Title: Doen
1Doenças Sexualmente Transmissíveis - DSTs.
blog do professor http//chicoteixeira.wordpress.
com
2INTRODUÇÃO
O trato genital consiste na genitália externa e
na genitália interna em ambos os sexos
A genitália externa consiste no pênis e nos
lábios respectivamente, nos homens e nas mulheres
Nas mulheres a genitália interna inclui
Nos homens a genitália interna inclui
3INFECÇÕES
Uretrite e Cervicite
A infecção sexualmente transmitida mais comum é
causada por Chlamydia trachomatis
Nos homens os sintomas estão principalmente
relacionados a uretrite dor à micção e secreção
uretral
Nas mulheres uma cervicite mucopurulenta
característica é uma manifestação comum de
infecção, além de uretrite aguda
4INFECÇÕES
Uretrite e Cervicite
A complicação mais séria dessas infecções é a
doença inflamatória pélvica, que pode produzir
intensa inflamação das tubas falopianas, levando
à infertilidade e gestação ectópica
Especialmente no caso de C. trachomatis, a
infecção pode ser assintomática, de modo que a
triagem de mulheres sexualmente ativas é
necessária para evitar essas complicações
5INFECÇÕES
Úlcera Genital
VÍRUS HERPES SIMPLES
Vários agentes infecciosos, muitos sexualmente
transmitidos, produzem lesões ulceradas na
genitália externa e/ou interna
O mais comum de todos é o vírus herpes simples A
infecção inicial é freqüentemente assintomática e
a liberação assintomática de vírus ocorre em uma
pequena porcentagem em ambos os sexos
6INFECÇÕES
VÍRUS HERPES SIMPLES
O vírus herpes simples tem dois sorotipos, que
produzem infecções que diferem do ponto de vista
epidemiológico e clínico
O vírus tipo 1 produz infecções iniciais em
latentes, crianças e adolescentes. As infecções
ocorrem principalmente na metade superior do
corpo, mas aproximadamente um terço das infecções
genitais é causado por esse sorotipo
Ele pode infectar o trato genital por
auto-inoculação de secreções orais, logo a
transmissão sexual não é necessária
7INFECÇÕES
VÍRUS HERPES SIMPLES
Em contraste, a aquisição do vírus tipo 2 está
associada a atividade sexual, e sua presença
significa contato sexual com uma pessoa infectada
O herpesvírus estabelece uma latência nos
gânglios espinais após a infecção primária
A reativação da infecção pelo herpes genital é
mais comum, e a doença é mais grave se a cepa
infectante for do tipo 2 do que se for do tipo 1
8INFECÇÕES
OUTRAS ÚLCERAS GENITAIS
Além do herpes simples do tipo 2, outras úlceras
genitais incluem
O granuloma inguinal (causado por
Calymmatobacterium granulomatis)
Os câncros da sífilis diferem dos do herpes por
serem indolores e terem margens endurecidas com
base clara. As úlceras cancróides, são dolorosas
e não tem margens endurecidas
A pústula primária do linfogranuloma venéreo pode
parecer com a do herpes simples, mas essa
condição geralmente é reconhecível por intensa
adenopatia inguinal bilateral necrosante
9INFECÇÕES
ÚLCERAS GENITAIS E HIV
Os pacientes com úlceras genitais de várias
etiologias apresentam risco aumentado de
contrarir HIV
Contrariamente, os homens que estão infectados
pelo HIV liberam o vírus do herpes simples tipo 2
mais freqüentemente do que os homens
não-infectados pelo HIV
Também são mais eficientes em liberar HIV no
trato genital se tiverem lesões ulcerativas
10INFECÇÕES
VERRUGAS VENÉREAS
O papilomavírus humano (HPV) produz verrugas
comuns e verrugas plantares no epitélio da pele e
superfícies mucosas dos tratos respiratório e
genital
As infecções não-tratadas em geral regridem
espontaneamente, mas a infecção latente ou
subclínica provavelmente é comum
A mais grave manifestação é a displasia celular e
a neoplasia produzida por alguns genótipos
11INFECÇÕES
VAGINITE E VAGINOSE
A vaginite é causada por um número limitado de
agentes infecciosos, mas agentes irritantes são
freqüentemente associados à inflamação
Infelizmente, os sintomas são tão superpostos que
é bastante díficil fazer um diagnóstico clínico
definitivo
É necessário documentar o agente etiológico
microbiologicamente. O agente mais comum é
Candida albicans, mas podem ocorrer outros
12INFECÇÕES
VAGINOSE BACTERIANA
Gardnerella vaginalis, inicialmente considerada
associada à vaginose bacteriana, de fato atua
sinergisticamente com bactérias anaeróbicas
produzindo uma secreção malcheirosa
O isolamento de G. vaginalis na ausência de
microbiota anaeróbica mista e sintomas constitui
provavelmente a microbiota vaginal normal
Foi relatado que a vaginose bacteriana não estava
presente em 55 das mulheres nas quais foi
isolada G. vaginalis
13INFECÇÕES
TRATO GENITAL SUPERIOR
Resultam da entrada da microbiota vaginal no
trato superior. Os agentes etiológicos são,
então, uma mistura de bactérias anaeróbicas e
aeróbicas
Uma associação entre Actinomyces israeli e
endometrite em mulheres que usam dispositivos
anticoncepcionais plásticos intra-uterinos foi
claramente documentada
Acredita-se que a etiologia envolve a formação de
um aglomerado de carbonato de cálcio
14INFECÇÕES
TRATO GENITAL SUPERIOR
No período após o parto, a infecção é uma causa
comum de febre e mesmo sepse (infecções
puerperais)
A mais devastadora dessas infecções é causada por
Clostridium perfringens, tipicamente após um
aborto ilegal com instrumentos não-estéreis
Streptococcus pyogenes é a causa clássica da
febre puerperal. Um dos marcos do controle
epidemiológico foi o estudo de Semmelweis, sobre
a importância da lavagem das mãos
15INFECÇÕES
COMPLICAÇÕES SISTÊMICAS
A disseminação de patógenos pela corrente
sangüínea ocorre com Neisseria gonorrhoeae,
Treponema pallidum e qualquer um dos agentes
infecciosos do trato superior
O granuloma inguinal, também conhecido como
donovanose, não produz linfodenopatia regional,
mas algumas variantes da infecção podem produzir
cicatrizes que podem resultar em bloqueio
linfático, linfedema e mesmo elefantíase da
genitália externa
16DIAGNÓSTICO
URETRITE, CERVICITE E VAGINITE
O enfoque tradicional para o diagnóstico de
uretrite gonocócica é o exame de preparação
corada pelo método de Gram
Porém, apenas o exame de esfregaço corado pelo
Gram não é suficiente para estabelecer o
diagnóstico
O diagnóstico definitivo requer o isolamento do
agente etiológico em cultura, ou a demonstração
do antígeno bacteriano/ácido nucléico, sendo que
esta foi superada pela biologia molecular
17DIAGNÓSTICO
VAGINITE
O método mais rápido e mais barato para
diagnóstico de infecções vaginais é uma
preparação a fresco de secreções vaginais
É possível detectar levedura de Candida spp.,
Trichomonas vaginalis móveis e células em exame
microscópico de uma gota de secreção não-corada
As células indicadoras são células epiteliais
vaginais que estão cobertas por bactérias,
causando uma mudança no índice de refração
18DIAGNÓSTICO
VAGINITE
O exame microscópico de células indicadoras pode
ser realizado em exame a fresco ou em uma
preparação corada, usando a reação de Pap
(Papanicolau) ou a coloração de Gram
Com a coloração, a mudança característica de
bacilos predominantemente gram-positivos para
microbiota mista também é útil para se fazer o
diagnóstico
A cultura de patógenos bacterianos tem um papel
limitado no diagnóstico de vaginite
19DIAGNÓSTICO
ÚLCERA GENITAL E VERRUGAS VENÉREAS
O diagnóstico de úlcera genital pode ser por
microsc. direta, microsc. de imunofluorescência,
métodos moleculares ou cultura, dependendo do
microrganismo e da situação clínica
O vírus de herpes simples produz células
multinucleadas gigantes com inclusões
intranucleares. Elas podem ser visualizadas após
coloração de Wright-Giemsa, coloração com HE, ou
coloração de Pap. Alternativamente, podem ser
utilizados ELISA ou imunofluorescência
20DIAGNÓSTICO
ÚLCERA GENITAL E VERRUGAS VENÉREAS
Os corpos de Donovan do granuloma inguinal podem
ser visualizados pela coloração de bactérias
intracelulares em células mononuclear, usando
coloração de Wright-Giemsa, HE ou Pap
A técnica clássica para o diagnóstico de cancro
mole (cancróide) usa ágar sangue de coelho, que
não está disponível na maioria dos laboratórios
de microbiologia
Felizmente, Haemophylus ducreyi pode ser
cultivado em uma variante do ágar chocolate
enriquecido utilizado para N. Gonorrhoeae
21Muito Obrigado!!!