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Leucemia miel

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Leucemia miel ide aguda M3 Andr Bahute Anita Quintas Pedro Silva Perspectiva Hist rica 1949, Fran a Primeira refer ncia doen a 1957 Designa o de ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Leucemia miel


1
Leucemia mielóide aguda M3
  • André Bahute
  • Anita Quintas
  • Pedro Silva

2
Perspectiva Histórica
  • 1949, França Primeira referência à doença
  • 1957 Designação de Leucemia Promielocítica, por
    Hillstad
  • 1976 Categorização da doença pela classificação
    FAB (LMA M3)
  • 1996 Categorização da doença pela OMS (grupo I
    - leucemia promielocítica aguda)

3
Definição
  • Doença caracterizada pela infiltração de sangue,
    medula óssea e outros tecidos por mieloblastos
    malignos
  • Bloqueio da hematopoiese

Células imaturas, não-funcionantes
Células diferenciadas, normais
Organomegalias Linfadenopatias
Citopenias Anemias
4
Epidemiologia
  • Incidência global de leucemias mielóides agudas
    3,6 casos por 100.000 pessoas/ano
  • Percentagem de casos de LPA 5 -10
  • Risco aumentado para
  • população latina europeia e centro e
    sul-americana
  • Indivíduos com índice de massa corporal aumentado
  • Idade de apresentação
  • média 31 anos
  • rara ocorrência antes dos 10 anos de idade

5
Etiologia
  • Radiação
  • Radiação ionizante (bombas, testes e reactores
    nucleares, radiação médica)
  • Radiação não-ionizante (?)
  • Substâncias químicas e outras exposições
  • Benzeno
  • Tabagismo
  • Derivados do petróleo, Óxido de etileno,
    Herbicidas, Pesticidas
  • Fármacos
  • Agentes alquilantes (ciclofosfamida,
    mecloretamina, clorambucil, busulfan, lomustina,
    semustina)
  • Inibidores da Topoisomerase II (etoposide,
    tenoposide)
  • Cloranfenicol, Fenilbutazona, Cloroquina,
    Metoxipsoraleno

6
Esquemas de Classificação
  • FAB (1975)
  • Critérios
  • Morfológicos
  • Citoquímicos
  • OMS (1996)
  • Critérios
  • Morfológicos
  • Citoquímicos
  • Imunofenotípicos
  • Moleculares
  • Citogenéticos

7
Critérios de Classificação
  • Morfologia e Citoquímica
  • Diagnóstico estabelecido pela presença de 20
    mieloblastos no sangue ou medula óssea
  • Promielócitos
  • M3 hipergranular 75 casos- Hipergranulares,
    com numerosos corpos de Auer e grânulos
    azurofílicos
  • Variante microgranular (M3v) 25 casos -
    Hipogranulares, raros corpos de Auer e pequenos
    grânulos
  • Núcleos bilobados
  • Reacção positiva a
  • Negro de Sudão B
  • Mieloperoxidase
  • Cloracetato esterase
  • Neutrófilos
  • Normais, ocasionalmente displásicos
  • Precursores eritróides e megacariócitos
  • Sem anomalias significativas

8
Critérios de Classificação
Promielócitos hipergranulares à direita.
Múltiplos Corpos de Auer à esquerda.
Células coradas com Sudão Negro B.
Positividade a azul dos promielócitos com
esterase de cloroacetato.
Variante hipogranular, com grânulos diminutos.
9
Critérios de Classificação
  • Imunofenotipagem
  • Estudo das células da leucemia por citometria de
    fluxo após marcação com anticorpos monoclonais
    para os antigénios de superfície
  • CD 9, CD11, CD13, CD33 Positivo
  • CD14, CD34, HLA-DR Negativo
  • Cromossómica e Citogenética
  • Estudo das alterações cromossómicas que potenciem
    alterações funcionais de moléculas
  • Presença de t(1517)
  • Codifica proteína quimérica Pml/RARa

Supressão da transcrição génica
Bloqueio da diferenciação celular
10
Sintomas e Sinais
  • Início gradual ou abrupto
  • Sintomas Constitucionais Gerais
  • Fadiga
  • Anorexia, perda ponderal
  • Febre com ou sem infecção
  • Diaforese
  • Sistema Hematológico
  • Hemorragia gastrintestinal, intrapulmonar,
    intracraneana
  • Coagulopatia vascular disseminada
  • Sistema Musculo-esquelético
  • Dor óssea
  • Sistema Linfático
  • Linfadenopatias

11
História Clínica
12
Identificação
  • Nome M.A.F.B.R.
  • Idade 36 anos
  • Sexo masculino
  • Raça caucasiana
  • Estado civil casado
  • Naturalidade Braga
  • Residência Braga
  • Profissão perito automóvel

Factor de risco?
13
História da doença actual
  • 13 de Janeiro de 2006
  • O doente, previamente saudável, recorre ao
    centro de saúde com odinofagia intensa que se
    iniciou abruptamente no dia anterior. É
    diagnosticada uma amigdalite e o doente é
    medicado com Zoref 500, Spidifen e Xyzal.

14
  • 16 de Janeiro de 2006
  • Dado que a odinofagia não apresentava remissão,
    o doente recorreu ao SU do Hospital de S. Marcos
    (Braga).
  • O exame físico revelou uma amigdalite aguda em
    aparente resolução. A amígdala apresentava-se
    edemaciada, com vestígios de sangue.
  • A análise sanguínea mostrou leucopenia e
    trombocitopenia acentuadas.
  • Foi diagnosticado um abcesso amigdalino.
  • O doente foi internado e proposto para
    imunoterapia Rocephin 1g 12/12h ev,
    Metronidazol 500mg 8/8h ev, Predenisolona 50mg
    12/12h ev, Ranitidina 50mg 12h/12h ev.
  • Devido à evolução desfavorável do doente
    suspeitou-se de leucemia aguda e é transferido
    para o hospital de S. João.

15
História médica prévia
  • Sem antecedentes patológicos relevantes.
  • Revela alguma perda de sangue ao escovar os
    dentes (sic) mas não consegue referir há quanto
    tempo começou.

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Cuidados de saúde habituais
  • Alimentação sem restrições
  • Consome 20g de álcool total por dia
  • Fuma um maço de tabaco por semana
  • Pratica desporto ocasionalmente (futebol de salão)

Factor de risco?
17
História social
  • Vive com a esposa e filha em casa própria.
  • A casa é arejada, tem saneamento, água canalizada
    e electricidade.

18
História familiar
  • Mãe diabética tipo II
  • Pai úlcera do estômago
  • Filha de 6 anos saudável
  • Sem história familiar de doença hematológica.

19
Revisão por sistemas
  • Sintomas constitucionais gerais
  • O doente não se queixa de febre, arrepios, mau
    estar ou fatigabilidade não sofre de
    hipersudorese nocturna. Perdeu 6kg desde o início
    do internamento.
  • Dieta
  • Não existem alterações de apetite ou de sede.
  • Tegumento
  • Refere hematomas de punção em ambos os braços e
    palidez cutânea textura normal sem
    hipersudorese sem anomalias das unhas ou
    cabelos lesão herpética no lábio inferior.
  • Músculo esquelético
  • O doente não refere rigidez das articulações,
    dor, restrição de movimentos, edema, eritrema,
    calor ou deformidades ósseas.

20
  • Cabeça e Pescoço
  • Geral
  • O doente refere que tem cefaleias ocasionais,
    nunca teve episódios de tonturas, síncopes,
    traumatismo ou perdas de consciência.
  • Olhos
  • O doente não refere qualquer problema com a sua
    acuidade visual não tem diplopia, fotofobia,
    dor, modificações recentes na visão ou glaucoma
    o doente não usa colírios ou outras medicações
    nunca sofreu traumatismo ocular não existe
    história familiar de doença oftalmológica.
  • Ouvidos
  • O doente refere que a sua acuidade auditiva é
    normal não sente dor ou zumbido sem episódios
    de vertigens não existe exsudado.
  • Nariz
  • Sem alterações do olfacto o doente refere que
    não se constipa com frequência sem obstrução das
    vias respiratórias não apresentava espistaxis,
    rinorreia ou dor nos seios peri-nasais.
  • Garganta e boca
  • O doente refere gengivorragias quando escova os
    dentes sem odinofagia.

21
  • Endócrino
  • O doente não tem dor ou aumento da tiróide não
    apresenta intolerância ao frio ou ao calor não
    tem diabetes, polidipsia, modificações da pelugem
    corporal ou facial e estria cutâneas sem
    poliúria.
  • Tórax e Pulmões
  • O doente não refere dor relacionada com a
    respiração, cianose, pieira ou hemoptises não
    sente dispneia raramente tem tosse e a
    quantidade de expectoração é pequena.
  • Coração e grandes vasos
  • O doente não tem cianose, ortopneia, claudicação,
    hipertensão ou enfarte do miocárdio prévio a
    tolerância ao exercício físico não está alterada
    não sente dispneia ou dor torácica não tem
    qualquer edema.
  • Hematológico
  • Nega tendência para hematomas e sangramento
    fácil nunca sofreu tromboses ou tromboflebite.
  • Linfático
  • O doente refere uma tumefacção na região
    submandibular esquerda.

22
  • Gastrointestinal
  • Não se verificam alterações do apetite, problemas
    na digestão ou intolerância alimentar o doente
    não se queixa de náuseas, vómitos, hemateses,
    afrontamentos ou disfagia não apresenta
    alterações na regularidade do trânsito
    intestinal, obstipação, diarreia, modificação da
    coloração ou conteúdos das fezes, flatulência,
    hepatite, icterícia ou urina escura não tem
    hemorróides não tem história de úlcera ou
    litíase vascular.
  • Genitourinário
  • O doente refere hematúria. Não apresenta dor no
    flanco ou suprapúbica, modificação no jacto,
    hesitação, emissão de cálculos, edema da face,
    incontinência de stress o doente não tem doenças
    sexualmente transmissíveis.
  • Neurológico
  • O doente nunca teve síncopes, paralisia,
    anormalidades sensitivas ou de coordenação,
    tremores, perda de memória, traumatismos
    cranianos ou convulsões.
  • Psiquiátrico
  • Durante a entrevista o doente não teve episódios
    de mudanças de humor ou dificuldades de
    concentração negou ter depressão ou pensamentos
    suicidas não se irrita facilmente e não
    apresenta distúrbios do sono.

23
Exame físico
  • Estado geral
  • 36 anos,
  • caucasiano
  • idade coincidente com a idade aparente
  • bem nutrido
  • peso 79kg
  • sem posição preferencial no leito
  • Sinais vitais
  • apirético
  • pulso radial 65 pulsações/minuto, simétrico,
    rítmico, regular, sustentação normal
  • frequência respiratória 20 ciclos/minuto
  • tensão arterial 120/57
  • Comunicação
  • O doente encontrava-se consciente, cooperante,
    tranquilo e devidamente orientado no espaço e no
    tempo.

24
Exame físico
  • Pele
  • A pele e as mucosas estão ligeiramente pálidas e
    existem hematomas de punção em ambos os braços
    está hidratada e elástica não se verificam a
    presença de edemas nem de um odor anormal o
    doente não apresenta hipersudorese a
    distribuição pilosa está de acordo com o sexo e
    com a idade não existem lesões e existe uma
    calvície parcial do couro cabeludo as unhas
    apresentam cor, textura e configuração normal.
  • Cabeça
  • O tamanho e contorno da cabeça são normais sem
    rarefacção pilosa no couro cabeludo não existem
    edemas nem adenomegalias a arcada supraciliar
    tem morfologia normal e não tem rarefacção
    pilosa os traços faciais são simétricos as
    artérias temporais são simetricamente palpáveis,
    sem aumento da consistência nem dor à palpação.

25
Exame físico
  • Olhos
  • O doente apresenta uma conjuntivite hemorrágica
    no olho direito não apresenta alterações na
    acuidade visual e os campos visuais não têm
    limitações as órbitas e pálpebras têm um aspecto
    normal as escleróticas são anictéricas a córnea
    e o cristalino não apresentam opacidade o
    reflexo fotomotor directo e consensual é positivo
    bilateralmente não foram realizados o exame
    oftalmoloscópico e o reflexo corneano.
  • Ouvidos
  • A configuração, posição e alinhamento dos
    pavilhões auriculares são normais o exame
    otoscópico, os testes de Weber e Rinne não foram
    efectuados.
  • Fossas nasais
  • O doente apresenta uma pirâmide nasal de aspecto
    normal, sem desvio do septo não se verificou a
    presença de edema, dor sobre os seios perinasais,
    escorrimento nasal ou pólipos.

26
Exame físico
  • Cavidade oral e garganta
  • A mucosa oral e os lábios têm um aspecto
    cianosado e o doente apresenta uma lesão
    herpética no lábio inferior existe uma
    tumefacção peri-amigdalina apresenta uma
    dentição adulta normal (32 dentes) de aspecto
    normal e uma oclusão centrada e equilibrada a
    língua e o pavimento da boca têm um aspecto
    normal a faringe e o palato têm um aspecto
    normal língua tem um tamanho normal e os seus
    movimentos são simétricos a orofaringe tem uma
    coloração normal e não existem escorrências não
    foi efectuado nenhum exame para avaliar a
    discriminação do paladar.
  • Pescoço
  • A inspecção e a palpação do pescoço revelam uma
    tumefação indolor na região submandibular
    esquerda a mobilidade é normal a traqueia é
    centrada e móvel a cartilagem tiróide não é
    visível na inspecção e a palpação revela que ela
    está centrada, sem dor à palpação e é móvel no
    plano transversal e com a deglutição os pulsos
    carotídeos são simétricos, regulares e rítmicos.

27
Exame físico
  • Tórax
  • O tórax apresenta tamanho e formas normais, não
    existem alterações do diâmetro da caixa torácica
    os movimentos respiratórios são simétricos e não
    se verifica uso de músculos acessórios na
    respiração a palpação não revela nenhuma
    anormalidade.
  • Coração
  • A palpação não revela a presença de frémitos ou
    lifts a auscultação mostra que os sons cardíacos
    têm uma intensidade normal não existem sopros ou
    ruídos adventícios S1 e S2 são normais.
  • Vascular periférico
  • Os pulsos periféricos são amplos, regulares e
    simétricos e de sustentação normal são rítmicos
    não se verificou a presença de frémitos e sopros
    carotídeos, temporais, renais, femorais ou da
    aorta abdominal não se efectuaram os testes de
    turgescência jugular ou de refluxo hepatojugular
    não se verificou a presença de edema, distensão
    venosa ou dor à palpação nos membros inferiores.

28
Exame físico
  • Respiratório
  • O doente não mostra sinais de dificuldade
    respiratória apresenta uma respiração abdominal,
    regular e pouco ampla a relação
    inspiração/expiração é normal a palpação não
    revela a presença de frémitos os sons
    respiratórios são audíveis bilateralmente e são
    simétricos não se verifica a presença de
    crepitações, sibilos, roncos, atrito pleural ou
    egofonia.
  • Abdómen
  • À inspecção, não é visível rede venosa colateral
    e a distribuição pilosa é adequada para a idade e
    para o sexo não são visíveis assimetrias ou
    movimentos de reptação à palpação não são
    evidentes massas, tumefacções ou pontos
    dolorosos o sinal de Blumberg e o sinal de
    Murphy são negativos o sinal de onda ascítica é
    negativo o bordo inferior do fígado é palpável
    profundamente à grade costal e é indolor, liso e
    regular os sons peristálticos são audíveis em
    todos os quadrantes e não são perceptíveis sopros
    aórticos ou renais.
  • Genital
  • Não foram efectuados exames ao aparelho genital.

29
Exame físico
  • Recto
  • Não foram efectuados exames ao recto.
  • Músculo esquelético
  • Nos membros superiores não se detectam
    assimetrias, atrofias ou deformidades as
    articulações dos membros superiores não
    apresentavam deformidades, edemas ou sinais
    inflamatórios a mobilidade activa e passiva não
    é dolorosa.
  • Nos membros inferiores, não se detectam
    assimetrias, atrofias ou deformidades as
    articulações dos membros inferiores não
    apresentam deformidades, edemas ou sinais
    inflamatórios.
  • A região dorsal não tem deformidades ou
    tumefacções visíveis a mobilidade a mobilidade
    activa e passiva não é dolorosa não se detectam
    desvios da coluna vertebral, nem edemas sagrados
    ou pontos dolorosos.

30
Exame físico
  • Neurológico
  • O doente apresenta funções cognitivas,
    pensamento, linguagem e fala normais.
  • A análise dos pares cranianos mostra os seguintes
    resultados
  • I o doente é anósmico
  • II acuidade visual normal os campos visuais
    não têm limitações
  • III, IV, VI sem ptose ou estrabismo movimentos
    conjugados dos olhos sem qualquer alteração o
    reflexo fotomotor directo e consensual é positivo
    bilateralmente.
  • V masseteres e temporais sem qualquer atrofia
    abertura da boca sem desvios
  • VII simetria dos movimentos faciais sem desvio
    da comissura labial sem apagamento do sulco
    nasolabial
  • VIII acuidade auditiva normal
  • IX, X sem dificuldade de deglutição elevação
    simétrica da úvula e do palato durante a fonação
  • XI o doente consegue elevar os ombros rotação
    do pescoço normal
  • XII a língua não se desvia durante a protusão
  • A função motora e cerebelosa encontram-se
    totalmente conservadas. Não foram efectuados
    outros testes.

31
Exames auxiliares de diagnóstico
  • 18 de Janeiro de 2006
  • Hemograma

WBC 4,1 103/mm3 ?
RBC 2,73 106/mm3 ?
HBG 9,4 g/dl ?
HCT 24,9 ??
MCV 9 µm3 ?
MCH 34,4 pg ?
RDW 12
PLT 14 103/mm3 ??
MPV 7,2 µm3
PCT 0,010 ??
PDW 26,3 ??
32
Exames auxiliares de diagnóstico
  • Estudo da medula óssea
  • Contagem diferencial
  • Estudo da população granulocítica

Mieloblastos 12
Promielócitos 73
Linfócitos 9
Eritroblastos basófilos 6
Estadio I .
Estadio II 95
Estadio III 1,1
Estadio IV 3,9
33
Exames auxiliares de diagnóstico
  • Estudo da medula óssea
  • Estudo imunofenotípico

Positivos CD13, CD15 fraco, CD33, CD34, CD117, CD 123, MPO
Negativos CD2, CD3cit, CD7, CD11b, CD16, CD19, CD36, CD56, CD61, CD64. CD65, CD71, CD79a, TDT, DR,GPA
Conclusão Presença de população predominante com fenótipo compatível com promielócitos (62 do total de células) e cerca de 18 de blastos CD34 com restante fenótipo da linha mielóide acima descrito. Fenótipo compatível com LMA-M3.
34
Exames auxiliares de diagnóstico
  • Estudo da medula óssea
  • Estudo citogenético
  • Translocação (t15 q 17 q-)

35
Exames auxiliares de diagnóstico
  • Estudo do sangue
  • Hemostase
  • Sedimento urinário Hematúria macroscópica

Valores Valores de referência
Desidrogenase láctica (DHL/LDH) 477 U/L 135-225
Valores Valores de referência
APTT 30,1 seg 24,5-36,5
PP 0,56 U/ml 0,70-1,25
T. QUICK 15,5 seg 11,0-13,3
Fibrinogénio 334 mg/cl 190,0-400,0
D-Dimero 118,44 microg/ml 0-0,50
36
Diagnóstico
37
Tratamento LMA
  • Fases
  • Indução
  • alcançar a Remissão Completa
  • Pós-remissão
  • objectivo de prolongar a sobrevida e alcançar a
    cura (ausência de recidivas)
  • prolongar o período de RC e eliminar células
    malignas residuais
  • gtConsolidação
  • gtManutenção
  • gtTransplante (alogénio ou autólogo)

38
Remissão Completa
Critérios morfológicos e citogenéticos
  • Neutrófilos 1,5 . 109/l
  • Plaquetas 100. 109/l
  • Ausência de blastos na circulação sanguínea
  • Celularidade da medula óssea gt 20 com maturação
    das três linhagens
  • M.O. deve ter lt 5 de blastos e ausência de
    corpos de Auer
  • PML/RARa negativo
  • Ausência de leucemia extramedular

39
Remissão Completa
  • Na Remissão Completa, a detecção de doença
    residual é feita através
  • PCR-TR (reacção em cadeia da polimerase com
    transcríptase reversa) para detectar LMA
    associada a alterações moleculares
  • FISH (Hibridização in situ de fluorescência)
    para detectar aberrações citogenética associadas
    à LMA

40
Tratamento LAM-M3 Protocolo ATRA/IDA
  • Início Dia 0 Indução
    ATRA(all-trans retinoic acid)
  • IDA (idarubicin)
  • Dia 30 se RC Consolidação I Ara-C
    (cytarabin)
  • IDA (idarubicin)
  • Dia 58 Consolidação II Mitox
    (Mitroxantrone)
  • VP16 (Vepesid)
  • Dia 86 Consolidação III IDA
    (idarubicin)
  • Ara-C (Cytarabin)
  • 6TG (6 Thioguanine)

41
  • Dia 86 Consolidação III
  • Dia 114

PCR (PML/RAR?)
PCR (PML/RAR?) -
  • Indicação para Transplante m.o.
  • alogénia se lt55 e dador idêntico
  • autóloga se gt55 e dador incompatível

Sem indicação para Transplante m.o. 2 anos
Terapêutica de manutenção 6MP (6
Mercaptopurine) MTX (Metrotrexato) / /ATRA
(all-trans retinoic acid)
2 anos Terapêutica de manutenção 6MP MTX /ATRA

42
Tratamento LMA M3
  • ATRA (Ácido all-trans retinóico)
  • 45mg/m2 por dia, via oral, até RC
  • induz a diferenciação das células leucémicas com
    a translocação t(15,17), por actuar como ligante
    do RAR? evitando o efeito da proteína de fusão
    Pml-RAR? (cuja acção leva à supressão da
    transcrição genética bloqueando a diferenciação
    das células)
  • em comparação com quimioterapia Ara-C/IDA parece
    ser a forma mais efectiva e segura de tratamento,
    não produzindo DIC

43
Tratamento LMA M3
  • ATRA (Ácido all-trans retinóico)
  • Complicações
  • Síndrome do Ácido Retinóico
  • - ocorre dentro das primeiras 3 semanas de
    tratamento, devido à adesão de células
    neoplásicas diferenciadas ao endotélio
    pulmonar
  • - Características
  • febre, dispneia, dor torácica, infiltrado
    pulmonar, efusões pericárdico e pleura,
    hipóxia
  • - Tratamento efectivo com Glicocorticóides
    (dexametasona)
  • - Mortalidade 10

44
Tratamento LMA M3
  • AraC (Antraciclina)
  • antimetabolíto específico de fase S do ciclo
    celular
  • é fosforilado intracelularmente convertendo-se na
    forma trifosfato activa (Ara-CTP) que interfere
    com a síntese de DNA.
  • IDA (Idarrubicina)
  • é um intercalador de DNA
  • Inibe a topoisomerase II causando rupturas no DNA

45
Tratamento LMA M3
  • Ara-C/IDA
  • boa resposta, mas 10 mortalidade por CID
    induzida pela libertação de grânulos das células
    tumorais em morte celular
  • Recidivas
  • Trióxido de arsénico (As2O3)
  • - Gemtuzumab ozamicina (Mylotarg)

46
Tratamento da LAM
  • Transplante alogénico de stem cells
  • apenas em doentes com idade lt 60 anos e com dador
    HLA compatível
  • recidivas são raras, no entanto apresenta
    elevada toxicidade.
  • Transplante autólogo de stem cells
  • quando o doente não tem indicação para
    transplante alogénico
  • ? gt 60 anos de idade
  • ? falta de dador HLA
    compatível
  • a toxicidade é mais baixa, no entanto apresenta
    uma taxa de recaída mais elevada.

47
Tratamento de Apoio
Factores de crescimento hematopoiético (G-CSF e MG-CSF) ? taxa de infecção após quimioterapia ou sensibilizar os blastos à quimioterapia
Cateter venoso central (CVC) Administração de medicação intravenosa, transfusões, colheita de sangue.
Transfusões plaquetas para manter a sua contagem gt 10.000-20.000/µL. Os v doentes com aumentos insuficientes da contagem de plaquetas após transfusão podem beneficiar de v administração de plaquetas de dadores compatíveis para o atg HLA).
Transfusões hemácias para manter os seus níveis de hbgt80/µL
Antibioterapia profiláctica Antifungicos, Antivíricos Vancomicina, meropenama Aciclovir, fluconazol
48
Recidivas LMA
Indução
30 sem RC
70 com RC
80 com Recidiva aos 5 anos
50 Resistente aos fármacos QT
20 sem Recidiva Potencialmente Curados
50 Morre durante QT (infecção, hemorragia)
49
Terapêutica do Doente
  • 19 Jan
  • Tropysetron (1amp, ev, 12/12h antes QT)
  • ATRA (5040mg/dia, vo)
  • IDA (24mg/dia, ev, infusão 15min nos dias 20, 24,
    26Jan)
  • 20 Jan
  • Dexametasona (5mg, ev, associado ao TRyposetron)
  • Soro fisiológico (a 105ml/h)

50
Terapêutica paralela do Doente
  • Lorazepam (2,5mg, vo)
  • Fluconazol (200mg, vo)
  • Parovetina (40mg, vo)
  • Largactil (25mg, vo)
  • MST-1 (1comp, vo)
  • Clindamicina (600mg, ev)
  • SF1000 (ev)
  • Imipnem (500mg, ev)
  • Omeprazol (40mg, ev)
  • Aciclovir (400mg, ev)
  • ATRA (50mg, vo)
  • ATRA (40mg, vo)
  • IDArubicina (24mg, ev)
  • Tropysetron (1amp, ev)
  • Dexametasona (5mg, ev)

51
Prognóstico LMA
  • Aspectos clinicos
  • Tempo de RC ( Quanto menor tempo até RC, maior
    sobrevida )
  • Idade ( lt 2 anos gt 60 anos) - aumento da
    idade condiciona pior prognóstico
  • Doenças Crónicas e intercorrentes, e o estado de
    desempenho do doente influenciam a tolerância à
    terapia rigorosa
  • Intervalo sintomático prolongado com citopenias
    precedendo Dx
  • Hx de distúrbio hematológico antecedente
  • Anemia, Leucopenia ou trombocitopenia durante
    mais de 1 mês antes do Dx
  • LMA secundária que se desenvolve após tratamento

Mau Prognóstico
52
Prognóstico LMA
  • Hiperleucocitose(gt100000/µl)
  • Hemorragia precoce no SNC
  • Leucostase pulmonar e recidiva

Prognóstico Sombrio
  • Aspectos morfológicos

Bom Prognóstico
  • Bastonetes de Auer ( M1 M4 )
  • Eosinófilos - t ( 8 21 ) M2
  • - inv (16) M4E0

53
Prognóstico LMA
  • Alterações citogénicas

Bom Prognóstico Mau Prognóstico
AML de novo t(821) (q22q22) Anormalidades 16q22 t(1517) (q22q11) Caríotopo normal Anormalidades 5 ou 7 Anormalidades 11q23 8, 13, 12p- Anormalidades Complexas
AML associada ao tratamento t(821)(q22q22) t(1517) (q22q11) Inv(16)(p13q22) Cariótipo normal Anormalidades 5 ou 7 Anormalidades 11q23
54
Prognóstico LMA
FAVORÁVEL INTERMEDIÁRIO DESFAVORÁVEL
Idade jovens idosos
Leucemia de novo Mielodisplasia prévia
Leucocitose lt25.000 gt100.000
Envolvimento SNC ausente presente
Corpos de Auer presente ausente
t(821)(q22q22) inv(16)(p13q22) t(1517) 8 11q23 -5 -7
Distúrbio hematológico ausente presente
Duração da RC longa curta
55
Prognóstico LMA M3
  • 80 sobrevida aos 5 anos
  • Leucemia Aguda M3
  • anteriormente associada a mau prognóstico,
  • face ao desenvolvimento de programas para o
    controlo da coagulopatia desencadeada durante a
    terapêutica inicial,
  • está agora associada a maior longevidade
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