordado no
ensino secundário quais os objectivos e
conceitos leccionados, qual o tipo de exercicíos
e exemplos propostos e a maneira como
contextualizam este assunto.
4CAPÍTULO I MÉTODOS DE VOTAÇÃO
5Não à ditadura a preferência de um só indivíduo
não deve vir a ser uma classificação de grupo,
sem que sejam consideradas todas as outras
preferências individuais. Soberania individual
a cada indivíduo é permitido ordenar as escolhas
de qualquer maneira e este pode ainda indicar
empates. Unanimidade se cada indivíduo prefere
uma escolha a outra, a classificação de grupo
deve ser a mesma. Liberdade de alternativas
irrelevantes a classificação de grupo entre um
par de escolhas não depende das preferências
individuais relativamente ás restantes. Classific
ação única de grupo o método de produzir a
classificação de grupo deve levar a um único
resultado, sempre que é aplicado ao mesmo
conjunto de preferências. A classificação de
grupo também deve ser transitiva.
Arrow, Kenneth J. 1921-.
6Teorema da impossibilidade de Arrow Para
eleições envolvendo mais do que dois candidatos é
matematicamente impossível encontrar um método,
democrático e justo, para determinar o vencedor.
Em suma, a imparcialidade, a justiça total e
consistente são impossíveis numa democracia.
7Boletins de voto
- Os métodos que iremos estudar, têm por base
eleições cujos boletins de voto são por ordem de
preferências, ou seja, actos eleitorais em que é
pedido ao eleitor para ordenar todos os
candidatos pela sua preferência - Uma forma lógica de organizar este tipo de votos,
é agrupar os boletins que são idênticos e
elaborar uma tabela de preferências, onde de uma
forma simples e compacta se resume a quantidade
de diferentes votos e a posição de cada
candidato - Existem dois tipos de boletins de voto por ordem
de preferência. - Existem duas particularidades a ter em conta
quando trabalhamos com boletins de voto por ordem
de preferência - A transitividade da preferência individual
- Se um eleitor prefere A a B e B a C então
segue-se automaticamente que este leitor prefere
A a C - A eliminação de candidatos
- A preferência relativa a um eleitor não é
afectada pela eliminação de um ou mais
candidatados.
8Método da pluralidade
O método da pluralidade é talvez o método mais
usual e simples para encontrar o vencedor de uma
eleição. Este método apresenta como vencedor de
uma eleição o candidato (ou candidatos em caso de
empate) que obtiver o maior número de colocações
em primeiro lugar. Neste método a única
informação retirada dos boletins de voto diz
respeito à escolha do primeiro lugar. Outro dado
relevante é o facto deste método ser uma
extensão natural do princípio da regra da
maioria numa eleição entre dois candidatos, o
que tiver maioria (mais do que metade) dos votos
vence. Este método caracteriza-se também por
satisfazer o critério da maioria e o de Pareto.
Critério da maioria Se numa eleição existe uma
opção que tem a maioria dos votos em primeiro
lugar, então essa opção deverá ser considerada a
vencedora da eleição.
pluralidade
maioria
pluralidade
maioria
9Critério de Pareto Se relativamente a dois
candidatos X e Y todos os votantes preferirem X a
Y, então Y não deverá ganhar.
PARETO, VILFREDO 1848 - 1923
10Lacunas do Método da Pluralidade
- Não tem em conta as restantes escolhas dos
eleitores, para além da primeira.
- Transgride um princípio básico de justiça
designado por critério de Condorcet.
CONDORCET, MARIE JEAN ANTOINE NICOLAS DE
CARITAT 1743-1794
- Critério de Condorcet
- Critério ganhador Se houver uma opção, a qual
comparada par a par é sempre preferida pelos
eleitores, então essa opção deverá ser
considerada vencedora da eleição. Um candidato
nesta situação designa-se por candidato
condorcet. - Critério perdedor Se houver uma opção que perde
no confronto par a par com qualquer outra, então
essa opção não deve ser a vencedora da eleição.
Outras das limitações da pluralidade é o facto de
poderem surgir votos estratégicos que possam
alterar os resultados. Uma votação é considerada
estratégica quando um eleitor muda a verdadeira
ordem das suas preferências no boletim de voto,
no sentido de manipular o resultado da eleição
contra um dado candidato.
11Método da contagem de Borda
- Neste método a cada posição da tabela de
preferências é atribuída uma pontuação. Por
exemplo, dada uma eleição com n candidatos
distribuímos os pontos do seguinte modo - 1 Ponto ao último lugar
- 2 Pontos ao penúltimo lugar
- .
- .
- .
- n Pontos ao primeiro lugar
- Depois soma-se os pontos de todos os candidatos e
ordenam-se os mesmos de acordo com o número total
de pontos obtidos por cada um. Sai vencedor o
candidato que obtiver a pontuação máxima.
- Considera toda a informação que provém da ordem
de preferências do eleitor, ao contrário do
método da pluralidade que apenas valoriza a
primeira opção do eleitor - Satisfaz o critério de Pareto
- Satisfaz ainda o critério perdedor de condorcet
BORDA,JEAN CHARLES 1733-1799
12- É ainda satisfeito o critério da monotonia.
Critério da monotonia Se a opção X vence numa
eleição e numa reeleição as únicas alterações,
nas preferências dos eleitores, são a favor de X,
então X deve permanecer o vencedor da eleição.
Lacunas do Método de contagem de Borda
- Viola o critério da maioria
- Transgride o critério ganhador de condorcet
13Método de Copeland
- O método de Copeland assenta no seguinte
procedimento - Compara-se cada candidato com cada um dos outros
- Associamos a cada candidato o valor G - número de
candidatos que ele vence - e o valor L - número
de candidatos que o venceu. - Associamos a cada candidato o valor G L.
- Ganha o candidato para o qual G L é máximo.
- Neste método surgem empates frequentes
- Satisfaz o critério ganhador de Condorcet
- Entra em contradição com as contagens de Borda.
14Método da pluralidade com eliminação
- Este método consiste em eliminar
progressivamente os candidatos menos aptos, um
por um, até obter um vencedor. - 1º Passo
- Tal como no método da pluralidade contam-se os
votos em primeiro lugar de cada candidato - Se houver algum candidato que tenha a maioria
(pelo menos metade mais um) dos votos em primeiro
lugar, esse candidato é considerado o vencedor - Se não, elimina-se o candidato (ou candidatos
no caso de empate) que tenha o menor número de
votos em primeiro lugar - 2º Passo
- O(s) candidato(s) eliminado(s) no passo
anterior são agora excluídos da tabela de
preferências - Uma vez retirado da lista de preferências um
candidato, na sua coluna, os candidatos abaixo
colocados movem-se para cima um lugar. Contam-se
novamente os votos em primeiro lugar - Se houver algum candidato que tenha a maioria
(pelo menos metade mais um) dos votos em primeiro
lugar, esse candidato é considerado o vencedor - Se não, elimina-se o candidato (ou candidatos
no caso de empate) que tenha o menor número de
votos em primeiro lugar - O processo é repetido indefinidamente até haver
um candidato com a maioria dos votos em primeiro
lugar, o qual é considerado vencedor
15- satisfaz o critério da maioria.
Lacunas do Método da pluralidade com eliminação
- Transgride o critério da monotonia e o critério
ganhador de Condorcet - Apesar das lacunas apresentadas o método em
questão é utilizado em diferentes situações do
mundo real, sobretudo em eleições com número
reduzido de candidatos (normalmente 3 ou 4 e
raramente mais do que 6)
16Variantes do método da pluralidade com eliminação
- método da pluralidade com Runoff ( método da
corrida final) - método de Coombs
Método da pluralidade com Runoff
- 1º Passo
- Contam-se o número de votos em primeiro lugar e
se porventura um deles obtiver a maioria, metade
mais 1 dos votos é anunciado como vencedor da
eleição. - Se isto não acontecer eliminam-se todos os
candidatos com a excepção dos dois que acumularem
mais votos em primeiro lugar. - 2º Passo
- Os candidatos eliminados no passo anterior são
excluídos da tabela de preferências. -
- Procede-se a uma nova contagem, sendo vencedor da
eleição o candidato que obtiver a maioria dos
votos em primeiro lugar.
17Método de Coombs
- Este método assemelha-se em tudo ao método da
pluralidade com eliminação, mas neste eliminamos
a cada passo o candidato com maior número de
votos em último lugar. - 1º Passo
- Contam-se os votos em primeiro lugar e os votos
em ultimo lugar - Se houver algum candidato que tenha a maioria
(metade 1) dos votos em primeiro lugar, esse
candidato é considerado o vencedor - Se não, elimina-se o candidato (ou candidatos em
caso de empate) que tem maior número de votos em
ultimo lugar - 2º Passo
- O(s) candidato(s) eliminado(s) no passo anterior
são excluídos da tabela de preferências - Se houver algum candidato que tenha a maioria
(metade 1) dos votos em primeiro lugar, esse
candidato é considerado o vencedor - Se não, elimina-se o candidato (ou candidatos em
caso de empate) que tem maior número de votos em
último lugar. - O processo é repetido indefinidamente até haver
um candidato com a maioria dos votos em primeiro
lugar, o qual é considerado vencedor
COOMBS, CLYDE F. 1912 - 1988
18O MÉTODO DA COMPARAÇÃO PAR A PAR
- O método da comparação par a par consiste em
comparar todos os candidatos dois a dois. - Dados dois candidatos X e Y, é atribuído numa
comparação par a par, 1 ponto ao vencedor, que é
o candidato que se encontra com melhor posição
num maior número de colunas da tabela de
preferências. - Em situação de empate é atribuído ½ ponto a cada
um dos candidatos. - Será declarado vencedor da eleição o candidato
que após terem sido realizadas todas as
comparações par a par, obtiver maior número de
pontos. - Neste método é frequente ocorrerem casos de
empate, ou se aceita a existência de mais do que
um vencedor ou, caso contrário, usa-se um método
pré-determinado de desempate. - É satisfeito o critério ganhador de Condorcet
- Satisfaz o critério da maioria
- Satisfaz também o critério da monotonia
19Lacunas no método da comparação par a par
O método da comparação par a par não satisfaz um
princípio básico de justiça designado por
critério da independência.
Critério da independência Se um candidato X é o
vencedor de uma eleição e um ou mais dos outros
candidatos é removido, sendo os boletins de voto
contados de novo, então X continua a ser o
vencedor da eleição.
20RANKINGS
Métodos de Ranking extensivos ou alargados
Métodos de Ranking recursivos
Métodos de Ranking extensivos ou alargados
- Método da pluralidade alargado
- Segundo este método é eleito para a primeira
posição do ranking o candidato que obtiver o
maior número de colocações em primeiro lugar. - A segunda posição do ranking será ocupada pelo
candidato, que à excepção do candidato já eleito,
obtiver o maior número de colocações em primeiro
lugar. - Por sua vez, a terceira posição do ranking será
ocupada pelo candidato, que à excepção dos já
eleitos, obtiver o maior número de colocações em
primeiro lugar. - E assim sucessivamente.
21Método da contagem de Borda alargado
- A cada candidato está associado um número de
pontos, sendo o candidato eleito o que obtiver um
maior número de pontos. Logo o ranking será
elaborado em função dessa pontuação, ou seja, a
posição do ranking aumenta à medida que os pontos
também aumentam.
Método da pluralidade com eliminação alargado
- O primeiro candidato que é eliminado ocupará a
ultima posição, o segundo candidato eliminado,
será por sua vez, colocado no penúltimo lugar do
ranking e assim sucessivamente até ser colocado
na primeira posição o último candidato a ser
eliminado.
Método de comparação par a par alargado
- A base para se elaborar o ranking com recurso a
este método, é o número de comparações par a par
ganhas por cada candidato, isto é, o número de
pontos que cada um ganhou após essa comparações. - Portanto, aquele que mais comparações tiver ganho
será o candidato a ocupar a primeira posição do
ranking, seguindo-se o candidato, que à excepção
do candidato já colocado, ganhou mais
comparações. E assim sucessivamente até obter o
ranking de todos os candidatos.
22Métodos de ranking Recursivo
- Considerando que numa dada eleição, é utilizado o
método X e a aproximação recursiva para elaborar
o ranking de candidatos, este é obtido seguindo
os seguintes procedimentos - Começamos por aplicar o método X de forma a
encontra o vencedor da eleição ocupando este o
primeiro lugar do ranking - De seguida, este é retirado da lista de
preferências, sendo desta forma obtida uma nova
lista - A esta é aplicado o mesmo método X para
determinar o vencedor, ocupando este o segundo
lugar do ranking - E assim sucessivamente até estarem ordenados
todos os candidatos da eleição.
23CAPÍTULO II MÉTODOS DE VOTAÇÃO COM PESO
24Terminologia e notação
- Em todo o sistema de votação ponderada intervêm
três elementos - Os Jogadores, que são os próprios eleitores. De
agora em diante usaremos o termo eleitores
quando se trata de um sistema de votação uma
pessoa - um voto e o termo jogadores quando nos
referimos a um sistema de votação uma pessoa - x
votos. O número de jogadores será designado pela
letra N e os respectivos jogadores por P1, P2,
... , PN - O Peso dos seus votos, que consiste no número de
votos que cada jogador possui e que é
representado por W1, W2, ... , WN,
respectivamente. - Quota, que consiste no número mínimo de votos
necessário para aprovar uma moção - ( proposta apresentada para ser discutida em
assembleia ). Representamos quota pela letra q.
25- Ditadores Jogadores que possuem um peso de voto
superior ou igual à quota - Jogadores Neutros Os que ficam submetidos aos
ditadores - Jogador com poder de veto é aquele que, apesar
de não ser ditador mas tendo maior número de
votos que qualquer um dos outros, tem o poder de
impedir que uma moção seja aprovada - Mesmo que todos os outros jogadores votem juntos
nunca conseguirão aprovar uma moção contra a
vontade deste jogador, dado que não têm votos
superiores à quota. - A notação usada para representar um sistema de
voto com peso é a seguinte - q W1, W2, ... , WN
26O Índice de Poder de Banzhaf
- Conceitos fundamentais
- Coligação grupo de jogadores que unem forças e
votam em conjunto ( a expressão coligação é
também usada para grupos de um só elemento ) - Peso da coligação número total de votos
controlados por uma coligação - Coligações vencedoras coligações que têm votos
suficientes para aprovar uma moção. As outras
coligações são designadas por coligações
perdedoras. Uma coligação que contém todos os
jogadores e portanto que é sempre a vencedora, é
chamada Grande Coligação - A notação usada para representar uma coligação
genérica de N jogadores é -
- P1, P2, ... , PN .
- Jogador crítico jogador que ao abandonar a
coligação, transforma uma coligação vencedora
em perdedora. - O princípio chave desta teoria é que o poder de
um jogador é proporcional ao número de coligações
em que esse jogador é crítico quanto mais vezes
ele for crítico maior poder detém.
John Banzahaf
27- Para determinarmos o indicador de poder de
Banzhaf de um qualquer jogador P num sistema de
votação ponderado, genérico, com N jogadores,
seguimos os seguintes passos - Passo 1 Fazer uma lista de todas as coligações
possíveis - Passo 2 Determinar quais as coligações
vencedoras - Passo 3 Em cada coligação vencedora identificar
os jogadores críticos - Passo 4 Contar o número total de vezes que o
jogador P é crítico ( seja esse valor
representado por B) - Passo 5 Contar o número total de vezes que todos
os jogadores são críticos (seja este número T) - O índice de poder de Banzhaf do jogador P é dado
pela fracção -
28Quantas coligações seriam possíveis formar com N
jogadores?
A resposta a esta questão assenta nas noções de
conjunto e subconjunto. Todo o subconjunto do
conjunto dos jogadores pode ser identificado como
uma coligação à excepção do conjunto
vazio. Assim deduzimos que podemos obter o
número total de coligações fazendo a diferença
entre o número de subconjuntos do conjunto dos
jogadores e a unidade. Matematicamente
Número total de subconjuntos de um conjunto com N
elementos
- 1 2
- 1
Conjunto Vazio
29APLICAÇÕES DO ÍNDICE DE PODER DE BANZHAF
30O ÍNDICE DE PODER DE SHAPLEY-SHUBIK
A principal diferença entre os dois índices
apresentados, centra-se em torno do conceito de
coligação sequencial, e além disso, as coligações
são formadas por todos os jogadores. Três
jogadores, P1,P2,P3 formam seis coligações
sequenciais distintas lt P1, P2, P3 gt (
significa que P1 iniciou a coligação
juntando-se-lhe o jogador P2 e por fim o jogador
P3 ) lt P1, P3, P2 gt lt P2, P1, P3 gt lt P2, P3, P1
gt lt P3, P1, P2 gt lt P3, P2, P1 gt A seguinte
notação lt gt será um indício que se está a
trabalhar com coligações sequenciais, isto é, com
coligações onde nos interessa a ordem de listagem
dos jogadores.
Num sistema de voto ponderado com N jogadores, há
no total N! coligações sequenciais diferentes
contendo todos os jogadores.
31- Jogador pivotal Jogador que ao juntar-se a uma
coligação perdedora, a torna vencedora. - O poder de cada jogador depende do número de
vezes em que ele é pivotal relativamente a todos
os outros jogadores.
Coligação sequencial
Ganha
Perde
Primeiro Jogador Segundo Jogador Jogador Pivotal Restantes Jogadores
32O ÍNDICE DE PODER DE SHAPLEY-SHUBIK
- Passamos agora a apresentar a descrição formal do
procedimento para encontrar o Índice de Poder de
Shapley- Shubik para qualquer jogador num sistema
de voto ponderado genérico com N jogadores - Passo 1 elaborar uma lista de todas as
coligações sequenciais contendo os N jogadores
há N! destas coligações. - Passo 2 Em cada coligação sequencial determinar
um jogador pivotal há 1 em cada coligação. - Passo 3 Contar o número total de vezes em que o
jogador P é pivotal e designar esse número por S. -
- O Índice de Poder de Shapley- Shubik de um certo
jogador P é dado pela fracção S/N!
33APLICAÇÕES DO ÍNDICE DE PODER DE SHAPLEY-SHUBIK
34CAPÍTULO IV TEORIA DAS ELEIÇÕES NAS ESCOLAS
35- Hoje em dia os conceitos matemáticos são
desenvolvidos mais numa "perspectiva cultural" do
que numa perspectiva de "formação estritamente
técnica". - Seguidamente apresentamos a forma como é exposta
a teoria matemática das eleições na escola. -
- De entre os vários sistemas de votação
existentes, são apenas seleccionados para
exposição lectiva os seguintes - Maioritário
- Por ordem de preferência ou preferencial
- Proporcional
- Aprovação.
- Sistema Maioritário
- é feita a distinção entre maioria absoluta e
maioria simples - são expostos alguns exemplos que permitem ao
aluno verificar que os resultados de uma votação
podem ser diferentes, dependendo do sistema de
votação utilizado - são feitas referências históricas do estudo desta
teoria, nomeadamente a Condorcet e a Kenneth
Arrow
36- é referido que a regra da maioria não avalia a
intensidade das preferências pois cada indivíduo
só tem direito a um voto não considera, por
isso, os interesses das minorias. - Sistema por ordem de preferência ou preferencial
- É definido este tipo de sistema
-
- Abordam-se alguns métodos tais como o método de
Borda, o método de Runoff. - são apresentados alguns exemplos
- são feitas ainda algumas referências históricas.
- Sistema Proporcional
- Define-se este tipo de sistema
37- É apresentado o Método de Hondt da seguinte forma
1º passo Apura-se em separado o número de votos
recebidos por cada lista no
respectivo círculo eleitoral. 2º passo O
número de votos apurados por cada lista é
dividido, sucessivamente, por 1, 2, 3, 4, 5, ...
até ao número de mandatos a atribuir (se
necessário) sendo os quocientes alinhados pela
ordem decrescente da sua grandeza numa sequência
de tantos termos quantos os mandatos atribuídos
ao círculo eleitoral respectivo 3º passo Os
mandatos pertencem às listas a que correspondem
os termos da sequência estabelecida pela regra
anterior, recebendo cada uma das listas tantos
mandatos quantos os seus termos na
sequência 4º passo No caso de restar um só
mandato para distribuir e de os termos seguintes
da sequência serem iguais e de listas diferentes,
o mandato cabe à lista que tiver obtido menor
número de votos.
Hondt
- são apresentados alguns exemplos
38- são feitas ainda referências históricas a Victor
dHondt - abordam-se também mais dois métodos
proporcionais - O Método Hagenbach-Bischof
- O Método de Sainte-Lague
- Sistema de Aprovação
- É descrito o sistema e são anunciadas algumas
vantagens - são apresentados também alguns exemplos
- É referido que numa eleição usando o Sistema de
aprovação, a adição ou exclusão de candidatos ou
alternativas não altera a pontuação total dos
outros candidatos ou alternativas - No final do capítulo, é finalmente referido o
famoso Teorema de Arrow
39FIM