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ATENDIMENTO A AGRESSORES SEXUAIS

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(Prentky et al., 1997, in Sanderson, C., Abuso Sexual de Crian as, 2005). - Escassez de material: Problema relatado por pesquisadores de v rios pa ses: ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: ATENDIMENTO A AGRESSORES SEXUAIS


1
ATENDIMENTO A AGRESSORES SEXUAIS
Rosemary Peres Miyahara
2
Questões sobre o atendimento a agressores
sexuais
- Não há um perfil único que descreva
com detalhes ou que consiga abranger todos
os molestadores de crianças. (Prentky et al.,
1997, in Sanderson, C., Abuso Sexual de Crianças,
2005).
3
  • - Escassez de material
  • Problema relatado por pesquisadores de vários
    países Brasil, Espanha, Inglaterra, entre
    outros.
  • - Agressor sexual não assume seus atos.
  • - Dificuldade em se obter dados
  • Sobre suas vivências psíquicas,
  • Sua vida pregressa,
  • Seus laços afetivos / sexualidade, etc.

4
  • É preciso vencer as barreiras de demonização
    dos pedófilos e buscar um conhecimento
    aprofundado sobre o que motiva estes indivíduos a
    abusar sexualmente de crianças
  • Do contrário permanecerão
  • Mais retraídos
  • Mais fechados
  • Aumentando a negação
  • Não acreditando que possam ser compreendidos e
    ajudados

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  • O que acarretará
  • Limitação de conhecimento
  • Limites para a eficácia de intervenções
  • tratamento
  • prevenção

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Na atualidade, o termo PEDOFILIA significa
distúrbio de conduta sexual, com desejo
compulsivo de um adulto por crianças ou
adolescentes, podendo ter característica
homossexual ou heterossexual.
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  • - Três causas principais são apontadas no estudo
    da pedofilia
  • A primeira refere-se à sexualidade reprimida
  • Crianças que apresentam um desenvolvimento
    afetivo-emocional conturbado, com dificuldade
    para se manifestar e expressar seu
    desenvolvimento sexual, seus questionamentos,
    curiosidades, identificações com figuras de
    apego. É frequente o pedófilo se aproximar de
    crianças afetivamente carentes, ou seja, daquelas
    que respondem a sua sedução, mesmo que ele seja
    um desconhecido.
  • A criança é seduzida por aquele que lhe dedica
    uma atenção que ela não recebe dos pais.

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  • A segunda causa que leva à pedofilia encontra-se
    na pouca idade em que crianças, principalmente em
    países subdesenvolvidos, mergulham na
    prostituição, trocando a escola e as brincadeiras
    infantis por práticas libidinosas que lhes rende
    algum dinheiro para sobreviver. A pobreza
    ocasiona muitas vítimas, mas as mais atingidas
    são as crianças.

9
  • A terceira causa e a mais grave delas, pelo
    anonimato, pela ausência de informação e pelo
    grau de periculosidade, está no campo dos desvios
    de personalidade, no proceder de fronteiriços que
    se apresentam, aparentemente, dentro da mais
    absoluta correção, mantendo em segredo um mundo
    povoado de abominável comportamento.

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- O pedófilo pode ter vivido um vínculo hedonista
com a mãe, sem um corte real, o que o leva a
guardar para sempre, de modo ativo, o desejo de
retornar a essa ligação simbiótica. É isso, sem
dúvida que está subentendido quando certos
adultos chegam às vias de fato com uma
criança. Em geral, foram filhos fetichizados de
uma mulher que exaltava a sua infância e da qual
eles não puderam desligar.
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Incestual P.- C. Racamier (psicanalista
francês) - Atmosfera doentia, feita de olhares
equívocos, de casuais toques de mão, de alusões
sexuais - Barreiras entre gerações não se
colocam claramente, crianças e adolescentes são
integrados como testemunhas da vida sexual dos
adultos - Não há fronteira entre o banal e o
sexual - Exibicionismo apresentado como ser
moderno.
12
  • - O ciclo típico de excitação dos pedófilos
  • O ciclo fantasia - masturbação - orgasmo com
    base em fantasias sexuais.
  • Evolução para abusos de contato sexual.

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A pedofilia e o ASC podem ser entendidos como um
comportamento aprendido no qual a união de
fantasias e imagens de crianças é combinada com
excitação sexual e masturbação estabelece e
mantém o comportamento sexual em relação a
crianças O orgasmo e a ejaculação tem um
componente de recompensa Resultado
prazeroso tendência à repetição.
14

- Com o tempo esse ciclo pode se mostrar
progressivamente menos satisfatório busca de
imagens de crianças sendo
abusadas sexualmente busca por crianças para
abusar sexualmente
15

- Segundo o modelo teórico de Finkelhor (1984),
temos a compreensão daquele que abusa. 1)
Motivação - em primeiro lugar é necessário sentir
o desejo de manter relações sexuais com uma
criança. As possíveis razões psicológicas para
explicar esta motivação seriam -
desenvolvimento emocional deficiente -
identificação narcisista com um EU infantil -
reativação inconsciente de um trauma sexual
infantil.
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2) Superação das barreiras internas - Ele tem
que superar também as inibições internas que lhe
bloqueiam seu desejo de se relacionar sexualmente
com a criança/ adolescente.
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3) Superação das barreiras externas - Os
fatores individuais mais importantes que permitem
ao adulto superar as barreiras externas são a
ausência, enfermidade ou distanciamento da mãe,
ou que a mesma esteja dominada ou seja maltratada
por seu companheiro, o isolamento social da
família, oportunidades pouco comuns para estar a
sós com a criança/adolescente, a falta de
vigilância e, condições ambientais de alojamentos
ou dormitórios comuns entre crianças e pais.
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4) Superação da possível resistência da
criança/adolescente - É a capacidade que tem a
criança /adolescente para evitar ou resistir à
violência/abuso sexual. Fatores individuais que
aumentam a probabilidade de que se produzam os
abusos são a insegurança emocional da criança,
desconhecimento deste tema, a confiança entre a
criança e aquele que agride (por ex. quando a
pessoa que agride é o pai) e a coerção.
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MULHERES QUE ABUSAM SEXUALMENTE Nem todos os
agressores sexuais são homens. Estudos recentes
(Glasser et al., 2001) apontam que 35 dos
abusadores sexuais de meninos, foram abusados na
infância, e que na maioria deles foi abusada por
um parente do sexo feminino. O número de
agressoras sexuais é pequeno. Existem poucas
agressoras sexuais? Ou a sociedade ainda não está
preparada para vê-las e percebê-las?
20

Idealização das mulheres como fornecedoras de
cuidados, alimentação e proteção. A crença que
mulheres não abusam, dificulta o diagnóstico e a
compreensão do fenômeno, Dificuldade de
compreender de que maneira uma mulher pode abusar
de uma criança
21
  • Mulheres abusam como os homens a maioria dos
    abusos praticados por homens não deixa vestígios,
    e o mesmo ocorre por parte das mulheres
    abusadoras
  • - Tocar genitais,
  • - Forçar a criança a sugar seus seios,
  • - Sexo oral ,
  • - Masturbação mútua, etc.
  • Por vezes o abuso é acompanhado de
  • espancamento (Elliot,1993).

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  • Principais características das abusadoras
  • Sofreu abuso na infância,
  • Falta de cuidados na infância,
  • Casamento precoce,
  • Criança e abusadora de idades próximas,
  • Relacionamentos abusivos e negativos com
    companheiros,
  • Histórico de atividade sexual compulsiva/indiscri
    minada,
  • Distúrbios psicológicos ou doença mental,

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  • - Uso de álcool / drogas
  • Tratamento das crianças, como extensão de si
    mesma,
  • Criança não era desejada ou era do sexo errado,
  • A mulher pode estar fixada, na sua relação,
    com a sua própria mãe.

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  • FATORES PREDISPONENTES NOS ADOLESCENTES QUE
    PRATICAM ABUSO SEXUAL
  • Falta de empatia
  • Laços rompidos
  • Cuidado inconsistente
  • Abuso físico e emocional
  • Distúrbio de conduta
  • Falta de amizades íntimas
  • Fraca socialização

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  • Grupo de colegas delinqüentes
  • Administração precária da raiva
  • Distúrbios afetivos
  • Incapacidade de confiar
  • Desestruturação Familiar

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PROGRAMAS DE TRATAMENTO PARA AGRESSORES
SEXUAIS - Atualmente, a maioria dos tratamentos
para violência sexual é oferecida enquanto o
agressor está na prisão. Considerando-se que
menos de 5 dos abusadores sexuais de
crianças que vão a julgamento, são
condenados dificuldade para avaliar
eficácia do tratamento.
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  • - Prisão
  • pouca ou nenhuma eficiência para encorajar a
    reabilitação
  • estresse do confinamento
  • isolamento/ segregação com outros abusadores
  • alimenta crenças distorcidas
  • processo de auto-vitimização

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  • Existência de uma representação externa do
    superego (sistema penal) pode ser o início
    terapêutico no processo de interiorização desta
    instância psíquica.

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  • - Terapia Comportamental Cognitiva
  • funciona segundo o princípio do relacionamento
    entre pensamentos, sentimentos e comportamentos
    (Mc Guire, 2000)
  • reconhecer que abusadores sexuais são indivíduos
    com problemas e têm direito a uma resposta
    humana.
  • Procura ajudar o agressor sexual a libertarem-se
    da raiva, ressentimento de si mesmos.
  • Procura reduzir o profundo sentimento de solidão
    e capacitar para desenvolver relacionamentos
    adequados.

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  • Encoraja a examinar o que fizeram, demonstrar
    arrependimento e empatia em relação às suas
    vítimas
  • dramatização
  • Concentra-se no desenvolvimento de estratégias
    para que lidem com sua estimulação sexual e seus
    impulsos e evitem entrar em situações em que
    surjam oportunidades para abusar sexualmente.

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  • - Principais temas a serem abordados na terapia
    do agressor sexual
  • Pensamentos distorcidos sobre relacionados
  • Percepção dos efeitos da violação sexual sobre a
    vítima
  • Responsabilidade e conseqüências da violência
    sexual
  • Estratégias de prevenção à recaídas
  • Identificação da natureza do ciclo de abuso do
    agressor

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  • Estratégias para evitar situações de alto risco
  • Excitação doentia
  • Relacionamentos interpessoais
  • Habilidades de Comunicação
  • Raiva e controle do estresse
  • Abuso de substâncias

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MODELO DE TRATAMENTO INTEGRADO (Miller, D -
1990) - centralidade do relacionamento dos
estágios progressivos da auto-revelação -
importância de se desenvolver um forte
relacionamento terapêutico baseado em confiança
mútua e aceitação relativa das crenças sobre
temas como lealdade, proteção e segredos Antes
de se avançar para recordações mais traumáticas e
complexas de incesto na infância Antes de se
confrontar os segredos do comportamento abusivo
adulto
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- Considera a ligação do abuso sexual com padrões
disfuncionais de proteção do relacionamento
incestuoso internalizado (incesto equivalente à
conexão) - evita a dinâmica de culpar e
envergonhar - considera que a revelação da
vergonha e do trauma, tem o potencial da cura,
apenas dentro do contexto de um relacionamento
não-coercivo, cuidadosamente construído. -
considera que o relacionamento incestuoso é
complicado, tanto para a criança quanto para o
indivíduo abusivo.
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  • - METOLOGIA
  • Circulos de conversa - externo
  • - intermediário
  • - interno
  • Externo
  • Referencial sistêmico coleta de informações
    sobre regras, mitos, crenças e seqüências
    familiares
  • contexto onde traumas e segredos são produzidos

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Intermediário Comportamentos problemáticos
abordados mais diretamente conexão com sistemas
profissionais de apoio (legal, social,
educativo) posicionamento do terapeuta com
outros profissionais
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  • Interno (ou Intrapsíquico)
  • Trabalho com trauma internalizados ou padrões de
    repetição
  • sistema tripartido do self (três introjeções)
  • a vítima reconhecer danos auto-infringidos
  • o indivíduo abusivo controle do abusador
    internalizado
  • o membro parental não protetor desenvolver sua
    própria presença protetora.

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  • - A NECESSIDADE DO PROFISSIONAL SE PREPARAR PARA
    O ATENDIMENTO DO AGRESSOR SEXUAL
  • A resistência em atendê-los
  • A terapia pessoal a sexualidade, os valores, os
    preconceitos, as emoções (raiva, ódio, etc).
  • Ouvir e perceber o agressor, não só como
    agressor, mas como sujeito que também sofre.
  • O preconceito dos colegas.

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PARA REFLEXÃO Se nos falta linguagem para
expressarmos a dor e a lealdade na história da
vítima de abuso, ficamos quase mudos no que tange
aos segredos daqueles que cometem o incesto.
Parte do problema é que ficamos irritados,
amedrontados e críticos com relação aqueles que
infligem violência sobre crianças ou mulheres.
Não desejamos ouvir a história do perpretador.
Preferimos vê-lo como um crimonoso e o
relegamos à modificação comportamental. Ele é
visto como alguém que poderá conter seu
comportamento apenas através do uso de
impecilhos, sejam químicos, educacionais,
comportamentais, legais ou sociais...
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Precisamos ouvir a história do indivíduo
abusivo... De outro modo, silenciamos outra vez a
criança intimamente ferida ... É neste silêncio
que replicamos antigos comportamentos familiares
e depois interpretamos as respostas do indivíduo
como patológicas. D. Miller
41
cnrvv_at_sedes.org.br
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