Title: Modelagem de Mudan
1Modelagem de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra
- SER 403 Mudanças Globais
- Ana Paula Dutra de Aguiar
2Objetivo da apresentação
- Apresentar visão geral sobre objetivos e tipos de
Modelos de Mudanças de Uso e Cobertura da Terra
(Land Use and Cover Change - LUCC), de modo a
prover subsídios para discussão sobre modelagem
LUCC na OBT.
3Roteiro
- Introdução
- Parte I Visão geral de modelagem LUCC
- Parte II Exemplos de modelos LUCC
- Conclusão
4Introdução
- Conceitos básicos
- Motivação para o estudo de mudanças LUCC
- Entendimento sobre causas de mudanças
5Roteiro da Introdução
- Conceitos básicos
- Motivação
- Causas de mudanças
6Cobertura e Uso da Terra
- Cobertura
- Estado físico, químico e biológico da superfície
da Terra - Exemplos floresta, gramínea, área construída.
- Interesse das ciências naturais.
- Uso
- Emprego da terra pelo homem (propósitos humanos)
- Exemplos reserva indígena, pecuária, área
residencial. - Interesse das ciências sociais.
Uma mesma cobertura pode corresponder a
diferentes usos (floresta usada para extração de
madeira e recreação). No geral, um sistema de uso
corresponde a uma cobertura, mas pode combinar a
manutenção de mais do que um (sistema agrícola
combinando culturas e pastagens melhoradas).
Analysis of Land Use Change Theoretical and
Modeling Approaches - Helen Briassoulis, Ph.D.
http//www.rri.wvu.edu/WebBook/Briassoulis/chapte
r1(introduction).htm1.3
7Tipos de mudanças
- Conversão
- Exemplos de conversão de cobertura
- Desflorestamento,
- Desertificação
- Exemplos de conversão de uso
- reserva florestal para agricultura para pecuária
- cultura permanente para cultura anual.
- Modificação
- Em termos de cobertura, mudanças estruturais ou
funcionais, causadas por fenômenos naturais e
também por ações humanas. Por exemplo - Alterações na biomassa e na produtividade da
vegetação - Em termos de uso, intensificação ou mudanças nos
seus atributos. - Por exemplo, em sistemas agrícolas
- Intensificação, Extensificação, Marginalização e
Abandono - Em áreas urbanas
- mudanças na área residencial de alta renda para
baixa renda.
8Exemplo de mudança de cobertura perda de
florestas
9Interações entre mudanças de cobertura e uso
- Mudanças de uso podem influenciar a cobertura de
três maneiras - Convertendo a cobertura
- Modificando a sua função, estrutura ou
características, sem ocasionar uma mudança de
tipo (e.g., intensificação) - Ou mantendo a cobertura, contra agentes naturais
de mudança. - Mudanças de cobertura ocasionadas por mudanças de
uso não necessariamente implicam em degradação da
terra. - Para entender mudanças, somente classificação da
cobertura não é suficiente é necessário entender
sua função (uso) e agentes envolvidos.
10Roteiro da Introdução
- Conceitos básicos
- Motivação
- Causas de mudanças
11Preocupação com mudanças
- Inicialmente
- Globais, impulsionada pelos impactos do
desflorestamento no ciclo de C e perda de
biodiversidade. - Em áreas urbanas, como apoio ao planajemanto.
- Atualmente
- Vulnerabilidade de pessoas e lugares a mudanças
de uso e, num nível mais amplo, às mudanças
climáticas - Suporte para políticas públicas de mitigação e
adaptação, assim como ordenamento territorial.
Preocupação nos níveis global, regional e local
12Feedback entre sistemas
- Mudanças de Uso e Cobertura podem influenciar
- Ciclo de carbono -gt Mudanças Climáticas (global)
- Ciclo hidrológico -gt Mudanças Climáticas
(regional) - Biodiversidade
- Susceptibilidade ao Fogo
- Populações
- Perda de solo
- Por outro lado, processo de Mudanças Climáticas
poderá influenciar sistemas Naturais e Humanos
(incluindo dinâmica de Uso da Terra) de diversas
formas.
13Questões globais ciclo de carbono e mudanças de
cobertura
1.8 6.5 8.3 gt 3 3 2 5
14Mudanças de uso e cobertura no contexto de
mudanças globais
Mudanças Climáticas Aumento de
temperatura Mudanças nos níveis de
precipitação Aumento do nível do
mar Variabilidade e eventos extremos
Sistemas Humanos e Naturais Recursos terrestres
e aquáticos Ecossistemas e biodiversidade Áreas
povoadas e infra-estrutura Sistemas
agrícolas Saúde humana
Adaptação
Vulnerabilidade
Emissões e Concentrações Gases do efeito estufa
e aerosóis provenientes Queima de combustíveis
fósseis e mudanças de cobertura
Caminhos de Desenvolvimento Sócio-econômico Muda
nças demográficas Crescimento Econômico Tecnologia
Políticas Públicas e Instituições
15Questões regionais e locaisExemplos na Amazônia
brasileira
16Exemplo impactos do desflorestamento no ciclo
hidrológico regional
- O vapor de água primário, proveniente do
Atlântico, entra na região pela costa do
Atlântico, provocando precipitação. Grande parte
das águas da chuva volta à atmosfera na forma de
vapor dágua gerado pela ação da floresta
(evapotranspiração). Este vapor d'água, somado
ao vapor primário residual, provoca chuva mais no
interior do continente, onde o mesmo processo se
repete diversas vezes. - Isto é, a floresta não é uma simples consequência
das condições climáticas e da composição e
estrutura do solo, pois é através desta relação
de interdependência com a cobertura vegetal que
se define o clima da região. Assim, o
desmatamento, além de induzir a mudanças
microclimáticas, deverá levar a alterações no
clima regional. As previsões atuais são de um
aumento na temperatura e uma diminuição das
precipitações.
Salati, 2001.
17Outro exemplo de impacto exploração seletiva de
madeira e susceptibildade ao fogo
Fonte http//www.ipam.org.br/avanca/ciclo2.htm.
18Outro exemplo possíveis impactos negativos da
expansão da soja
- Expulsões de populações tradicionais e pequenos
produtores - Degradação do solo
- Contaminação dos rios por agrotóxicos
- Novos desflorestamentos
- Urbanização sem infra-estrutura.
Becker, 200. completar
19Roteiro da Introdução
- Conceitos básicos
- Motivação
- Causas de mudanças
20Entendimento atual sobre causas
- Não restrito a um fator (driver), como
crescimento populacional ou infra-estrutura - entende-se atualmente que as respostas
individuais e sociais seguem mudanças nas
condições econômicas e políticas, mediadas por
fatores institucionais locais, criando diferentes
caminhos de mudanças. - Exemplo causas do desflorestamento
- Explicações baseadas em um só fator
responsabilizam principalmente o aumento
populacional natural e pobreza pelo
desflorestamento tropical, através de agricultura
itinerante. - Simplificações e generalizações geram políticas
públicas equivocadas não consideram feedbacks,
pois infra-estrutura e crescimento populacional
são ambos causas e efeitos do desflorestamento
ignoram forças econômicas e políticas que
propiciam as mudanças não separam causas
imediatas de causas subjacentes - Entendimento atual desflorestamento é gerado por
uma combinação de causas imediatas e subjacentes,
em contextos geográficos e históricos distintos,
que levam a diferentes caminhos - Não existe política pública universal a ser
aplicada para conter o desflorestamento, sendo
necessário o entendimento detalhado das causas
imediatas e subjacentes para a adoção de
políticas adequadas.
- Lambin e Geist, 2002
- The causes of land-use and land-cover change
moving beyond the miths. Lambin et alii, Global
Env. Change 11 (2001) 261-269. - Proximate causes and Underlying Forces of
Tropical Deforestation. Geist e Lambin.
BioScience, vol. 52, no.2, Feb. 2002.
21Causas imediatas e subjacentes
Mudança de uso/cobertura
Alocação de capital (e.g., o que, quanto e
onde) Consumo Decisões gerenciais
Agentes variáveis de escolha
Objetivos e preferências Atributos
culturais Acessabilidade, tecnologia
disponível Preço dos insumos e dos
produtos Características ambientais Custo e
disponibilidade de mão de obra
Características dos diferentes Agentes
e parâmetros de decisão
Causas imediatas
Instituições
Tecnologia
Mercados
Infra-estrutura
Preço/ demanda mercado internacional Políticas
governamentais (e.g., programas de crédito),
Macro-economia,, Demografia
Variáveis macro e instrumentos de políticas
públicas
Causas subjacentes
Fonte adaptado de Kaimowitz e Angelsen, 1998.
22Drivers, heterogeneidade espacial e escala de
análise
Contextos históricos e geográficos Várias
interações entre o homem e o ambiente reformulam
os impactos de drivers diferentemente, levando a
diferentes caminhos no processo de mudança do uso.
- Exemplo Amazônia Brasileira
- Berta Becker (2000) três sub-regiões distintas
(espaço-tempo) - Amazônia Oriental e Meridional
- Amazônia Central
- Amazônia Ocidental
- Dentro de cada sub-região, realidades e atores
distintos - 9 Estados - instituições
- áreas de colonização, áreas de agricultura
mecanizada, Unidades de conservação - Áreas de ocupação recente e consolidada.
- BECKER, B. Cenários de Curto Prazo para o
Desenvolvimento da Amazônia. Cadernos IPPUR, rio
de Janeiro, Ano XIV, no 1, p. 53-85, Jan/Jul
2000. - BECKER, B. Revisão das Políticas de Ocupação da
Amazônia é possível identificar modelos para
projetar cenários?, Número 12, Setembro 2001,
p.135-159.
23Drivers, heterogeneidade espacial e escala de
análise
- Processo não pode ser facilmente generalizado,
sendo necessários - Rede de estudos de caso que representem a
heterogeneidade espacial de uma região - Abordagem multi-escala, que permita a ligação
entre a dinâmica regional e local - Abordagem multi-temporal, pois escala de tempo
analisada também influencia relação entre fatores
e mudanças (e.g., impacto do aumento populacional
em um século versus 5 anos) - Drivers não são generalizáveis ou aplicáveis de
uma escala para outra - Relações não lineares observadas em uma escala
não podem ser linearmente traduzidas para outra
(erros de agregação) - Diferenças na estrutura hierárquica de fatores
entre diferentes níveis da organização. - Exemplo na escala local (propriedade),
acessabilidade e variáveis sociais na escala da
paisagem, potencial agro-climático e topografia
regional ou nacional, fatores macro-econômicos,
demográficos e climáticos.
24Fonte Lambin e Geist, 2002. Global land-use and
land-cover change what we have learned so
far? http//www.geo.ucl.ac.be/LUCC/pdf/Pages20fro
m20NL2046.pdf
25Parte I - Visão Geral sobre Modelagem LUCC
- Objetivos e dificuldades
- Histórico
- Situação atual e tendências
26Tipos de atividades em LUCC
- Monitoramento (Sensoriamento Remoto)
- Elaboração de Teorias
- Modelagem (Conceitual e Operacional)
27Modelos versus Teorias de Mudança de Uso e
Cobertura
- Teorias
- Afirmações concatenadas utilizadas no processo de
explanação. - Teorias LUCC provenientes de tradições
econômicas, sociológicas e natureza-sociedade. - Exemplos de teorias Von Thunen, Alonso,
Equilíbrio Espacial, Teorias baseadas em Agentes,
Boserup ( Intensificação da agricultura/pressão
Populacional), Teorias da pequena produção
familiar (Chayanov, Neoclássica), etc. - Teorias existentes atualmente limitadas em termos
de complexidade espaço-temporal.
- Modelos
- Representação estruturada e idealizada do mundo
real ou representação formal de teoria para um
sistema de interesse. - Modelos operacionais aplicado a dados reais.
- Alguns modelos LUCC não são explicitamente
baseados em teorias. - Síntese de teorias parece ser o mais adequada
para que nenhuma dimensão do problema seja
perdida.
http//www.rri.wvu.edu/WebBook/Briassoulis
28Objetivos de atividades de modelagem LUCC
- Entender melhor as causas e mecanismos que
governam as mudanças de uso/cobertura (o porquê)
- testar hipóteses e análisar as importâncias
relativas de diferentes fatorees - Prever ou projetar quanto, quando e onde as
mudanças deverão ocorrer no futuro (na verdade
suposições lógicas sobre o que pode acontecer
dadas certas premissas, incluindo os casos
extremos) - Auxiliar a elaboração de políticas públicas para
prevenção, adaptação e mitigação de mudanças,
através de simulações em diferentes cenários,
através da análise da sensibilidade das mudanças
de uso e cobertura a fatores ambientais,
econômicos, sociais e institucionais e - Analisar impactos das mudanças de uso nos
sistemas naturais e sócio-econômicos, através do
acoplamento de modelos com feedbacks nos dois
sentidos. - Prescever cenários otimizados.
29Modelos podem ser categorizados quanto à
- Caracterização básica
- Objeto de estudo áreas urbanas,
desflorestamento, intensificação de uso,
desertificação, vulnerabilidade a mudanças
climáticas, expansão da soja, dinâmica da
paisagem, etc. - Escala - local (nível de propriedade/agente),
regional, global, ou multi-escala - Qual pergunta se propõe a responder Porque?
Quando? Onde? Cenários? Impactos? - Com base nesta definição
- Quantitativo ou qualitativo
- Formulação matemática - determinísticos (processo
conhecido) ou estocásticos - Embasamento teórico - com base teórica (única ou
síntese) ou ausência dela - Tratamento da dimensão espacial - espacializados
ou não (incluindo a incorporação de aspectos
espaciais, como vizinhança e proximidade) - Tratamento da dimensão temporal - desde
completamente estáticos (condições iniciais são
mantidas) até dinâmicos - Nível de Integração (constituídos de vários
subsistemas, representando o aspectos ambientais,
socias, econômicos, normalmente em várias
escalas) ou não. - Tecnologia empregada - autômatos, multi-agentes,
regressão múltipla, multi-critério, otimização,
etc.
30Variáveis de modelos LUCC
- Variáveis selecionadas dependem de entendimento
mínimo do porquê das mudanças (mesmo em modelos
estocásticos). - Decisão sobre quais variáveis são exógenas e
quais são endógenas depende da escala de estudo e
do nível de integração com outros subsistemas (no
caso de modelos integrados). - Em modelos multi-escala, variáveis não podem ser
generalizadas de uma escala para outra
diferentes fatores atuam em diferentes escalas.
31Dificuldades na modelagem LUCC
- Alta complexidade dos sistemas estrutural e
funcional - Modelagem do comportamento humano
- Entendimento sobre relações entre drivers
- Diversidade de aspectos a serem considerados
(multi-disciplinaridade) - Heterogeneidade espacial
- Disponibilidade de dados sócio-econômicos
- Difíicil previsibilidade eventos extremos e
próprios resultados dos modelos podem mudar
rumos - Inexistência de uma teoria de LUCC que norteie a
concepção dos modelos necessidade de síntese de
teorias.
32Histórico da modelagem LUCC
- Inicialmente, modelos de campos de conhecimento
específicos - A partir das décadas de 50 e 60, revolução
quantitativa em geografia, economia, sociologia
e planejamento área econômica tem grande
quantidade de trabalhos muitos modelos para
aplicações urbanas - Boom de modelos de desflorestamento nos anos 80,
impulsionado pela questão de mudanças climáticas - Ciências naturais (e.g., ecologia da paisagem) -
ênfase nos aspectos bio-físicoos. - Tendência a interdisciplinariedade.
- Integração aspectos ambientais - sociais -
econômicos. - Anos 90 - Projeto LUCC (IGBP - International
Geosphere-Biosphere Programme e IHDP -
International Human Dimensions Programme on
Global Environmental Change ).
33Projeto LUCC (IGBP-IHDP)
- Motivação
- Earth Science necessidade de dados quantitativos
e espacializados sobre mudanças de uso e
cobertura (especialmente) no período de 300 anos
atrás até os próximos 50 anos. - Dimensões humanas questões de sustentabilidade e
vulnerabilidade. - Combinação de três perspectivas de entendimento
- Narrativa entendimento profundo através de
detalhes históricos - Baseada em agentes entendimento das decisões
individuais - Sistêmica/estrutural entendimento das
organizações e instituições que estabelecem
restrições e oportunidades, que influenciam das
decisões individuais - As duas últimas abordagens operam interativamente
em diferentes escalas de tempo e espaço e
dependem do desenvolvimento de modelos e testes
empíricos.
www.geo.ucl.ac.be/LUCC/lucc.html
34Projeto LUCC modelos propostos
- Foco 1 Dinâmica de uso
- Entender o comportamento dos agentes - casos de
estudo - Entender o relacionamento dos drivers entre
escalas - Questões de vulnerabilidade e sustentabildiade
- Modelos propostos
- Modelos multi-agente inteligentes Modelos
regionais baseados em comportamento agregado dos
agentes - relacionamento com organizações e
instiruições - Modelos de simulação de cenários de
sustentabilidade - Modelos simulação locais e regionais que
identifiquem interações associadas com
degradação e vulnerabilidade
- Foco 2 Mudanças de Cobertura
- Observações diretas (sistemas de monitoramento e
alarme), paea identificação de taxas e padões - Modelos de diagnóstico, relacionando fatores
cultuurais e físicos espaço-temporais (proximate
causes) - Uso de modelos para testar hipóteses sobre
fatores, que depois devem ser refinadas nos Focos
1 e 3, identificar áreas sujeitas a mudanças e
prever impactos destas mudanças. - Ligação com comportamento humano (Foco 1).
- Modelos propostos
- Modelos de probabiliade de transição (Cadeias de
Markov) - Modelos estatísticos espacializados (e.g.,
regressão linear). - Modelos dinâmicos de processo (causais).
- Foco 3 Modelos Regionais e Globais
- Viabilizar o entendimento das mudanças LUCC no
contexto de mudanças globais. - Capturar fatores de modo mais abrangente
- Heterogeneidade espacial e escalas.
- Ligação economia-ambienta
- Mudanças Tecnológicas
- Políticas e instituiçõesDinâmica Urbano-rural
- Integração água-terra
- Resposta dos sistemas ã demanda por alimentos
(intensificação e conversào) - Desenvolvimento de cenários de mudanças globaiis.
- Modelos propostos
- Modelos espacialmente explícitos, multi-escala
dinâmicos e integrados.
35Tendências e linhas de pesquisa
- Modelos multi-agentes simulação de decisões e
competição entre múltiplos agentes - Entendimento do relacionamento entre escalas e
drivers - Modelos multi-escala que representem a
complexidade estrutural - Questão da heterogeneidade espacial e da escala
temporal de análise - Além da análise de processos de conversão
(quantiitativa e locacional), análise de
processos de modificação (e.g., intensificação)
análises de vulnerabilidade e sustentabilidade - Modelos de sistemas dinâmicos que representem
complexidade funcional - Links dinâmicos entre processos/modelos de uso e
processos/modelos biofísicos, permitindo gerar
previsões no futuro ou no passado - Arcabouço sólido para validação de modelos
Veldekamp e Lambin, Editorial Predicting land
use change Agr., Eco. And env. 85(2001) 1-6
36Roteiro
- Introdução
- Parte I Visão geral de modelagem LUCC
- Parte II Exemplos de modelos LUCC
- Conclusão
37Parte II - Exemplos de Modelos
38Critérios para seleção de modelos
- Apresentar visão geral sobre tipos de modelos
existentes, seus objetivos e tecnologia
empregada, assim como a que região foram
aplicados - Ordem da seção visa facilitar o entendimento dos
objetivos e técnicas não implica em
classificação modelos exemplificados não
pertencem, necessariamente, a uma só categoria - Existem tipos de modelos não exemplificados, por
exemplo, modelos de otimização e Interação
Espacial - Maior ênfase a modelos de áreas rurais (locais e
regionais) e já aplicados à Amazônia.
39Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e Econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
40Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
41Modelos Markovianos
- Processo Estocástico.
- Aplicácel a processos que se move m numa
sequência de passos através de conjunto de
estados bastante utilizados em ecologia e
geografia. - Simplicidade Operacional probabilidades de
transição podem ser facilmente estimadas com base
em dados históricos. Não demanda grande
quantidade de dados, que podem ser derivados de
Sensoriamento Remoto. - Aplicações principalmente, para prever em
determinada data, quanto de cada conversão
ocorrerá.
- S t1 P x St
- p11 p12 p1n
- P p21 p22 p2n
-
- pn1 pn2 pnn
- S s1 s2 .sn
- onde si é a quantidade de terra
- destinada a determinado uso.
42Modelos Markovianos
- Normalmente, processo é considerado estacionário
e de primeira ordem (somente último estado é
considerado) - Não incorpora nenhum fator (driver) de mudança.
Assume que as forças que atuaram para produzir os
padrões observados vão continuar a atuar não
leva em conta vizinhança. - Melhorias possíveis
- Remover hipótese de estacionariedade, permitindo
alterações nos valores de probabilidade no tempo
(o que exige domínio matemático e estatístico, e
pode ser difícil a falta de dados para calibrar
modelo) - Relacionar probabilidades de transição a
variáveis exógenas independentes - Restrições em relação a transições impossíveis
- Analisar a disponibilidade de terra para mudança.
43Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e econométricos
- Modelos GIS
- Modelos de Simulação baseados em Autômatos
Celulares - Modelos de Simulação Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
44Modelos baseados em funções logísticas
- Modelo matemático simples que descreve processos
que crescem lentamente no começo, depois
rapidamente, depois lentamente novamente, até um
ponto de saturação. - Bastante utilizado em biologia, geografia e
aplicado para desflorestamento. - Base teórica
- Desflorestamento como um fenômeno de crescimento
com restrição (até a biomassa ficar escassa, sem
rebrota) - Desflorestamento como um processo de difusão
(ondas de migração). - Aplicações
- Várias aplicações para estimar taxas de
desflorestamento - Exemplo Reis e Margulis (1991).
desflorestamento
tempo
45Modelos baseados em funções logísticas
- Descritivo, não explanatório.
- Pode explicitamente incluir um pequeno número de
variáveis causais - Pode ser utilizado para prever desflorestamento
sem grande entendimento das causas - Possui duplo embasamento teórico
- Pode ser incorporado em arcobouço espacial,
multi-escala (Esser, 1989) - parametrização regionalizada
- interação entre escalas, de modo que
desflorestamento aumente de acordo com as funções
logísticas de vários níveis da hierarquia - seleção de células para desflorestamento
(sequencia) definida de acordo com uma
probabilidade definida por uso da terra dos
vizinhos, produtividade natural, fertilidade do
solo e taxa de mudança naquela célula
anteriormente (Osnabruck Biosphere Model)
46Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
47Modelos Estatatísticos
- Modelos baseados em regressão múltipla e outras
técnicas multivariadas (e.g., análise canônica).
Podem ser contínuos ou discretos com finalidade
explanatória ou preditiva
- Contínuos (e.g., regressão linear múltipla)
- LUT i a b1X1 b2X2 ..... bnXn ei,
- onde,
- LUTi é a área ocupada pelo uso i (em cada
zona/célula), e - X1, X2, ..Xn as variáveis de previsão utilizadas
- Incorporação de aspectos quantitativos (taxas,
etc) - Exemplo módulo de regressão linear do CLUE
(Apresentado na seção de Modelos Integrados)
- Discretos
- Modelam a probabilidade de haver mudança do uso i
para uso j - discrete choice models, baseados em logit e
probit models - Exemplos modelos econômicos espaciais de
BockStael e modelo de Dinâmica da paisagem
(apresentado na seção de modelos de simulação
espacial)
48Econométricos
- Aplicação de técnicas de regressão múltipla à
análise de problemas que envolvam demanda e
oferta. - Sistemas de equação que expressam as relações
entre a demanda e/ou produção e seus fatores
determinantes, assim como entre demanda e
produção entre si. - Vários métodos foram desenvolvidos especialmente
para resolver este tipo de sistema. - Exemplos
- Estáquio Reis (IPEA)
- Andersen et al. (1997)
- Projeto Nemesis
- Marcellus Caldas (PhD Esalq/MSU) Amazônia/micro
49Exemplo 1 Andersen e Reis (1997) - IPEA
Objetivo análise dos fatores determinantes do
desflorestamento na Amazônia.
- Modelo de 6 equações
- Demanda por terra desflorestada (Equação
principal) - demanda por terra desflorestada na região i, no
tempo t, com base nas características passadas da
região i e dos seus vizinhos mais próximos. - Interações entre populações urbanas e rurais
- Produção rural e urbana
- Preço da terra
- Dados utilizados
- Dados para 316 regiões (municípios) da Amazônia
(1970, 1975, 1980, e 1985) sobre - Economia
- Agricultura
- Demográficos
- Ecológicos
- Dados sobre vizinhança
- Distância entre centros de municipalidades
DCLRi,t f (distance to federal capitali, road
lengthi,t-1, river lengthi, level ofclearing in
neighboring regionsi,t-1 rural population
densityi,t-1, level of clearingi,t-1, share of
land clearedi,t-1, change of urban outputi,t,
distance to state capitali, urban residents per
rural residenti,t-1, growth pole dummyi, Sudam
crediti,t-1, land pricesi,t-1, rural income per
rural capitai,t-1, municipality areai).
Andersen e Reis (1997) Texto para Discussão Nº
513 DEFORESTATION, DEVELOPMENT, AND GOVERNMENT
POLICY IN THE BRAZILIAN AMAZON AN ECONOMETRIC
ANALYSIS- IPEA
50Exemplo 1 Andersen e Reis (1997) - IPEA
51NEMESIS - Núcleo de Estudos e Modelos Espaciais
Sistêmicos / MCT
- Linha de pesquisa
- Mudanças climáticas globais, agricultura e
desflorestamento/Economia do Desflorestamento da
Amazônia Brasileira Eustáquio Reis IPEA
(http//www.nemesis.org.br/ ) - Modelo Econométrico
- Descreve as interações dinâmicas entre população,
atividades econômicas e desflorestamento com com
base nas seguintes suposições - population growth (pre-determined) and road
expansion (policy determined) are the exogenous
or structural causes of deforestation - agropastoral activities are the immediate causes
- Logging plays an induced and subsidiary role.
- Dados municipais
- Núcleo do modelo modelo demográfico e modelo de
uso da terra.
Modelos econométricos da ocupação da Amazônia
Eustáquio J. Reis IPEA/DIMAC http//www.mct.gov.br
/Temas/meioambiente/news/EustaquioJReis.PDF
52(No Transcript)
53Exemplo 2 Caldas (2001)
- Objetivo Entendimento das forças microeconômicas
determinantes do desmatamento que acontece nas
áreas de colonização, ao longo da rodovia
Transamazônica - Fator por propriedade na área de estudo
- Como fatores sócio-demográficos internos à
família, fatores institucionais (crédito e
titulação) e de mercado (acessibilidade)
influenciam desmatamento na área de estudo. - Área de estudo
- Projeto de Colonização Uruará/Pará - 261
proprietários, em 347 lotes, de 100ha cada - Uso de SIG e dados de SR para cálculo do
desflorestamento por lote - Referencial Teórico
- Buscou testar empiricamente algumas variáveis que
reflitam as causas do desmatamento, através da
combinação das teorias de Chayanov e Neoclássico,
usando para isso análises de regressões. - dYt f (Yt-1, Força de Trabalho t, Distância do
Mercado, Nível de Riqueza t, Idade do Chefe da
Família t, Tempo de residência t, Total da mão de
obra contratada t, Fatores institucionais
(crédito e título), Dependência) - Métodos Estimativa de Mínimos Quadrados, Testes
de autocorrelação espacial, Procedimento de
máxima verossimilhança para estimativa do modelo
ideal.
Caldas (2001). Desmatamento na Amazônia Uma
análise econométrica de autocorrelação espacial
combinando informações de SR com dados primários.
ESALQ/MSU.
54Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e Econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
55Modelos GIS
- Modelos criados diretamente nos sistemas de
Informação Geográfica, que realiza as funções
analíticas necessárias (tight coupled). Por
exemplo, modelos de regras. - No entanto, a integração da maior parte dos
modelos com os SIG atualmente é loose (através
de troca de dados) - Incorporação de capacidade de modelagem dinâmica
e representação de processos em GIS facilitará a
criação de modelos GIS. - Exemplo Laurence Impactos Avança Brasil
56Exemplo Laurence et alii, 2001
Objetivo alertar para os possíveis impactos das
obras de infra-estrutura do Avança
Brasil. Análise de dados históricos para
identificação de áreas de influência das futuras
obras. Prevê (deterministicamente) quatro
níveis de degradação para a Amazônia Brasileira,
em 20 anos (buffers). Considera dados de
desflorestamento atuais, infra-estrutura
(existentes e planejados), atividades de
mineração e extração de madeira, áreas de
conservação e susceptibibidade ao fogo.
Laurence et al. The future of Brazilian Amazon.
Science 291 (5503) 438
57Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
58Modelos baseados em autômatos celulares
- Autômato celular
- matriz de células,
- vizinhança,
- um conjunto de estados discretos,
- conjunto de regras de transição,
- um incremento discreto de tempo.
- Em Modelagem LUCC, uso de CA generalizados
- regras de transição não aplicadas diretamente,
mas através um potencial ou probabilidade
Exemplo Dinâmica (CA modificado)
59Exemplo Dinâmica
Objetivo modelo de simulação geral a ser
aplicado a uma variedade de estudos de dinâmica
da paisagem e de fenômenos espaciais dinâmicos.
- Estocástico (estimativa das taxas de transição e
regras de transição) - Espacializado, baseado em autômatos celulares
generalizados) - Pode ser integrado a modelo externo para
construção de cenários (cálculo de matrizes de
tranisção) e modelo de construção de estradas.
http//www.csr.ufmg.br/dinamica/ - Britaldo
Soares - Centro de Sensoriamento Remoto - UFMG
60Exemplo Dinâmica
- Probabilidades baseadas em
- Pesos de Evidência ou
- Regressão Logística
61ExemploDinâmica
- Construído inicialmente para simulação de
dinâmica da paisagem na Amazônia - Mato Grosso (Tese Britaldo)
- Santa Cruz Bolívia (construção de estrada)
- Cuiabá-Santarém (cenário de governança e não
governança) - Aplicado também para áreas urbanas (Claudia
Almeida-INPE)
62Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e Econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
63Modelos de simulação no nível micro
- Nesta seção, são apresentados modelos
espacialmente explícitos no nível micro, que
simulam no espaço e no tempo a mudança de uso,
considerando o comportamento dos atores, com base
em Teorias micro-econômicas. - Exemplos
- 1. DELTA (Dynamic Land Tenure Analysis Model)
Oak Ridge National Laboratory TN USA Modelo
de simulação espacial baseado em regras, com
componente estocática - 2. Ecômico/Bockstael University of Maryland
MD USA Modelo Econômico Estatístico
(discreto) - 3. LUCITA/LUCIM Baseado em tecnologia de
multi-agentes - 4. ADSS Modelo integrado, estuda interação entre
sistema de uso e instituições, baseado em
tecnologia de multi-agente e autômato celulares. - Observação DELTA, LUCITA/LUCIM e ADSS são também
modelos integrados, como será discutido na
próxima seção.
Tecnologia Multi-agentes
64Exemplo 1 Delta
- Objetivo Não visa apenas previsão concebido
como um instrumento de investigação do destino da
paisagem, para uma região da Amazônia, de acordo
com as decisões sobre o uso do solo por colonos
com diferentes perfis. - 3 sub-modelos integrados
- Difusão de colonização
- Mudança de uso do solo
- Liberação de carbono
- Um dos primeiros esforços na direção de ligar
processos físicos e sócio-econômicos/culturais. - Aplicação Projeto de Colonização Ouro-Preto (294
lotes) - Técnica baseado em regras (não numérico), com
inserção de variáveis
Escala Local/lote
Escala regional
Southworth et alii, 1991 Dale at alii, 1993,
Fronh, R.C, 1996
65Exemplo 2 Modelo Econômico Espacial (Bockstael
Univ. Maryland, Elena Irwin Univ. de Ohio)
- Objetivo modelos econômicos estruturais de
decisão discreta sobre uso do solo, num arcabouço
espacial. - Escala micro (propriedade) para áreas urbanas,
- Estatístico discreto
- para cada unidade, a utilidade de um
determinado tipo é calculado com base nas suas
características. - uma probabiliade de que determinado tipo seja
escolhido é calculada com base nesta utilidade. - Baseado na teoria de agentes, possui sólida base
microeconômica - Modelam efeitos de atração com variáveis exógenas
e repulsa entre diferentes usos - Modela tempo de duração de determinado uso
- Permite a incorporação de variáveis qualitativas
(e.g., culturais).
- http//www.uvm.edu/giee/PLM/MODEL/nomic.htm
- lrwin et al. Theory, data, methods developing
spatially explicit economic models of land use
change. Agr., Eco. And Env 85 (2001) 2-23.
66Tecnologia de modelos multi-agente
- Existem em um espaço
- Separados deste espaço
- Atributos
- Regras de comportamento
- Trocam informações (mediadas pela vizinhança)
- Tempo discreto
http//www.geosimulation.org/geosim/abms.htm. Geo
Simulation Site CASA Center for Advanced
Spatial Analysis
67Combinação entre Agentes e Autômatos Celulares
- Células da paisagem podem ser considerados
agentes (GIS-CA toolkit, baseado na biblioteca
Swarm) - Podem ter modelos/comportamentos distintos
heterogeneidade espacial - A paisagem se comunica com suas células através
de mensagens. As células se comunicam com as
vizinhas através de trocas de mensagens. Cada uma
processa as mensagens de acordo com seus modelos. - Agentes móveis podem atuar sobre a paisagem,
interferindo e sendo afetados pela mesma
(feedbacks). Podem ter comportamento inteligente.
Peter Box. Spatial Units as Agents Making the
Landscape an Equal Player in Agent Based
Simulation http//www.swarm.org/
68Exemplo 3 Lucim/Lucita
Objetivo desenvolvimento de modelos baseados em
agentes empiricamente parametrizados e validados.
- LUCIM Indiana
- LUCITA Amazônia brasileira
- Desenvolvimento e comparação com modelos
econométricos. - Instituições inicialmente exógenas.
http//www.cipec.org/research/biocomplexity/
BioComplexity Project (NSF Funded) CIPEC
Indiana University
69Exemplo 3 Lucim/Lucita
- Questôes científicas para guiar modelagem
- How do individuals make labor allocation,
production, consumption, and investment decisions
in risky, multi-asset environments? - What factors affect individual preferences and
actions related to land use? - What is the impact of landowner actions on the
landscape? - How do socioeconomic landscape patterns and
ecological landscape patterns interact? - How does a change in land use in one location
influence the probability of a change in land use
at a neighboring location? - What is the role of scale in the observed changes
in land use in southern Indiana? - What are some key ways of testing our
theoretical models? How do initial assumptions
impact model outcomes? Can differing
assumptions lead to observationally equivalent
outcomes?
70Exemplo 4 ADSS
Objetivo Análise da interação ator-instituição-am
biente.
- Protótipo de arcabouço de modelagem para, baseado
em agentes, CA generalizado, GIS. - No caso de estudo específico desflorestamento e
pequenos proprietários, na península de Yucatan,
no México. - Combina perspectivas de agentes e estruturas
(multi-escala)
http//www.ucgis.org/oregon/papers/manson.htm
Agent-Based Dynamic Spatial Simulation of
Land-Use/Cover Methodological Aspects. Steven
Mason, Clark University
71Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
72Modelos Integrados
- De acordo com Briassoulis, existem vários
significados para Integração - Espacial (vários níveis)
- Setores (e.g., transporte vs uso)
- Usos da Terra (e.g., comercial vs residencial vs
industrial) - Sub-mercados da econômia
- Econômia-sociedade-ambiente (e.g., links entre
pelo menos dois componentes) - Classificados como
- Urbanos
- Regionais
- Globais
http//www.rri.wvu.edu/WebBook/Briassoulis/conten
ts.htm. Analysis of Land Use Change Theoretical
and Modeling Approaches. Helen Briassoulis, Ph.D.
73Modelos Integrados Regionais exemplificados
- SIMLUCIA
- Feedbacks entre sub-sistemas natural, econômico,
social (macro) e uso da terra (micro). - Nível micro
- Baseado em autômato celular modificado.
- Integrado ao GIS.
- CLUE
- Modelo Multi-escala, estatístico (baseado em
regressão linaer). - Permite analisar efeitos de escala nos
determinantes de mudanças - Integra modelo econômico e demográfico em escalas
globais de demanda por produtos. - LUC/IIASA
- Modelo baseado na teoria econômica welfare
- Sendo aplicado à China.
- Segundo Briassoulis, um dos mais completos em
termos de análise da integração entre fatores
ambientais e sócio-econômicos.
74Exemplo SimLucia
- Objetivo Ferramenta para que o poder público
possa explorar possíveis conseqüências
ambientais, sociais e econômicas de mudanças
climáticas hipotéticas. - Feito para a UNEP, para testar o sistema na ilha
de Santa Lúcia, Caribe. - Pode acomodar vários cenários com relação a
condições econômicas internacionais, mudanças
climáticas, e tendências demográficas, podendo
ser aplicado a qualquer região de tamanho pequeno
ou moderado.
http//www.riks.nl Modeling land use change
with linked cellular automata and socio-economic
models A tool for exploring the impacts of
Climate Change on the Island of Sta. Lucia. Roger
Withe e Engelen (RIKS)
75Exemplo SimLucia (Nível Macro)
- Sub-sistema Natural
- Série de hipóteses ligadas, que o usuário pode
modificar, com relação à mudança no tempo da
temperatura e nível do mar, e os efeitos destas
mudanças na precipitação, frequência de chuvas,
assim como na demanda por produtos e serviços da
ilha (turismo). - Sub-sistema Econômico
- Modelo Input-Output, descreve a economia da ilha
como um conjunto de equações lineares. Fortemente
acoplado ao sistema demográfico e captura a
interdependência entre setores. Inclui demanda
interna e externa. - Sub-sistema Demográfico
- Calcula a população da ilha anualmente com base
nos nascimentos, com base em nascimentos, mortes
e migração líquida. Captura mudanças no susbstema
econômico - Link para nível macro Cálculo de produtividadeda
terra - Usa a demanda por determinada atividade e de
população em quantidade de terra necessária para
tal ativiadade.Utiliza medidas de adequação da
terra para cada atividade para caálculo de
densidade.
76Exemplo SimLucia (Nível Micro)
- Baseado num autômato celular
- Regra de transição cálculo de um potencial de
modo determinístico mais componente de erro
estocático - Potencial é função de acessabilidade, adequação e
fator de atratividade de outras atividades - Com base em superfície de potencial, células são
ordenadas e sorteadas para transição, de acordo
com demanda calculada no nível macro - Mudanças na adequanção do solo são enviadas para
o nível macro, para mudar densidade.
77Exemplo SimLucia
- Vizinhança
- Região circular, com raio de 8 células, total 196
células - Divida em 30 zonas discretas (por distância)
pode dar pesos diferentes para zonas de acordo
com distância (vizinhança 4, 8, etc.) - 3 níveis de regras de transição
- Prioridade 1 Intervenções humanas
- Prioridade 2 Aumento do nível do mar
- Prioridade 3 Transições entre usos, com base em
Potencial - Pz f (Sz).f(Az).?? (wz,y,d x I d,i) ez
- d
i - f (Sz) adequação da célula para atividade z
(0 lt f (Sz ) lt 1) - f(Az ) acessabilidade da célula para atividade
z (0 lt f (Az ) lt 1) - d zona (0ltdlt30)
- I d,i I é o índice de uma célula em uma dada
vizinhança - W z, y, d peso dado a células vizinhas no
estado y na zona d, em relação a transição - para z (atratividade)
- Id,i função dirac delta I d,i 1,
se o estado da célula i na zona d é y caso - contrário, I d,i 0
Az 1/(1 D/az)
78Exemplo CLUE
- Arcabouço de modelagem de mudanças de uso do solo
para modelos dinâmicos e multi-escala, baseados
em - Objetivo entender relação entre drivers em
múltiplas escalas e realizar análises preditivas
de curto prazo, em diferentes cenários
macro-econômicos. - As relações entre mudanças e fatores
explanatórios são quantificados através de
regressão linear múltipla. - Aplicado em
- Central America
- China
- Costa Rica
- Ecuador
- Honduras
- Java
- Philippines
- Vietnam
- Malaysia
- Exemplo de equação aplicada na Costa Rica
- permanent crops ß0 ß1soil drainage
ß2relief ß3altitude ß4rurpop ß5urbpop
ß6alf
http//www.gis.wau.nl/clue/
79CLUE China dados grid usados
- Population density
- Distance to city
- Soil fertility
- Rural population density
- Elevation
- Soil drainage
- Urban population density Slope
- Temperature
- Agricultural labour force
- Landform
- Precipitation
- Illiteracy
- River density
- Sunshine
80CLUE China
Permite regionalização
81CLUE mecanismo dealocação
() cover x,y,t,c coverx,y, t-1, c reg_cover
x,y,t,c - cover x,y, t-1 )ITFc
- Na escala menor (coarse)
- Demanda distribuída igualmente por todos as
células cujo valor das células em t-1 (cover t-1)
seja menor do que a reg_covert seja menor do que
a cover. - Se for menor, indica propensão a mudança (pois
outros locais nas mesmas condições já mudaram.
Nova porcentagens de área são dadas pela fórmula
() - ITC ajustado iterativamente, com base na demanda.
- Na escala maaior, processo é similar, mas são
também considerados a mudança relativa alocada na
escala menor e desenvolvimentos autônomos.
82Exemplo LUC IIASA
- Objetivo Arcabouço de modelagem para a análise
de interações espaciais e intertemporais entre
diversos fatores sócio-econômicos e biogeofísicos
que causam mudanças de uso e cobertura. - Desenvolvido para ser utilizado como ferramenta
de apoio à decisão.
http//www.iiasa.ac.at/Research/LUC/
83Exemplo LUC IIASA
- Base teória
- Welfare Theory (Economia) e métodos analíticos
relacionados (assume mercados perfeitos, o que
não é realista em muitos países, e pode ser
distorcido) - Aplicações
- desenvolvido inicialmente para China e Noroeste
da Ásia, mas estrutura e metodologias são
aplicáveis a outras regiões. - China identificar e simular trajetórias de
investimento e de usos de recursos socialmente
desejáceis e economicamente eficientes, que são
computadas resulvendo um problema de maximixação
do bem-estar social (welfare), sujeto a
restrições tecnológicas e de recursos. Modelo
multi-região, multi-setor e multi-agente. - Bastante complexo, mas segundo Brisassoulis, a
mais ambiciosa tentativa de criar um arcabouço
integrado, sensível tanto a dinâmicas globais,
quanto locais.
84Roteiro da Parte II
- Modelos Markovianos
- Modelos Logísticos
- Modelos Estatísticos e econométricos
- Modelos GIS
- Modelos baseados em Autômatos Celulares
- Modelos Nível Micro e Multi-agentes
- Modelos Integrados Regionais
- Considerações gerais sobre modelos
85Considerações sobre modelos
- A maior parte dos modelos não possui embasamento
teórico consistente. - Modelos de regressão
- Não possuem real poder explanatório demonstram
associação ou correlação entre variáveis, não
efeitos de causa e efeito. - Capazes de realizar projeções de curto prazo,
indicando áreas propensas a mudanças - Automatos celulares generalizados
- Fórmula de potencial/probabilidade pode dar
suporte a testar diversas hipoteses/teorias
(e.g., SimLucia), - Não incorporam diretamente a questão do processo
de decisão e o papel das instituições (assim como
modelo de Markov e técnicas estatísticas) - Vantagens do modelo baseado em agentes
- Simular um laboratório social
- Modelar feedbacks entre sistemas biofísicos e
sócio-econômicos - Possibilidade de incorporar heterogeneidade
espacial e complexidade estrutural - Arcabouço teórico baseado na Teoria de agentes
(micro-economia)
86Modelos causais (processo)
- Modelos de processo, causais e dinâmicos, não
simplistas, ainda não existem estágio atual de
modelagem e teoria serão a base para o
desenvolvimento de tais modelos maior parte dos
modelos é estocástico. - Modelos causais precisam incorporar a relação
entre decisões individuais e mudanças de uso
por outro lado, é preciso endereçar a questão de
agregar este comportamento para entender mudanças
nos níveis regionais e globais.
87Modelos de simulação espacial
- Duas grandes linhas
- Modelos que calculam uma superfície (espaço
celular) e com base nela alocam mudanças por
sorteio, expansão de manchas ou outro critério
(de acordo com demanda externamente
estabelecida) - CLUE diferença da regressão
- SimLucia Potencial (determinístico)
- Dinâmica Probablilidade
- Bockstael Probabilidade
- Modelos baseados em multi-agentes combinados
atuando sobre espaço celular modelam
comportamento dos atores, instituições e sua
interação com o sistema de uso e ambiente. - LUCITA/LUCIM
- ASDD
88Modelagem integrada nível de integração reflete
em variáveis endógenas e exógenas
Modelos de Mudanças Climáticas Modelos de Ciclos
Biogeoqúimicos Modelos de Vegetação
Modelos de Cenários Sócio-Econômicos Economia,
Tecnologia, Instituições, Demografia,
(incluindo migrações)
Modelos LUCC Rede de modelos locais Modelos
regionais multi-escala
Modelos de Vulnerabilidade Erosão, Fogo,
Social Segurança Alimentar Biodiversidade, outros
89Modelos versus perguntas
- Modelos estão sempre errados. Mas alguns são
úteis - Modelos distintos para questões científicas
distintas - A questão principal é o que se quer modelar, para
quais as perguntas científicas se quer obter
resposta então selecionar o tipo de modelo mais
adequado e analisar teorias que possam embasar a
concepção do modelo.
90Roteiro
- Introdução
- Parte I Visão geral de modelagem LUCC
- Parte II Exemplos de modelos LUCC
- Conclusão
91Conclusão
- Modelagem LUCC na OBT
- Requisitos para ambiente computacional
- Parcerias
92Modelagem LUCC na OBT (Amazônia)
- Procurar focar em aspectos do processo de mudança
de uso e cobertura que se deseja entender
(objetivo e escala de estudo). Exemplos - Entender impactos e feedbacks com meio biofísico
- Integração com modelos de mudanças climáticas,
Modelos de vegetação, Modelos hidrológicos, ou - Vulnerabilidade do meio físico Biodiversidade
susceptibilidade ao fogo, perda do solo, etc., ou - Entender impactos e feedbacks com sistemas
humanos - Integração com modelos demográficos/migrações, ou
- Analisar possíveis impactos do ZEE na dinâmica de
uso e ocupação, ou - Sustentabilidade de sistemas agrícolas frente à
intensificação, ou - Entender e prever expansão da soja frente a
alternativas de políticas públicas, ou - Entender como fatores institucionais e econômicos
afetam as decisões e as dinâmicas em diversas
escalas entender como as decisões individuais se
agregam, formando processos regionais.
93Minhas áreas de interesse
- Linha 1
- Questões relacionadas a como fatores/processos
atuam nas várias escalas fatores subjacentes
(macro-economia, cadeias produtivas,
instituições), fatores imediatos (processo de
decisão) e como comportamento pode ser agregado.
Usar abordagem multi-escala do CLUE, combinada
com teoria de agentes. - Linha 2
- Analisar vulnerabilidade de sistemas de uso e
ecossistemas específicos frente a processos de
intensificação. Análise local, com abordagem
multi-agente, com influência de fatores
institucionais. - Linha 3
- Entender e projetar processo de expansão da soja
versus condições macro-econômicas, políticas
públicas e condições ambientais analisar impacto
sobre determinadas populações. - Linha 4
- Analisar possíveis impactos de mudanças
climáticas sobre diferentes sistemas de uso.
94Possíveis requisit