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FILOSOFIA

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FRIEDRICH NIETZSCHE (1844 - 1900) A f salva, logo mente. NIETZSCHE. Fiedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844 em Rocken. Pode ser considerado o ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: FILOSOFIA


1
FILOSOFIA
Prof.ª Michele de C. Fernandes
2
UM CONVITE AO FILOSOFAR PARA A CIDADANIA
A verdadeira filosofia é reaprender a ver o
mundo. MERLEAU-PONTY.
3
UMA DEFINIÇÃO POSSÍVEL
A Filosofia nasceu na Grécia antiga, por volta
do século VI a.C, mais especificamente nas ilhas
do mar Egeu. A palavra filosofia significa amor
ou amizade à sabedoria. O filósofo, então, seria
aquele que busca a companhia amorosa do saber.
4
A Filosofia também pode ser definida como um
modo particular de busca e tentativa de
interpretação ou compreensão racional,
sistemática e rigorosa de tudo o que existe.
Ela sempre esteve nas origens e constitui um
questionamento preciso e racional quanto às
mesmas, da razão ou razões do ser existente.
5
  • O ato de filosofar tem início com o espanto, ou
    com o maravilhar - se
  • A Filosofia revela o inexato, o déficit, a
    defasagem no modo de colocar-se no mundo e em si
    mesmo, o ser vivente racional
  • A Filosofia escuta o homem, mas dificilmente
    responde, de forma definitiva, as suas
    indagações
  • A Filosofia (como a criança) é profundamente
    curiosa e não teme interrogar-se
  • A Filosofia tende a arrancar os homens da
    acomodação.

6
CONDIÇÕES DE NASCIMENTO DA FILOSOFIA
A Filosofia nasceu na Grécia, por volta do
século VI a.C., e representa uma forma particular
de conhecimento. Processo de conhecimento
racional que deixa de lado a recorrência a deuses
e outras formas míticas ou místicas, enquanto
condição necessária para explicar a vida.
7
OS SOFISTAS
Os sofistas representavam um novo grupo de
pensadores, normalmente descendentes dos
comerciantes ou ligados a eles que eram um grupo
em ascensão na sociedade.
8
Eles cobravam para ensinar e por isso eram
criticados por Sócrates, mas também contribuíram
não só para o questionamento da cultura
dominante, caracterizada por um espírito
aristocrático e elitista, como também para o
enriquecimento das discussões e reflexões em
torno da questão da democracia.
9
DIFERENÇA ENTRE MITO E FILOSOFIA
A Filosofia diferencia-se do mito porque não é
criação de um povo, mas de indivíduos não
recorre a deuses ou espectros, figuras míticas e
sobrenaturais, para explicar fatos, processos,
origens ou significados do existente também não
diz saber, de forma cabal ou definitiva, o que
são tais fatos e processos, mas busca
entendê-los, racional, sistemática e
rigorosamente.
10
FILOSOFAR PARA QUÊ?
Para exercermos a nossa humanidade em sua
plenitude para que possamos refletir com
propriedade sobre o caminho traçado até o
momento, enquanto base de aperfeiçoamento do que
somos e de como viveremos amanhã. Para buscarmos
novas e melhores formas de relacionamento com os
outros seres humanos e com o existente em sua
totalidade.
11
RESUMINDO
A Filosofia constitui uma certa forma de
compreensão e domínio intelectual do mundo humano
ou natural. Procura combater ou superar os
preconceitos e aparências da realidade,
perseguindo a essência dos fenômenos. O
conhecimento filosófico jamais pode ser
considerado como expressão da verdade absoluta.
12
A verdadeira Filosofia buscará sempre
ultrapassar o saber atual, indo ao encontro do
desconhecido. A filosofia critica tudo e todos e,
por isso mesmo, poderá ser considerada (ou
desconsiderada) perigosa pelos donos do poder,
isto é, aqueles que lucram com a ignorância
alheia.
13
SÓCRATES (470 OU 469 a.C. 399 a.C.)
Chegou a hora de separar-me de vós e de irmos,
eu a morrer e vós a viver. Quem leva a melhor
parte? Vós ou eu? Sócrates
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UNIDADE ENTRE VIDA E TEORIA
  • Sócrates viveu em Atenas no século V a.C.
  • Não negava o valor e a importância da atividade
    prática.
  • Dialogava com homens poderosos mas se mostrava
    prestativo e interessado mesmo na presença de um
    escravo.
  • Utilizava-se de metáforas relacionadas ao mundo
    do trabalho para expressar o seu pensamento.
  • Dizia arrancar novas ideias da cabeça as pessoas
    com quem dialogava (parteiro de ideias).

15
  • Afirmava conseguir livrar o homem de suas falsas
    representações e crenças com seu método
    dialético.
  • Era cercado de inimigos, gente ambiciosa e
    vaidosa que não admitia contra-argumentos.
  • Se apresentava como uma espécie de mosca
    irritante, a indagar incansavelmente os seres
    humanos quanto às questões mais essenciais e
    fundamentais da condição humana.
  • Destacou-se em sua participação na guerra contra
    os Persas (Guerras Médicas) e também da
    democracia.

16
  • O sentido do existir é se buscar compreender para
    poder ser melhor a cada dia.
  • Em 399 a.C, sob acusação de desrespeito aos
    deuses da cidade e perversão da juventude,
    Sócrates foi condenado à morte, tendo que tomar
    cicuta. Preferiu morrer na companhia de seus
    discípulos a fugir.
  • Sócrates pode ser considerado como a encarnação
    ou realização de todos os ideias ligados à imagem
    do filósofo. Não apenas pelo seu pensamento, mas
    pela maneira como viveu, tornando-se um exemplo
    de coerência e vida justa.

17
RESUMINDO
Sócrates nada escreveu. O conhecimento de suas
ideias e condições de vida foi- nos revelado e
transmitido pelos seus discípulos ou rivais. Ele
manifesta e encarna a própria ideia de filosofia.
Foi o homem do diálogo e da unidade da ideia do
bem e do verdadeiro. Acreditou no homem e o
colocou como no centro de suas reflexões e
questionamentos. Resistiu aos poderosos e lutou a
vida inteira para esclarecer a humanidade e
diluir os preconceitos. Igualitário por
excelência, ainda que crítico da democracia
grega, não fez distinção entre homens poderosos e
escravos, dialogava com todos.
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Combateu os sofistas, mesmo tendo como objeto de
interesse os mesmos temas daqueles. Defendeu a
Grécia militarmente e negou-se ao exílio, ainda
que condenado à morte pelos membros da elite
grega. Heróico, não resistiu à morte, não
procurou fugir e nem sequer atacou aos seus
acusadores apenas se manteve fiel aos seus
princípios e crenças, emitindo, quanto a sua
condenação, a mais fina e cortante ironia.
Sócrates representa e atualiza a postura
filosófica sempre atente, crítica, corajosa, em
busca da verdade e da justiça. Unidade de Bem e
Verdade.
19
PLATÃO (428 a.C. 347 a.C.)
Afirmaremos, pois, que as pessoas que enxergam
muitas coisas belas, mas não aprendem o próprio
belo e não podem seguir aquele que gostaria de
guiá-las nessa contemplação, que enxergam muitas
coisas justas sem verem a própria justiça, e
assim por diante, essas pessoas, diremos nós,
opinam sobre tudo, mas não sabem bem a respeito
das coisas sobe as quais opinam. Platão
20
  • Platão nasceu em Atenas por volta de 428 a.C, no
    início da Guerra do Peloponeso.
  • Foi o principal discípulo de Sócrates e o que
    melhor conseguiu transmitir a imagem do mestre
    por meio de seus diálogos.
  • Quis de dedicar à política pensando e propondo um
    mundo novo a partir de sua filosofia.
  • Frustrou-se inúmeras vezes ao tentar colocar suas
    ideias em prática diante de figuras importantes
    do poder.

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  • Foi crítico da democracia por esta se basear na
    opinião da maioria e não na busca da verdade.
  • Foi autor de A República. Obra polêmica que
    para uns possuía caráter utópico, ideal e
    renovador, enquanto para outros, era conservadora
    e elitista.
  • Platão queria um mundo harmônico e justo.
  • Para Platão, as coisas sensíveis e empíricas não
    são reais, apenas parecem sê-lo.

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O MITO DA CAVERNA
  • Narra a trajetória de homens que viviam
    acorrentados no interior de uma caverna, sem que
    pudessem olhar para trás ou para os lados,
    possuindo apenas visão para o fundo da caverna,
    no qual eram projetadas sombras que os homens
    pensavam ser as verdadeiras coisas.
  • Segundo tal mito, a maioria dos homens vive como
    aqueles prisioneiros, só conseguem enxergar
    sombras e não estão conscientes de tal fato.

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  • Um dos homens conseguiu se libertar (o que não
    foi nada fácil e implicou numa radical mudança de
    postura e comportamento) e quase ficou cego,
    certamente por causa do impacto da luz solar. Tal
    passagem indica o quanto pode ser árduo e difícil
    o caminho do conhecimento.
  • Este homem sobreviveu e conseguiu manter sua
    capacidade de visão, passando a vislumbrar as
    verdadeiras coisas e seres.
  • Para Platão, o conhecimento é mais verdadeiro à
    medida que se eleva, ou seja, quanto mais
    abstrato, mais verdadeiro.

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  • Gradativamente, pôde lançar o seu olhar em
    direção ao próprio sol. Para Platão, o sol
    significa a própria ideia de Bem.
  • Ao retornar à caverna para esclarecer seus
    amigos, foi considerado louco e acabou sendo
    assassinado.
  • Este mito expressa em um só movimento toda
    dificuldade da busca do conhecimento e a quase
    impossibilidade de comunicá-lo aos homens
    comuns.

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RESUMINDO
Para Platão existiriam dois mundos ou Planos
Universais o inteligível e verdadeiro e o
sensível ou aparente. A verdade habitaria o
mundo inteligível se o mundo sensível,
perceptível por nossos sentidos ria constituído
apenas por imperfeições e distorções. O mundo
sensível seria produzido a partir das ideias do
mundo inteligível e abarcaria somente cópias
imperfeitas e aproximadas das figuras do mundo
inteligível.
26
Em sua obra, A república, Platão procurou
sugerir a remodelagem do mundo grego, de tal
maneira a colocar cada indivíduo no seu justo
lugar a depender de sua natureza. A sociedade
idealizada pelo autor deveria ser governada pelos
mais sábios, corajosos e justos, ou seja, pelos
reis filósofos.
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ARISTÓTELES (384 a.C 322 a.C)
Mas não é apenas para viver juntos, mas sim para
bem viver juntos que se fez o Estado. Aristóteles
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ACONTECIMENTOS IMPORTANTES
  • Aristóteles foi discípulo de Platão durante
    dezenove anos. Nasceu em 384 a. C na Macedônia.
  • Utilizava-se do método da indução, ou seja,
    daquele procedimento que parte dos elementos
    reais e simples da natureza, estabelecendo nexos
    e relações entre os mesmos, para posteriormente,
    em função de muito estudo e observação, realizar
    especulações ou generalização a respeito.
  • Pode ser considerado o pensador na Antiguidade
    Clássica que realizou a mais ambiciosa síntese
    das teorias desenvolvidas naquele período.

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  • Atuou como filósofo, mas também como historiador
    das ideias e dos valores de sua época.
  • Tornou-se preceptor (responsável pela educação)
    de Alexandre Magno.
  • Fundou sua própria escola de nome Liceu.

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FILÓSOFO E HISTORIADOR DAS IDEIAS
  • Os textos de Aristóteles eram destinados a um
    público mais seleto e intelectualizado. Ele
    partia dos textos de outros autores, expondo
    exaustivamente suas principais ideias ao mesmo
    tempo que os comentava criticamente.
  • Parte de sua filosofia está relacionada à crítica
    dirigida a Platão e Parmênides.
  • Para Platão, não existem ideias independentes da
    materialidade.

31
A METAFÍSICA
  • Em sua obra Metafísica, Aristóteles afirmou que
    o desejo de conhecer é próprio e natural do
    Homens, ao mesmo tempo em que se estabeleceu três
    tipos de distinções entre
  • Essência e Acidente
  • Necessidade e Contingência
  • Ato e Potência.

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A TEORIA DA CAUSALIDADE
  • Aristóteles, para melhor explicar a realidade,
    desenvolve a sua teoria da causalidade, na qual
    distingue quatro tipos de causas
  • Causa Formal O que é a coisa?
  • Causa Material De que é feita a coisa?
  • Causa Eficiente O que fez com que a coisa
    viesse a se tornar coisa?
  • Causa Final Para que serve a coisa?

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A POLÍTICA E A ÉTICA ARISTOTÉLICA
  • Em sua obra A Política, Aristóteles afirma ser
    o Homem um verdadeiro Animal Político
  • Para Aristóteles, a sociedade se organiza a
    partir de uma rígida hierarquia, na qual a
    essência de cada ser humano determina o lugar que
    lhe cabe na sociedade.
  • Ele acreditava na existência de escravos por
    natureza, na inferioridade das mulheres e na
    superioridade dos gregos.

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  • Em sua Ética a Nicômaco, coloca a busca da
    felicidade como objetivo da vida humana.
  • A virtude não nasce com o homem, podendo ser
    aprendida e exercitada todos os dias.
  • O Homem virtuoso é aquele que conhece e consegue
    ajustar-se à justa medida.

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RESUMINDO
Aristóteles foi o grande crítico, organizador e
historiador de pensamento grego. Criador da
lógica formal e arquiteto das divisões ou áreas
de conhecimento, impôs-se como influência
determinante até os dias atuais. Em sua obra, A
política, demonstrou que a sociabilidade seria
uma das características essenciais dos
seres-humanos.
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Em sua Ética a Nicômaco, colocou como objetivo
primordial do homem a busca pela felicidade, o
que só poderia se realizar no plano social e na
luta pela consolidação da cidadania. Já em sua
Metafísica, concebeu o desejo de conhecimento
como uma característica definidora, intrínseca e
natural relativamente a todos os seres humanos.
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SANTO AGOSTINHO (353 d.C 430 d.C)
Para onde te chamo, se já estou em ti? Santo
Agostinho
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  • Aurélio Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da
    África em 353 d.C. Possuiu vida tortuosa e cheia
    de vícios. Era curioso e interessado nas questões
    filosóficas em geral.
  • Aproximou-se por muito tempo d teoria
    maniqueísta, que afirmava que tudo que há no
    universo resultaria de um eterno conflito entre o
    Bem e o Mal.
  • Na condição de Bispo, combateu violentamente esta
    e outras formas de concepções religiosas sendo um
    dos responsáveis pela punição severa dos hereges
    em nome da Santa Igreja.


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  • Quase tudo que escreveu era de caráter polêmico,
    como por exemplo As Confissões, que trata de
    Agostinho a partir de sua própria vida interior.
  • O líder religioso mostra-se frágil e
    contraditório, aproximando-o de qualquer outro
    indivíduo.
  • Acabou se afastando do cristianismo
    momentaneamente, ao contrário do que pediu sua
    mãe.
  • Revela um desprezo pelo mundo exterior que é um
    lugar de tentações e desvios, consequencia da
    influência de Platão.

40
RESUMINDO
Agostinho foi, sobretudo, um teólogo, mas
possuía grande sensibilidade para a reflexão
filosófica. Contribuiu com o seu pensamento para
a estruturação e consolidação dos alicerces da
instituição Igreja. No campo filosófico,
inaugurou uma nova forma de refletir ligada à
explicitação e valorização da interioridade e
subjetividade humanas. Refletiu de forma bastante
competente sobre a História, concebendo-a
enquanto produto e manifestação da vontade
divina.
41
Combateu e polemizou a vida inteira, e grande
parte dela, com os considerados inimigos da
Igreja Maniqueístas, pelagianos etc. Não
acreditava que os seres humanos, em função do
pecado original, pudessem conquistar a salvação
divina por conta própria, ou seja, sema ajuda e
intervenção divina.
42
SÃO TOMÁS DE AQUINO (1225 - 1274)
Em Deus não há sucessão temporal. AQUINO, São
Tomás.
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UMA VIDA DEDICADA À CAUSA DA IGREJA E AO
CONHECIMENTO
  • Tomás de Aquino nasceu no Castelo de Roccasecca
    em 1225, podendo ser considerado um dos maiores
    pensadores da Idade Média.
  • A sua grande influência e referência teórica foi
    a obra de Aristóteles e seu principal objetivo
    foi combater os críticos da Igreja em seu terreno
    filosófico.
  • A partir da obra de Tomás de Aquino,
    desenvolveu-se um movimento teórico de nome
    Tomismo.
  • A característica essencial de sua filosofia era a
    busca por novas formas de pesquisa e exposição de
    suas ideias.

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AS TRANSFORMAÇÕES DO MUNDO FEUDAL
  • A Idade Média (séc. V ao XV) pode ser dividida em
    quatro partes ou fases
  • Formação do Feudalismo (séc. V ao IX)
  • Dinâmica e Apogeu (séc. X e XI)
  • Transformação (séc. XII e XIII)
  • Crise (séc. XIV e XV).

45
  • Aquino produziu seu pensamento no período de
    grandes transformações.
  • Todos um sistema de crenças e valores ligados à
    Igreja Católica se desfez junto com o sistema
    feudal.
  • O Feudalismo foi suplantado pelo Capitalismo, mas
    a Igreja Católica se mostrou suficientemente
    flexível e eficaz para sobreviver, com grande
    poder e prestígio, até os dias atuais.
  • Para Tomás de Aquino, Deus é Onipotente,
    Onisciente, Onipresente e Imutável. É a
    inteligência infinita e suprema.

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  • Aquino defendeu a Igreja contra seus críticos
    mais sutis e bem preparados que eram os jovens
    filósofos que dominavam a dialética.
  • Como estratégia para desarma-los e
    deslegitima-los, Aquino demonstrava que estes
    pensadores não eram fiéis tradutores da obra do
    antigo mestre Aristóteles.
  • Aquino dizia que a inteligência humana possuía
    limites claros e intransponíveis, enquanto a
    inteligência divina era infinita em seu poder e
    realidade.

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RESUMINDO
Tomás de Aquino procurou defender a Igreja
Católica do século XIII, dos ataques de seus
críticos, normalmente baseados na teoria de
Aristóteles, Aquino procurou demonstrar a
compatibilidade entre razão e fé. Estudou
profundamente o pensamento aristotélico, e com
base em tal conhecimento, acreditou poder provar
que a razão humana era útil e possuía seus
méritos, mas era limitada, sendo superada pela
razão divina.
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Mesmo o mais sábio dos homens, Aristóteles, por
exemplo, apesar de poder conhecer certas facetas
e dimensões da natureza dos seres humanos e de
seu mundo, não poderia alcançar as verdades mais
fundamentais da existência, por não participar da
revelação divina esta só seria alcançável pelos
mais fiéis membros do cristianismo.
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MAQUIAVEL (1469 - 1527)
É, de fato, muito natural e comum o desejo de
conquistar. Sempre, quando os homens que podem o
fazem, eles são louvados e não criticados mas,
quando não podem e querem realizá-lo de qualquer
modo, neste caso estão errados e devem ser
recriminados. Maquiavel
50
  • Maquiavel nasceu em Florença em 1469 e sonhava
    com uma nação italiana forte, unificada e
    desenvolvida.
  • Sua experiência política se deu na condição de
    uma espécie de diplomata, mas caiu em desgraça e
    foi afastado de suas funções pelos Médicis.
  • Refugiou-se em um sítio e, recorrendo a sua
    memória,produziu o mais valioso material,
    estímulo para algumas de suas mais importantes
    reflexões.

51
  • Maquiavel pode ser considerado um dos criadores
    da ciência política após sua obra genial O
    Príncipe, que possibilitou o nascimento de uma
    atitude racional e meticulosa.
  • A obra foi considerada demoníaca e Maquiavel
    passou por um processo de transformação em que se
    tornou maquiavélico.
  • O maquiavélico sobrepujou o maquiaveliano.

52
  • Diferenciando o maquiavelismo ( produto da má
    leitura da obra de Maquiavel) de maquiaveliano (
    o pensamento de Maquiavel)
  • Maquiavelismo Consequencia de uma distorção ou
    não compreensão da obre de Maquiavel, fruto de
    uma má leitura, apressada, superficial e cheia de
    contradições. Segundo essa versão, Maquiavel
    teria negado a ética cristã.
  • Maquiaveliano Produto da leitura atenta, fiel e
    profunda, na qual o Príncipe deveria realizar o
    Bem Comum.

53
RESUMINDO
Maquiavel sonhava e queria contribuir para
realizar a unificação da Itália. Acreditava que
isso só seria possível por meio de um herói, ou
seja, O Príncipe. Tal figura deveria saber quando
ser bom e quando não ser, tendo como objetivo
fundamental a busca do bem comum.
54
Maquiavel não negou a moral cristã nem chegou a
propor ao príncipe que desconsiderasse os
princípios e verdades da cristandade. Apenas
afirmou que o príncipe deveria ter sabedoria,
para saber quando seguir os princípios morais
cristãos e quando, em nome do bem comum, romper
com os mesmos. A frase fundamental que resume sua
concepção seria Ser bom sempre que possível e
mau somente se necessário.
55
DESCARTES (1596 - 1650)
Meu propósito não é ensinar aqui o método que
cada um deve seguir para bem conduzir sua razão,
mas somente mostrar de que modo procurei conduzir
a minha. Descartes.
56
O MÉTODO CARTESIANO
  • René Descartes nasceu em La Haye, na França. Pode
    ser considerado como aquele que inaugurou e deu
    fundamento à discussão filosófica da modernidade.
  • Uma de suas obras mais importantes recebeu o nome
    de Discurso do Método. Tal obra procurava
    estudar e estabelecer caminhos mais seguros e
    eficazes para a produção do conhecimento.
  • Descartes acreditava que o que poderia dar
    sustentabilidade ao homem era o bom uso da razão.

57
  • Nesta mesma obra, Descartes apresenta sua
    autobiografia e passa à crítica do sistema
    educacional do qual recebera sua formação, com
    ênfase no combate à escolástica.
  • Descartes tinha como objetivo e como razão de ser
    a busca por verdades e princípios de caráter
    absoluto e imutável.
  • Valorizava o aprendizado que recebera das línguas
    antigas e o contato com a geometria e a física e
    negava o ceticismo.
  • Outra obra fundamental de Descartes foi
    Meditações Metafísicas, na qual apresentou a
    essência do seu pensamento sobre questões
    relacionadas à teoria do conhecimento e também
    sobre metafísica.

58
  • Seus argumentos na obra Meditações Metafísicas
  • Questiona os sentidos, demonstrando que não
    podemos nos basear nos mesmos para alcançar algum
    conhecimento seguro
  • Apresenta a ideia de que talvez estejamos
    sonhando quando pensamos estar acordados, o que
    implicaria que tudo que pensamos ser real não
    passaria de mera ilusão
  • Radicaliza assumindo a dúvida hiperbólica,
    apresentando a possibilidade de um Deus enganador.

59
  • Para Descartes existem três tipos de ideias
  • Ideias Inatas Nascem com os homens
  • Ideias Empíricas São adquiridas por
    intermédio dos sentidos e experiências
  • Ideias de Imaginação Mescla as duas primeiras
    formas.

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  • Segundo Descartes, seria impossível para o Homem
    alcançar a ideia de perfeição. A ideia de Deus,
    ou seja. De um ser perfeito, só pode ter sido
    alojada na mente humana pela própria divindade. É
    uma ideia inata. Dessa forma, Descartes pensa ter
    provado a existência de Deus.

61
RESUMINDO
Descartes foi um dos fundadores da ciência
moderna. Colocou no centro de suas reflexões a
ideia de dúvida metódica. Procurou, dessa forma,
superar as críticas e advertências próprias ao
ceticismo quanto à possibilidade de realização do
conhecimento, a partir do interior desse mesmo
movimento. Pôde, por assim dizer, implodir o
ceticismo, ao radicalizar os seus próprios
argumentos ou questionamentos.
62
Ao colocar-se tudo em dúvida, busca-se superar
pela sistematicidade reflexiva, tal estágio,
fundando o pensamento em bases sólidas ou seja,
ao superar-se toda e qualquer dúvida sobre
determinada questão, conquistam-se ou alcançam-se
ideias claras e distintas. O penso, existo,
cartesiano, implica, portanto, na busca de novos
critérios e estratégias que garantam ao
conhecimento fundamentos lógicos e sólidos, tais
como aqueles que sustentam e atribuem
legitimidade às ideias e demonstrações da ciência
geométrica.
63
THOMAS HOBBES (1588 - 1679)
A felicidade é uma contínua marcha d desejo, de
um objeto para outro, não sendo a obtenção do
primeiro outra coisa senão o caminho para
conseguir o segundo. HOBBES. Thomas.
64
  • Thomas Hobbes nasceu em 1588 na Inglaterra.
  • Segundo ele, os homens são maus por natureza.
  • Viveu em período crítico e violento da história
    da Inglaterra.
  • Sua vida sempre esteve envolta por guerras de
    todos os tipos.
  • Tendo nascido prematuramente, afirmou de maneira
    irônica minha mãe pariu gêmeos, a mim e a o
    medo.
  • Ao mesmo tempo em que temia a guerra, queria
    utilizar sua filosofia como meio de pacificação.

65
CONCEPÇÃO DE NATUREZA HUMANA EM HOBBES
  • Contra Aristóteles, Hobbes afirma que os homens
    não são sociáveis por natureza.
  • Para Hobbes, O homem seria o lobo do próprio
    homem.
  • Afirma que a liberdade e a igualdade constituem
    aspectos negativos da condição humana.
  • Influenciado pelo Renascimento, Hobbes acreditava
    na possibilidade do aperfeiçoamento da natureza
    humana a partir da ciência.
  • Hobbes era defensor do absolutismo e, em certa
    medida, um antiliberal.

66
DO ESTADO, OU A RESPEITO DO LEVIATÃ
  • O Estado é um mal necessário. Segundo Hobbes, o
    rei deveria ser um bom administrador das riquezas
    da Nação, para poder administrar os próprio
    homens.
  • Hobbes era materialista e não possuía uma moral
    baseada na culpa e no arrependimento.
  • Hobbes não pode ser considerado um representante
    da burguesia por possuir algumas ideia que se
    chocavam o ideário e com os valores burgueses.

67
RESUMINDO
Na visão de Hobbes, o homem seria mau por
natureza. Exatamente por isso, se não existisse o
Estado, para limitar e controlar o lado negativo
da natureza humana, haveria a guerra de todos
contra todos. O estado, portanto, em tal teoria,
surgiria como uma espécie de resposta às
características negativas da natureza humana e da
sociedade ou seja, O estado deveria monopolizar
uso legítimo da violência (Weber), garantindo a
sociabilidade, ou ainda, a vida em sociedade,
sendo, portanto, um mal necessário.
68
JOHN LOCKE (1632 - 1704)
Todas as ideias derivam da sensação ou
reflexão. LOCKE. John.
69
TEORIA DO CONHECIMENTO
  • Jonh Locke nasceu em 1632 na cidade de Bristol.
  • Levou vinte anos para produzir a obra O ensaio
    sobre o entendimento Humano.
  • Sua filosofia pode ser considerada
    antiespeculativa e antimetafísica, possuindo um
    caráter empirista.
  • Em seu entender, todas as nossas ideias são
    derivadas de percepções sensíveis, não existindo,
    portanto, ideias inatas.
  • Para Locke, não seria possível conhecer as coisas
    em sua essência, demonstrando sustentar um tipo
    de ceticismo.

70
NATUREZA HUMANA E POLÍTICA
  • Locke desenvolveu uma concepção política mais
    otimista do que a hobbesiana, considerando como
    ponto central da vida em sociedade, a
    possibilidade de entendimento entre os Homens em
    função de estes mesmos serem dotados de
    racionalidade.
  • Segundo Locke, a sociedade é produzida a partir
    reunião ou organização de indivíduos racionais em
    busca de garantias quanto à defesa e manutenção
    de suas próprias vidas, da liberdade e de seus
    bens materiais.

71
  • Locke colocou-se contra o Estado Absolutista,
    tendo sido um crítico mordaz e radical do mesmo e
    das teorias que procuraram defendê-lo ou
    legitimá-lo.
  • Locke propôs a divisão dos poderes em dois
  • Executivo A ser defendido pelo rei
  • Legislativo A ser exercido pelo parlamento
  • Para Locke, todos os seres humanos nascem dotados
    de razão, mas os pobres dificilmente conseguiriam
    desenvolvê-la ou fazer bom uso da mesma.

72
RESUMINDO
Para Locke, a mente humana, ao vir ao mundo, não
passaria de uma espécie de quadro em branco, ou
folha vazia. A vivência e a experiência iriam
colocando informações que seriam comunicadas à
mente por intermédio de nosso sentidos. Não
haveria, em seu entender, ideias inatas. Quanto à
política, Locke defendeu a divisão dos poderes em
legislativo e executivo, o que quer dizer que o
autor foi um defensor da monarquia parlamentar
inglesa.
73
A propriedade privada, de acordo com sua
concepção, seria legitimada pelo trabalho. O
trabalho transformaria o elemento natural à
medida que transferiria algo de muito valioso do
indivíduo que trabalha para a terra cultivada (ou
qualquer outro objeto ou matéria transformada
pelo homem). Dessa forma, a terra, por exemplo,
passaria legitimamente a pertencer a quem
trabalha. A concepção de propriedade de Locke
incluiria como uma síntese as noções de
liberdade, propriedade e vida.
74
BLAISE PASCAL (1623 - 1662)
O silêncio eterno desses espaços infinitos me
apavora. Pascal.
75
A NATUREZA DECAÍDA DO HOMEM
  • Pascal nasceu em 1623 em Clermont-Ferrand.
  • Dedicou-se a compreensão da defesa do
    cristianismo em sua versão jansenista.
  • Pascal era um filósofo que explicitava as
    entranhas e as vísceras do ser humano e do estar
    no mundo.
  • Destaca a importância e o significado do Homem,
    enquanto um ser miserável que, ao mesmo tempo,
    possui certa nobreza, que consiste exatamente em
    saber-se miserável.

76
  • Produziu uma teoria a respeito dos mais diversos
    problemas humanos.
  • Busca compreender e explicar o fenômeno humano de
    vários pontos de vista e sob diversos ângulos.
  • Procede como se a vida humana tivesse sido, desde
    o pecado original, estilhaçada, não podendo mais
    ser recomposta em sua pureza ou inteireza
    originárias.
  • Consegue enxergar o melhor no pior e vice-versa.
  • Pelo uso da razão, Pascal encontra muitos
    defeitos, limitações e distorções na maneira do
    Homem viver

77
O CARÁTER PARADOXAL DO PENSAMENTO EM PASCAL
  • Para Pascal. O pensamento deixa de ser
    considerado uma conquista humana para se
    transformar em uma espécie de maldição. Por outro
    lado, só por intermédio deste mesmo pensamento,
    torna-se possível ao homem resgatar-se e ir ao
    encontro do Criador.

78
CETICISMO E RACIONALISMO EM RASCAL
  • Pascal faz parte de uma tradição filosófica de
    caráter racionalista, que começa a perceber os
    limites da própria idéia da razão. Destrói a
    arrogância do Homem, mas não nega totalmente o
    emprego da racionalidade.

79
RESUMINDO
Pascal foi um gênio teórico e também um grande
inventor. Criou a calculadora e desde muito cedo
se mostrou um prodígio nas ciências exatas.
Contudo, por mais paradoxal que possa parecer,
tornou-se um crítico do racionalismo. Figura
religiosa, sugeriu a necessidade de um equilíbrio
entre a razão e a fé. Também defendeu a humildade
para o homem em função de sua natureza decaída,
contraditória e insignificante. Sugeriu, no
entanto, que a grandeza do homem residiria
exatamente em reconhecer-se miserável.
80
Quanto a sua ideia da condição humana, podemos
classificá-la como pessimista. O homem dependeria
da intervenção divina para poder escapar da
frivolidade e vazio existenciais. Por esse
motivo, segundo tal autor, tantos buscam ou
anseiam pelo divertimento, ou seja, um desvio ou
fuga quanto às trágicas e recorrentes
características e feições do existente.
81
DAVID HUME (1711 - 1776)
Sê um filósofo, mas, em meio a toda tua
filosofia, não deixes de ser um homem. HUME.
82
  • David Hume nasceu em 1711 na Escócia. Tal autor,
    do ponto de vista da teoria do conhecimento,
    mesclou empirismo e ceticismo.
  • Escrevia de forma bastante clara e objetiva,
    muito embora a sua primeira obra Tratado da
    Natureza Humana não tenha obtido êxito.
  • Reformulou suas ideias e publicou as obras
    Investigação acerca do entendimento humano e
    Investigação sobre os princípios da moral, que
    obtiveram resultados mais positivos.

83
  • Tal filósofo pode ser considerado o mais
    importante pensador da Inglaterra no século
    XVIII.
  • Combateu a metafísica e toda forma de especulação
    e abstração que não pudesse servir aos interesses
    mais urgentes e imediatos da humanidade.
  • Para Hume, o conhecimento deve visar à melhoria
    da vida dos seres humanos.

84
CRÍTICA À IDEIA DE CAUSALIDADE
  • A ideia mais contundente e polêmica de Hume diz
    respeito À crítica radical que realizou ao
    conceito de causalidade .
  • Hume questiona todas as crenças, podendo afirmar
    que sua filosofia caracteriza-se pela adoção de
    uma forma de ceticismo radical.
  • Hume foi um defensor da indústria e do comércio,
    percebendo a relação entre o avanço de tais
    instituições e o desenvolvimento do conhecimento
    e da cultura em geral.

85
  • Tal filósofo pode ser considerado o mais
    importante pensador da Inglaterra no século
    XVIII.
  • Combateu a metafísica e toda forma de especulação
    e abstração que não pudesse servir aos interesses
    mais urgentes e imediatos da humanidade.
  • Para Hume, o conhecimento deve visar à melhoria
    da vida dos seres humanos.

86
  • Quando Hume ataca o núcleo da teoria da
    causalidade, está na verdade se opondo a
    Aristóteles. Com a negação desta teoria. Recusa
    em consequência, a possibilidade de afirmar-se a
    existência de Deus.
  • Talvez a lição mais fundamental que Hume nos
    tenha deixado seja a que devemos rever
    infinitamente, incansavelmente, incansavelmente
    os nossos pressupostos que toda e qualquer
    verdade é limitada e precisa ser constantemente
    revista e que o conhecimento deve servir à
    melhoria da vida, em todos os níveis e sentidos.

87
RESUMINDO
Hume questionou a ideia de causalidade. Ao mesmo
tempo queria ver a filosofia dedicar-se à
melhoria das condições de vida dos seres humanos.
Afirmou, segundo uma certa modalidade de
ceticismo, que o que pensamos ser conhecimento
das causas, não passaria na verdade de
condicionamento acrítico e produto do hábito. A
força do hábito condicionaria todas as nossas
crenças e percepções. Mas também a fraqueza e a
suscetibilidade dos homens os entregariam
facilmente ao domínio das superstições.
88
ESPINOSA (1632 - 1677)
As Escrituras nada ensinam que contrarie a Luz
Natural. Espinosa.
89
DEUS SIVE NATURA (Deus. Isto é, a natureza)
  • Baruch de Espinoza (forma latina), nasceu em 1632
    em Amsterdã.
  • A filosofia de Espinosa pretende ser sistemática,
    precisa e clara. Leva até as últimas
    consequencias tal preocupação, baseando-se na
    geometria para isso.
  • Sua obra mais importante foi A Ética demonstrada
    segundo o método geométrico. Esta obra, parte de
    certas definições ou axiomas, recorrendo à
    demonstração formal das proposições derivadas e
    procurando estabelecer as consequencias lógicas e
    humanas destas.

90
A CRÍTICA AO DUALISMO FILOSÓFICO
  • A filosofia de Espinosa pose ser considerada
    monista e panteísta. Em sua concepção. Deus não
    está apartado da Natureza, não é um ser em
    separado, dotado de perfeição, dando ordens à
    distância para que tudo possa ocorrer Deus é a
    própria Natureza.
  • Ao afirmar que Deus é a natureza, Espinosa rompe
    com o dualismo sustentado tradicionalmente por
    muito filósofos, sobretudo por Platão.

91
  • A ideia que Espinosa faz do bem e do mal ou do
    vício e da virtude, desponta de forma tão
    original, na trajetória da filosofia.
  • Para Espinosa, o bem é o que permite, estimula e
    impulsiona o processo do conhecimento, e o mal é
    concebido enquanto o que impede ou dificulta
    conhecer.
  • Neste sentido, Espinosa não possui uma moral
    baseada na culpa, no arrependimento ou na
    repreensão das inclinações e paixões humanas.
    Conhecer as leis da Natureza e viver em
    conformidade com as mesmas permite ao Homem
    atingir uma condição de serenidade e
    tranquilidade, denominada, por Espinosa,
    Beatitude.

92
EM ESPINOSA O DETERMINISMO É UMA FORMA DE
LIBERADADE
  • Na visão de Espinosa , o mundo não foi criado por
    Deus, já que esse mesmo mundo seria eterno e
    infinito.
  • O Homem em Espinosa é a totalidade uma e
    complexa. Não é apenas espírito ou carne. Mas
    ambos em unidade dialética.
  • Para Espinosa, em coerência com a sua filosofia
    monista, ser livre é obedecer as leis naturais. O
    que equivale a dizer que esse autor desenvolvei
    uma forma original de determinismo, que permite
    ao Homem ser livre na medida em que obedece.

93
  • Espinosa sofreu constantemente inúmeras formas de
    perseguição, tanto por parte dos cristãos quanto
    dos judeus. Foi expulso da sinagoga de Amsterdã e
    depois excomungado, em função de sua filosofia
    crítica e defensora da liberdade teve grande
    dificuldade para publicar suas obras e, em mais
    que um momento. Esteve próximo da prisão
    condenação por heresias. Também chegou a ser
    acusado de ateísmo.

94
  • Sua filosofia foi considerada herética, uma forma
    de blasfêmia por emprestar à Natureza e ao
    Homem as características transcendentes do
    próprio Deus hebreu ou cristão. É também uma
    forma de racionalismo radical.
  • Seu pensamento pode ser considerado um crítica
    contra toda manifestação de superstição, não
    apenas na esfera religiosa, mas também nos campos
    da política e da própria filosofia.
  • Espinosa discordava de Descartes na questão do
    método, dizendo que este é conhecimento acumulado
    que servirá para melhor conhecer no futuro.

95
RESUMINDO
Espinosa foi um grande homem antes mesmo de ser
um grande filósofo. Defensor e símbolo da luta
pela liberdade de pensamento, sofreu inúmeras
formas de perseguição política e religiosa. Não
fez, no entanto, concessões a quem quer que
fosse, no que diz respeito ao seu pensamento. E
pagou caro por isso. Possuía uma concepção
bastante peculiar sobre a natureza Divina. Deus
para o autor seria a própria natureza
(imanentismo). Não seria, portanto, concebido
como uma personalidade destacada e contraposta à
realidade.
96
Acreditava, ao mesmo tempo, que tudo era
passível de conhecimento e que cada coisa
singular ao ser conhecida refletia e revelava um
pouco da face de Deus. Defendia o autocontrole
sobre as paixões, mas não as entendia enquanto um
mal a ser combatido. Moderação e autocontrole
racional sobre as paixões não implicava negá-las
ou reprimi-las irrefletidamente. O bem para tal
filósofo seria concebido como útil, ou seja, o
que proporcionaria o livre desenvolvimento das
potencialidades e faculdades humanas. O mal o
que se colocaria como obstáculo ao livre e pleno
desenvolvimento humano.
97
ROUSSEAU (1712 - 1778)
E que será da virtude, quando for preciso
enriquecer a qualquer preço? ROUSSEAU.
98
ESCLARECER PARA PODER COMPARTILHAR O CONHECIMENTO
E A FELICIDADE
  • O Iluminismo pode ser compreendido como a
    consciência racionalizada e explicitada da crise
    em curso do Antigo Regime ao mesmo tempo,
    representava um conjunto bastante desigual e
    complexo de reflexões e teorias que buscavam
    superar a crise existente, a partir da realização
    ou construção de uma nova sociedade, baseada na
    liberdade, racionalidade e justiça social. O meio
    privilegiado para isso? A educação.

99
O PENSAMENTO DE ROUSSEAU
  • Jean-Jacques Rousseau nasceu em Genebra em 1712.
    Se opunha ao absolutismo, a o mercantilismo e ao
    dogmatismo religioso.
  • Tornou-se um crítico mordaz do processo
    Civilizatório-Ocidental e do Capitalismo.
  • Para esse autor, antes da sociedade propriamente
    dita, existiria uma situação em que os homens
    viviam de maneira muito simples,ou até mesmo
    rústica. Rousseau denomina este momento de Estado
    de Natureza.

100
  • Em sua obra Discurso sobre a origem e
    fundamentos da desigualdade ente os homens,
    Rousseau discute a submissão dos homens a certas
    situações.
  • Para Rousseau, o fundamento da Civilização é a
    propriedade privada que instaura a desigualdade
    dos talentos e das potencialidades. A tendência
    da sociedade implicaria o enriquecimento dos
    ricos e consequentemente o empobrecimento dos
    mais pobres.
  • A única possibilidade de impedir uma Revolução
    seria realizar a limitação da propriedade
    privada..

101
A LIBERDADE É INALIENÁVEL
  • Rousseau pertencia a baixa burguesia, ganhando
    fama ao vencer um concurso de redação com a obra
    intitulada Discurso sobre as ciências e as
    artes . Possuía uma visão clara e realista a
    respeito da sociedade desigual e injusta que
    vivia.
  • Acredita que a sociedade deveria estabelecer uma
    espécie de acordo, a parir do qual cada indivíduo
    alienaria parte de sua liberdade a um poder
    comum, que teria como objetivo garantir o máximo
    de harmonia e bem-estar social. A este acordo
    denominou Contrato Social.

102
  • A liberdade para Rousseau é um bem inalienável,
    porque constitui a própria essência e fundamento
    da condição humana.
  • Rousseau , portanto, não é socialista nem
    anarquista, ainda que tenha inspirado tais
    movimentos políticos. Na verdade, pode ser
    classificado como um dos criadores da ideia de
    Soberania popular, ou seja a ideia de democracia
    moderna.

103
RESUMINDO
Rousseau foi uma figura diferenciada e, amo
mesmo tempo, bastante controvertida a integrar o
grupo dos pensadores iluministas. Questionou
fortemente os fundamentos da civilização
ocidental. Foi poeta, escritor, músico e nem por
isso deixou de dirigir críticas bastante duras e
afiadas aos poetas, aos teóricos e aos músicos.
Atacou a desigualdade socioeconômica e o
despotismo político propôs uma outra forma de
organização societária, baseada na relativa
igualdade e limitação da propriedade privada.
104
Ricos menos ricos e pobres menos pobres, unidos
por um contrato social, que pudesse permitir o
máximo possível de harmonia e desenvolvimento
coletivo. O pensamento de Rousseau inspirou as
práticas e teorias de socialistas e anarquistas
de todos os tempos. Robespierre, por exemplo, foi
seu ardente e sincero discípulo, atuante no
período de domínio jacobino na Revolução Francesa.
105
INTRODUÇÃO AO IDEALISMO ALEMÃO
  • É idealista toda doutrina para a qual o
    pensamento existe independentemente da matéria,
    até mesmo sozinho, seja sob a forma de ideias
    (idealismo no sentido estrito), seja sob a forma
    de seres espirituais (nesse caso, fala-se mais em
    espiritualismo).
  • É idealista todo pensador para qual não é
    possível conhecer nada da realidade em si, seja
    porque ela não existe, seja porque só é possível
    reconhecer nossas representações.
  • COMTE-SPONVILLE, André Dicionário filosófico.

106
IMMANUEL KANT (1724 - 1804)
Todas as disposição naturais de uma criatura
estão destinadas a um dia se desenvolver
completamente e conforme um fim. Kant.
107
A TEORIA DO CONHECIMENTO EM KANT.
  • Immanuel Kant nasceu em Konigsberg em 1724. Sua
    filosofia é de uma importância e complexidade
    fundamentais. Pode ser considerado como um marco
    divisório, relativamente ao que de melhor se
    produziu em termos de reflexão filosófica, nos
    decorrer de séculos, no Ocidente.
  • Uma de suas obras mais fundamentais foi
    denominada Crítica da razão pura . Nesta obra,
    o autor desenvolveu a sua teoria do conhecimento,
    ou filosofia transcendental.

108
  • Kant busca realizar, em um só lance, a superação
    das tendências racionalista e empirista,
    procurando suplantar o próprio ceticismo.
  • Kant afirmou que a filosofia possuiria quatro
    grandes questões
  • 1º O que posso saber? ( de caráter metafísico)
  • 2º O que devo fazer? ( problemática ligada à
    moral)
  • 3º O que posso esperar? ( problema ligado à
    religião)
  • 4º O que é o homem? ( objeto da antropologia)

109
UM PROJETO RACIONAL DE PACIFICAÇÃO
  • Kant também tratou de questões políticas em
    vários momentos, principalmente em sua obra
    Ideia de uma história universal de um ponto de
    vista cosmopolita. Neste escrito Kant reforçou a
    sua crença na existência de uma ordem racional,
    regida por leis inexoráveis e imutáveis. Tentou
    demonstrar que a razão procura orientar os Homens
    em direção à pacificação.

110
RESUMINDO
Kant passou quase toda a sua vida em uma pequena
cidade conhecida como Königsberg, mas sempre
esteve surpreendentemente bem informado sobre os
mais remotos e complexos acontecimentos mundiais.
Figura sistemática e simples, nos modos e na
forma de estruturar o seu pensamento, pode muito
facilmente ser considerado um dos maiores
filósofos de todos os tempos. No campo da teoria
do conhecimento, procurou sintetizar e ao mesmo
tempo superar as principais conquistas e posições
dos empiristas e racionalistas.
111
Os homens, segundo o seu entender, conheceriam a
partir da experiência e dos sentidos (tal como
pensavam os empiristas), mas a leitura ou
decodificação de tais informações seria produzida
por estruturas e dimensões inatas da mente humana
(tal qual pensavam os racionalistas). Kant
acreditava na existência de uma verdade (a coisa
em si) ainda que não alcançável pelo intelecto
humano. A vida em todos os seus aspectos seria
dirigida ou governada por uma racionalidade
inerente à mesma.
112
Já quanto à ética, o autor muitas vezes parecia
defender posturas e ideias bastante inflexíveis.
Não devemos mentir nunca pois senão acabaremos
por generalizar uma atitude que poderá criar
graves danos à vida humana. Sua reflexão ética
se manifestou sob a forma dos imperativos
categóricos, ou seja, a racionalidade que se
impões ao homem sob a forma de determinadas
regras a serem adotadas pelos indivíduos,
considerando responsáveis por tudo o que de
melhor ou de pior puder acontecer ao gênero
humano e ao planeta. Exemplo age de tal forma
que tua ação possa ser considerada como norma
universal.

113
HEGEL (1770 - 1831)
A ciência é a afetividade do espírito, o reino
que ele para si mesmo constrói em seu próprio
elemento. Hegel.
114
HEGEL E A FILOSOFIA DA HISTÓRIA
  • George Wilheim Friedrich Hegel nasceu em
    Stuttgart em 1770. Criou uma teoria que expressa
    a trajetória da construção e realização da ideia
    de liberdade na História, que para ele é fruto da
    ação e do processo de gradativa tomada de
    consciência, por parte de uma certa entidade
    metafísica que ele denominou espírito
    absoluto.
  • Em Hegel, a vida é percebida e interpretada
    enquanto processo contraditório de realização e
    constituição do humano e de toda natureza.

115
A CONCEPÇÃO HEGELIANA SOBRE O TRABALHO
  • Hegel entrou em contato desde muito cedo com a
    teoria econômica, recém-originada na Inglaterra
    durante o processo da Revolução Industrial.
  • Como exemplo da ideia hegeliana a respeito da
    função do trabalho este atuaria não só na
    transformação da natureza, mas na própria
    formação do homem.

116
A DIALÉTICA DO SENHOR E DO ESCRAVO
  • A obra mais importante de Hegel intitula-se
    Fenomenologia do espírito, Tal título já indica
    a ideia hegeliana de que o espírito deve executar
    uma árdua e difícil trajetória para poder superar
    a condição de alienação em que se alojou, num
    certo momento.
  • Um dos momentos mais significativos desta obra
    foi denominada por Hegel de A dialética do
    senhor e do escavo, que pressupõe uma certa
    situação de luta interior, em que se colocam
    perigosamente ambas as vidas em risco.

117
RESUMINDO
Hegel foi o grande filósofo da História. Seu
pensamento, por mais abstrato e difícil de ser
entendido, abarcou e manifestou os grandes
problemas e impasses humanos de todos os tempos.
A condição humana associada à natureza o trabalho
criador os grandes personagens políticos e as
suas reformas e revoluções processo do
conhecimento e sua ligação visceral com a vida a
dialética resgatada aos antigos e desenvolvida
até suas últimas consequencias.
118
Sua filosofia procurou tratar a totalidade das
questões humanas e históricas, e não foi à toa
que se tornou o último grande sistema filosófico.
A própria ideia de sistema em filosofia passou a
ser questionada desde então. Para Hegel a
história seria dinâmica e contraditória.
Processual. A vida que se deixa conhecer é a vida
em processo de conhecimento. Unidade entre o
objeto vida e o sujeito cognoscente. Quem conhece
a natureza ou o mundo adquire também
autoconhecimento, e quem o faz desenvolve-se e
aprende-se na consciência.
119
A história é espelho a refletir o homem, mas
também é obra do mesmo. O homem seria um ser
criador de si mesmo e do mundo ao seu redor, e
cada vez mais autocompreensivo. As diferentes
filosofias refletiriam a cada momento de forma
cada vez mais objetiva e racional a trajetória do
Espírito Absoluto, qu outrora s alienou e que
agora busca, pelo autoconhecimento, superar tal
condição. E o espírito ou Deus na maneira em que
o concebia Hegel, seria a totalidade de tudo o
que existe, incluindo,logicamente o próprio homem.
120
KARL MARX (1818 - 1883)
O trabalhador se torna tanto mais pobre quanto
mais riqueza produz, quanto mais a sua produção
aumenta em poder e extensão. MARX, Karl.
121
A TEORIA E O PROCESSO DA ALIENAÇÃO
  • Karl Marx nasceu em 1818 em Treves. A ideia
    central dos manuscritos parece girar em torno da
    categoria de alienação (trabalho alienado). Estes
    manuscritos nunca foram terminados, tratando-se
    na verdade de simples fragmentos, ainda que
    importantíssimos e reveladores quanto ao processo
    de gênese e estruturação do pensamento marxiano.

122
A TEORIA E O PROCESSO DA ALIENAÇÃO EM HEGEL
  • Marx sempre foi um homem de síntese. Para tal
    autor, não existem questões puramente econômicas
    ou puramente históricas, filosóficas etc...
  • A categoria da alienação ganhou importância em
    Hegel, e sendo Marx seu discípulo, poder-se-ia
    pensar que o sentido dado por Marx a tal
    categoria seria o mesmo que o da teoria
    hegeliana. Porém, Marx a transformou
    emprestando-a um caráter mais concreto e real.
  • Em Hegel, a categoria de alienação possui um
    caráter muito abstrato e idealista.

123
A TEORIA E O PROCESSO DA ALIENAÇÃO EM FEUERBACH
  • O processo de alienação na filosofia de Feuerbach
    tem mais ou menos o seguinte sentido o Homem
    pensa-se criatura, mas na verdade é o criador
    criou Deus, a partir de suas muitas e complexas
    necessidades humanas, tais como sua fragilidade
    ante tantas criaturas mais poderosas, o medo da
    morte, o medo em relação ao fortuito e
    acidental,etc. O Homem teria buscado em si mesmo
    certas qualidades apreciáveis e tê-las-ia
    absolutizado para, em seguida, poder projetá-las
    em um Além imaginário.

124
A TEORIA E O PROCESSO DA ALIENAÇÃO EM MARX
  • Em Marx, a ideia de alienação assume um caráter
    social, político e econômico além de filosófico.
    O homem é natureza diferenciada e ainda em
    processo. O que media a relação do Homem com a
    natureza é o trabalho.
  • Marx aponta como possibilidade e superação da
    alienação e organização dos trabalhadores, em
    nome da construção do comunismo.

125
RESUMINDO
Karl Marx pode ser considerado o maior pensador
das humanidades no século XIX. A sua filosofia (e
de seu inseparável amigo e colaborador Engels)
explicitou as principais características e
contradições do novo mundo gerado pelo advento da
Revolução Industrial. A teoria de tais autores
captou a situação de desumanização ou de
alienação a que estavam submetidos os operários
(e também os capitalistas) que viviam naquela
época.
126
O capitalista não passaria da personificação do
capital, sendo apenas ilusoriamente livre e dono
de suas ações o operário, consciente de sua
degradação, existiria apenas e tão somente como
um apêndice da máquina, ou ainda, como mero
instrumento de produção de mais-valia (tempo de
trabalho não pago). Os autores não apenas
estabeleceram o mais preciso e contundente
diagnóstico de sua época, como também puderam
construir, com base em tal conhecimento, novas
vias e projetos para que fosse possível superar a
situação.
127
O comunismo proposto pelos autores era
indiscutivelmente mais complexo e ao mesmo tempo
mais realista e factível do que as antigas
construções teóricas de outros autores. O
capitalismo, é bem verdade, não morreu como
apregoavam e desejavam os seus mais severos
críticos, mas teve que se reformar, muitas vezes
de maneira drástica e dramática, com base, por
paradoxal que possa parecer, nas próprias
formulações geradas pelos seus adversários,
anarquistas ou comunistas.
128
FRIEDRICH NIETZSCHE (1844 - 1900)
A fé salva, logo mente.
NIETZSCHE.
129
  • Fiedrich Wilhelm Nietzsche nasceu em 1844 em
    Rocken.
  • Pode ser considerado o pensador e filósofo mais
    polêmico e original da segunda metade do século
    XIX.
  • Procurou questionar a razão humana em sua
    essência, na qual esta não passaria de uma
    construção artificial (linguagem) para escamotear
    o grande vazio que nos caracterizaria enquanto
    seres humanos.
  • Dessa forma, não só Deus estaria morto, como
    também a própria ideia de verdade.

130
  • Em momentos decisivos, Nietzsche expressou
    claramente sentimentos racistas e
    preconceituosos.
  • Escrevia na forma de aforismos. Velocidade era a
    marca de seu tempo. Sua escrita ágil, inteligente
    e crítica às vezes se aproximava, em beleza e
    sensibilidade, de certas expressões de caráter
    artístico-literário.

131
  • Com a morte de Deus, Nietzsche queria expressar
    alho muito mais grave e original a verdade não
    existe.
  • Procurou demonstrar que os homens, por
    necessidade de sobrevivência, buscaram
    desenvolver a linguagem,mas com o passar do
    tempo, esqueceram-se dessa iniciativa e passaram
    a acreditar, deixando-se dominar pelas própria
    criações fantasmagóricas de suas mentes doentias
    e temerárias .
  • Dirigia sua mensagem a homens cultos e sábios da
    Europa.

132
RESUMINDO
Resumir Nietzsche em poucas linhas? Talvez esse
autor seja o que menos se deixe resumir sejam lá
quantos linhas tivermos para tal. Nietzsche foi o
anunciador da bombástica morte de Deus, quer
dizer, do esgotamento dos sentidos e significados
do existente até então (segunda metade do século
XIX). Também afirmou o processo que daria origem
ao além-do-homem a superação consciente de tudo
aquilo que conhecemos como humanidade factível.
133
E retomando uma ideia milenar, chegou a afirmar
o eterno-retorno-do-mesmo, ou seja, dizer-se que
isso que escrevo,neste momento preciso, já o fiz
e o farei novamente infinitas vezes. Por vezes
manifestou ódio irracional e propôs a destruição
de deficientes físicos, mentais ou de toda e
qualquer espécie de seres considerados
diferentes ou degenerados. Foi um autor
polêmico, que poderia ser talvez melhor
compreendido se simplesmente afirmássemos, a seu
respeito, que ele sacudiu e abalou à base de
marteladas, as fundações da civilização
ocidental.
134
O EXISTENCIALISMO DE SARTRE (1905 - 1980) E
SIMONE DE BEAUVOIR (1908 - 1986)
Existir é fazer-se carência de ser, é lançar-se
no mundo ... BEAUVOIR, Simone de.
A questão fundamental é que fez você da sua
vida. Sartre.
135
CONTEXTUALIZAÇÃO
  • Jean-Paul Sartre nasceu em Paris em 1905, tendo
    atuado como filósofo, romancista, dramaturgo e
    ativista político com forte participação no
    jornalismo.,
  • Simone de Beauvoir foi filósofa e escritora e
    dedicou-se À luta pela libertação de todos os
    homens com ênfase ao processo de emancipação das
    mulheres.
  • O movimento existencialista formou-se durante o
    período entre guerras (1918-1939).

136
  • Desenvolveu a chamada política de Guerra Fria, ou
    seja, a bipolarização entre duas grandes
    potências, EUA e URSS, representando
    respectivamente o capitalismo e o comunismo.
  • Sartre acompanhado de Simone, apoiou o movimento
    revolucionário cubano e o movimento maoísta.
  • Para Sartre e Simone, Deus não existe. A vida é
    aquela que pudermos produzir, individual e
    coletivamente. Em dado momento, Sartre afirmo que
    o inferno são os outros.

137
RESUMINDO
O existencialismo desenvolveu-se ao longo (e
imediatamente depois) da 2ª Guerra Mundial
(1939-45). Tanto Sartre como Simone procuraram
refletir em suas obras a urgência e as
contradições dos seres humanos. Os homens seriam
responsáveis pelas características do mundo em
que vivem.
138
Os homens seriam desde cedo concebidos como
imperfeitos e inacabados e, por isso mesmo,
precisariam terminar o trabalho quer dizer,
escolher e agir de maneira a buscar o melhor para
si e para o mundo ao seu redor. Cada ação e
escolha humana são consideradas determinantes e
fundamentais por tal filosofia, contribuindo
necessariamente para a melhoria, ou até mesmo
destruição, da vida no planeta.
139
ANDRÉ COMTE-SPONVILLE (1952 - ...)
Filosofar significa pensarmos a nossa vida e
vivermos o nosso pensamento. E
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