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REFLETINDO SOBRE PRINC PIOS FILOS FICOS Prof . Ana Cristina Souza dos Santos Que saberes abrange este texto? Que forma o seria necess ria para um aposi o ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Educa


1
REFLETINDO SOBRE PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS
Profª. Ana Cristina Souza dos Santos
2
PENSANDO UM PROBLEMA
O Globo - RJ 26/05/2008 - 0913 'Seria ruim para
o mundo comer como os americanos'
Especialista defende mudança de hábitos
alimentares Claudia dos Santos Especialista
em alimentos e professor das universidades de
Berkeley (EUA) e KwaZulu-Natal (África do Sul), o
inglês Raj Patel já trabalhou no Banco Mundial e
na Organização Mundial do Comércio (OMC) e hoje
critica ambos. Ele lançou, no fim de 2007, o
livro Stuffed and starved (Entupidos e
esfaimados, sem previsão de lançamento no
Brasil), no qual analisa o paradoxo de 800
milhões de pessoas passarem fome e um bilhão
sofrer com a obesidade. Em entrevista por e-mail,
ele disse não ver os biocombustíveis como solução
para o aquecimento global e defende uma mudança
nos hábitos alimentares.
3
O Globo Especialistas da ONU argumentam que a
especulação com commodities e a maior demanda de
China e Índia são as principais razões para a
disparada dos preços dos alimentos. O senhor
concorda? Raj Patel Acho que há cinco grandes
causas. 1) O preço do petróleo, porque boa parte
de nossos alimentos é produzida usando-se
combustíveis fósseis, não apenas no transporte
como em fertilizantes. 2) Colheitas ruins, por
causa de pragas e problemas nas lavouras (alguns
responsabilizam o aquecimento global). 3) Maior
demanda por carne nos países em desenvolvimento,
o que puxa os preços dos cereais. 4)
Biocombustíveis. 5) Especulação financeira e
ganância de investidores, que buscam lucros
excessivos, além de conluio (já há investigações
no Reino Unido, na Espanha e na África do Sul
sobre fixação de preços por grandes empresas).
4
O Globo O governo brasileiro argumenta que o
Brasil produz etanol da cana-de-açúcar, que não é
essencial para a alimentação, e ainda temos
terras disponíveis. E que o etanol à base de cana
é uma fonte de energia relativamente limpa, o que
contribuiria para reduzir o aquecimento global, e
mais barata que aquele que os EUA fazem a partir
do milho. Não deveríamos separar o etanol bom do
ruim? Ou não há diferença? Patel Realmente há
diferença entre o etanol de milho e o de cana.
Mas todos os tipos de biocombustíveis produzidos
hoje geram uma dívida de carbono. Segundo a
revista Science em fevereiro, o uso de
florestas tropicais e outros tipos de vegetação
para produzir biocombustíveis em Brasil, Sudeste
da Ásia e EUA cria uma dívida de carbono de
biocombustível ao liberar de 17 a 420 vezes mais
CO2 que a redução de gases do efeito estufa
proporcionada pela substituição de combustíveis
fósseis.
5
Se nos preocupamos com CO2 e aquecimento global,
então os biocombustíveis são uma má idéia. Se nos
preocupamos com independência energética,
conservar energia é uma boa idéia. Se nos
preocupamos com segurança no trabalho, então
deveríamos lembrar as palavras de Lula, quando,
em 1998, ele comparou produtores de
biocombustível a criminosos, devido às condições
de trabalho nas lavouras (mas ele deu um giro de
180 desde então). Segundo a Organização
Internacional do Trabalho, há cerca de 40 mil
trabalhadores forçados, escravos modernos, nas
fazendas brasileiras, principalmente de cana.
6
O Globo As nações em desenvolvimento tentam
atingir os padrões de alimentação dos países
ricos basicamente, comer carne todo dia. Isso
significará um desastre ecológico, devido à
quantidade de água e cereais consumidos pelos
animais. É possível prevenir esse desastre? Patel
Essa é a questão mais difícil de ser discutida,
especialmente numa época em que a carne significa
luxo, progresso e riqueza. Mas hoje, nos EUA, há
famílias de classe média que estão reduzindo seu
consumo de carne, não porque querem, mas porque
ela está muito cara. Ninguém realmente espera que
o preço da carne vá cair. Acredito que é melhor
debatermos essa questão, em vez de deixar que o
mercado nos diga como comer. No fim das contas, a
mudança em direção aos níveis de consumo de carne
nos EUA é insustentável. E seria muito ruim para
o resto do mundo comer como os americanos aqui,
a expectativa de vida para mulheres pobres está
diminuindo, e as crianças nascidas hoje devem
viver cinco anos menos que seus pais por causa de
problemas cardíacos e diabetes. Temos de pensar
com muito cuidado sobre a dieta que consideramos
desenvolvida... www.achanoticias.com.br
www.brasilnoclima.com.br
7
Que saberes abrange este texto?
  • Que formação seria necessária para um aposição
    frente a esta realidade?
  • Generalista ou especialista?
  • Dilema que se impõe na formação
  • do cidadão
  • A política grega exigia os dois
  • O generalista e o especialista

8
  • Generalista sabe pouco sobre tudo ou quase tudo
  • Especialista sabe tudo ou quase tudo sobre uma
    única coisa ou quase nada.
  • Para a Platão os filósofos devem reinar pois
  • são generalistas que se encontram bem a
  • cima dos especialistas e dominam todo o
  • saber. São eles que possuem a melhor visão
  • do todo

9
  • A democracia ateniense a criação política grega
    é essencialmente a democracia, pois a soberania
    está nas mãos do conjunto dos
  • cidadãos livres
  • A democracia como auto-instituição da
    coletividade por uma comunidade consciente de que
    as leis são feitas por ela, podendo ser mudadas.
  • Para Aristóteles ser cidadão é ter o direito de
    sufrágio
  • nas Assembléias e de participação no exercício do
  • poder público.
  • Então, como todo mundo (cidadão livre) é capaz de
  • governar, deve ser nomeado por sorteio.
  • Mas em que se baseiam os cidadãos para
  • escolher os melhores?

10
  • Na Educação é pela educação que o ser humano se
    torna homem.
  • Só um povo educado tem condições de escolher e
    atingir a cidadania.
  • Sobre o dilema especialistas X generalistas, o
    filósofo grego Castoriadis recomenda

O filósofo morreu em 1997
11
  • Os especialistas a serviço das pessoas, eis a
    questão, não de alguns políticos. As pessoas
    aprendem a governar governando. A principal
    educação na política é a participação ativa nos
    negócios, o que implica um a transformação das
    instituições que incita a essa participação e a
    torna possível, enquanto as instituições atuais
    rejeitam, afastam e dissuadem as pessoas de
    participar dos negócios. Mas isto não basta é
    preciso que as pessoas sejam educadas para o
    governo da sociedade na coisa pública
    (Postscriptum sur linsignifiance, 2004).

12
A filosofia como base para a leitura da realidade
e o exercício da cidadania
  • A filosofia surgiu na Grécia antiga, quando a
    consciência humana pretendeu explicar as coisas
    sem recorrer a entidades sobrenaturais, a forças
    superiores e personalizadas.
  • Desta forma, tendo aprendido a pensar com os
    gregos, os filósofos do Ocidente vão desenvolver
    três formas, três perspectivas diferentes de
    aplicar sua atividade racional onde se busca
    apreender o sentido das coisas a perspectiva
    METAFÍSICA, a perspectiva CIENTÍFICA e a
    perspectiva DIALÉTICA.

13
A perspectiva DIALÉTICA
  • Fazendo um recorte na história indo ao Sec XIX
    - o materialismo histórico e o materialismo
    dialético de Karl Marx (1818 1883).
  • Contexto Histórico
  • Sec. XIX Grande desenvolvimento do capitalismo.
  • Até 1848 Expansão do Capitalismo nos países
    industrializados impulso inicial nos países não
    desenvolvidos, 1a crise (1830-1840) consciência
    de cada um dos grupos sociais (trabalhadores e
    burguesia) da incompatibilidade de sua proposta,
    mas o reconhecimento de mudanças urgentes por
    parte delas.

14
  • Segunda metade do sec, XIX Formação de um
    sistema capitalista internacional avanço da
    organização da classe trabalhadora.
  • Karl Marx Na filosofia sofre a influência de
    Hegel e de Feuerbach. Os hegelianos se dividiam
    em dois grupos
  • hegelianos de direita Espírito absoluto como
    criador da realidade, carregando uma visão
    teleológica da história, a defesa do papel
    preponderante atribuído ao Estado
  • hegelianos de esquerda o homem com sujeito e
    ser consciente e ativo Marx defendia o
    pensamento da esquerda hegeliana.

15
Hegel Resgatada tais idéias com base em Heráclito
  • A lógica dialética admite a possibilidade de um
    objeto ser, ao mesmo tempo e sob o mesmo aspecto,
    igual e diferente de si mesmo. Surge então o novo
    princípio lógico o princípio da contradição que
    rompe com o então dominante princípio da
    identidade que se expressa sob a forma AA.
  • Hegel partiu do mais amplo conceito que
    conseguimos apreender Ser. Mas o Ser, isolado,
    abstrato, fica tão vazio como o nada, o Não-Ser.
    O conceito fundamental, portanto, não é o Ser,
    nem o Não-Ser é o conceito que dá a direção em
    que os outros dois se movem o Tornar-se.

16
  • Para Marx, a compreensão da sociedade devia
    basear-se na compreensão de suas relações
    econômicas. A compreensão real da sociedade
    implicava, também, o entendimento das suas
    relações históricas, políticas e ideológicas.
  • Para Marx a base da sociedade, da sua formação,
    das suas instituições e regras de funcionamento,
    das suas idéias, dos seus valores são condições
    materiais. É a partir delas que se constrói a
    sociedade e a possibilidade de sua transformação.

17
A base da sociedade, assim como a característica
fundamental do homem está no trabalho. (Marx)
  • O trabalho torna-se categoria essencial que lhe
    permite não apenas explicar o mundo e a
    sociedade, mas o passado e a constituição do
    homem. Como lhe permite antever o futuro e
    propor-lhe como tarefa construir uma nova
    sociedade.(histórico)
  • Mas Marx retém, na sua análise da sociedade, a
    noção de que a história, a transformação da
    sociedade se dá por meio de contradições,
    antagonismo e conflitos.

18
  • Os homens fazem sua própria história, mas não a
    fazem como querem, não fazem sob circunstâncias
    de sua escolha e sim sob aquelas com que se
    defrontam diretamente, legadas e transmitidas
    pelo passado. (O dezoito brumário de Luis
    Bonaparte)
  • O sistema explicativo da história e da sociedade
    é estabelecida em base metodológica e princípios
    epistemológicos onde fundamenta a articulação
    entre o materialismo histórico e o materialismo
    dialético.

19
O problema da teoria de Marx
  • Para Marx a matéria existe independente da
    consciência e que a as idéias são o material
    transposto para, traduzido pela consciência
    humana.
  • Mas em nenhum momento preocupa-se em discutir
    como se dá o processo orgânico, ou da razão,
    que permitem, no homem, a transformação do mundo
    exterior em conhecimento.
  • Para Marx o que determina a consciência é o ser
    social.

20
  • Sobre o sentido da história
  • O sentido da história não é dado, pronto e
  • acabado. Objetivamente ele deriva do fato de
  • que cada geração assume como herança o
  • quadro histórico que lhe é deixado pela
  • geração que a precedeu. Mas o modo como
  • ela assume o legado já depende dos sujeitos,
  • já vai além da realidade puramente objetiva.
  • Essa dimensão subjetiva é uma ineliminável
  • fonte de erros.

21
O movimento marxista no mundo A Escola de
Frankfurt
  • A Escola de Frankfurt é nome dado a um grupo de
    filósofos e cientistas sociais de tendências
    marxistas que se encontram no final dos anos
    1920. A Escola de Frankfurt se associa
    diretamente à chamada Teoria Crítica da
    Sociedade. Deve-se à Escola de Frankfurt a
    criação de conceitos como "indústria cultural" e
    "cultura de massa".
  • Principais Membros
  • Theodor Adorno. Max Horkheimer
  • Walter Benjamin, Herbert Marcuse
  • Leo Löwenthal, Franz Neumann
  • Friedrich Pollock, Erich Fromm
  • Jürgen Habermas. Oskar Negt
  • Axel Honneth.

Max Horkheimer (na frente à esquerda), Theodor
Adorno (frente à direita) e Jürgen Habermas ao
fundo à direita em 1965 na cidade de Heidelberg
22
  • Para os membros do grupo de Frankfurt, o
    proletariado se perdeu ao permitir o surgimento
    de sistemas totalitário como o nazismo e o
    stalinismo por um lado, e a "indústria cultural"
    dos países capitalistas pelo outro lado. Quem
    substitui os proletários? Aqueles cuja ascensão a
    sociedade moderna de modo algum permite, os
    miseráveis que o bem-estar geral não conseguiu
    incorporar, as minorias raciais, os outsiders.

23
  • Theodor Adorno (11/09/1903Frankfurt Morte 6/08/
    1969-Alemanha)
  • - A Filosofia de Theodor Adorno, considerada uma
    das mais complexas do século XX, fundamenta-se na
    perspectiva da dialética. Em sua obra, a
    Dialética do Esclarecimento, em colaboração com
    Max Horkheimer, traz a crítica da razão
    instrumental, fundada em uma interpretação
    negativa do Iluminismo, de uma civilização
    técnica e da lógica cultural do sistema
    capitalista (que Adorno chama de "indústria
    cultural"). Também uma crítica à sociedade de
    mercado que não persegue outro fim que não o do
    progresso técnico.

24
Herbert Marcuse (Berlim, 19/07/1898 Starnberg,
29/07/1979) sociólogo e filósofo alemão
naturalizado norte-americano pertencente à Escola
de Frankfurt
  • Marcuse se preocupava com o desenvolvimento
    descontrolado da tecnologia, o racionalismo
    dominante nas sociedades modernas, os movimentos
    repressivos das liberdades individuais, o
    aniquilamento da Razão .

25
Jürgen Habermas (Düsseldorf, 18/06/1929 é um
filósofo e sociólogo alemão)
  • Para recolocar o potencial emancipatório da
    razão, Habermas adota o paradigma comunicacional.
    Seu ponto de partida é a ética comunicativa, além
    do conceito de "razão objetiva" de Adorno, também
    presente em Platão, Aristóteles e no Idealismo
    alemão - particularmente na idéia hegeliana de
    reconhecimento intersubjetivo.
  • Assim, Habermas concebe a razão comunicativa - e
    a ação comunicativa ou seja, a comunicação livre,
    racional e crítica - como alternativa à razão
    instrumental e superação da razão iluminista -
    "aprisionada" pela lógica instrumental, que
    encobre a dominação. Ao pretender a recuperação
    do conteúdo emancipatório do projeto moderno, no
    fundo, Habermas está preocupado com o
    restabelecimento dos vínculos entre socialismo e
    democracia.

26
Sob o referencial da Escola de Frankfurt,
educadores e pesquisadores em educação vão
refletir a prática educativa.
Tema Gerador
Paulo Freire
Prática Educativa

Tema Gerador
27
Um meio (metodologia) para uma educação
libertadora, em que a conscientização do
indivíduo ocorre por meio do DIÁLOGO mediado
pelas suas condições de existência.
será a partir da situação presente, existencial,
concreta, refletindo o conjunto de aspirações do
povo, que poderemos organizar o conteúdo
programático da educação ou da ação política,
acrescentemos (FREIRE, 198749)
28
Outros pensadores e propostas curriculares que
caminham por estradas muito próximas
John Elliott (1974) participou de um movimento
para organização dos currículos na Secondary
modern School conteúdos vinculados a vida
diária dos aluno, tais como família, relações
entre sexos, guerra e sociedade, mundo do
trabalho, pobreza entre outros.
John Elliott - Metodologia de Pesquisa-ação
Para Elliot (1978) é de especial importância a
vivência de situações de diálogo como ferramenta
constitutiva do processo de investigação, a
"imersão" do investigador na realidade dos
participantes, bem como a rede de acordos éticos
que deve haver entre os sujeitos que vivem o
processo.
29
Ovide Decroly Centro de Interesse Organiza em
torno de problemas práticos alimentação,
clima, trabalho etc. Currículo Nuclear Organiza
através de situações ou problemas da vida
Parâmetros Curriculares Nacional Tema
Transversal
  • O conjunto de temas aqui proposto (Ética, Meio
    Ambiente, Pluralidade Cultural, Saúde e
    Orientação Sexual) recebeu o título geral de
    Temas Transversais, indicando a metodologia
    proposta para sua inclusão no currículo e seu
    tratamento didático

30
Pensando o Currículo para as Ciências Numa
perspectiva interdisciplinar
Ciência Tecnologia e Sociedade CTS Educação
Científica Humanística O movimento com enfoque
CTS surgiu com uma forte tendência de crítica ao
modelo econômico desenvolvimentista. A partir da
concepção humanística de educação de Paulo Freire
serão discutidos princípios a ser incorporados ao
ensino de CTS, visando resgatar o caráter
político dessa abordagem educacional. SANTOS
(2008)
31
? Na década de 1970 surgem propostas de
incorporar no currículo temáticas relativas às
implicações da ciência na sociedade.
? Na década de 1990, começa a aparecer, então,
apresentação de trabalhos em congressos e
publicação de artigos sobre a temática CTS, além
da publicação de livros. ? Com destaque nesses
estudos, pode-se citar o Programa de
Pós-Graduação em Educação Científica e
Tecnológica da Universidade Federal de Santa
Catarina, que já produziu seis dissertações de
mestrado e duas teses de doutorado sobre a
temática CTS.
32
Características do Movimento CTS
  • Ênfase no papel social do ensino de ciências na
    tomada de decisões
  • Ênfase nos conteúdos específicos destinados à
    formação de cientistas
  • Ênfase na importância da natureza do
    conhecimento científico, da linguagem científica
    e da argumentação científica

33
Para uma visão humanística de ensino de ciências
em uma perspectiva educacional de Paulo Freire
Inter-relações Ciência-Tecnologia Sociedade no
ensino de ciências
Engloba na perspectiva freireana uma educação
política que busca a transformação do modelo
racional de ciência e tecnologia excludente para
um modelo voltado para a justiça e igualdade
social.
34
O movimento CTS
O agravamento dos problemas ambientais e as
discussões sobre a natureza do conhecimento
científico e seu papel na sociedade
O objetivo central do ensino de CTS na educação
básica é promover a educação científica e
tecnológica dos cidadãos, auxiliando o aluno a
construir conhecimentos, habilidades e valores
necessários para tomar decisões responsáveis
sobre questões de ciência e tecnologia na
sociedade e atuar na solução de tais questões.
35
No entanto o movimento educacional inicial de CTS
com forte conotação política-ideológica, tornou
um slogan e foi sendo apropriado por propostas
educacionais que se encontram muito distantes dos
reais propósitos daqueles que defendiam a
incorporação de CTS no currículo de ciências nos
anos de 1970 e 1980.
Caracterizam-se por levantarem argumentos
práticos e utilitaristas do conhecimento
científico e tecnológico - reforçando o modelo
reducionista
(...) Defende-se, ainda, que a literacia
científica é um componente importante no mundo do
trabalho e, conseqüentemente, no crescimento
econômico em um quadro de cidadania efetiva e
responsável. (texto sobre organização curricular
segundo Tenreiro-Vieira e Vieira (2005))
36
Pensar em uma educação científica crítica
significa fazer uma abordagem com a perspectiva
de questionar os modelos e valores de
desenvolvimento científico e tecnológico em nossa
sociedade.
? Não aceitar a tecnologia como conhecimento
superior ? Participar das decisões democráticas
sobre ciência e tecnologia ? Questionar a
ideologia dominante do desenvolvimento tecnológico
37
A concepção humanística de educação de Paulo
Freire
Não existe educação fora da sociedade humana Sua
proposta é essencialmente uma pedagogia
humanística voltada para as condições
humanas Desenvolvendo uma teoria da ação
dialógica, onde discute que no processo de
dominação o sujeito, o eu, transforma o outro, o
tu, em um mero isto, no processo dialógico tem-se
uma dialética onde um não anula o outro, mas um
se transforma no outro (FREIRE, 1987, p. 96)
38
No processo dialógico, os sujeitos encontram-se
em cooperação para transformar o mundo. Seria a
práxis dialógica que permitiria o desvelamento,
pelos oprimidos, da sua situação de opressão.
A educação libertadora, problematizadora, já não
pode ser o ato de depositar, ou de narrar, ou de
transferir, ou de transmitir conhecimentos e
valores aos educandos, meros pacientes, à maneira
da educação bancária, mas um ato
cognoscente.(...) Sem esta não é possível a
relação dialógica, indispensável à
cognoscibilidade dos sujeitos cognoscentes, em
torno do mesmo objeto cognoscível. (FREIRE, 1987,
p. 39).
39
AULA 2
  • MULTI, INTER ETRANSDISCIPLINARES

40
o Paradoxo
  • Nos último anos, voltou-se a falar bastante de
    pesquisas multi-, inter-e transdisciplinares,
    embora venham se desabrochando mais nos discursos
    e nas convicções do que nos comportamentos.
  • Interesse redefinição de uma nova política
    educacional devendo substituir a tradicional.
  • No entanto, nunca se recusaram tanto e de boa fé
    as exigências propriamente interdisciplinares.
    Como se explica este paradoxo?

41
  • Isto se deve ao exponencial desenvolvimento da
    especialização continuando a dividir e a
    subdividir ao infinito o território do saber para
    melhor ocupá-lo e dominá-lo, quer dizer,
    conhecê-lo e sobre ele exercer um poder. Mas
    também se deve à dificuldade que experimentamos
    de conciliar o espírito e as abordagens
    interdisciplinares com os rígidos paradigmas
    metodológicos adotados pelas diversas disciplinas
    cantonadas em suas bem definidas fronteiras.

42
Esta concepção tem sua base na ciência moderna -
que emergiu como resultado das transformações
ideológicas vinculadas à dissolução do sistema
feudal ao surgimento do capitalismo que
estabeleceram um novo campo epistemológico para a
produção do conhecimento Copérnico deslocou a
Terra do centro do Universo Descartes produziu o
sujeito da ciência como princípio produtor,
autoconsciente de todo conhecimento Leff, 2001.
43
  • As conquistas marítimas é resultado do
    desenvolvimento do conhecimento teórico
    acompanhado de seus saberes práticos. Estas
    relações entre conhecimento teórico e os saberes
    práticos, estabelecidos por um método científico,
    aceleram-se com o advento do capitalismo, com a
    consagração da ciência moderna e com a
    institucionalização da racionalidade econômica
    Leff, 2001.

44
  • A emergência destas ciências é resultado de um
    longo esforço de produção teórica a partir do
    saber herdado, para apreender teoricamente a
    materialidade do real é sobretudo o produto de
    uma luta teórica e política no campo do
    conhecimento para vencer os efeitos do
    encobrimento ideológico no qual são gerados os
    saberes úteis para a exploração do trabalho e
    para o exercício do poder das classes dominantes.
    Leff (2001)

45
Se por um lado os saberes gerados da ciência
moderna atendem ao ideal capitalista, por outro,
os efeitos globais do racionalismo científico
começam a ser questionado à medida que se tentam
entender às razões pelas quais as coisas não
teriam dado certo.
46
Tempos Modernos
TEMPOS MODERNOS (Modern Times, EUA 1936)DIREÇÃO
Charles ChaplinELENCO Charles Chaplin, Paulette
Goddard, 87 min. preto e branco, Continental
O filme focaliza a vida na sociedade industrial
caracterizada pela produção com base no sistema
de linha de montagem e especialização do
trabalho. É uma crítica à "modernidade" e ao
capitalismo representado pelo modelo de
industrialização, onde o operário é engolido pelo
poder do capital e perseguido por suas idéias
"subversivas".
47
A fragmentação do conhecimento que se generaliza
e se reproduz por meio da organização social e
educacional tem, também, configurado o modo de
ser e pensar dos sujeitos.
A Interdisciplinaridade e Transdisciplinaridade
surge em decorrência do avanço do conhecimento e
do desafio que a globalidade coloca para o século
XXI. Seus conceitos se contrapõem aos princípios
cartesianos de fragmentação do conhecimento e
dicotomia das dualidades (DESCARTES, 1973) e
propõem uma outra forma de pensar os problemas
contemporâneos.
48
Os Caminhos na Educação
Os Temas Transversais apresentados como
princípios metodológicos nas Diretrizes
Curriculares Nacionais para o ensino fundamental,
assim como a interdisciplinaridade proposta
através da relação entre a área do conhecimento,
linguagens e suas tecnologias para o ensino
médio, não se constituem num assunto novo.
Termos predecessores educação global, centros
de interesse, metodologia de projetos, entre
outros.
Em questão está a denúncia sistemática do
distanciamento existente entre realidade e as
instituições escolares
49
DEMARCANDO OS MOVIMENTOS EM DEFESA DA
INTERDISCIPLINARIDADE
- NO MUNDO
Em 1970 a OCDE, organização econômica dos países
desenvolvidos, promove em Nice, um seminário
internacional sobre o tema e constitui um grupo
de trabalho, lançando dois anos depois o primeiro
documento que apresentou uma sistematização do
interdisciplinar.
Neste evento Piaget lança a palavra
transdisciplinar, dizendo que aos trabalhos
interdisciplinares deveria suceder uma etapa
superior cujas interações disciplinares
aconteceriam num espaço sem as fronteiras
disciplinares ainda existentes na etapa
interdisciplinar.
50
- NO BRASIL
Sob a influência de Georges Gusdorf, Ivani
Fazenda e Hilton Japiassu tornam-se os maiores
disseminadores da interdisciplinaridade no
Brasil. 1976 Lançamento do livro de Japiassu
com prefácio de Gusdorf, resultado de sua tese de
doutorado Interdisciplinaridade e Patologia do
saber. 1979 Integração e Interdisciplinaridad
e no Ensino Brasileiro efetividade ou
ideologia. Por Ivani Fazenda, prefaciado por
Hilton Japiassu.
Interdisciplinaridade interação ? integração A
integração estaria relacionada, de modo bastante
formal, às disciplinas, dando uma visão parcial,
não de totalidade sobre o conhecimento. A
interação é condição sine quan non para a
efetivação da interdisciplinaridade, pois une, de
fato, os conhecimentos e contribui para com a
transformação da realidade.
51
1987 Criação da Universidade Holística
Internacional, sob a liderança do francês Pierre
Weil. Nela o inter e o trans são abordados como
exigências dos diversos métodos empregados para a
construção da visão holística de mundo.
A crítica filosófica
1995 - JANTSCH, Ari Paulo BIANCHETTI, Lucídio.
Interdisciplinaridade para além da filosofia do
sujeito. Petrópolis, RJ Vozes, 1995. (UFSC) A
crítica ao sujeito interdisciplinar está centrada
na idéia de sujeito coletivo, o sujeito que
emerge da equipe de trabalho.
52
Esta visão é considerada idealista, pois nela o
sujeito deixa de ser visto como um resultado
histórico, perdendo sua característica
fundamental de fornecer as condições objetivas e
mediadoras do processo histórico de produção do
conhecimento.
A crítica ao sentido a-histórico da
interdisciplinaridade, está baseada no fato de
que esta não reconhece que as ciências
disciplinares são os frutos de maior
racionalidade da história de emancipação do
homem, e não fragmentos de uma unidade perdida
que agora, busca-se desesperadamente reencontrar,
através da interdisciplinaridade
53
MODELOS DE AQUISIÇÃO DE CONHECIMENTO
54
MULTIDISCIPLINARIDADE
Sistema de um só nível e de objetivos múltiplos
nenhuma cooperação
É a organização de conteúdos mais tradicional. Os
conteúdos escolares apresentam-se por matérias
independentes umas das outras. (Zabala,A. Enfoque
globalizador e pensamento complexo. P.Al
Artmed,2002, p. 33).
55
PLURIDISCIPLINARIDADE
Sistema de um só nível e de objetivos múltiplos
cooperação mas sem coordenação
É a justaposição de disciplinas mais ou menos
próximas, dentro de um mesmo setor de
conhecimentos. Por exemplo física e química
biologia e matemática sociologia e história....
(Santomé, J. t. Globalização e
interdisciplinaridade. P.Al Artmed,1998, pp.
71-72.)
56
INTERDISCIPLINARIDADE
Sistema de dois níveis e de objetivos múltiplos
cooperação procedendo de nível superior
57
TRANSDISCIPLINARIDADE
Sistema de níveis e objetivos múltiplos
coordenação com vistas a uma finalidade comum dos
sistemas
58
(No Transcript)
59
(No Transcript)
60
INTERDISCIPLINARIDADE
A interdisciplinaridade é uma nova atitude a ser
assumida perante a questão do conhecimento,
substituindo a forma fragmentária pela unitária
do ser humano. É a substituição da Pedagogia da
Certeza pela Pedagogia da Incerteza, pois o
conhecimento nasce da dúvida, é essa
incerteza/subjetividade que circunda a questão do
conhecimento e revitaliza a produção científica.
(FAZENDA e JAPIASSU)
61
OUTRAS NOÇÕES DE INTERDISCIPLINARIDADE
  • Interdisciplinaridade como transferência de
    métodos de uma disciplina para outra vai envolver
    três diferentes graus
  • Grau de aplicação os métodos da física nuclear
    transferidos para medicina no tratamento do
    câncer
  • Grau epistemológico a transferência de métodos
    da lógica formal para o campo do direito
  • Grau de geração de novas disciplinas a
    transferência de métodos da matemática para os
    fenômenos meteorológicos dão origem a teoria do
    caos

62
Sistema disciplinar
A disciplinaridade orienta e estrutura o Sistema
Educacional. Seus princípios e normas dirigem o
modo de pensar dos homens modernos. Há décadas,
educadores em geral procuram formas de superar a
fragmentação do conhecimento e tornar a
aprendizagem um processo mais significativo para
crianças e jovens
63
AULA 3
  • BASES FILOSÓFICAS DA CIÊNCIA MODERNA

64
A filosofia como base para a leitura da realidade
e o exercício da cidadania
  • A filosofia surgiu na Grécia antiga, quando a
    consciência humana pretendeu explicar as coisas
    sem recorrer a entidades sobrenaturais, a forças
    superiores e personalizadas.
  • Desta forma, tendo aprendido a pensar com os
    gregos, os filósofos do Ocidente vão desenvolver
    três formas, três perspectivas diferentes de
    aplicar sua atividade racional onde se busca
    apreender o sentido das coisas a perspectiva
    METAFÍSICA, a perspectiva CIENTÍFICA e a
    perspectiva DIALÉTICA.

65
A perspectiva METAFÍSICA
  • Tem por base a consciência racional de que todas
    as coisas que existem possuem uma natureza
    própria, uma essência que lhe é específica.
  • Ex Haveria uma essência eqüina que faz com que
    determinado animal seja um cavalo e não um gato.

66
A perspectiva CIENTÍFICA
  • INDUTIVISMO CIÊNCIA COMO CONHECIMENTO DERIVADO
    DOS DADOS DA EXPERIÊNCIA
  • Contexto o período histórico que marca a
    passagem do mundo medieval ao mundo moderno se
    caracterizou por profundas transformações no modo
    de pensar dos seres humanos.

67
Primeira Visão ? Revolução Científica no século
XVII ? os pioneiros Galileu e Newton. Não foram
tanto as observações e experimentos de Galileu
que causaram a ruptura com a tradição, mas sua
atitude em relação a eles. Para ele, os dados
eram tratados como dados, e não relacionados a
alguma idéia preconcebida. Os dados da observação
poderiam ou não se adequar a um esquema conhecido
do universo, mas a coisa mais importante, na
opinião de Galileu, era aceitar os dados e
construir a teoria para adequar-se a eles. Uma
avaliação moderna da realização de Galileu,
escrita por H. D. Anthony
68
1.2. Indutivismo ingênuo
  • ? De acordo com o indutivista ingênuo, a ciência
    começa com a observação.
  • ? O observador científico deve ter órgãos
    sensitivos normais e inalterados e deve registrar
    fielmente o que puder ver, ouvir etc. em relação
    ao que está observando, e deve fazê-lo sem
    preconceitos.
  • ? Afirmações podem ser justificadas ou
    estabelecidas como verdadeiras de maneira direta
    pelo uso dos sentidos do observador
    não-preconceituoso.
  • ? As afirmações a que se chega (vou chamá-las de
    proposições de observação) formam então a base a
    partir da qual as leis e teorias que constituem o
    conhecimento científico devem ser derivadas.

69
Afirmações desse tipo caem na classe da chamadas
afirmações singulares. ? Elas resultam do uso que
um observador faz de seus sentidos num lugar e
tempo e tempo específicos.
  • Alguns exemplos simples que podem ser parte do
    conhecimento científico
  • Da astronomia Os planetas se movem em elipses
    em torno de seu sol.
  • Da psicologia Animais em geral têm uma
    necessidade inerente de algum tipo de liberdade
    agressiva.
  • Da Química Os ácidos fazem o tornassol ficar
    vermelho.
  • ? São as informações gerais que afirmam coisas
    sobre as propriedades ou comportamento de algum
    aspecto do universo.
  • ? Diferentemente das afirmações singulares, elas
    se referem a todos os eventos de um tipo
    específico em todos os lugares e em todos os
    tempos.

70
Indução procedimento lógico pelo qual se passa
de alguns fatos particulares a um princípio geral
Generalização
  • A Dedução procedimento lógico, raciocínio, pelo
    qual se pode tirar de uma ou de várias
    proposições (premissas) uma conclusão que dela
    decorre por força puramente lógica. A conclusão
    segue das premissas.
  • Determinismo universal princípio segundo o qual
    todos os fenômenos da natureza são rigidamente
    determinados e interligados entre si, de acordo
    com leis que expressam relações causais
    constantes.
  • Indução e Dedução são duas formas de raciocínio,
    isto é, procedimentos racionais de argumentação
    ou de justificação das hipóteses.

71
A ciência implica uma visão mecânica do mundo e
uma visão naturalista do homem.
Pressupostos do conhecimento científico
Determinismo universal, Naturalismo e
Racionalismo
72
Bases Filosóficas da Ciência Moderna
Descartes a falsa maciez de um travesseiro
chamado dúvida
Penso logo existo
Razão
31/05/ 1596 11/02/1650
CARTESIANISMO (SEC XVII) Marco da Ruptura em
relação ao pensamento antigo e medieval,
representado principalmente pelas concepções de
Aristóteles e Santo Tomás de Aquino
73
Para ele, Deus O Grande Geômetra, criara o
universo tendo por ferramenta básica a clareza
dos números e das relações geométricas, não a
ambigüidade das palavras.
Existência de Deus
Descartes - argumento é de natureza
ontológica Se Deus é um ser perfeito, precisa
necessariamente existir, pois, se lhe faltasse a
condição de existência, não mais seria perfeito
74
Em suas meditações, Descartes vai concluir que as
coisas são as evidências proporcionadas pela
Matemática.
Regras para a Direção do Espírito e no Discurso
do Método 1º Não tomar por verdade aquilo que não
se conhece como tal, isto é, só considerar
verdadeiro o que se apresenta claro e distinto
para o pensamento, os objetos da matemática e da
geometria. 2º Preconiza a divisão dos problemas
em tantas partes quantas forem possíveis e
necessárias de resolução FRAGMENTAÇÃO DO
CONHECIMENTO 3º Ordenar os pensamentos, partindo
sempre dos objetos mais simples em direção aos
mais complexos - REDUCIONISMO
75
4º Recomenda uma revisão geral de cada um dos
passos anteriores afim de ter CERTEZA de que nada
foi esquecido.
Estabelecer justa distinção entre o absoluto e o
relativo
Tudo que é universal, uno, semelhante, igual, etc
Contingente,múltiplo, desigual, desemelhante
Facilidade e Simplicidade
Normaliza e explica o relativo
76
Conduções as falsas idéias
O conhecimento de uma verdade nos ajuda a poder
descobrir outra (Descartes)
O que é verdade para o grande deve ser verdade
para o pequeno e vice versa
A parte corresponde ao todo reduzido
A busca da unidade e da permanência, afastam o
múltiplo e o variável, bloqueando o avanço do
conhecimento
77
Francis Bacon o expurgo dos ídolos como
preparação para fazer boa ciência
Ciência como resultado do trabalho conjunto e sem
trégua do intelecto e dos sentidos humanos.
(Novum Organum Bacon)
22/01/1561 09/04/1626
Condição Livrar-se das quatro grandes fontes de
erros ou de ilusões cognitivas os ídolos da
caverna, da tribo, do foro e do teatro.
78
A radicalização empirista o cepticismo de David
Hume (1711-1776, filósofo e historiador
escocês)
Se Bacon aplicava o método experimental à
investigação da natureza, Hume dando
continuidade ao empirismo e radicalizando-o
pretende aplicá-lo à investigação da natureza
humana
07/05/1711 25/08/1776
Destaca a fragilidade ou a impotência da razão no
que concerne a fundamentos dos conhecimentos. Hume
aposta na veracidade dos testemunhos sensíveis.
79
Kant uma revolução copernicana para salvar a
razão
A filosofia de Kant é um instrumento poderoso de
crítica ao racionalismo de base cartesiana e ao
empirismo céptico de Hume.
A Crítica da Razão Pura (1781) importante obra
22/04/1724 12/02/1804
Todo conhecimento científico pode ser expresso
por meio de juízos.
80
Se para Hume, toda a ciência da natureza está
enquadrada pela experiência, para Kant, o saber
derivado da experiência não representa o
verdadeiro conhecimento científico, o que deve
ser universal e necessário.
A abordagem de Kant reabilita este sujeito
promovendo uma autêntica revolução copernicana.
Ao invés de por, aquele que conhece, a girar em
torno do objeto cognoscível, faz-se justamente o
inverso. O objeto se torna cognoscível em sua
relação com o aparelho cognitivo do sujeito, o
qual é constituído por duas estruturas a
sensibilidade e o entendimento
81
O positivismo de Comte e a desqualificação da
metafísica
Curso de Filosofia Positiva Auguste Comte -
02/04/1826
Restauração Monárquica sob o reinado dos Bourbon
era pós-napoleônica. A Europa foi sacudida por
uma forte efervescência social e política
19/01/1789 05/07/1857
É contra uma ordem social considerada caótica,
fruto da degradação moral de um Homem ainda
presidido pelo espírito metafísico, que Comte
direciona sua doutrina.
82
Das construções de Descartes exclui as
Meditações (que conduzem diretamente a deus) em
favor da objetividade apresentada no Discurso do
Método
O positivismo apregoa, como tese fundamental, a
impossibilidade humana em conhecer as causas ou
razões que promovem os fenômenos, cabendo a
ciência apenas as leis as quais eles estão
sujeitos
O por que da existência da gravitação ou da
atração dos corpos são especulações metafísicas e
devem ser abandonadas, pois o espírito humano não
pode responder a ela. Desta forma,....
83
A ciência de base quantitativa, alicerçada na
experimentação e na matematização, substitui
progressivamente a ciência qualitativa de base
aristotélica, deixando de lado a especulação
como meio explicativo.
A lei dos três estados como evolução contínua e
irreversível da humanidade. TEOLÓGICO
METAFÍSICO POSITIVO
84
O termo POSITIVO opõe-se a Quimérico
Útil, proveitoso para o desenvolvimento do
indivíduo
CERTEZA
Ascensão do Simples ao Complexo
A função das ciências cujos objetos de estudos
são mais simples e gerais, como a astronomia e a
física darão subsídios para as demais ciências,
preparando o intelecto humano para o controle dos
fenômenos sociais progresso da
espécie
85
O POSITIVISMO não se reduz a um indutivismo
desprovido de todo instrumental lógico-dedutivo O
MÉTODO POSITIVISTA combina a observação e a
experimentação, a indução e a dedução,
servindo-se em alguns casos, da analogia
A metodologia de Comte por se constituir em
MONISMO, acabou por se cristalizar em uma espécie
de receituário a ser seguido em toda investigação
científica
Monismo- sistema de racionalidade fechada que tem
por pretensão dar respostas finais, definitivas,
coercivas, acerca dos problemas que examinam
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