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DOEN AS EMERGENTES Doen as Emergentes: conceito b sico S o aquelas cuja incid ncia, no homem, tem vindo a aumentar nas ltimas duas d cadas ou ir o aumentar ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: DOEN


1
DOENÇAS EMERGENTES
2
Doenças Emergentes conceito básico
  • São aquelas cuja incidência, no homem, tem vindo
    a aumentar nas últimas duas décadas ou irão
    aumentar num futuro próximo.
  • Conceito intimamente relacionado com as doenças
    infecciosas mas não exclusivo

3
Doenças Emergentes exemplos
  • Obesidade
  • Dislipidémia
  • Doença cardio e cerebrovascular (previsto aumento
    de 120 mulheres e 137 homens)
  • Suicídio
  • Doenças alérgicas

4
Causas de Morte em 1990
  • Número de mortes por suicídio (786 000) foi
    superior ao número de mortes por infecção
    VIH/SIDA (312 000)
  • Número de mortes por afogamento (504 000) foi
    superior ao número de mortes por guerra (502 000)

5
De 1990-2000
  • Aumento do número de mortes por doenças
    isquémicas (cardíacas e cerebrovasculares), que
    se mantêm como as mais frequentes
  • Aumento do número de mortes por DPOC, por cancro
    do pulmão, acidentes e suicídio.

6
Causas de Morte em 1990
  • 50,5 milhões de mortes no mundo
  • Primeiras 10 causas, em milhões
  • Doença coronária isquémica 6,3
  • Doença cerebrovascular 4,4
  • Infecções respiratórias baixas 4,3
  • Doenças diarreicas 2,9
  • Alt. perinatais 2,4
  • Doença pulmonar obstrutiva crónica 2,2
  • Tuberculose (sem infecção VIH) 2,0
  • Sarampo 1,0
  • Acidentes trânsito 0,99
  • Neoplasia pulmão, traqueia ou brônquios 0,94

7
Exemplo de áreas de intervenção por forma a
reduzir riscos de doença cardiovascular
  • Tratamento da HTA, dislipidémia
  • Luta contra o tabagismo
  • Promoção estilos de vida saudável
  • Acção sector público e privado para promoção
    ambiente saudável (locais de trabalho,
    alimentação mais saudáveis)
  • Acções governamentais aumento impostos sobre
    tabaco, gorduras origem animal

8
Doenças Infecciosas Emergentes definição
  • São aquelas que
  • pela 1ª vez são identificadas em humanos
  • a sua incidência aumenta rapidamente
  • expandem-se geograficamente
  • desenvolvem-se pelo aumento ou aparecimento de
    resistências aos antibióticos

9
Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
  • Alt. demográficas
  • Alt. sociais
  • Alt. genéticas nos agentes infecciosos
  • Decisões políticas
  • Infra-estruturas de Saúde Pública
  • Alt. climáticas

10
Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
  • Alt. demográficas crescimento da população
    mundial nos últimos 50 anos 10 biliões de
    pessoas no ano 2050 migração para centros
    urbanos alt. na prática da agricultura, aumento
    da deflorestação

11
Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
  • Alt. sociais alterações do estilo de vida, de
    práticas sexuais, avanços tecnológicos,
    realização de viagens, transplantação, infecções
    nosocomiais em unidades de cuidados intensivos

12
Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
  • Alt. genéticas nos agentes infecciosos aumento
    das resistências aos antibióticos, fruto do uso
    indiscriminado alt. dos vírus (exemplo do vírus
    influenzae)

13
Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
  • Decisões políticas necessário um financiamento
    adequado para o desenvolvimento e implementação
    de estratégias de prevenção

14
Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
  • Alt. climáticas ao longo das últimas duas
    décadas houve alt. climáticas que incluem aumento
    da temperatura, do nível do mar, da frequência e
    duração de fenómenos meteorológicos extremos.
  • Estas alterações podem exacerbar muitos problemas
    de saúde pública actuais, trazer novos e não
    esperados, ou mesmo desconhecidos. Pode haver
    comida, água potável insuficientes, domicílios
    seguros escassos

15
Doenças Infecciosas Emergentes factores do seu
aumento
  • Infra-estruturas de Saúde Pública necessário
    reactivação de estruturas de saúde pública
    abandonadas quando as doenças infecciosas não
    eram mais um problema importante (a partir dos
    anos 60)

16
Elementos essenciais na estratégia de controlo
das doenças infecciosas emergentes
  • Sistema de vigilância epidemiológica
  • Reforço das infra-estruturas de saúde pública
  • Estímulo à investigação
  • Treino de pessoal

17
Doenças Emergentes
  • Conceito dinâmico, variável consoante a região do
    globo e o momento considerado

18
in New and Reemerging Diseases The Importance
of Biomedical Research. Emerg Infect Dis.
19984374-378.
19
Doenças EmergentesSéculo XXI
  • Ebola e Marburg
  • Monkeypox
  • Encefalopatia Espongiforme Bovina
  • SARS
  • Vírus West Nile
  • Gripe das Aves (H5N1)

20
Doenças EmergentesEbola e Marburg
  • Pertencem à família dos Filovírus
  • Causam febres hemorrágicas graves, não têm
    tratamento específico e a mortalidade é elevada
  • O reservatório animal é desconhecido em ambos

21
Doenças Emergentes Ebola
  • Observado pela 1ª vez em humanos em 1976 (Sudão e
    Zaire)
  • Tem havido vários surtos em África, ocorrendo ao
    mesmo tempo surtos entre mamíferos (gorilas,
    chimpanzés e alguns antílopes)
  • A transmissão por aerossóis foi verificada entre
    macacos, mas não parece ocorrer entre humanos

22
Doenças EmergentesMarburg
  • Identificado em 1967 (Marburg Alemanha) em
    macacos verdes africanos, que tinham adoecido
  • Vários surtos têm aparecido, o último dos quais
    foi em 2004 em Angola, tendo sido declarado
    extinto em Novembro de 2005
  • Foram notificados 374 casos, dos quais 329 foram
    fatais

23
Doenças EmergentesMarburg
  • A transmissão faz-se por contacto directo com os
    fluidos infectados de humanos e animais (saliva,
    sangue, vómito, gotículas, urina e fezes), e por
    contacto com objectos contaminados (agulhas e
    seringas)
  • A preparação, cozinhar e comer animais
    contaminados pode transmitir a doença
  • A transmissão sexual (sémen) pode ocorrer
    semanas após a recuperação

24
Doenças EmergentesMonkeypox
  • Algumas semelhanças com a varíola
    (orthopoxivirus)
  • O 1º caso verificou-se em 1970 na República
    Democrática do Congo, sendo agora considerada
    endémica na África central e ocidental
  • O quadro clínico cursa com febre, cefaleias,
    odinofagia, dispneia e aparecimento de pequenas
    pápulas/pústulas. Pode aparecer um quadro de
    encefalite grave

25
Doenças EmergentesMonkeypox
  • Não tem tratamento específico, mas o uso de
    Cidofovir e imunoglobulina podem ser úteis
  • Em África a mortalidade é de 1 a 10, sendo mais
    elevada nas crianças e nos imunossuprimidos

26
Doenças EmergentesMonkeypox
  • A transmissão é por contacto ou mordedura de
    animal infectado, ou ainda por preparação e
    ingestão de carne de macaco e roedores
  • A transmissão inter humana faz-se por contacto
    directo com gotículas respiratórias, e há o risco
    teórico de se transmitir por aerossóis

27
Doenças EmergentesEncefalopatia Espongiforme
Bovina (BSE)
  • O surto epidémico surgiu no Reino Unido em 1980,
    tendo-se espalhado posteriormente a outros Países
  • A doença de Creutzfeldt Jakob verificou-se pela
    1ª vez em 1996, ocorrendo a variante de doença,
    mais frequente em adultos jovens (lt 50 anos)
  • O contágio faz-se por ingestão de carne de vaca
    contaminada com priões que causam a BSE

28
Doenças EmergentesEncefalopatia Espongiforme
Bovina (BSE)
  • É uma doença neurológica degenerativa,
    progressivamente fatal
  • O período de incubação é longo, geralmente anos
  • Aparecem alterações do comportamento, sintomas
    neuropsiquiátricos progressivos como ataxia,
    incontinência, demência e mutismo, que levam
    inevitavelmente à morte

29
Doenças EmergentesSARS
  • O agente etiológico é um novo Coronavírus
  • Foi denominado a 1ª pandemia do séc XXI, e em
    2003 o número de casos começou a diminuir,
    levando a OMS a declarar controlada a pandemia
  • É altamente contagioso por contactos fechados
    entre pessoas, e por gotículas e aerossóis
  • Em 2004 foram verificados casos de SARS na China

30
Doenças EmergentesWest Nile
  • É um Flavivírus com uma cadeia simples de RNA
  • A transmissão é feita por picada de mosquito
    infectado (culex), transfusões sanguíneas,
    transplantes, através da placenta e do leite
    materno, e por inoculação directa
  • O mosquito infecta-se ao picar pássaros, cavalos
    ou outros vertebrados infectados, incluindo
    humanos

31
Doenças EmergentesWest Nile
  • Em 80 dos casos os sintomas não são detectados,
    mas pode aparecer febre e mialgias que são
    autolimitadas nos imunocompetentes (20)
  • Pode haver atingimento do SNC, manifestando-se
    como encefalite ou meningite (1), sendo mais
    frequente em idades superiores aos 50 anos

32
Doenças EmergentesWest Nile
  • Não tem tratamento específico
  • Medidas profiláticas como evitar as picadas dos
    mosquitos, mudanças de comportamento e informação
    são fundamentais no controlo da doença

33
OS SURTOS DE GRIPE POR H5N1 crónica de uma
pandemia anunciada
www.vetsurgeonboardwa.au.com/0304_02cartoons
34
Gripe
  • As infecções pelos vírus influenza ocorrem todos
    os anos no Inverno, com picos mais ou menos
    acentuados
  • O aparecimento recente de casos de gripe aviária
    em humanos, levanta o problema de se poder
    desenvolver uma pandemia, com os problemas
    relacionados com o seu controlo

35
Pandemias de Gripe
  • Os picos epidémicos da gripe sazonal são
    provocados por subtipos de vírus já existentes
    entre os humanos, enquanto que as pandemias são
    provocadas por novos subtipos que nunca
    circularam entre os humanos, ou que já há muitos
    anos não circulavam

36
1918 - 19 Gripe Espanhola (H1N1) 50
milhões mortes 1957 - 58 Gripe Asiática
(H2N2) 70.000 mortes EUA 1968 - 69 Gripe
de Hong Kong (H3N2) 34.000 mortes
EUA www.dhhs.gov/nvpo/pandemics/
www.alumnireview.queensu.ca/q/spring2003/images
37
1918-19 A Gripe Espanhola (H1N1)
500.000.000 pessoas infectadas (1/3 população
mundial) 50.000.000 mortes
38
Pandemias de Gripe
  • Durante o século XX, o aparecimento de novos
    subtipos do vírus A, causou 3 pandemias
  • 1918-19 A Gripe Espanhola (H1N1)
  • 1957-58 A Gripe Asiática (H2N2)
  • 1968-69 A Gripe de Hong-Kong (H3N2)
  • Os vírus H1N1 e H3N2 ainda circulam entre a
    população, e as pandemias de 1957 e 1968 foram
    provocadas por vírus que continham combinação
    genética de vírus da gripe humana e vírus da
    gripe aviária

39
Vírus Influenza
  • Vírus Influenza A Infecta humanos, aves, porcos,
    cavalos, cetáceos e outros animais, sendo as aves
    o hospedeiro natural
  • Divide-se em subtipos com base em duas
    proteínas de superfície, a hemaglutinina (HA) e a
    neuraminidase (NA)
  • Só os subtipos H1N1 H1N2 e H3N2 circulam em
    geral entre os humanos

40
Vírus Influenza
  • Vírus Influenza A Infecta humanos, aves, porcos,
    cavalos, cetáceos e outros animais, sendo as aves
    o hospedeiro natural
  • Divide-se em subtipos com base em duas
    proteínas de superfície, a hemaglutinina (HA) e a
    neuraminidase (NA)
  • Só os subtipos H1N1 H1N2 e H3N2 circulam em
    geral entre os humanos

41
Estrutura do Invólucro do Vírus Influenza
Neuraminidase
Hemaglutinina
Membrana lipídica
42
Vírus Influenza
  • Vírus Influenza B só é encontrado normalmente
    entre os humanos, podendo causar epidemias, mas
    não causa pandemias
  • Vírus Influenza C causa doença moderada nos
    humanos, e não causa epidemias ou pandemias

43
Vírus Influenza
  • Ag. Drift produz novas estirpes de vírus que não
    são reconhecidas pelos anticorpos, substituem os
    vírus mais antigos, podendo ocorrer infecção com
    a nova estirpe e explicando o facto da mesma
    pessoa poder adoecer com gripe mais que uma vez

44
Vírus Influenza
  • Ag. Shift causa uma variação abrupta nos vírus
    influenza A, resultando no aparecimento de um
    novo vírus com uma combinação de HA ou de HA e
    NA, que há muitos anos não circulava entre
    humanos
  • Se se disseminar facilmente entre humanos,
    pode ocorrer uma pandemia

45
Vírus Influenza
  • Ainda que a vacinação seja a primeira medida
    estratégica na prevenção da gripe, os fármacos
    antivíricos têm um papel importante na abordagem
    racional das epidemias de gripe, e são
    fundamentais no planeamento do controlo de uma
    pandemia

46
Vírus da GripeFármacos Disponíveis
Inibidores da M2 Amantadina Rimantadina
Inibidores da Neuraminidase Zanamivir Oseltamivir
47
Vírus Influenza Estádios de Pandemia I
OMS Definição de estádios de
pandemia Período Inter-pandémico Fase 1
Nenhum novo subtipo de vírus Influenza isolado em
humanos. Pode estar presente como causa de
doença em animais. Risco baixo de
infecção/doença humana Fase 2 Nenhum novo
subtipo de vírus Influenza isolado em
humanos. Vírus Influenza animal em circulação,
condicionando risco importante de doença
humana.
www.who.int/csr/resources/publications/influenza/W
HO CDS CSR GIP 2005 5.pdf
48
Vírus Influenza Estádios de Pandemia II
OMS Definição de estádios de pandemia Período
de Alerta Pandémico Fase 3 Ocorrência de
infecções humanas por novo subtipo de vírus
Influenza, sem transmissão inter-humana, ou em
raras circunstâncias, transmissão após contacto
directo. Fase 4 Existência de pequeno cluster
com infecção inter-humana limitada e com
expansão localizada. Fraca adaptação do vírus ao
Homem. Fase 5 Cluster de grandes proporções,
com infecção inter-humana ainda localizada e
limitada, sugerindo melhoria da adaptação viral
ao Homem. Risco elevado de pandemia. Taxa de
transmissão, localização geográfica, gravidade da
doença, presença de genes de estirpes humanas.
www.who.int/csr/resources/publications/influenza/W
HO CDS CSR GIP 2005 5.pdf
49
Vírus Influenza Estádios de Pandemia III
OMS Definição de estádios de pandemia Período
Pandémico Fase 6 Transmissão da infecção, de
forma mantida, a toda a população.
www.who.int/csr/resources/publications/influenza/W
HO CDS CSR GIP 2005 5.pdf
50
Vírus Influenza A(H5N1) Epidemiologia da
Infecção humana I
Desde 1997, têm sido detectados vários surtos de
infecção por vírus Influenza em aves (H5N1-
Hongkong/97, H9N2 China/99, H7N2 EUA/02, H7N7
Holanda/03, H7N3 Canadá/04), com casos de
transmissão ao Homem, porém sem transmissão
inter-humana mantida ou sustentada. Vírus
Influenza A (H5N1) isolado em 1961 em aves na
África do Sul 1996 isolado vírus A(H5N1) num
ganso em Gangdong, uma das províncias da
China. Hong Kong 1997 Objectivada pela primeira
vez a transmissão directa de um vírus aviário ao
homem. Surtos em aves domésticas. 18 pessoas
hospitalizadas 6 mortes 1,5 milhões de aves
mortas 2003 - Dois casos fatais numa família de
Hong Kong que viajou para a China. www.cdc.gov/f
lu/avian/gen-info/avian-flu-humans.htm www.who.int
/csr/disease/avian_influenza/chronology
www.santa.laurencia.com/imagens/avian.spg
51
Vírus Influenza A(H5N1) Epidemiologia da
Infecção humana III
1ª Vaga de infecção aviária e humana (meados 2003
Março 2004)

Surtos em animais Dez 03 - Tigres e leopardos
na Tailândia / aves domésticas na República
Coreia, no Vietnam, no Japão, na Tailândia, no
Cambodja, no Laos (Jan 04) / Indonésia e China
(Fev 04) / gatos (Tailândia) Casos de infecção
humana Vietnam e Tailândia (Jan 04) WHO H5N1
avian influenzatimeline
52
Vírus Influenza A(H5N1) Epidemiologia da
Infecção humana V
3ª Vaga de infecção aviária e humana (Dez 2004
Nov 2005)

Malásia anuncia controlo do surto em aves
domésticas (Dez) Surtos em animais morte de
aves selvagens na China central (variante
patogénica) novos surtos domésticos gansos
rotas migratórias (Jul 05). Rússia (Sibéria) (Jul
05) Kazaquistão (Ago 05) surto em aves
domésticas e migratórias. Tibete (Ago 05)
Mongólia (Ago 05) aves migratórias. Turquia
Roménia (Out 05) domésticas Reino Unido
(papagaio)(Out) Croácia (Out) aves
selvagens. Casos de infecção humana casos
esporádicos de inf. no Vietnam e na Tailândia
(transmissão inter-pessoal por contacto directo
?). 1º caso Cambodja (Fev 05) / 1º caso Indonésia
(Jul 05).
53
Vírus Influenza A(H5N1) Transmissão
Transmissão do vírus Aves Transmissão
fecal-oral eliminação vírus na saliva,
secreções lacrimais e fezes
Contacto directo com animais infectados ou
objectos contaminados ( inoculação mucosa
ocular, nasal, boca)
Aerossolização de partículas
Ingestão de carne e ovos não cozinhados de
animais infectados Infecção de mamíferos
(felinos)
Emerg Inf Dis, Dec200410(12)2189 Emerg Inf
Dis, May 2005 11(5)699 NEJM 2005353(13)1374
JID 20021851005
Seropositividade associada à exposição a aves
doentes/mortas ou à eliminação das mesmas.
54
Vírus Influenza A(H5N1) Clínica
Apresentação clínica Epidemia de 2004-5 (Casos
descritos na Tailândia e Vietnam) Início
agudo de febre (gt38ºC) 12 doentes (7lt14 anos) -
8 mortes Odinofagia Tosse Dispneia (início 5
dias após 1ºs sintomas) Mialgia Diarreia
(gt50) Período de incubação 4 dias (2-8
dias). Vietnam - 10 doentes (idade média de
13,7 anos) 7 mortes Período de incubação 3
dias (2-4 dias) Hemoptises/epistaxis dor
pleurítica Todos apresentavam contacto prévio
com galinhas mortas. Nenhum doente apresentada
co-morbilidades. Emerg Inf Dis, Feb
200511(2)201 NEJM 2004350(12)1179
Falência multi-orgânica Respiratória
(75) Cardíaca (42) Renal (33)
55
Vírus Influenza A(H5N1) Alterações
laboratoriais/imagiológicas
Perfil laboratorial Leucopénia moderada a
grave Linfopénia grave Trombocitopénia
moderada ? moderado das transaminases Insuficiênc
ia renal ligeira (? creatinina) Perfil
radiológico não específico alterações aos 7 dias
de doença (3-17) Infiltrados intersticiais,
lobares, únicos ou múltiplos, uni ou
bilaterais Consolidação (derrame pleural não é
comum) Evolução para padrão de ARDS
Emerg Inf Dis, Feb 200511(2)201 NEJM
2004350(12)1179
56
Vírus Influenza A(H5N1) Diagnóstico

Testes de diagnóstico Produtos
biológicos Zaragatoa nasal/nasofaríngea Aspirado
nasofaríngeo Transporte em meios de cultura
viral Colheitas de sangue para determinação de
serologia com intervalo 14 dias Métodos Serologia
(aumento do título gt 4x) Detecção rápida de
antigénio (15-30 minutos) - lt sensibilidade Imuno
fluorescência / Ensaio Imunoenzimático Polimerase
chain reaction Cultura de vírus (2-10 dias)
efeito citopático confirmação por
PCR Recomended laboratory tests to identify
avian influenza A virus in specimens from
humans.WHO Geneva.June2005
NEJM 2005352(18)1839
57
Vírus Influenza A(H5N1) Diagnóstico
  • Aplicação dos testes de diagnóstico
  • Doentes hospitalizados
  • Confirmação radiológica de pneumonia
  • Síndroma de dificuldade respiratória do adulto
    (ARDS)
  • Outra patologia respiratória grave sem etiologia
    determinada
  • 2. História de viagem recente (10 dias prévios)
    com estada em países com casos documentados de
    infecção por A(H5N1) em aves ou em humanos
  • Apresentação clínica ( marcadores laboratoriais
    indirectos)
  • febre gt 38º C
  • tosse, odinofagia, dispneia
  • Contacto com aves domésticas ou com um doente
    suspeito (10 dias precedentes)


www.tribuneindia.cm/2004
58
Vírus Influenza A(H5N1) Medidas de controlo da
epidemia
Vigilância epidemiológica contínua ciclos
migratórios, outros animais domésticos ou em
cativeiro Eliminação das aves doentes /
quarentena Medidas de protecção física
veterinários, tratadores Evitar contacto com
aves vivas ou mortas mercados, aviários,
quintas Melhoria das condições de
acondicionamento das aves Controlo do comércio de
aves / Controlo do contrabando de aves
exóticas Vacinação Emerg Inf Dis, May
2005 11(5)677

www.vegsonrce.com/blog/2005 www.cdc.gov/travel

59
Vírus Influenza A(H5N1) Considerações finais
Aproximadamente 1,820,387,000 pessoas (cerca de
30 da população mundial) vivem nos 8 países
asiáticos que reportaram casos de infecção por
A(H5N1). Durante a epidemia de 1997 foi
registada, pela primeira vez, a transmissão
directa do vírus H5N1 ao Homem. Desde então o
vírus tem sofrido alterações antigénicas e
cromossomais responsáveis, provavelmente, por um
processo de maior adaptação ao hospedeiro
humano. O espectro de hospedeiros tem-se
expandido possibilitando a ocorrência de
recombinações genéticas. A patogénese vírica
tem evoluído para uma maior virulência, associada
a mortalidade elevada, atingindo indivíduos sem
patologia prévia e com grande repercussão em
grupos específicos, como as crianças. A infecção
na população aviária tornou-se endémica,
perpetuando a emergência de novos casos, até
então sem transmissão inter-humana
sustentada. Antecipam-se graves repercussões
sociais e económicas, agravadas pela escassez de
recursos terapêuticos e profiláticos.

60
Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ? Evolução
do Vírus da gripe A (H1N1) desde 1918
Avaliação de 71 amostras de sequências
representativas do genoma completo do vírus da
gripe humana A (H1N1), colhidas entre 1918 e 2005.
1918
1951
1977
2009
1957
1947
  • Vírus da gripe A (H1N1) continuou a circular, em
    humanos e suínos, após a pandemia de 1918,
    causando
  • epidemias sazonais de gravidade variável.
  • insucesso da actividade da vacina contra a gripe
    sazonal.
  • 1947 e 1951 o vírus da gripe A (H1N1) sofreu
    modificação antigénica importante que provocou
    falência da vacina antigripal e desencadeou
    epidemias de gripe com taxas de letalidade gts às
    verificadas nas pandemias de 1957 e 1968.

1957 o vírus da gripe A (H1N1) desapareceu e foi
substituído por um novo subtipo de vírus da gripe
A recombinante H2N2. 1977 reaparecimento do
vírus da gripe A (H1N1), causando epidemias em
crianças que não tinham anticorpos. Porém, o
vírus A (H1N1) emergente não substituiu o subtipo
dominante A (H3N2) que continua em co-circulação
até à actualidade.
PLoS Pathogens 20084e1000012
61
Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ?
http//saude.sapo.pt
62
Gripe A (H1N1)
63
  • Nova estirpe do vírus da Gripe A (H1N1)
  • - 15510 casos confirmados em todo o mundo, com
    99 óbitos, em 29 de Maio
  • Na Europa não há, por enquanto, transmissão
    mantida pessoa-a-pessoa.
  • A vigilância da gripe foi intensificada em todos
    os países, foram activados os planos de
    contingência e foram tomadas medidas de controlo
    da infecção.
  • Em Portugal foi confirmado 2 casos, importado do
    México e E.U.A.

64
Vírus H1N1
65
Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ? Vírus da
gripe A (H1N1)
Património genético (fragmentos de ARN)
Hemaglutinina do tipo 1
(liga-se aos receptores das células do hospedeiro)
ORIGEM
PB2 Aviária América do Norte
PB1 Humana (já presente no vírus H3N2 de 1993)
PA Aviária América do Norte
HA Suína (presente na estirpe de vírus da gripe
H1N1 de 1918)
NP Suína América do Norte
NA Suína Eurásia
M Suína Eurásia
Neuraminidase do tipo 1
NS Suína América do Norte
(contribui para a libertação do virião a partir
da célula hospedeira)
Le Monde 30.04.2009
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Gripe A (H1N1) Manifestações Clínicas
MMWR 200959 (Dispatch)1-3
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Gripe A (H1N1)
  • Tem alta morbilidade, mas baixa mortalidade (1 a
    4)
  • Sintomas
  • - Febre
  • - Tosse
  • - Cefaleias
  • - Astenia
  • - Diarreia e vómitos
  • - Faringite/amigdalite
  • - Mialgias

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Gripe A (H1N1)
  • Terapêutica de suporte
  • - Aporte de líquidos
  • - Repouso
  • - Antipiréticos e anlgésicos
  • Antivirais Oseltamivir Zanamivir
  • Aconselhamento a permanecer no domicílio, e
    evitar contacto com doentes.
  • Lavar as mãos, e proteger olhos, nariz e boca

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Gripe Doença Reemergente ou Pandémica ? Nota
Final
  • A taxa de incidência de infecção zoonótica dos
    vírus da gripe suína em humanos é desconhecida,
    embora continuem a ser descritos casos com
    índices de transmissibilidade pessoa-a-pessoa e
    de gravidade variáveis.
  • A população humana tem tem pouca imunidade contra
    estes vírus que são antigénica e geneticamente
    distintos dos vírus da gripe humana A (H1N1).
  • Na avaliação de doentes com quadros sugestivos de
    gripe, a história clínica deve contemplar
    viagens, exposição a animais (incluindo porcos),
    animais de estimação e visitas a jardins
    zoológicos.
  • A vigilância contínua dos vírus da gripe porcina
    em áreas de produção de suínos e nos
    profissionais envolvidos na suinicultura (mas
    também de vírus aviários e humanos) pode permitir
    identificar, precocemente, a emergência de novos
    subtipos de vírus da gripe humana e animal
    potencialmente patogénicos.
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