Title: Apresenta
1Operação de Reservatórios Carlos de Oliveira
Galvão Klécia Forte de Oliveira
2O que é operação de reservatórios?
Operaçãodereservatórios
3O Balanço Hídrico do Reservatório St1 St Pt
Qt Et Rt t é o intervalo de simulação atual
e t1 é o próximo St é o volume armazenado Pt é o
volume de água precipitado sobre o lago Qt é a
vazão afluente Et é o volume de água de
evaporação e infiltração Rt é o volume retirado
do reservatório para consumo Restrições o volume
máximo (ou a capacidade) K e o volume mínimo
(ou o volume morto) Smin Smin ? St ? K
Operaçãodereservatórios
4Modelos de Simulação para Operação de
Reservatórios Simulam computacionalmente o
balanço hídrico do(s) reservatório(s), para
auxiliar na tomada de decisões sobre sua
operação.
Operaçãodereservatórios
5- Componentes dos Modelos de Simulação
- Variáveis de entrada são as quantidades
hidrológicas (vazões afluentes, evaporação do
lago), as demandas, os limites operacionais dos
níveis do reservatório, etc. - Variáveis de estado variam durante a simulação,
como os volumes armazenados nos reservatórios. - Variáveis de saída respostas da simulação, como
as vazões liberadas para atendimento de uma certa
demanda ou a escassez do sistema.
Operaçãodereservatórios
6- Componentes dos Modelos de Simulação
- Parâmetros variáveis que caracterizam o
sistema, como o volume mínimo e a curva
cota-área-volume do reservatório. - Intervalo de tempo de simulação intervalos
mensais para estudos de conservação e intervalos
diários para controle de cheias são os mais
utilizados.
Operaçãodereservatórios
7- Políticas de Operação
- Níveis e volumes metas definidos os níveis
desejados para o reservatório, o operador tenta
mantê-los enquanto satisfaz as demandas. Esta
política é conhecida como curva-guia. - Curvas-guia condicionadas as regras
operacionais são função não só das curvas-guia
como das previsões de vazões afluentes.
Operaçãodereservatórios
8- Políticas de Operação
- Zoneamento múltiplo de níveis várias zonas de
armazenamento são definidas e a cada uma
corresponde um critério de liberação de água para
consumo. Os reservatórios têm seus volumes
armazenados alocados em faixas horizontais
imaginárias, uma das quais é delimitada
superiormente pelo nível de alerta. A política
permite definir uma escala de prioridades de
armazenamento para cada zona estabelecida.
Operaçãodereservatórios
9Níveis de Alerta como estratégia de operação de
reservatórios
10- Cenário do Abastecimento de Água
- Demanda crescente
- Diminuição da disponibilidade hídrica
- Possibilidade de colapso dos sistemas
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
11Manejo do Sistema
Balanço Oferta x Demanda usuários sofram
reduções mínimas de atendimento em caso de
escassez hidrológica
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
12Solução emergencial Racionamento de água
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
13- Motivação
- Racionamento
- Início?
- Fim?
- Quanto?
- Garantia da qualidade da água
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
14- Nível de Alerta
- quando o volume acumulado no reservatório
estiver abaixo do seu "nível ou volume de
alerta", passa-se a racionar água, atendendo
apenas uma parcela da demanda total prevista. - o objetivo implícito no conceito de nível de
alerta é o de proporcionar ao sistema, sempre, o
atendimento de alguma demanda, evitando o colapso
total.
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
15- Nível de Alerta
- Nível/volume do reservatório abaixo do qual
implanta-se o racionamento - Define o início, o final e a magnitude do
racionamento - Aumenta alcance do abastecimento
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
16Nível de Alerta
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
17Definição de Níveis de Alerta Decisão
final Gerente ou Hidrólogo Responsável
Modelos de simulação ou otimização
Bom conhecimento Do comportamento hidrológico do
sistema, dos procedimentos operacionais do
reservatório, do comportamento dos usuários e dos
modelos utilizados
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
18- Estabelecimento de níveis de alerta
- Volume mínimo, máximo e inicial
- curva C-A-V
- - séries históricas de vazões
- evaporação sobre o lago
- demandas de água atuais
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
19Nível de Alerta Nível de alerta Nível de
racionamento de água Redução do atendimento
Níveis deAlertacomoestratégiadeoperaçãodere
servatórios
20Nível de Alerta Estudo de caso o reservatório
Gramame-Mamuaba
21- Conflitos de Uso
- ETA Gramame
- ETA Marés
- a montante projetos de irrigação
- a jusante preservação dos ecossistemas
(descargas de efluentes de indústrias)
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
22Demandas para o Sistema
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
23Cenários de demandas (l/s)
Cenário ETA Gramame ETA Marés Rio Irrigação Total
1 1700 570 300 250 2820
2 1700 570 300 155 2730
3 1700 300 155 2160
4 1700 85 75 1860
5 1700 1700
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
24Simulações Modelo HEC-3 - Zoneamento múltiplo
dos níveis - Escala de prioridades de
armazenamento para cada zona
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
25 Objetivo
Cenário Nível de alerta garantia integral
do atendimento
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
26Nível de Alerta via HEC-3
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
27Nível de Alerta via Programação Dinâmica
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
28Nível de Alerta via Programação Dinâmica
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
29Nível de Alerta via Programação Dinâmica
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
30Nível de Alerta via Programação Dinâmica
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
31Nível de Alerta via Programação Dinâmica
Níveis deAlerta Estudode casoGramame
- Mamuaba
32Planejamento da Operação x Operação em Tempo Real
33Nível de Alerta horizonte de planejamento
diretrizes de referência Simulação de
cenários a curto prazo horizonte de
gerenciamento alternativas de decisão
para operação em tempo real
Planejamento da Operação xOperação em Tempo Real
34- Horizonte de Gerenciamento
- Reavaliação das diretrizes de referência
- Simulações
- várias estratégias operacionais (níveis de
alerta) - vários cenários hidrológicos (previsão climática
e hidrológica)
Planejamento da Operação xOperação em Tempo Real
35Previsão Meteorológica x Operação de Reservatórios
36- Previsão Meteorológica
- Significativo progresso no desenvolvimento de
sistemas de previsão meteorológica de longo
prazo. - Contribuem para a integração de dados a
modelagem hidrológica distribuída e os sistemas
de geoprocessamento.
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
37- Previsão Meteorológica
- Nas regiões tropicais, os mecanismos oceânicos
e atmosféricos que determinam a maior parte da
variabilidade climática interanual já estão
razoavelmente caracterizados, dando origem a
diversos métodos de previsão de longo prazo da
precipitação.
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
38- Previsão Meteorológica
- Prever o comportamento da precipitação nas
principais estações chuvosas do ano - Previsão climática de curto prazo,
- sazonal,
- da variabilidade interanual, etc
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
39- Previsão Meteorológica
- Aproveitamento da previsão meteorológica em
recursos hídricos - Dificuldades
- diferença de escalas, espacial e temporal, entre
os processos que controlam o clima no horizonte
sazonal e os processos hidrológicos relevantes ao
manejo de recursos hídricos
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
40- Previsão Climática no Nordeste
- Regime climático das 4 sub-regiões (norte, leste
e sul do NEB e pré-Amazônia)
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
Sub-regiões climáticas do Nordeste do Brasil
(adaptada de Nobre e Molion, 1988, e Cadier,
1994).
41- Previsão Climática no Nordeste
- Mecanismos de geração de precipitação
- - as frentes frias e os ventos alta subtropical
- El Nino
- zona de convergência secundária
- posição da ZCIT
- variação da TSM
- gradiente de temperatura norte-sul
- etc
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
42- Previsão Climática no Nordeste
- Previsão de precipitação sazonal
- Previsão da variabilidade interanual da
precipitação na região sob várias abordagens - modelos univariados
- regressão múltipla e outros modelos
multivariados - Modelos de Circulação Global (MCGs) e
- análise conceitual subjetiva de padrões das
principais variáveis atmosféricas e oceânicas
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
43- Previsão Climática no Nordeste
- Previsão de precipitação sazonal
- Uso em manejo de recursos hídricos ? tipo de
informação - Categorizados ? probabilísticos
- ? não probabilísticos
- Pontuais ? probabilístico
- ? não probabilísticos
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
44- Previsão Climática no Nordeste
- Previsão de precipitação sazonal
- Uso em manejo de recursos hídricos ? tipo de
informação - Categorizados ? probabilísticos
- ? não probabilísticos
- Pontuais ? probabilístico
- ? não probabilísticos
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
45- Previsão Climática no Nordeste
- Aplicação da previsão a operação de reservatórios
- Pouco se utiliza previsões de vazões e/ou
volumes escoados sazonais - Prática corrente disseminar aos usuários, a
partir da pré-estação chuvosa, a previsão de
precipitação
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
46- Previsão x Armazenamento
- Métodos de previsão de precipitação previsão
apresentada em três ou cinco categorias - Probabilidades de ocorrência para cada uma das
cinco categorias, para a próxima estação chuvosa - Incerteza associada à previsão
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
47- Previsão x Armazenamento
- Métodos de previsão de precipitação
- Diferentes formatos de entrada nos modelos
hidrológicos - Reamostragem estatística ? série sintética
Previsão Meteorológica xOperação de Reservatórios
48Exemplo Reservatório Epitácio Pessoa Caracteriza
ção do problema
49Exemplo Reservatório Epitácio Pessoa Armazenamen
to histórico no açude
Operação de Reservatórios Exemplo Epitácio Pesso
a
50Exemplo Reservatório Epitácio Pessoa Retiradas
de água e perdas por evaporação em 1998-2000 no
açude
Operação de Reservatórios Exemplo Epitácio Pesso
a
51- Exemplo
- Reservatório Epitácio Pessoa
- Metodologia de análise
- Identificação das práticas de gestão
- Proposição de práticas sustentáveis de gestão de
recursos hídricos - Simulação, em um modelo matemático de operação
do reservatório Boqueirão, de cenários de gestão
Operação de Reservatórios Exemplo Epitácio Pesso
a
52- Exemplo
- Reservatório Epitácio Pessoa
- Resultados e discussão
- A ausência de uma gestão adequada da demanda
- Construção descontrolada de outros reservatórios
na bacia hidrográfica a montante - Monitoramento deficiente
- Confuso contexto institucional de gestão de
recursos hídricos
Operação de Reservatórios Exemplo Epitácio Pesso
a
53- Exemplo
- Reservatório Epitácio Pessoa
- Práticas sustentáveis de gestão na bacia
hidrográfica - Controle das demandas urbanas
- Controle do uso de fertilizantes e produtos
químicos nas áreas agrícolas - Controle da ação antrópica na bacia hidrográfica
- Monitoramento adequado
- Criação e consolidação do Comitê da bacia
hidrográfica do reservatório
Operação de Reservatórios Exemplo Epitácio Pesso
a
54Exemplo Reservatório Epitácio Pessoa Simulação
? Dois cenários de gestão
Indicador Cenário I corrente Cenário II sustentável
Armazenamento mínimo (milhões m3) 44 99
Meses com redução de oferta para abastecimento urbano () 24 7
Redução média da oferta para abastecimento urbano () 33 15
Anos com redução de oferta para irrigação () 20 20
Oferta média para abastecimento urbano e irrigação (m3s-1) 1,8 1,2
Operação de Reservatórios Exemplo Epitácio Pesso
a
55Exemplo Reservatório Epitácio Pessoa Simulação
do armazenamento do reservatório
Operação de Reservatórios Exemplo Epitácio Pesso
a
56Níveis de alerta dinâmicos representação do
padrão de racionamento de água em reservatórios
através de regras
57- Objetivos
- Ampliar o conceito de nível de alerta definindo
o momento do racionamento e a quantidade - Como através de regras que os relacionam com o
armazenamento do reservatório e a escassez futura
de água ? Lógica Difusa
58- Formulação do Problema
- A operação do reservatório visa encontrar as
liberações rt desejadas - Restrições
- Balanço hídrico mensal
- st1 st it - et - rt
- Capacidade K e vol. Morto smín
- smín ? st ? K
59- Metodologia
- O momento e a quantidade do racionamento vão se
relacionar através de regras com - a) Armazenamento futuro
- St st / st
- b) Escassez relativa média
- Dm ?Dt / n e Dt (Rt Rt) / Rt
- S e Dm são transformados em valores
difusos
60- Variáveis de Decisão
- Valores difusos expressam os numéricos em
expressões qualitativas
61- Variáveis de Decisão
- Regras para mudança no nível de controle
ARMAZENAMENTO S ESCASSEZ MÉDIA Dm ESCASSEZ MÉDIA Dm
ARMAZENAMENTO S ZO P M G MG
VM GN GN MN PN ZO
MB GN MN PN ZO PP
B MN PN ZO PP MP
M PN ZO PP MP GP
N ZO PP MP GP GP
62Estudo de Caso
63- Dados de Entrada
- Evaporação
- Curva Cota-Volume
- Série de vazões mensais afluentes
- Demanda mensal
- Armazenamentos mínimo, máximo e inicial
- Armazenamentos desejados mensais
- Racionamento máximo
64- Cenários
- Dois cenários
- Cenário 1 sem controle da água
- Cenário 2 com restrição da demanda
(racionamento) - Antes de atingir o vol. morto (situação de
colapso) ? situação crítica vol lt 100 milhões de
m3, qualidade da água comprometida
65Resultados Atendimento às demandas
66Resultados Escassez e falhas
67Resultados Armazenamento
68- Conclusões
- É possível estender a duração do atendimento às
demandas pelo reservatório, evitando-se situações
de colapso, através do racionamento preventivo - O caráter plurianual do reservatório determina o
padrão do racionamento - O racionamento proposto pelo modelo de Lógica
Difusa é suave e gradual.
69- Conclusões
- O modelo é um instrumento para a gestão dos
recursos hídricos - Deve ser utilizado como ferramenta para o
planejamento da operação do reservatório, cabendo
ao gestor, em tempo real, a tomada de decisão,
determinando o quanto e quando racionar.
70- Melhoria no Ajuste do Modelo
- Estes resultados poderiam ainda ser modificados
buscando-se outros conjuntos de regras. - O melhor conjunto seria aquele que produzisse
melhores resultados de minimização de escassez
relativa total, escassez relativa média mensal,
escassez relativa máxima, número de meses com
escassez e volume extravasado e maximização do
armazenamento mínimo.
71Comentários Finais A gestão operacional,
administrativa e financeira das redes de
abastecimento supridas pelo manancial deve
considerar os riscos de redução de oferta. A
representação dos gestores no Comitê da Bacia
pode assegurar a sustentabilidade da oferta de
água, assim como a representação da sociedade
civil no Comitê tenderá a pressionar os gestores
das redes a manter níveis suportáveis de perdas
físicas nos sistemas de distribuição.
Operação de Reservatórios Conclusões
72Comentários Finais Os sistemas de apoio à
decisão para formulação e simulação de cenários
de gestão integrada oferta-demanda são
ferramentas tecnológicas muito úteis na tomada de
decisão e resolução de conflitos pelo Comitê da
Bacia.
Operação de Reservatórios Conclusões