Title: DOEN
1DOENÇAS EMERGENTES
2Doenças Emergentes conceito básico
- São aquelas cuja incidência, no homem, tem vindo
a aumentar nas últimas duas décadas ou irão
aumentar num futuro próximo. - Conceito intimamente relacionado com as doenças
infecciosas mas não exclusivo
3Doenças Emergentes exemplos
- Obesidade
- Dislipidémia
- Doença cardio e cerebrovascular (previsto aumento
de 120 mulheres e 137 homens) - Suicídio
- Doenças alérgicas
4Causas de Morte em 1990
-
- Número de mortes por suicídio (786 000) foi
superior ao número de mortes por infecção
VIH/SIDA (312 000) -
- Número de mortes por afogamento (504 000) foi
superior ao número de mortes por guerra (502 000) -
5De 1990-2000
- Aumento do número de mortes por doenças
isquémicas (cardíacas e cerebrovasculares), que
se mantêm como as mais frequentes - Aumento do número de mortes por DPOC, por cancro
do pulmão, acidentes e suicídio.
6Causas de Morte em 1990
- 50,5 milhões de mortes no mundo
- Primeiras 10 causas, em milhões
- Doença coronária isquémica 6,3
- Doença cerebrovascular 4,4
- Infecções respiratórias baixas 4,3
- Doenças diarreicas 2,9
- Alt. perinatais 2,4
- Doença pulmonar obstrutiva crónica 2,2
- Tuberculose (sem infecção VIH) 2,0
- Sarampo 1,0
- Acidentes trânsito 0,99
- Neoplasia pulmão, traqueia ou brônquios 0,94
7Exemplo de áreas de intervenção por forma a
reduzir riscos de doença cardiovascular
- Tratamento da HTA, dislipidémia
- Luta contra o tabagismo
- Promoção estilos de vida saudável
- Acção sector público e privado para promoção
ambiente saudável (locais de trabalho,
alimentação mais saudáveis) - Acções governamentais aumento impostos sobre
tabaco, gorduras origem animal
8Doenças Infecciosas Emergentes definição
- São aquelas que
- pela 1ª vez são identificadas em humanos
- a sua incidência aumenta rapidamente
- expandem-se geograficamente
- desenvolvem-se pelo aumento ou aparecimento de
resistências aos antibióticos
9Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
- Alt. demográficas
- Alt. sociais
- Alt. genéticas nos agentes infecciosos
- Decisões políticas
- Infra-estruturas de Saúde Pública
- Alt. climáticas
10Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
- Alt. demográficas crescimento da população
mundial nos últimos 50 anos 10 biliões de
pessoas no ano 2050 migração para centros
urbanos alt. na prática da agricultura, aumento
da deflorestação
11Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
- Alt. sociais alterações do estilo de vida, de
práticas sexuais, avanços tecnológicos,
realização de viagens, transplantação, infecções
nosocomiais em unidades de cuidados intensivos
12Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
- Alt. genéticas nos agentes infecciosos aumento
das resistências aos antibióticos, fruto do uso
indiscriminado alt. dos vírus (exemplo do vírus
influenzae)
13Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
- Decisões políticas necessário um financiamento
adequado para o desenvolvimento e implementação
de estratégias de prevenção
14Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
- Alt. climáticas ao longo das últimas duas
décadas houve alt. climáticas que incluem aumento
da temperatura, do nível do mar, da frequência e
duração de fenómenos meteorológicos extremos. - Estas alterações podem exacerbar muitos problemas
de saúde pública actuais, trazer novos e não
esperados, ou mesmo desconhecidos. Pode haver
comida, água potável insuficientes, domicílios
seguros escassos
15Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
- Infra-estruturas de Saúde Pública necessário
reactivação de estruturas de saúde pública
abandonadas quando as doenças infecciosas não
eram mais um problema importante (a partir dos
anos 60)
16Elementos essenciais na estratégia de controlo
das doenças infecciosas emergentes
- Sistema de vigilância epidemiológica
- Reforço das infra-estruturas de saúde pública
- Estímulo à investigação
- Treino de pessoal
17Doenças Emergentes
- Conceito dinâmico, variável consoante a região do
globo e o momento considerado
18in New and Reemerging Diseases The Importance
of Biomedical Research. Emerg Infect Dis.
19984374-378.
19Doenças EmergentesSéculo XXI
- Ebola e Marburg
- Monkeypox
- Encefalopatia Espongiforme Bovina
- SARS
- Vírus West Nile
- Gripe das Aves (H5N1)
20Doenças EmergentesEbola e Marburg
- Pertencem à família dos Filovírus
- Causam febres hemorrágicas graves, não têm
tratamento específico e a mortalidade é elevada - O reservatório animal é desconhecido em ambos
21Doenças Emergentes Ebola
- Observado pela 1ª vez em humanos em 1976 (Sudão e
Zaire) - Tem havido vários surtos em África, ocorrendo ao
mesmo tempo surtos entre mamíferos (gorilas,
chimpanzés e alguns antílopes) - A transmissão por aerossóis foi verificada entre
macacos, mas não parece ocorrer entre humanos
22Doenças EmergentesMarburg
- Identificado em 1967 (Marburg Alemanha) em
macacos verdes africanos, que tinham adoecido - Vários surtos têm aparecido, o último dos quais
foi em 2004 em Angola, tendo sido declarado
extinto em Novembro de 2005 - Foram notificados 374 casos, dos quais 329 foram
fatais
23Doenças EmergentesMarburg
- A transmissão faz-se por contacto directo com os
fluidos infectados de humanos e animais (saliva,
sangue, vómito, gotículas, urina e fezes), e por
contacto com objectos contaminados (agulhas e
seringas) - A preparação, cozinhar e comer animais
contaminados pode transmitir a doença - A transmissão sexual (sémen) pode ocorrer
semanas após a recuperação
24Doenças EmergentesMonkeypox
- Algumas semelhanças com a varíola
(orthopoxivirus) - O 1º caso verificou-se em 1970 na República
Democrática do Congo, sendo agora considerada
endémica na África central e ocidental - O quadro clínico cursa com febre, cefaleias,
odinofagia, dispneia e aparecimento de pequenas
pápulas/pústulas. Pode aparecer um quadro de
encefalite grave
25Doenças EmergentesMonkeypox
- Não tem tratamento específico, mas o uso de
Cidofovir e imunoglobulina podem ser úteis - Em África a mortalidade é de 1 a 10, sendo mais
elevada nas crianças e nos imunossuprimidos
26Doenças EmergentesMonkeypox
- A transmissão é por contacto ou mordedura de
animal infectado, ou ainda por preparação e
ingestão de carne de macaco e roedores - A transmissão inter humana faz-se por contacto
directo com gotículas respiratórias, e há o risco
teórico de se transmitir por aerossóis
27Doenças EmergentesEncefalopatia Espongiforme
Bovina (BSE)
- O surto epidémico surgiu no Reino Unido em 1980,
tendo-se espalhado posteriormente a outros Países - A doença de Creutzfeldt Jakob verificou-se pela
1ª vez em 1996, ocorrendo a variante de doença,
mais frequente em adultos jovens (lt 50 anos) - O contágio faz-se por ingestão de carne de vaca
contaminada com priões que causam a BSE
28Doenças EmergentesEncefalopatia Espongiforme
Bovina (BSE)
- É uma doença neurológica degenerativa,
progressivamente fatal - O período de incubação é longo, geralmente anos
- Aparecem alterações do comportamento, sintomas
neuropsiquiátricos progressivos como ataxia,
incontinência, demência e mutismo, que levam
inevitavelmente à morte
29Doenças EmergentesSARS
- O agente etiológico é um novo Coronavírus
- Foi denominado a 1ª pandemia do séc XXI, e em
2003 o número de casos começou a diminuir,
levando a OMS a declarar controlada a pandemia - É altamente contagioso por contactos fechados
entre pessoas, e por gotículas e aerossóis - Em 2004 foram verificados casos de SARS na China
30Doenças EmergentesWest Nile
- É um Flavivírus com uma cadeia simples de RNA
- A transmissão é feita por picada de mosquito
infectado (culex), transfusões sanguíneas,
transplantes, através da placenta e do leite
materno, e por inoculação directa - O mosquito infecta-se ao picar pássaros, cavalos
ou outros vertebrados infectados, incluindo
humanos
31Doenças EmergentesWest Nile
- Em 80 dos casos os sintomas não são detectados,
mas pode aparecer febre e mialgias que são
autolimitadas nos imunocompetentes (20) - Pode haver atingimento do SNC, manifestando-se
como encefalite ou meningite (1), sendo mais
frequente em idades superiores aos 50 anos
32Doenças EmergentesWest Nile
- Não tem tratamento específico
- Medidas profiláticas como evitar as picadas dos
mosquitos, mudanças de comportamento e informação
são fundamentais no controlo da doença
33 OS SURTOS DE GRIPE POR H5N1 crónica de uma
pandemia anunciada
www.vetsurgeonboardwa.au.com/0304_02cartoons
34Gripe
- As infecções pelos vírus influenza ocorrem todos
os anos no Inverno, com picos mais ou menos
acentuados - O aparecimento recente de casos de gripe aviária
em humanos, levanta o problema de se poder
desenvolver uma pandemia, com os problemas
relacionados com o seu controlo
35Pandemias de Gripe
- Os picos epidémicos da gripe sazonal são
provocados por subtipos de vírus já existentes
entre os humanos, enquanto que as pandemias são
provocadas por novos subtipos que nunca
circularam entre os humanos, ou que já há muitos
anos não circulavam
361918 - 19 Gripe Espanhola (H1N1) 50
milhões mortes 1957 - 58 Gripe Asiática
(H2N2) 70.000 mortes EUA 1968 - 69 Gripe
de Hong Kong (H3N2) 34.000 mortes
EUA www.dhhs.gov/nvpo/pandemics/
www.alumnireview.queensu.ca/q/spring2003/images
371918-19 A Gripe Espanhola (H1N1)
500.000.000 pessoas infectadas (1/3 população
mundial) 50.000.000 mortes
38Pandemias de Gripe
- Durante o século XX, o aparecimento de novos
subtipos do vírus A, causou 3 pandemias - 1918-19 A Gripe Espanhola (H1N1)
- 1957-58 A Gripe Asiática (H2N2)
- 1968-69 A Gripe de Hong-Kong (H3N2)
- Os vírus H1N1 e H3N2 ainda circulam entre a
população, e as pandemias de 1957 e 1968 foram
provocadas por vírus que continham combinação
genética de vírus da gripe humana e vírus da
gripe aviária
39Vírus Influenza
- Vírus Influenza A Infecta humanos, aves, porcos,
cavalos, cetáceos e outros animais, sendo as aves
o hospedeiro natural - Divide-se em subtipos com base em duas
proteínas de superfície, a hemaglutinina (HA) e a
neuraminidase (NA) - Só os subtipos H1N1 H1N2 e H3N2 circulam em
geral entre os humanos
40Vírus Influenza
- Vírus Influenza A Infecta humanos, aves, porcos,
cavalos, cetáceos e outros animais, sendo as aves
o hospedeiro natural - Divide-se em subtipos com base em duas
proteínas de superfície, a hemaglutinina (HA) e a
neuraminidase (NA) - Só os subtipos H1N1 H1N2 e H3N2 circulam em
geral entre os humanos
41Estrutura do Invólucro do Vírus Influenza
Neuraminidase
Hemaglutinina
Membrana lipídica
42Vírus Influenza
- Vírus Influenza B só é encontrado normalmente
entre os humanos, podendo causar epidemias, mas
não causa pandemias - Vírus Influenza C causa doença moderada nos
humanos, e não causa epidemias ou pandemias
43Vírus Influenza
- Ag. Drift produz novas estirpes de vírus que não
são reconhecidas pelos anticorpos, substituem os
vírus mais antigos, podendo ocorrer infecção com
a nova estirpe e explicando o facto da mesma
pessoa poder adoecer com gripe mais que uma vez
44Vírus Influenza
- Ag. Shift causa uma variação abrupta nos vírus
influenza A, resultando no aparecimento de um
novo vírus com uma combinação de HA ou de HA e
NA, que há muitos anos não circulava entre
humanos - Se se disseminar facilmente entre humanos,
pode ocorrer uma pandemia
45Vírus Influenza
- Ainda que a vacinação seja a primeira medida
estratégica na prevenção da gripe, os fármacos
antivíricos têm um papel importante na abordagem
racional das epidemias de gripe, e são
fundamentais no planeamento do controlo de uma
pandemia
46Vírus da GripeFármacos Disponíveis
Inibidores da M2 Amantadina Rimantadina
Inibidores da Neuraminidase Zanamivir Oseltamivir
47Vírus Influenza Estádios de Pandemia I
OMS Definição de estádios de
pandemia Período Inter-pandémico Fase 1
Nenhum novo subtipo de vírus Influenza isolado em
humanos. Pode estar presente como causa de
doença em animais. Risco baixo de
infecção/doença humana Fase 2 Nenhum novo
subtipo de vírus Influenza isolado em
humanos. Vírus Influenza animal em circulação,
condicionando risco importante de doença
humana.
www.who.int/csr/resources/publications/influenza/W
HO CDS CSR GIP 2005 5.pdf
48Vírus Influenza Estádios de Pandemia II
OMS Definição de estádios de pandemia Período
de Alerta Pandémico Fase 3 Ocorrência de
infecções humanas por novo subtipo de vírus
Influenza, sem transmissão inter-humana, ou em
raras circunstâncias, transmissão após contacto
directo. Fase 4 Existência de pequeno cluster
com infecção inter-humana limitada e com
expansão localizada. Fraca adaptação do vírus ao
Homem. Fase 5 Cluster de grandes proporções,
com infecção inter-humana ainda localizada e
limitada, sugerindo melhoria da adaptação viral
ao Homem. Risco elevado de pandemia. Taxa de
transmissão, localização geográfica, gravidade da
doença, presença de genes de estirpes humanas.
www.who.int/csr/resources/publications/influenza/W
HO CDS CSR GIP 2005 5.pdf
49Vírus Influenza Estádios de Pandemia III
OMS Definição de estádios de pandemia Período
Pandémico Fase 6 Transmissão da infecção, de
forma mantida, a toda a população.
www.who.int/csr/resources/publications/influenza/W
HO CDS CSR GIP 2005 5.pdf
50Vírus Influenza A(H5N1) Epidemiologia da
Infecção humana I
Desde 1997, têm sido detectados vários surtos de
infecção por vírus Influenza em aves (H5N1-
Hongkong/97, H9N2 China/99, H7N2 EUA/02, H7N7
Holanda/03, H7N3 Canadá/04), com casos de
transmissão ao Homem, porém sem transmissão
inter-humana mantida ou sustentada. Vírus
Influenza A (H5N1) isolado em 1961 em aves na
África do Sul 1996 isolado vírus A(H5N1) num
ganso em Gangdong, uma das províncias da
China. Hong Kong 1997 Objectivada pela primeira
vez a transmissão directa de um vírus aviário ao
homem. Surtos em aves domésticas. 18 pessoas
hospitalizadas 6 mortes 1,5 milhões de aves
mortas 2003 - Dois casos fatais numa família de
Hong Kong que viajou para a China. www.cdc.gov/f
lu/avian/gen-info/avian-flu-humans.htm www.who.int
/csr/disease/avian_influenza/chronology
www.santa.laurencia.com/imagens/avian.spg
51Vírus Influenza A(H5N1) Epidemiologia da
Infecção humana III
1ª Vaga de infecção aviária e humana (meados 2003
Março 2004)
Surtos em animais Dez 03 - Tigres e leopardos
na Tailândia / aves domésticas na República
Coreia, no Vietnam, no Japão, na Tailândia, no
Cambodja, no Laos (Jan 04) / Indonésia e China
(Fev 04) / gatos (Tailândia) Casos de infecção
humana Vietnam e Tailândia (Jan 04) WHO H5N1
avian influenzatimeline
52Vírus Influenza A(H5N1) Epidemiologia da
Infecção humana V
3ª Vaga de infecção aviária e humana (Dez 2004
Nov 2005)
Malásia anuncia controlo do surto em aves
domésticas (Dez) Surtos em animais morte de
aves selvagens na China central (variante
patogénica) novos surtos domésticos gansos
rotas migratórias (Jul 05). Rússia (Sibéria) (Jul
05) Kazaquistão (Ago 05) surto em aves
domésticas e migratórias. Tibete (Ago 05)
Mongólia (Ago 05) aves migratórias. Turquia
Roménia (Out 05) domésticas Reino Unido
(papagaio)(Out) Croácia (Out) aves
selvagens. Casos de infecção humana casos
esporádicos de inf. no Vietnam e na Tailândia
(transmissão inter-pessoal por contacto directo
?). 1º caso Cambodja (Fev 05) / 1º caso Indonésia
(Jul 05).
53Vírus Influenza A(H5N1) Transmissão
Transmissão do vírus Aves Transmissão
fecal-oral eliminação vírus na saliva,
secreções lacrimais e fezes
Contacto directo com animais infectados ou
objectos contaminados ( inoculação mucosa
ocular, nasal, boca)
Aerossolização de partículas
Ingestão de carne e ovos não cozinhados de
animais infectados Infecção de mamíferos
(felinos)
Emerg Inf Dis, Dec200410(12)2189 Emerg Inf
Dis, May 2005 11(5)699 NEJM 2005353(13)1374
JID 20021851005
Seropositividade associada à exposição a aves
doentes/mortas ou à eliminação das mesmas.
54Vírus Influenza A(H5N1) Clínica
Apresentação clínica Epidemia de 2004-5 (Casos
descritos na Tailândia e Vietnam) Início
agudo de febre (gt38ºC) 12 doentes (7lt14 anos) -
8 mortes Odinofagia Tosse Dispneia (início 5
dias após 1ºs sintomas) Mialgia Diarreia
(gt50) Período de incubação 4 dias (2-8
dias). Vietnam - 10 doentes (idade média de
13,7 anos) 7 mortes Período de incubação 3
dias (2-4 dias) Hemoptises/epistaxis dor
pleurítica Todos apresentavam contacto prévio
com galinhas mortas. Nenhum doente apresentada
co-morbilidades. Emerg Inf Dis, Feb
200511(2)201 NEJM 2004350(12)1179
Falência multi-orgânica Respiratória
(75) Cardíaca (42) Renal (33)
55Vírus Influenza A(H5N1) Alterações
laboratoriais/imagiológicas
Perfil laboratorial Leucopénia moderada a
grave Linfopénia grave Trombocitopénia
moderada ? moderado das transaminases Insuficiênc
ia renal ligeira (? creatinina) Perfil
radiológico não específico alterações aos 7 dias
de doença (3-17) Infiltrados intersticiais,
lobares, únicos ou múltiplos, uni ou
bilaterais Consolidação (derrame pleural não é
comum) Evolução para padrão de ARDS
Emerg Inf Dis, Feb 200511(2)201 NEJM
2004350(12)1179
56Vírus Influenza A(H5N1) Diagnóstico
Testes de diagnóstico Produtos
biológicos Zaragatoa nasal/nasofaríngea Aspirado
nasofaríngeo Transporte em meios de cultura
viral Colheitas de sangue para determinação de
serologia com intervalo 14 dias Métodos Serologia
(aumento do título gt 4x) Detecção rápida de
antigénio (15-30 minutos) - lt sensibilidade Imuno
fluorescência / Ensaio Imunoenzimático Polimerase
chain reaction Cultura de vírus (2-10 dias)
efeito citopático confirmação por
PCR Recomended laboratory tests to identify
avian influenza A virus in specimens from
humans.WHO Geneva.June2005
NEJM 2005352(18)1839
57Vírus Influenza A(H5N1) Diagnóstico
- Aplicação dos testes de diagnóstico
- Doentes hospitalizados
- Confirmação radiológica de pneumonia
- Síndroma de dificuldade respiratória do adulto
(ARDS) - Outra patologia respiratória grave sem etiologia
determinada - 2. História de viagem recente (10 dias prévios)
com estada em países com casos documentados de
infecção por A(H5N1) em aves ou em humanos - Apresentação clínica ( marcadores laboratoriais
indirectos) - febre gt 38º C
- tosse, odinofagia, dispneia
- Contacto com aves domésticas ou com um doente
suspeito (10 dias precedentes)
www.tribuneindia.cm/2004
58Vírus Influenza A(H5N1) Medidas de controlo da
epidemia
Vigilância epidemiológica contínua ciclos
migratórios, outros animais domésticos ou em
cativeiro Eliminação das aves doentes /
quarentena Medidas de protecção física
veterinários, tratadores Evitar contacto com
aves vivas ou mortas mercados, aviários,
quintas Melhoria das condições de
acondicionamento das aves Controlo do comércio de
aves / Controlo do contrabando de aves
exóticas Vacinação Emerg Inf Dis, May
2005 11(5)677
www.vegsonrce.com/blog/2005 www.cdc.gov/travel
59Vírus Influenza A(H5N1) Considerações finais
Aproximadamente 1,820,387,000 pessoas (cerca de
30 da população mundial) vivem nos 8 países
asiáticos que reportaram casos de infecção por
A(H5N1). Durante a epidemia de 1997 foi
registada, pela primeira vez, a transmissão
directa do vírus H5N1 ao Homem. Desde então o
vírus tem sofrido alterações antigénicas e
cromossomais responsáveis, provavelmente, por um
processo de maior adaptação ao hospedeiro
humano. O espectro de hospedeiros tem-se
expandido possibilitando a ocorrência de
recombinações genéticas. A patogénese vírica
tem evoluído para uma maior virulência, associada
a mortalidade elevada, atingindo indivíduos sem
patologia prévia e com grande repercussão em
grupos específicos, como as crianças. A infecção
na população aviária tornou-se endémica,
perpetuando a emergência de novos casos, até
então sem transmissão inter-humana
sustentada. Antecipam-se graves repercussões
sociais e económicas, agravadas pela escassez de
recursos terapêuticos e profiláticos.
60Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ? Evolução
do Vírus da gripe A (H1N1) desde 1918
Avaliação de 71 amostras de sequências
representativas do genoma completo do vírus da
gripe humana A (H1N1), colhidas entre 1918 e 2005.
1918
1951
1977
2009
1957
1947
- Vírus da gripe A (H1N1) continuou a circular, em
humanos e suínos, após a pandemia de 1918,
causando - epidemias sazonais de gravidade variável.
- insucesso da actividade da vacina contra a gripe
sazonal. - 1947 e 1951 o vírus da gripe A (H1N1) sofreu
modificação antigénica importante que provocou
falência da vacina antigripal e desencadeou
epidemias de gripe com taxas de letalidade gts às
verificadas nas pandemias de 1957 e 1968.
1957 o vírus da gripe A (H1N1) desapareceu e foi
substituído por um novo subtipo de vírus da gripe
A recombinante H2N2. 1977 reaparecimento do
vírus da gripe A (H1N1), causando epidemias em
crianças que não tinham anticorpos. Porém, o
vírus A (H1N1) emergente não substituiu o subtipo
dominante A (H3N2) que continua em co-circulação
até à actualidade.
PLoS Pathogens 20084e1000012
61Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ?
http//saude.sapo.pt
62Gripe A (H1N1)
63- Nova estirpe do vírus da Gripe A (H1N1)
- - 15510 casos confirmados em todo o mundo, com
99 óbitos, em 29 de Maio - Na Europa não há, por enquanto, transmissão
mantida pessoa-a-pessoa. - A vigilância da gripe foi intensificada em todos
os países, foram activados os planos de
contingência e foram tomadas medidas de controlo
da infecção. - Em Portugal foi confirmado 2 casos, importado do
México e E.U.A.
64Vírus H1N1
65Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ? Vírus da
gripe A (H1N1)
Património genético (fragmentos de ARN)
Hemaglutinina do tipo 1
(liga-se aos receptores das células do hospedeiro)
ORIGEM
PB2 Aviária América do Norte
PB1 Humana (já presente no vírus H3N2 de 1993)
PA Aviária América do Norte
HA Suína (presente na estirpe de vírus da gripe
H1N1 de 1918)
NP Suína América do Norte
NA Suína Eurásia
M Suína Eurásia
Neuraminidase do tipo 1
NS Suína América do Norte
(contribui para a libertação do virião a partir
da célula hospedeira)
Le Monde 30.04.2009
66Gripe A (H1N1) Manifestações Clínicas
MMWR 200959 (Dispatch)1-3
67Gripe A (H1N1)
- Tem alta morbilidade, mas baixa mortalidade (1 a
4) - Sintomas
- - Febre
- - Tosse
- - Cefaleias
- - Astenia
- - Diarreia e vómitos
- - Faringite/amigdalite
- - Mialgias
-
68Gripe A (H1N1)
- Terapêutica de suporte
- - Aporte de líquidos
- - Repouso
- - Antipiréticos e anlgésicos
- Antivirais Oseltamivir Zanamivir
- Aconselhamento a permanecer no domicílio, e
evitar contacto com doentes. - Lavar as mãos, e proteger olhos, nariz e boca
69Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ? Nota
Final
- A taxa de incidência de infecção zoonótica dos
vírus da gripe suína em humanos é desconhecida,
embora continuem a ser descritos casos com
índices de transmissibilidade pessoa-a-pessoa e
de gravidade variáveis. - A população humana tem tem pouca imunidade contra
estes vírus que são antigénica e geneticamente
distintos dos vírus da gripe humana A (H1N1). - Na avaliação de doentes com quadros sugestivos de
gripe, a história clínica deve contemplar
viagens, exposição a animais (incluindo porcos),
animais de estimação e visitas a jardins
zoológicos. - A vigilância contínua dos vírus da gripe porcina
em áreas de produção de suínos e nos
profissionais envolvidos na suinicultura (mas
também de vírus aviários e humanos) pode permitir
identificar, precocemente, a emergência de novos
subtipos de vírus da gripe humana e animal
potencialmente patogénicos.