Title: Gene Ras
1Universidade Federal de Pelotas Graduação em
Biotecnologia Disciplina de Genômica II Prof.ª
Dr.ª Fabiana Seixas
A BASE GENÉTICA DO CÂNCER
Daniele Masiero Juliana Azambuja Laiz
Rodrigues Natasha Oliveira Natália Porto
26/05/2012
2Breve introdução sobre câncer1.1 Como
ocorre1.2 Classes de genes envolvidos proto
oncogenes, supressores de tumor e genes
relacionados ao reparo do DNA.
ABORDAGENS
2. Leucemia Mielóide Crônica
2.1 Histórico, sintomas, diagnóstico
2.2 O que leva a LMC 2.3 Tratamento
3. Linfoma de Burkitt 3.1
Histórico, sintomas 3.2 Causa
3.3 Tratamento
3CÂNCER
É o nome dado a um conjunto de mais de 100
doenças que têm em comum o crescimento
desordenado de células que invadem os tecidos e
órgãos, podendo espalhar-se para outras regiões
do corpo.
(INCA)
4COMO OCORRE
As células cujo material genético foi alterado
passam a receber instruções erradas para as suas
atividades.
5CLASSES DE GENES ENVOLVIDOS NA GENESE DO CÂNCER
6- Os Três Principais Grupos De Genes Envolvidos
São - Proto-oncogenes
- Genes supressores de tumor
- Genes relacionados ao reparo do DNA
7PROTO-ONCOGENES
- A mutação pode levar à produção de uma proteína
com aumento de sua função, podendo manter o ciclo
celular ativo mesmo sem sinalização de
crescimento podendo levar ao crescimento
descontrolado. - A maioria são moléculas sinalizadoras do
crescimento que ao se tornarem mutadas, geram
amplificação dos sinais de crescimento celular. - Geralmente são dominantes.
8(No Transcript)
9SUPRESSORES DE TUMOR
- Inibem o ciclo de divisão das células.
- Regulam negativamente os sinais de crescimento
celular, permitindo o reparo do DNA. - Tem efeito recessivo, sendo necessário ocorrer
perda de função nos dois alelos.
10P53
Controle de expressão de vários genes Efetua
paradas emergenciais do ciclo celular em resposta
a danos no DNA Células que não apresentam
P53 apresentam maior incidência de instabilidade
genética já que a eficiência no reparo do DNA se
torna reduzida
11GENES DE ESTABILIDADE
- São os genes envolvidos em reparo de DNA, que
atuam durante o processo normal de replicação. -
- Mantem a estabilidade genômica e seu
funcionamento normal. - No entanto, quando mutados, a célula apresenta
mecanismo de reparo de DNA deficiente, acumulando
mutação em diversos genes durante as sucessivas
duplicações.
12LEUCEMIA MIELÓIDE CRÔNICA
13- Doença clonal maligna caracterizada por excessiva
proliferação da linhagem mielóide, seguida por - perda progressiva da diferenciação celular.
14HISTÓRICO
A LMC foi a primeira doença maligna claramente
relacionada a uma anormalidade genética, uma
translocação cromossômica no cromossomo
conhecido como Filadélfia. Descoberta e
descrita pela primeira vez em 1960 por dois
cientistas da Filadélfia e Pensilvânia Peter
Nowell da Universidade da Pensilvânia e David
Hungerford do centro de tratamento e pesquisa
para câncer chamado Fox Chase Cancer Center
15Em 1996 foi publicado um artigo sobre a Biologia
Molecular da LMC
16- No artigo é demonstrado que a leucemia mielóide
crónica (LMC) é caracterizada citogeneticamente
por uma translocação recíproca em (9 22) (q34
ql1) que dá origem a um gene BCR-ABL híbrido, que
codifica para uma proteína de fusão p2lO
(BCR-ABL) que tem atividade de tirosina quinase
elevada capaz de transformar habilidades.
17SINTOMAS
Sinais clínicos fadiga, fraqueza, perda do
apetite, febre, perda de peso, sudorese noturna,
aumento do baço e/ou fígado, infecções
freqüentes, sangramento, púrpuras. As
alterações laboratoriais mais freqüentes são
diminuição ou aumento na contagem de plaquetas,
aumento na contagem de leucócitos
18- 40 dos pacientes diagnosticados são
assintomáticos apresentando apenas fadiga
excessiva.
19- Tem incidência de 1,6 a cada 100 mil indivíduos
- Mais predominante em adultos entre 40 e 60 anos
de idade - Afeta ambos os sexos, com predominância no
sexo masculino
20DIAGNÓSTICO
- Exames laboratoriais são hemograma completo,
aspiração e biópsia da medula óssea, pesquisa do
cromossomo Philadelphia. - Para o diagnóstico genético os testes atualmente
disponíveis são citogenética padrão,
hibridização in situ por fluorescência (FISH),
reação de cadeia de - polimerase (PCR) e através de análise por Nothern
e Southern blot.
21AJUDA NO DIAGNÓSTICO
22- O teste Xpert BCR-ABL Monitor, que detecta a
translocação BCR-ABL, usa a tecnologia PCR em em
tempo real (RT-PCR)
23- O que leva a Leucemia Mielóide Crônica?
24É associada a uma anormalidade citogenética
específica no cromossomo PHILADÉLPHIA Marcador
citogenético de LMC Detectado em 90 dos
casos Foi a primeira associação consistente
entre uma translocação cromossômica e um tipo de
câncer.
25CROMOSSOMO PHILADÉLPHIA
26(No Transcript)
27(No Transcript)
28RESULTADO
- Fusão dos genes ablbcr
-
- Genes híbridos bcr-abl/abl-bcr
- Cromossomo Ph?bcr-abl
- ONCOGENE responsável por alterações no curso
normal do ciclo celular.
29- A proteína resultante da expressão de bcr-abl tem
uma forte atividade TIROSINA QUINASE -
- Resultando na ativação de muitas vias de
sinalização intracelular, causando alterações nas
propriedades proliferativas, adesivas e de
sobrevivência celular das células mielóides
30PRODUTO bcr-abl
31RESUMINDO...
32GENE abl (Abelson Leukemia Vírus)
- Localizado no cromossomo 9q34
- Possui 11 éxons
- -splicing alternativo no éxon 1?2 isoformas da
proteína p145abl (1a e 1b) -
- Encontradas
- citoplasma?controle da maturação de células
hematopoiéticas - núcleo?regulação da atividade quinásica.
33FUNÇÕES NORMAIS DA PROTEÍNA
- P145abl?TIROSINA CINASE
- ATIVIDADE RELACIONADA COM
34GENE bcr(Breakpoint Cluster Region)
- Localizado no cromossomo 22, região 22q11
- Funções normais relacionadas com sinalização
intracelular e regulação do ciclo celular.
35PRINCIPAIS PRODUTOS bcr NORMAL
- P160bc
- P130bcr, funções na célula
36Diferentes pontos de quebra no gene
BCR Transcritos de diferentes tamanhos que
codificam diferentes produtos(oncoproteínas)
p210, p190 e p230.
37Regiões distintas que o proto-oncogene ABL pode
fazer a junção com BCR
Produtos resultam nos diferentes fenótipos de
leucemia.
38PRODUTO GENICO BCR-ABL
39MECANISMOS DE PROLIFERAÇÃO DAS CÉLULAS
CANCERÍGENAS
Independência de fatores de crescimento
Perda da adesão celular
Resistência celular a apoptose
BCR - ABL
Desequilíbrio do ciclo celular
40INDEPENDÊNCIA DE FATORES DE CRESCIMENTO
- Expressão bcr-abl
- induz fosforilação contínua mesmo na ausência de
um fator - de crescimento
- induz a expressão de genes do controle do ciclo
celular - mutados
- mantêm a via de transdução de sinal
- da proliferação celular permanentemente
- ativada.
41SINALIZAÇÃO INTRACELULAR BCR-ABL
42ADESÃO CELULAR
- Células normais possuem necessidade de estarem
conectadas a componentes da MEC - DEPENDÊNCIA DE ANCORAMENTO
- Permite que a célula sobreviva e prolifere
somente quando se encontra em condições adequadas.
43PERDA DA ADESÃO CELULAR
- p210bcr-abl fosforila proteínas do complexo de
adesão celular, impedindo o reconhecimento
destas pelas integrinas-â1. - A célula hematopoiética passa a ter deficiencia
na adesão com a medula óssea. - Passa a atuar de forma independente, induzindo a
mieloproliferação.
44ADESÃO CELULAR-INTEGRINAS
45RESISTENCIA A APOPTOSE
- P145abl ?envolvida na via apoptótica de células
hematopoiéticas - Oncoproteínas bcr-abl ?inibem a ação de CASPASE 3
- Bcr-abl aumenta a expressão de proteínas
anti-apoptóticas(Bcl-xL49) e fosforila proteínas
pró-apoptóticas (Bad), inativando-as. - Aumenta a expressão do ligante Fas-L
- Diminui a expressão do receptor Fas.
46MECANISMO DE RESISTENCIA A APOPTOSE
47DESEQUILÍBRIO DO CICLO CELULAR
O ciclo celular é controlado pelas ciclinas e
pelas CDKs
A ação das ciclinas e CDKs é regulada pelos Genes
p53 e Rb
-Há 2 pontos de controle no ciclo G1/S e
G2/M -Mutação/alteração no DNA?parada no
ciclo para reparo/ apoptose.
48AÇÃO DAS CICLINAS E CDKs
- Ciclinas CDKs
- Complexo ciclina- CDK
- ativo
- Fosforilação da
- proteína pRb.
- pRb libera E2F-DP1
- Transcrição de genes
- importantes para fase S
49REGULAÇÃO DO CICLO CELULAR
Danos ao DNA ativação de p53?p21?bloqueio do
complexo cdK
p16, p15, p18 e p19 Inibem os complexos
CDK4/CDK6
p21,p27 e p57 bloqueiam multiplos complexos
ciclinas/cdKs
50Proliferação celular cascata de ativação
e etapas de inativação, mediados por proteínas
cinases que fosforilam proteínas
nucleares(fatores de transcrição). Regulação da
expressão de genes.
NO CÂNCER -alteração na função das proteínas de
controle e regulação Proliferação celular
descontrolada.
51http//www.proteinlounge.com/BiologyPosters.aspx
52(No Transcript)
53(No Transcript)
54MECANISMO DE AÇÃO IMATINIB
55(No Transcript)
56LINFOMA DE BURKITT
57O que são linfomas?
- São uma proliferação anormal e descontrolada das
células linfoides, linfócitos do tipo B e T. - Tecido linfóide Sistema
linfático.
58 Os linfomas representam o terceiro câncer mais
comum em crianças correspondendo a 12 de todas
as neoplasias nos Estados Unidos.
O Linfoma de Burkitt foi a primeira neoplasia em
humanos associada a um vírus oncogênico.
59Como ocorre o desenvolvimento de um linfoma?
- Através de uma resposta imunológica intensa e
continua que é desencadeada quando células
especializadas detectam um agente infeccioso em
nosso organismo. - Com isto uma ação imediata é realizada pelas
células linfoides em resposta a um antígeno
presente, sinalizando aos linfócitos que se
multipliquem para combater a infecção.
60- Essa reprodução excessiva de linfócitos aumenta o
grau de erro associado à replicação do DNA
celular gerando células mutantes que podem
crescer e se multiplicar descontroladamente. - Então o acúmulo progressivo de um único clone de
células linfoides, resultante de múltiplas
alterações genéticas que ocorrem no genoma da
célula, pode levar ao desenvolvimento de um
câncer.
61HISTÓRICO
- O Dr. Thomas Hodgkin em 1832, foi o primeiro a
diagnosticar e relatar a doença. - 2001 OMS
- Classificação da Organização Mundial da Saúde
para as neoplasias dos tecidos linfoides e
hematopoiéticos.
62Classificação dos linfomas
- Linfoma de Hodgkin
- Linfomas não-Hodgkin.
63Linfoma não-Hodgkin.
- São mais comuns.
- Podem surgir em outras células do tecido
linfóide. - Ocorrem em qualquer idade.
64LINFOMA DE BURKITT
- É do tipo não-Hodgkin.
- Apresenta dois subtipos
-
- O endêmico e o esporádico.
65(No Transcript)
66- É uma neoplasia de células B maduras altamente
agressivas. -
- Todas as alterações citogenéticas envolvem a
superexpressão de um gene com múltiplas funções
celulares denominado c-myc.
67A DOENÇA
- Relaciona-se com a mutação do gene MYC.
- A transformação maligna dos linfócitos ocorre
pela justaposição de um gene que codifica o
receptor das imunoglobulinas (Igs) ou receptor de
células T (TCR) com um gene que controla a
proliferação e diferenciação celular.
68- OS PORTADORES PODEM APRESENTAR
- Acometimento de estruturas ósseas, com lesões
orais maciças, sendo a mandíbula o osso mais
atingido. - Pode acometer ainda outras estruturas, incluindo
rins e ovários.
69- Diagnostico
- Através de uma biópsia.
- Sintomas
- Linfonodos aumentados e indolores falta de ar,
dor no tórax e tosse dor na parte abdominal
fadiga, perda de peso, coceira na pele, febre e
sudorese noturna. - Tratamento
- É feito apartir de Poliquimioterapia, mas depende
do avanço da doença.
70LINFOMA DE BURKITT
EXEMPLO DE LINFOMA ENDÊMICO
71Gene MYC
- O proto-oncogene MYC é translocado do cromossomo
8 para os locos dos genes das Igs, no cromossomo
14 e parte das cadeias do cromossomo 14 são
translocados para o cromossomo 8.
72(No Transcript)
73- Ou seja pode ocorrer
- A t(814)(q24q32).
-
- A translocação t(28)(p12q24) e t(822)(q24q11).
74(No Transcript)
75(No Transcript)
76CONSEQUÊNCIA DA TRANSLOCAÇÃO
- O gene passa a ser regulado como um receptor
imune e não mais como um gene que deve ser
ativado e desativado.
77(No Transcript)
78Tipos de translocações
- LB endêmico
- Quebra do gene MYC Translocação
- Mutações no 1º
exon.
79No LB endêmico, observa-se envolvimento
mandibular e maxilar em 60 dos
pacientes, acometimento abdominal em proporção
similar (58), seguido pelo sistema
nervoso central e paraespinhal.
80- No LB esporádico
- Quebra do MYC
-
- Alteração estrutural ou funcional do gene.
81 Na forma esporádica, o local primário da doença
envolve o abdômen em 80 e a mandíbula em somente
14 dos pacientes.
82(No Transcript)
83Proteína myc.
- Atua como fator de transcrição e na expressão da
telomerase - Se liga ao DNA em sítios específicos e instrui
genes que sejam ou não transcritos
em mensagens para as células.
84Infecção pelo vírus Epstein-Barr(EBV)
- Esta infecção apresenta associação com o
desenvolvimento do linfoma de Burkitt. - Genoma viral Expresso na replicação
- Expressos nas células
B.
85- A proteínas virais durante a latência do
vírus número de proteínas reconhecidas pelas
células T citotóxicas. - Proteína EBNA1 e EBER
86 Artigo
87(No Transcript)
88(No Transcript)
89 Artigo
90 Artigo
91 Artigo
92Antes
Depois
93 Artigo
94(No Transcript)
95REFERÊNCIAS
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98OBRIGADA PELA ATENÇÃO