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Fisiologia do Ventr

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Title: Single ventricle physiology Author: Jeff Burzynski Last modified by: user Created Date: 4/14/2005 3:17:42 PM Document presentation format: Apresenta o no ecr – PowerPoint PPT presentation

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Transcript and Presenter's Notes

Title: Fisiologia do Ventr


1
Fisiologia do Ventrículo Único
  • Espectro de Abordagem desde o Nascimento até à
    Cirurgia

Versão Original Dr. J. Burzynski Divisão de
Cuidados Intensivos Pediátricos Universidade do
Iowa - EUA
Versão Portuguesa Cristina Camilo, MD Elsa
Santos, MD Unidade de Cuidados Intensivos
Pediátricos (Hospital S. Maria Lisboa
Portugal)
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No final da apresentação deverão ser capazes de
  • Identificar o grupo de patologias que apresenta
    uma fisiologia de tipo ventrículo único
  • Identificar a apresentação clínica destes doentes
  • Saber os pontos chave da estabilização e suporte
    do doente no pré-operatório
  • Identificar a abordagem cirúrgica por estádios e
    o seguimento do doente no pós-operatório

3
3 formas principais de apresentação de
cardiopatia congénita
  • CHOQUE (Hipovolémia por obstrução do fluxo
    sanguíneo sistémico)
  • CIANOSE (Obstrução/restrição do fluxo sanguíneo
    para os pulmões)
  • INSUFICIÊNCIA CARDÍACA (sobrecarga de volume, p.
    ex. defeito completo do septo AV)
  • para alem de sopros inocentes e outras
    apresentações que não preocupam o intensivista
  • at least the ones intensivists worry about,
    innocent murmurs aside

4
Variantes Anatómicas do Ventrículo Único
  • NÃO É APENAS o sindroma do coração esquerdo
    hipoplásico (SCEH)
  • Geralmente existe uma mistura das circulações
    pulmonar e sistémica
  • Pode existir uma obstrução do retorno venoso

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Exemplos de obstrução sistémica
  • Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico Clássico
    (câmaras esquerdas pequenas com atrésia da aorta)
  • Estenose/coartação aórtica crítica
  • Interrupção do arco aórtico
  • Atrésia da válvula mitral
  • Atrésia da válvula tricúspide - com malposição
    das grandes artérias (TGA)

Entre outros!
6
Malformações com obstáculo pulmonar
  • Atrésia da tricúspide com grandes vasos
    normalmente relacionados
  • Atrésia Pulmonar
  • Anomalia de Ebstein
  • Entre outros

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  • A sintomatologia depende da gravidade da
    obstrução
  • A maior parte do débito sanguíneo do ventrículo
    vai para a Aorta
  • A existência de um shunt direito ? esquerdo a
    nível auricular causa cianose

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A apresentação clínica e a decisão terapêutica
dependem de dois conceitos-chave
  • A obstrução do tracto de saída é para o pulmão ou
    para a circulação sistémica (ou ambos)?
  • A comunicação inter-auricular (CIA) é ampla ou
    restritiva?
  • Na verdade estes conceitos são tudo o que é
    preciso saber!
  • Really this is all you need to know!

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A importância do septo auricular
  • Um ventrículo único necessita de uma boa mistura
    dos retornos venoso e sistémico a nível auricular
  • Uma CIA restritiva (pequena) leva a um aumento da
    pressão venosa central (com perda para o 3º
    espaço, a nível sistémico)
  • A hipertensão venosa pulmonar (por aumento da
    pressão da aurícula esquerda) causa hipóxemia
    significativa
  • No entanto poderá ser benéfico existir algum
    grau de restrição da CIA pois permite diminuir o
    fluxo sanguíneo pulmonar

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Síndrome do Coração Esquerdo Hipoplásico (SCEH) 1
- foramen ovale patente (FOP) 2 aorta clampada
3 persistência do canal arterial 4 aorta
estreita 5 ventrículo esquerdo hipoplásico 6
atresia aórtica
Mistura completa a nível auricular, através do FOP
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Interrupção do arco aórtico 1 Interrupção do
arco aórtico 2 Aorta descendente em
comunicação com a Artéria Pulmonar pela
persistência de um grande canal arterial 3
Defeito do septo interventricular (CIV)
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Obstrução do tracto de saída sistémico
(continuação)
  • A circulação SISTÉMICA depende do fluxo ductal
  • O débito ventricular é sobretudo para o pulmão
  • Existe um shunt Direito ? Esquerdo a nível ductal
  • Na ausência de diagnóstico pré-natal, o
    encerramento do canal arterial pode levar a um
    quadro clínico de CHOQUE
  • Má perfusão periférica, pulso fraco, acidose
    metabólica
  • Cianose por baixo débito cardíaco
  • Frequentemente acompanhado de falência
    multi-orgânica (rim, fígado, SNC)

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Normas para uma reanimação adequada
  • IDENTIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO!
  • No período neonatal a patologia Ductus-dependente
    é uma causa de choque tão frequente quanto a
    sépsis
  • ABC frequentemente envolve intubação, sedação,
  • Correcção da acidose metabólica se necessário
    fazer expansão com bólus de soro fisiológico /-
    inotrópicos

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Reanimação (continuação)
  • Perfusão de Prostaglandina E1 (PGE1)!
  • Qualquer RN em choque deve iniciar PGE1
  • Manter o canal arterial patente
  • Melhorar o fluxo sanguíneo nas lesões
    ductus-dependentes, ou optimizar a mistura
    circulatória na TGA
  • Dose ? 0,01-0,1 mcg/kg/min
  • Efeitos secundários incluem apneia,
    vasodilatação, febre
  • Se houver agravamento da hipóxia pensar em
    obstrução venosa pulmonar

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Reanimação (continuação)
  • Manter SatO2 entre 70-85 (não usar FiO2 100)
  • Atenção à possibilidade de circulação pulmonar
    excessiva à medida que a resistência vascular
    pulmonar (RVP) diminui nos 1ºs dias
  • Tolerar PaCO2 mais elevadas para diminuir o fluxo
    sanguíneo pulmonar (a circulação sistémica
    depende do canal arterial)

Transferir para uma UCI apropriada!
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Abordagem Pré-operatória na UCI
  • Confirmar o diagnostico!
  • Ecocardiograma (raramente é necessário o
    cateterismo)
  • Avaliar as dimensões da comunicação no SEPTO
    INTERAURICULAR
  • Uma comunicação interauricular restritiva leva a
    uma hipoxémia grave por aumento da pressão na
    aurícula esquerda pior prognóstico
  • Avaliação de sinais sugestivos de possível
    falência multi-orgânica (sobretudo se a
    apresentação inaugural for o choque)

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Abordagem do Sistema Cardiovascular no período
Pré-operatório
  • O objectivo é equilibrar o fluxo sanguíneo
    pulmonar/sistémico
  • Equações de Fick
  • QsVO2 / (CaO2-CmvO2)
  • QpVO2 / (CpvO2-CpaO2)
  • VO2 consumo de Oxigénio
  • CaO2quantidade de oxigénio arterial Hb X 1.34
    X SpO2
  • CmvO2quantidade de oxigénio venoso sistémico
  • CpvO2quantidade de oxigénio venoso pulmonar
  • CpaO2quantidade de oxigénio na Artéria Pulmonar

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  • Substituindo esta equação pela equação da
    quantidade de oxigénio
  • Qp/Qs (SaO2 - SmvO2) / (SpvO2 - SaO2)

Saturação de oxigénio no sangue venoso sistémico
Saturação venosa pulmonar
Assumindo que a SatO2 95 (provavelmente
verdadeiro no pré-operatório mas NÃO no
pós-operatório)
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  • O ponto chave desta situação é o facto de a SatO2
    sistémica poder ser enganadora
  • Um maior fluxo sanguíneo pulmonar preserva a
    SatO2 arterial mas co-existe com uma SatO2 venosa
    sistémica baixa
  • No pré-operatório a medição da saturação venosa
    sistémica é útil para as decisões terapêuticas
  • O lactato sérico é um bom marcador do metabolismo
    anaeróbio
  • O objectivo é manter o Qp/Qs lt1,51
  • O fluxo sanguíneo está muito dependente da
    resistência sistémica e pulmonar

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Controlar o Qp
  • Habitualmente uma circulação sistémica
    ductus-dependente leva a um Qp elevado (o débito
    ventricular vai predominantemente para o pulmão)
  • À medida que a relação Qp/Qs se aproxima de 2,
    desenvolve-se sobrecarga de volume/ICC
  • Objectivo minimizar o fluxo pulmonar/maximizar
    o fluxo sistémico e a entrega de oxigénio

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Intervenções terapêuticas
  • Minimizar FiO2----21 adicionar N2 para obter
    FiO2 16-18
  • A hipóxia alveolar aumenta as RVP
  • Atenção PaO2 sub-atmosférica prolongada pode
    levar a aumento das RVP
  • Hipoventilação
  • As RVP são sensíveis ao pH
  • Pode ser necessário ventilação mecânica,
    sedação/- curarização
  • Alguns centros também utilizam adição de CO2
    inspirado (ao contrário do N2 - melhora DO2

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  • Num doente ventilado o aumento do PEEP acima da
    capacidade residual funcional (CRF) aumenta a RVP
  • Mantém a tensão nas arteríolas intra-alveolares

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Em relação à circulação sistémica
  • Facilitar o débito sistémico diminuindo as
    resistências vasculares sistémicas (RVS)
  • O objectivo é maximizar a entrega de O2 aos
    tecidos (?DO2)
  • É necessária a utilização de fármacos
  • Não existe uma terapêutica universal
  • São normalmente usados fármacos que diminuem o
    afterload
  • Milrinona, Nitroprussiato e Fenoxibenzamina
  • A sedação/curarização diminui a utilização de
    oxigénio (?VO2)

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Outros orgãos e sistemas
  • Cuidado com a alimentação entérica (AE) risco
    de isquémia/translocação bacteriana na circulação
    ductos-dependente
  • Nas patologias cianóticas a circulação
    esplâncnica tem tipicamente uma PaO2 baixa
  • Apesar de uma lesão renal inicial, a
    insuficiência renal é normalmente reversível

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Abordagem cirúrgica
  • Geralmente a correcção cirúrgica é efectuada na
    1ª semana de vida (depende de cada centro)
  • A terapêutica médica por si só não é, por vezes,
    suficiente para um controlo adequado da situação,
    levando à intervenção cirúrgica
  • O objectivo é facilitar o retorno venoso
    (sistémico e pulmonar) e melhorar o fluxo
    sanguíneo sistémico
  • É necessário controlar a causa do aumento do Qp

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Opções
  • Operação de Norwood Clássica
  • Shunt de Blalock-Taussig ? conducto de 3,5 ou 4
    mm ligando a Artéria Subclávia ou Inominada à
    Artéria Pulmonar
  • Aumento do Arco aórtico (várias técnicas)
  • Septectomia auricular

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OPERAÇÃO DE NORWOOD
28
CORRECÇÃO DO ARCO AÓRTICO E CIRURGIA DAMOS-KAY
(DKS)
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Modificação de SANO
  • Aumento do arco aórtico
  • Colocação de um conduto do ventrículo direito
    para a artéria pulmonar (normalmente com 5 mm,
    dependendo do tamanho da criança)
  • Descrita inicialmente por Norwood mas abandonada
    (uso de grande shunt)
  • Reintroduzida no Japão por Sano

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Shunt de Sano com arco aórtico aumentado
Inicio do aumento do arco aórtico
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Modificação de Sano (continuação)
  • Artigos publicados menor necessidade de Cuidados
    Intensivos na estabilização dos doentes
  • Parece haver menor risco de falência
    circulatória/cardíaca súbita

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Procedimentos híbridos
  • Descrições recentes de Banding da artéria
    pulmonar, com colocação de stents no canal
    arterial, durante o período neonatal
  • Usado em alguns centros como ponte para o
    transplante
  • Outros centros fazem como primeira abordagem a
    reconstrução do arco aórtico com anastomose
    cavopulmonar, aos 3-6 meses de idade

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  • No entanto os números são pequenos
  • Casos isolados sugerem que a presença do stent no
    canal arterial pode dificultar a reparação do
    Arco Aórtico
  • Ainda não está definido se esta abordagem
    constitui uma alternativa válida

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Estratégia no pós-operatório
  • Princípios gerais
  • Semelhante à abordagem no pré-operatório
    circulação em série e adição dos efeitos da
    circulação extracorporal (CEC) nas resistências
    vasculares pulmonares/miocárdio
  • A ênfase tem sido no controlo do coeficiente
    RVP/RVS através da utilização de
    fármacos/estratégias respiratórias

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Estratégia no pós-operatório (continuação)
  • Ênfase na utilização da SatO2 venosa central para
    estimar a adequação da entrega do O2 aos tecidos
  • Os diferentes centros utilizam quer a
    monitorização por oximetria invasiva contínua ou
    doseamento intermitente de pH e gases
  • Não esquecer que o diferencial entre a SatO2
    arterial e SatO2 venosa sistémica é mais
    indicativo da entrega geral de O2 aos tecidos

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Resumo
  • Tal como em todas as Cardiopatias Congénitas é
    necessário saber para onde vai o fluxo sanguíneo
  • Contrariamente ao obvio, é melhor uma SatO2 mais
    baixa
  • Se for necessário façam um desenho!
  • (Draw it out if need be!)

37
FIM!...
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