Title: INTERNATO EM PEDIATRIA
1Feeding Preterm Infants during Red Blood Cell
Transfusion Is Associated with a Decline in
Postprandial Mesenteric Oxygenation Terri Marin,
Cassandra D. Josephson, , Niki Kosmetatos,
Melinda Higgins and James E. MooreJournal of
Pediatrics 2014 165464-71
Nutrição enteral do pré-termo durante a
transfusão de hemácias associa-se com a queda da
oxigenação mesentérica
- INTERNATO EM PEDIATRIA
- Escola de Medicina da Universidade Católica de
Brasília - Apresentação AmandA Rocha, Joyce Braun, Ludmila
G. Santos - Coordenação Paulo R. Margotto
- www.paulomargotto.com.br
- Brasília, 21 de setembro de 2014
2Objetivo
- Avaliar a resposta da oxigenação do tecido
mesentérico em recém-nascidos prematuros que
receberam nutrição enteral e os que não
receberam, durante a transfusão de concentrado de
hemácias.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
3Introdução
- Enterocolite necrosante (NEC) é uma doença
atribuível a vários fatores e caracteriza-se por
isquemia intestinal, inflamação e necrose1. - Ocorre em até 10 dos recém-nascidos de muito
baixo peso RNMBPN (lt 1500g)2. - Taxa de mortalidade entre 30 e 50 naqueles que
necessitam de intervenção cirúrgica2. - Sobreviventes apresentam morbidades
significativas dificuldade de alimentação a
longo prazo e atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor3,4.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
4Introdução
- Recentemente, relacionaram transfusão de
concentrado de hemácias com desenvolvimento de
NEC em prematuros, sendo denominada de NEC
relacionada à transfusão (NEC-TR) ou injúria
intestinal aguda relacionada à transfusão)5-9,10,1
1. - Estudos anteriores mostraram que até 1/3 dos
RNMBPN que desenvolveram NEC, foram transfundidos
dentro de 48hs antes do início dos sintomas12-14. - Embora a patogênese da NEC-TR não esteja clara,
existe a hipótese de que nutrição enteral durante
a transfusão altere a circulação intestinal, com
consequente isquemia tecidual15,16.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
5Introdução
- Estudos, utilizando near-infradred spectroscopy
(NIRS espectroscopia infravermelha),
apresentaram aumento da oxigenação mesentérica em
prematuros que receberam nutrição enteral e que
não realizaram transfusão de hemácias17,18. - Em constraste, outros estudos realizados com
Doppler, indicaram que o fluxo da artéria
mesentérica superior (AMS) não aumenta após as
transfusões e que o aumento do fluxo na AMS após
nutrição enteral é eliminada imediatamente após a
transfusão19.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
6Introdução
- Atualmente, não existem dados prospectivos que
avaliam o impacto da nutrição enteral durante e
subsequente à transfusão de hemácias em relação a
oxigenação do tecido mesentérico. - O presente estudo utilizou NIRS para avaliar a
resposta da saturação do tecido mesentérico em
pacientes que receberam nutrição enteral durante
a transfusão em comparação com aqueles que não
foram alimentados durante o procedimento.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
7Métodos
- Estudo prospectivo, com base em uma comparação
observacional de RN prematuros lt 33 semanas,
admitidos na UTIN-Emory University Midtown, entre
o período de 30/11/10 a 31/12/11. - Selecionaram prematuros com necessidade de
transfusão de hemácias, hemodinamicamente
estáveis. - Foram excluídos pacientes com anomalias
congênitas, hemorragia intraventricular grau III
ou mais, persistência do ducto arterial com
necessidade de drogas vasopressoras e aqueles com
diagnóstico atual ou anterior de NEC. - Selecionaram um grupo de 19 recém-nascidos.
- 2 pacientes foram excluídos um não teve nutrição
enteral, e o outro desenvolveu NEC-TR
imediatamente após a tranfusão - 9 pacientes receberam nutrição enteral durante a
transfusão - 8 pacientes não receberam nutrição enteral
durante a transfusão.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
Elsevier Inc. http//dx.doi.org/10.1016/j.jpeds.2
014.05.009
8Métodos
- Avaliaram a oxigenação do tecido mesentérico
utilizando a tecnologia NIRS, durante o momento
da transfusão e até 48 horas após o procedimento.
- Os RN foram acompanhados até a sua transferência,
alta hospitalar ou morte devido desenvolvimento
da NEC. - O médico assistente utilizou os critérios de Bell
para determinar o diagnóstico de NEC. - NEC-TR foi definida como um diagnóstico do
estágio de Bell NEC IA ou maior, em até 48 horas
após a transfusão de hemácias. - Foram registrados no momento da transfusão peso
ao nascer, idade gestacional ao nascimento, peso
atual, idade pós-natal (PNA), idade pós-menstrual
(PMA), hematócrito, volume e tipo de alimentação
entérica, quantidade/tipo de oxigênio suplementar
(FiO2) e diagnóstico atual.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
9Métodos
- O volume e duração da transfusão de hemácias e a
continuação/término da nutrição enteral foram
determinados pelo médico assistente independente
deste estudo. - Não houve protocolo que determinasse a
dose/duração da transfusão de hemácias e a
continuação/término da nutrição enteral realizada
durante a transfusão. - Medições dos valores de hematócritos foram
realizados como rotina, pela política de cuidados
intensivos neonatais, antes da realização das
transfusões. - Volume e duração da transfusão foi registrado
para cada criança, assim como tipo, volume,
duração, via de acesso, frequência, tolerância e
o tempo da alimentação enteral associado a cada
evento de transfusão.
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10Métodos
- O evento de transfusão consiste no momento da
transfusão seguido por um período de
monitorização de até 48 horas após a realização
do procedimento. - Os recém-nascidos (RN) receberam transfusão
completa (15-20ml/kg) ou ½ da dose, sendo
dividida em 2 momentos (7,5ml/kg), separados por
12 horas entre si. - O volume de transfusão foi decidido pelo médico
assistente com base na prática individual. - Não houve alimentação no período entre as doses
(12 horas), naqueles que receberam ½ do volume
transfusional (2 momentos). - Todas as transfusões tiveram duração de 3-4 horas.
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11Métodos
- RN que receberam a dose transfusional dividida
foram monitorados (NIRS) durante cada
administração das doses (1º e 2º), no período
entre as doses (12 horas), e durante 48 horas
após a conclusão da segunda dose. - Os casos que receberam transfusão na dose total,
foram monitorados durante e até 48 horas após a
conclusão da transfusão. - Todos os eventos de transfusão foram agrupados
por estado de nutrição alimentados ou não
alimentados durante a administração de transfusão
de hemácias.
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12Métodos - Coleta de dados
- Valores de saturação de O2 da região mesentérica
(rSO2) foram medidos por meio de NIRS, aprovado
pelo FDA (INVOS 5100C Covidien, Boulder,
Colorado). - NIRS mede um valor de rSO2 variando de 15 a 95
e reflete o valor total de oxigênio ligado à
hemoglobina. - rSO2 O2 fornecido O2 consumido ao nível do
tecido21. - Os dados foram registrados a cada 30s (antes,
durante e até 48hs após cada evento de
transfusão). - Eletrodos do NIRS foram colocados na região
abdominal, abaixo do umbigo.
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13Métodos Análise Estatística
- Utilizando procedimento de estatística descritiva
(média, DP, tamanho da amostra, mediana e
intervalo interquartil para as variáveis
contínuas e porcentagens para as variáveis
categóricas), foram analisadas medidas clínicas e
demográficas, específicas para cada evento de
transfusão. - A diferença entre as medidas específicas de
transfusão dos 2 grupos foram analisados através
dos t-tests, teste de Mann-Whitney (para
distribuição assimétrica) e teste exato de Fisher
(respostas categóricas com valores esperados lt
5).
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14Métodos Análise Estatística
- Para cada evento de transfusão, as medições rSO2
(30/30s) foram analisadas em apenas 3 fases - Durante a transfusão de hemácias
- Imediatamente depois, porém antes da 1º
alimentação pós-transfusão - A cada alimentação pós-transfusão até 48hs
- Fases 1 e 2 variação média de rSO2 foi calculada
em cada evento de transfusão, durante todo o
período. - As variações foram comparadas entre os dois
grupos (com nutrição x sem nutrição) através de
testes t. - Considerando que a fase 3 apresentou medidas de
rSO2 com alta variabilidade, a média mesentérica
foi calculada para cada alimentação em 3 momentos
(com janelas de tempo de 10 min) das medidas rSO2
realizadas de 30/30s - T0 (momento da alimentação) 5 min antes até 5
min depois - T 30 min após alimentação (25-35min)
- T 60 min após alimentação (55-65min)
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15Métodos Análise Estatística
- As principais variações foram comparadas entre os
resultados de rSO2 entre 0-30 min e 30-60 min,
para detectar qualquer efeito pós-prandial. - A média de rSO2 no início da alimentação e entre
os intervalos comparados, foram analisados para
avaliar alterações significativas ao longo do
tempo (inclinação positiva ou negativa) em
pacientes alimentados ou não durante a
transfusão. - Para analisar as variações ao longo do tempo, foi
utilizado o modelo linear multiníveis (MLM). - MLM método estatístico utilizado para analisar
dados hierárquicos e explicar a correlação entre
as medidas repetidas encontradas em momentos
diferentes por um mesmo indivíduo (variabilidade
subjetiva x variabilidade entre indivíduos).
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
16Métodos Análise Estatística
- Variáveis fixas utilizadas MLM foram a frequência
de nutrição realizada após a transfusão
completa, grupos indicadores dos alimentados e
não alimentados e a relação dos dois grupos
indicadores com a frequência de alimentação. - Para testar o potencial efeito da alimentação
durante transfusão de concentrado de hemácias nos
valores de rSO2 ao longo do tempo em relação às
alimentações subseqüentes pós-transfusão. - Idade pós-menstrual, idade pós-natal e o peso
atual no início do evento da transfusão, também
foram variáveis avaliadas como potenciais
covariantes em relação as mudanças na maturação.
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17Resultados
- Transfusão sanguínea e características da
alimentação - Concentrado de hemácias para todas as crianças
em solução de citrato, fosfato, dextrose e
adenina (CPDA-1) negativo para CMV irradiado
desleucocitado grupo O negativo. - 13 crianças receberam a unidade em dose total e 4
crianças receberam em dois momentos (separados
por 12 horas). - Para análise, os dados considerados foram os
medidos durante e após a dose única ou durante e
após a segunda dose, quando a transfusão era
dividida em 2 momentos. - Oito crianças, dentre as dezessete, nunca haviam
recebido transfusão sanguínea.
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18Resultados
- Transfusão sanguínea e características da
alimentação - As crianças que não receberam alimentação enteral
durante a transfusão, recebiam a quantidade
perdida no próximo momento de alimentação - As alimentações eram realizadas de 3/3 horas, por
tubo orogástrico, com duração média de 49 min (-
32).
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
19Resultados
- 2. Características das crianças
- Idade gestacional média 27.9 (-2.1) semanas
- Peso médio ao nascimento 1076.4 (-272.8) g
- Todas eram AIG
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
20Resultados
- 2. Características das crianças Tabela 1
- Desenvolvimento da TR-NEC
- Três crianças incluídas no estudo desenvolveram
enterocolite necrosante relacionada à transfusão
sanguínea, dentro das 48 horas seguintes ao fim
da transfusão - Todas receberam 2 unidades de transfusão
sanguínea de células vermelhas em um período de
72 horas e desenvolveram sintomas de TR-NEC após
a segunda dose de transfusão - Classificação da NEC desses três pacientes e o
respectivo hematócrito pré-transfusional de cada
uma - Estágio IA de Bell / Hematócrito
pré-transfusional de 28.8 - Estágio IIA de Bell / Hematócrito
pré-transfusional de 21.9 - Estágio IIIB de Bell / Hematócrito
pré-transfusional de 28.8. - Essas crianças não apresentavam anemia severa.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
Elsevier Inc. http//dx.doi.org/10.1016/j.jpeds.2
014.05.009
21The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
22(continuação)
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
23Resultados
- 2. Características das crianças
- Desenvolvimento da TR-NEC
- Para essas três crianças, os dados que foram
utilizados são referentes às medidas da primeira
dose completa da transfusão sanguínea - O objetivo do médico responsável ao administrar 2
doses completas para cada criança foi de
maximizar os benefícios da transfusão sanguínea e
minimizar danos ao doador - Essa coorte está descrita com detalhes em outro
local. - Marin T, Moore J, Kosmetatos N, Roback JD, Weiss
P, Higgins M, et al. Red blood cell
transfusionrelated necrotizing enterocolitis in
very-lowbirthweight infants a near-infrared
spectroscopy investigation. Transfusion
2013532650-8.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
24Resultados
- 2. Características das crianças
- Uso de Antibioticoterapia
- Cinco crianças fizeram uso de antibiótico durante
realização da transfusão sanguínea - Do grupo que não recebeu alimentação concomitante
à transfusão sanguínea (2) - Uma criança recebeu antibiótico para tratamento
de sepse confirmada por Serratia marcescens - Uma criança recebeu antibiótico para tratamento
de sepse clínica, sem confirmação do agente
causador nas hemoculturas. - Do grupo que recebeu alimentação concomitante à
transfusão sanguínea (3) - Uma criança recebeu antibiótico para tratamento
de sepse confirmada por Pseudomonas aeruginosa - Duas crianças receberam antibiótico para
tratamento de sepse clínica.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
25Resultados
- 3. Dados do NIRS
- Os valores da saturação de O2 da região
mesentérica (rSO2) foram menores nas crianças
mais jovens idade no momento da transfusão
sanguínea (lt 30 semanas, seguidos pelas crianças
de 30-33 semanas) (Figura 1) - As crianças com 33 semanas ou mais apresentaram
os maiores valores de rSO2 - A análise pelo MLM mostrou que a cada aumento de
1 semana na idade gestacional, era esperado
aumento de 2.70 no valor da rSO2 (P.010). - Assim, o nível de maturação foi incluído como uma
variável no modelo de determinação da média de
rSO2.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
26The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
27Resultados
- 3. Dados do NIRS
- Resultados dos Testes t - que analisaram a rSO2
- Durante a Fase 1 não foram observadas diferenças
significativas nos valores de saturação entre os
dois grupos - Na Fase 2, que contemplou o tempo decorrido desde
o fim da transfusão sanguínea até a alimentação,
não foi observada relevância significativa na
variação dos valores da saturação nos dois
grupos
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
28Resultados
- 3. Dados do NIRS
- Resultados dos Testes t - que analisaram a rSO2
Na fase 3, foram analisados os dados obtidos nas
6 primeiras refeições de cada criança, no
intervalo de 15 horas após o término das
transfusões. - As crianças alimentadas durante a transfusão
mostraram diminuição dos valores de rSO2,
enquanto as crianças não alimentadas mostraram
aumento dos valores de rSO2. (Figura 2)
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
29(No Transcript)
30Resultados
- 3. Dados do NIRS
- Crianças mais velhas apresentaram valores médios
significativamente maiores de oxigenação (P.010)
e aumento da rSO2 durante a alimentação, que era
realizada após o término da transfusão sanguínea
(P.011) os valores de rSO2 aumentaram 2.09. - As crianças que receberam alimentação durante a
transfusão sanguínea apresentaram maiores valores
iniciais de oxigenação mesentérica (P.001), mas
mostraram maior declínio do que as crianças não
alimentadas durante a transfusão (Plt.001) os
valores de rSO2 caíram entre - 2.16 e -4.15.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
31Resultados
- A análise final foi direcionada para determinação
de resposta de hiperemia na fase 3, pelos dados
de rSO2 no período pós-prandial. - As crianças que não receberam alimentação durante
a transfusão sanguínea, não apresentaram mudanças
significativas nos valores observados nos
intervalos de 0-30 minutos e de 30-60 minutos. - As crianças que receberam alimentação
apresentaram hiperemia significante como
resposta, apenas no intervalo 0-30 minutos após a
5a refeição pós-transfusão.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
32Discussão
- Recapitulação
- Foram examinados os efeitos da alimentação
durante e após a transfusão de hemácias no
tecido mesentérico e as mudanças de oxigenação
nos pré termos usando NIRS. - Evidências recentes da literatura
- Demonstram que a transfusão de globos vermelhos
pode estar relacionada ? desenvolvimento de um
subconjunto da NEC na população de pré-termos - Conhecido como TR- NEC
- Transfusão associada a NEC
- transfusão relacionada a injúria intestinal
aguda)5,11,23.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
33Discussão
- Alguns estudos recentes relacionados ao assunto
sugerem - Até 1/3 dos casos de NEC podem ser atribuídos a
transfusões sanguíneas em menos de 48h antes do
início da doença. - Embora a origem da NEC seja multifatorial ,
alguns estudos levantam a hipótese que
administração de nutrição enteral durante a
transfusão de hemácias pode desempenhar papel
importante na ocorrência da patologia 15,16. - Outras teorias apontam efeitos da idade
pós-natal e imaturidade gastrintestinal no
momento da transfusão com o aparecimento da NEC.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
34Discussão
- PRESENTE ESTUDO (Marin et al)
- As medições NIRs foram realizadas em tempo real
representando os níveis de hemoglobina
mesentérica oxigenada oxigenação nos neonatos. - Proporcionando mecanismo para estimar o
equilíbrio de O2 fornecido e O2 extraído ao
nível do tecido. - isto é
- A medição NIRS permite avaliar e monitorar as
mudanças em todo fornecimento de O2 e sua
utilização durante e após a transfusão de
hemácias. - Fatores que alteram a mensuração da NIRs
- Mudanças no nível de hemoglobina e alterações de
perfusão 25.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
35Discussão
- PRESENTE ESTUDO (Marin et al)
- Ao aumentar a capacidade carreadora de O2 por
meio de transfusão seria esperado que os níveis
gerais de oxigenação aumentasse, no entanto - não foi sempre isso que aconteceu no dado estudo
- Há várias razões possíveis para explicar a ? da
oxigenação mesentérica 25,26
Diminuição do fluxo sanguíneo
Capacidade carreadora de O2 alterada
Aumento da demanda de O2
Combinação desses fatores
Este estudo refletiu o índice de perfusão
mesentérica e a oxigenação dos tecidos por até
48 horas seguintes a uma transfusão de hemácias
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
36Discussão
- Em estudos não relacionados aos efeitos da
transfusão - Investigações encontraram que a saturação da
oxigenação mesentérica (rSO2) funciona como uma
tendência positiva para os não anêmicos e
prematuros de crescimento estável, 30 minutos a
1 hora após bolus de alimentação enteral17,18,
sugerindo uma melhor oxigenação dos tecidos
mesentéricos pós-prandial ou resposta hiperêmica.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
37Discussão
- PRESENTE ESTUDO (Marin et al)
- Resultados sugerem que uma resposta hiperêmica
pode aparecer após a 5ª alimentação depois da
conclusão da transfusão para lactentes
alimentados durante a transfusão - No entanto, não se encontra hiperemia em crianças
que tiveram a alimentação retida durante a
transfusão - Embora a prática alimentar, durante a transfusão
de hemácias, dependesse da decisão médica? não
houve diferença estatística na idade
pós-concepção entre as crianças alimentadas
versos as não alimentadas durante a transfusão de
hemácia (Tabela I) - Ainda em relação a alimentação as que foram
alimentadas possuem uma tendência a serem mais
velhas (p0,61) e receberam maior volume de
alimentação (p0,022), - porém ainda será necessário estudos mais amplos
para avaliar melhor esses achados.
PORTANTO o aumento da linha de base de rSO2
significa que neste grupo pode estar atribuído a
maturidade
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
38Discussão
- Bailey et al
- monitorou padrões da rSO2 mesentérica antes,
durante e após 12 horas da transfusão de glóbulos
vermelhos, entretanto no seu estudo não foi
administrado alimentação durante a transfusão de
hemácias28. - A investigação descobriu que os valores de rSO2
mesentérica subiram imediatamente após a
transfusão de hemácias, mas começou a declinar
após 12 horas. - A maioria das crianças do estudo de Bailey
(80-24/30) receberam alimentação enteral antes
da transfusão e todas tiveram as mamadas
retomadas após o término desta.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
Elsevier Inc. http//dx.doi.org/10.1016/j.jpeds.2
014.05.009
39Discussão
- BAILEY vs PRESENTE ESTUDO de Marin et al
- No artigo estudado foram encontrados resultados
semelhantes aos de Bailey na fase de
pós-transfusão (após retomada das mamadas) porém
não foi observado declínio da rSO2 mesentérica gt
12 horas da transfusão - Embora as características do estudo em questão
foram semelhantes aos de Bailey várias razões
podem explicar essa discrepância - Incluindo o tempo decorrido entre a conclusão da
transfusão e a retomada da alimentação - O volume da retomada de mamadas
- E as condições clínicas em torno dos eventos de
transfusão.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
40Discussão
- Em estudos anteriores
- Sugerem que a alimentação enteral durante uma
transfusão de glóbulos vermelhos pode alterar o
fluxo sanguíneo mesentérico e a perfusão. - Segundo a tecnologia de Doppler, Krimmel et al19
notaram que 0 fluxo sanguíneo da artéria
mesentérica superior está reduzido subsequente à
transfusão no estado pós-prandial ? concluindo
que pode haver risco ? para isquemia de artéria
mesentérica superior. - Wan- Huen et al16 descobriram que crianças que
estavam recebendo alimentação enteral dentro de
um período de 48 horas antes das transfusões ?
eram 8 x mais propensos a desenvolver NEC - El- Dib et al15 evidenciaram que a retenção da
alimentação durante a transfusão ? foi associado
a uma incidência ? de NEC assoaciada à transfusão
de hemácias
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
41Discussão
- PRESENTE ESTUDO (Marin et al)
- Comparativamente, os resultados presente estudo
podem sugerir uma razão fisiológica para essas
conclusões - Entretanto, o estudo revelou que a oxigenação
mesentérica durante a transfusão de hemácias não
foi afetada sendo as mamadas continuadas ou
detidas - Porém também revelou que há declínio da
oxigenação dos tecidos intestinais pós-prandial
após a transfusão de hemácias em lactentes
alimentados durante o procedimento - Os dados também sugeriram que prematuros de menor
idade gestacional podem ser mais vulneráveis a
alterações da perfusão mesentérica relacionados a
transfusão de hemácias associada a continuação da
alimentação enteral, devido a persistência de
níveis de rSO2 globais baixos nas leituras. - Este parece ser um achado regulado pelo
desenvolvimento com aumento da linha de base dos
valores da rSO2 mesentérica assim que aumenta a
idade pós-natal.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
42Discussão
- PRESENTE ESTUDO (Marin et al)
- Embora o estudo tenha revelado que os valores
iniciais de rSO2 mesentérico foram maiores nas
crianças alimentadas durante a transfusão?
observou se um declínio na oxigenação mesentérica
pós-prandial. - O que não ocorre nos que não foram alimentados
- Quando a alimentação enteral foi retomada após
transfusão os dados do estudo revelou tendências
negativas em relação a oxigenação mesentérica
naqueles que foram alimentados durante a
transfusão. - Este declínio é mais pronunciado em pré termos lt
33 semanas de idade pós-concepção (Figura 1).
A queda na oxigenação mesentérica pode
representar ? relativa na disponibilidade de O2
para os tecidos? pode levar? potencial isquemia.
43Discussão
- Outros estudos
- O estudo de Dave et al17 sugere que o
fornecimento de O2 aos tecidos mesentéricos ? ?
no período pós-prandial em prematuros não
anêmicos estáveis. - Em adição, 2 pequenos estudos anteriores
mostraram declínio da rSO2 mesentérica
precedendo o desenvolvimento de NEC em prematuros
23,27.
Declínio dos valores de rSO2 pode representar
qualquer redução da oferta de O2 (perfusão) ou
aumento da extração de O2 do tecido, sem aumento
da oferta concorrente? preocupante para isquemia
tecidual.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
44Discussão
- OUTROS ESTUDOS vs O PRESENTE ESTUDO (Marin et
al) - Os dados do artigo em questão sugerem que, no
estado pós-prandial, a oxigenação mesentérica ?
quando os bebês são alimentados durante a
transfusão - No entanto, os padrões de oxigenação mesentérica,
tanto das crianças alimentadas, tanto das não
alimentadas se fundem após 15 horas da transfusão
(Figura 2) - Assim , entende se
Se a ? da oxigenação mesentérica é um verdadeiro
achado patológico ou apenas um risco potencial
teórico de isquemia mesentérica vai exigir uma
investigação mais aprofundada. Assim, o estudo
reconhece que o pequeno tamanho da amostra limita
a generalização dos achados E para avaliar
plenamente o impacto da situação alimentar
durante a transfusão em relação à perfusão
mesentérica e o posterior desenvolvimento de
TR-NEC , será necessário um estudo multicêntrico
maior.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
45Discussão
- Estudo retrospectivo de Christensen et al
- Crianças exclusivamente alimentadas com leite de
vaca tiveram uma incidência de TR- NEC gt em
comparação com as crianças alimentadas
exclusivamente com leite materno ou uma mistura
de leite materno fórmula14. - A evidência atual na literatura demonstra que a
alimentação com LM é protetor contra o
desenvolvimento de NEC 29-31.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
46Discussão
- Christensen vs PRESENTE ESTUDO (Marin et al)
- No presente estudo a alimentação dos prematuros
analisados era composta de - Aqueles que estavam sendo alimentados durante a
transfusão? recebiam fórmula - E a maioria dos não alimentados durante a
transfusão estavam recebendo ? leite materno
antes e depois da transfusão - Assim
Os dados em relação ao tipo de alimentação
administrada é inconclusivo devido ao pequeno
tamanho da amostra e a falta de adequada
comparação entre esses grupos.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
47Discussão
- Imaturidade gastrintestinal
- Pode ter um papel significativo também em
alterações na perfusão do tecido durante a
transfusão - Autorregulação circulatória intestinal pode ser
disfuncional em RNMBP e pode comprometer ainda
mais a entrega de O2 aos tecidos no estado
anêmico - Recentemente, Yazji et al descobriram que o leite
materno, ao contrário da fórmula, naturalmente ?
o óxido nítrico (NO) endógeno exercendo uma
proteção natural contra o desenvolvimento de
NEC32. - Estudos em animais tem mostrado que o suprimento
de NO é diminuído durante o desenvolvimento da
NEC33,34. - Produção endógena de NO pode ser alterada no
intestino prematuro ?? o risco de lesão vascular
mesentérica35. - Devido à vasoconstrição e consequente diminuição
da perfusão - As peristalses não estão maduras até em torno da
34ª semana de gestação? o que predispõe a
vulnerabilidade das superfícies mucosas a
ferimentos causados por acúmulo de substâncias
nocivas na presença de alimentação36.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
48Discussão
- Imaturidade gastrintestinal
- Em RNMBP anêmicos deficientes em NO endógeno,
recebendo alimentação enteral? a sua resposta
circulatória à transfusão de glóbulos vermelhos
pode estar associada a lesões isquêmicas de
reperfusão. - Estes mecanismos patogênicos adicionais também
poderiam explicar os achados relacionados com
níveis mesentéricos globais inferiores para
crianças transfundidas abaixo da idade
pós-concepção de 30 semanas e ausência de
melhora de perfusão na presença de alimentação
enteral durante a transfusão.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
49Discussão
- CONCLUSÃO
- Verificou se que a oxigenação mesentérica durante
a transfusão não foi influenciada pelo estado de
alimentação. - Porém a alimentação durante a transfusão foi
associada a tendências negativas em relação a
oxigenação dos tecidos mesentéricos por até 15
horas após a transfusão. - Em contraste, a retenção da alimentação durante a
transfusão de hemácias foi associada a tendências
positivas em relação a oxigenação mesentérica
durante os episódios de alimentação pós-
transfusão - Observou se também que crianças abaixo de 30
semanas de idade pós-concepção no momento da
transfusão teve? uma ?geral rSO2 da linha de base
e podem realmente serem mais vulneráveis aos
efeitos da alimentação durante as transfusões do
que os nascidos de idade pós-concepção maior - Devido a TR-NEC ocorrer dentro de 48 h após a
transfusão, os autores deste artigo sugerem que a
continuação da alimentação durante a transfusão
poderia desempenhar papel no seu desenvolvimento.
The Journal of Pediatrics (2014), 165464-71.
50ABSTRACT
- OBJECTIVE
- To evaluate the mesenteric tissue oxygenation
response in preterm infants fed and not fed
during red blood cell (RBC) transfusions. - STUDY DESIGN
- Prospective, observational comparison of
mesenteric oxygenation using near-infrared
spectroscopy in preterm infants (lt33 weeks' at
birth) who were fed or not fed during RBC
transfusion. Tissue oxygenation means were
examined up to 48 hours after each transfusion
event. - RESULTS
- Mean mesenteric regional oxygen saturation (rSO2)
slopes during RBC transfusion of fed (n 9) vs
not fed (n 8) infants ranged from -0.23 to
0.23 (mean 0.04) with no differences between
groups (P .480). However, following
transfusions, postprandial mesenteric oxygenation
means significantly declined in infants fed
during transfusion compared with infants not fed
during transfusion (P lt .001). Infants fed during
RBC transfusion had a mean 2.16 point decrease in
rSO2 mesenteric oxygenation with each sequential
feeding post-transfusion, whereas infants not fed
during RBC transfusion increased their rSO2
postprandial mesenteric oxygenation by a mean of
2.09 points. - CONCLUSIONS
- Mesenteric tissue oxygenation during RBC
transfusion is not influenced by feeding status.
However, infants fed during RBC transfusion had,
for the next 15 hours, decreasing postprandial
mesenteric tissue oxygenation patterns compared
with infants not fed during RBC transfusion.
Feeding during RBC transfusions may increase the
risk for mesenteric ischemia and the development
of transfusion-related necrotizing enterocolitis
in preterm infants.
51(No Transcript)
52(No Transcript)
53(No Transcript)
54(No Transcript)
55(No Transcript)
56- Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto.
- Consultem também! Estudando Juntos!
57- Enterocolite Necrosante
(ECN) - Transfusão sanguínea
- Sharma R (2014) estudo caso-controle (42
casos/42 controles)-IGpc lt33 sem - -sem associação com ECN e transfusão entre os
grupos (p0,0063) - -Número de transfusões entre os gruposHazzard
ratioo.78 (0,57-10,07)-p0,11) - Possível explicação do achadoa transfusão devido
a piora da anemia pode ocorrer antes do
diagnóstico clínico da ECN e levar a conclusão
errônea de que a transfusão sanguínea causou a
ECN
58Leite materno e a regulação intestinal e pulmonar no recém-nascidoAutor(es) Jaques Belik (Canadá). Realizado por Paulo R. Margotto
-
- ECN devido a isquemia com translocação
bacteriana ou translocação bacteriana levando a
isquemia?Talvez os dois - Vasoconstrição e isquemia elementos importantes
- BH4 (tetrahidrobiopterina) cofator fundamental
da endotelial sintetase para gerar óxido nítrico
vasodilatação - (na ausência estresse oxidativo
vasoconstrição) - Leite humano 500 vezes mais BH4 em relação às
fórmulas - Leite humano protege da ECN através da
vasodilatação intestinal
Tetrahydrobiopterin is present in high quantity
in human milk and has a vasorelaxing effect on
newborn rat mesenteric arteries.Artigo
integral Weinmann A, 2011 Belik, 2012
59Consultem artigo integral
Transfusão de células eritrocitárias, alimentação e enterocolite necrosante em crianças pré-termos El-Dib M, Narang S, Massaro AN, Aly H. Apresentação Diana Silva Fernandes, Marx Paulo Wogel Cambraia, Paulo R. Margotto
- Red blood cell transfusion, feeding and
necrotizing enterocolitis in preterm infants FREE - M El-Dib, S Narang, E Lee, A N Massaro and H Aly
- J Perinatol 31 183-187 advance online
publication, January 20, 2011 doi10.1038/jp.2010
.157 - Abstract Full Text PDF
60Objetivo
- Este estudo tem como metas
- Determinar se pré-termos que desenvolveram NEC
foram mais comumente transfundidos nas 48 a 72
horas antes do diagnóstico de NEC - Testar se controle estrito da interrupção da
alimentação durante o período de transfusão tende
a reduzir a incidência de NEC associada à
transfusão sangüínea.
61Conclusão
- A Enterocolite Necrotizante é uma doença
multifatorial que resulta em severas
morbimortalidade em lactentes prematuros - A interrupção da alimentação durante o período de
transfusão sangüínea demonstrou ser
fisiologicamente plausível, sendo considerada uma
intervenção segura que pode ter um efeito
protetor (a enterocolite necrosante dimininuiu de
5,3 para 1,3 -plt0.047)
62- LÓGICA DA PREVENÇÃO DA ENTEROCOLITE NECROSANTE
- Dr. Paulo R.
Margotto
63Enterocolite necrosante, a lógica da prevençãoAutor(es) Paulo R. Margotto (Reunião na Residência Médica em Pediatria do HRAS/HMIB/SES/DF)
Á luz dos conhecimentos, como prevenir
- Dieta precoce com leite humano
- (a mais importante estratégia de
prevenção!) - Colostroterapia nos RN pré-termos extremos
- (terapia imune imune oral)
- Na Unidade Neonatal HRAS/HMIBProtocolo
- É a administração do colostro da mãe do RN
diretamente na mucosa oral deste,
independentemente da administração de dieta via
sonda gástrica O colostro é rico em
IgAsecretora, lactoferrinas e citocinas
ani-inflamatórias Iniciamos depois de 48 h por 7
dias, mesmo em dieta zero
0,1ml (02 gotas) de leite na face interna de cada
bochecha do RN.
Rodrigues NA,2010 Abrahamsson T, 2014
Gephart SM, 2014 Hamilton, 2014
64Á luz dos conhecimentos, como prevenir
- Corpeleijn, 2012
- A ingesta de leite da sua própria mãe nos
primeiros 5 dias de vida foi associada a uma
menor incidência de ECN, sepse e / ou morte
durante os primeiros 60 dias de vida - Durante os dias 6-10, o efeito protetor este
presente se gt50 da ingesta total foi leite da
própria mãe (HR0,37IC a 950,22-0,65). - Todos os esforços devem ser feitos para iniciar
lactação rapidamente após o nascimento do
pré-termo.
65- LEITE DA PRÓPRIA MÃE CRU
- PARA O SEU PRÉ-TERMO NA
- UTI NEONATAL
- (um trabalho diuturno
- de toda a Equipe!Começa ao nascer!)
MENSAGEM
66Á luz dos conhecimentos, como prevenir
- Evitar a Antibioticoterapia prolongada
- (Coton, 2009 Alexandre,2011/Kupala,2011
- Evitar o uso de Ranitidina
- Terrin G, 2012
Infecções (OR 5.5 IC a 952.9-10.4, P lt 0,001)
Sepse, Pneumonia,ITU Enterocolite necrosante (OR
6.6 IC a 95 1.725.0 Taxa de mortalidade 6
vezes maior
O suco gástrico é o maior mecanismo de defesa não
imune
67- E agora, como podemos ter complicações pulmonares
com a transfusão de hemácias?
Lesão pulmonar pós-transfusional na população
neonatal, também conhecida como TRALI
(transfusion related acute lung injury)
68Lesão pulmonar pós-transfusional na população neonatal N Rashid, F Al-Sufayan, MMK Seshia and RJ Baier. Apresentação Rafael Pacelli , Samy Sardinha, Victor Ribeiro Cabral, Paulo R. Margotto
- Lesão pulmonar pós-transfusional na população
neonatal, conhecida como TRALI (transfusion
related acute lung injury) Há poucas informações
na literatura sobre a ocorrência desta condição
no recém-nascido (várias condições como infecção,
asfixia perinatal, doença cardiopulmonar ou
doença pulmonar induzida por ventilação mascaram
o diagnóstico). Os autores canadenses examinaram
mudanças no nível de suporte respiratório nos
recém-nascidos (RN) que receberam transfusão
sanguínea, enquanto em Unidade de Cuidados
Intensivos e Intermediários. Os autores relataram
aumento significativo na pressão média das vias
aéreas e FiO2 nos RN que apresentaram esta
condição, além de piores desfechos (enterocolite
necrosante, necessidade de corticóide e
morte). Quando ocorre uma piora radiológica no
RN que vinha estável após uma transfusão, pensar
em TRALI (lesão aguda pulmonar relacionada à
transfusão ou edema pulmonar agudo não
cardiogênico)-Muitas vezes pensamos em infecção
(pneumonia !).
69Então..., como fica esta relação entre Transfusão
sanguínea de hemácias e enterocolite necrosante?
Paulo R. Margotto
- Vários estudos de coorte restrospectiva e de
caso-controle nos últimos anos têm apresentado
evidências para apoiar uma associação temporal
entre transfusão de sangue com concentrado de
hemácias e enterocolite necrosante (ECN). Sharma
R et al (vide link abaixo), em um estudo
caso-controle (42 casos e seus controles)
demonstraram não haver associação entre
transfusão sanguínea e ECN, adicionando modelos
para avaliar variáveis ??como potenciais fatores
de confusão (tipo de alimentação enteral, tipo de
leite, sexo), sendo inclusive demonstrado que o
sexo feminino e o aumento do número de
transfusões sanguíneas mostraram-se como
protetores! A transfusão sanguínea para o
agravamento da anemia pode ocorrer antes do
diagnóstico clínico da ECN e levar à errônea
conclusão de que a transfusão sanguínea causou
ECN.O presente estudo de Marin et al avaliou a
resposta da oxigenação do tecido mesentérico em
recém-nascidos prematuros que receberam nutrição
enteral e os que não receberam, durante a
transfusão de concentrado de hemácias, através da
espectroscopia infravermelha (NIRS). Interessante
que as crianças alimentadas durante a transfusão
mostraram diminuição dos valores da saturação de
O2 da região mesentérica (rSO2), enquanto as
crianças não alimentadas mostraram aumento dos
valores de rSO2 e este fato durou por 15 horas!
Ou seja demonstraram haver declínio da
oxigenação dos tecidos intestinais pós-prandial
após a transfusão de hemácias em lactentes
alimentados durante o procedimento,
principalmente nos recém-nascidos de menores
idades gestacionais. Portanto, a alimentação
durante a transfusão sanguínea pode aumentar o
risco de isquemia mesentérica e o desenvolvimento
de ECN relacionada a transfusão sanguínea.
Transfusão de concentrado de hemácias não está associada com o aumento de risco de enterocolite necrosante nos recém-nascidos pré-termosAutor(es) Sharma R, Kraemer DF, Torrazza RM, Mai V, Neu J, Shuster JJ, Hudak ML. Apresentação Brennda Dolis, Marcos Vinícius e Mayara Arruda
70OBRIGADA!
Dra Joyce, Dda Ludmila, Dr. Paulo R. Margotto,
Dda Amanda e Dda Letícia