Title: A abordagem de desempenho na edifica
1A abordagem de desempenho na edificação
- Luis Carlos Bonin - luis.bonin_at_ufrgs.br
2A abordagem de desempenho na edificação
- Bibliografia básica
- Working with the performance approach in
building. CIB Publication 64, 1982. - ISO 6241- Performance standards in building -
Principles for their preparation and factors to
be considered, 1984. - ISO 7162 - Performance standards in building -
Contents and format of standards for evaluation
of performance, 1984. - ISO 7164 - Performance standards in building -
Definitions and means of expression for the
performance of a whole building, 1985.
3A abordagem de desempenho na edificação
- 1. O que é a abordagem de desempenho na
edificação? - CIB (1982) Prática de pensar em fins antes que
em meios. - ISO (1984) Comportamento em uso.
4A abordagem de desempenho na edificação
- Em essência, a abordagem de desempenho na
edificação consiste em análise rigorosa seguindo
a aplicação do método científico. - Que tipo de análise?
- análise de conteúdo (descrição tradicional)
- análise de propriedades (descrição de engenharia)
- análise de atributos (descrição de desempenho)
5A abordagem de desempenho na edificação
- Tomando, por exemplo, uma barra de chocolate
- análise de conteúdo (ingredientes)
- açúcar,
- pasta de cacau,
- manteiga de cacau,
- lecitina de soja (emulsificante) e
- aromatizante
6A abordagem de desempenho na edificação
- análise de propriedades (informação nutricional)
- valor energético 50kcal
- carboidratos 6g
- proteínas 0g
- gorduras totais 2,5g
- gorduras saturadas 1,5g
- gorduras trans 0g
- fibra alimentar 0g
- sódio 0mg
7A abordagem de desempenho na edificação
- análise de atributos (por que eu gosto de
chocolate?) - aroma hummm
- textura hummmmmm
- sabor hummmmmmmmmm
8A abordagem de desempenho na edificação
- Na abordagem de desempenho na edificação são
definidos os requisitos que uma edificação deve
cumprir como uma etapa que precede a prescrição
de como ela deve ser construída.
9A abordagem de desempenho na edificação
- A abordagem de desempenho na edificação não
introduz nenhuma revolução científica no estudo
da edificação e suas partes. - A grande novidade é a tentativa de definir
métodos consistentes de avaliação e de submeter
todas as partes da edificação a um exame
sistemático.
10A abordagem de desempenho na edificação
- Na abordagem de desempenho na edificação não se
assume que uma solução construtiva seja
satisfatória sem que ela seja submetida a uma
análise consistente e rigorosa, preferentemente
baseada em dados quantitativos para a avaliação
do seu comportamento em uso.
11A abordagem de desempenho na edificação
- A utilização da abordagem de desempenho implica
em - compilar dados e sistematizá-los em parâmetros
consistentes de avaliação
12A abordagem de desempenho na edificação
- A utilização da abordagem de desempenho implica
em - estender o escopo da avaliação a todos aspectos
relevantes ao comportamento em uso da edificação,
incluindo aspectos normalmente considerados
aceitos sem prova ou evidência
13A abordagem de desempenho na edificação
- A utilização da abordagem de desempenho implica
em - definir clara e objetivamente o comportamento em
uso esperado da edificação
14A abordagem de desempenho na edificação
- A utilização da abordagem de desempenho implica
em - exigir prova de atendimento dos requisitos
formulados segundo métodos de teste e avaliação
validados
15A abordagem de desempenho na edificação
- A utilização da abordagem de desempenho implica
em - definir procedimento de julgamento global do
conjunto de resultados obtidos na avaliação
parcial de cada aspecto considerado relevante
16A abordagem de desempenho na edificação
- A prática de trabalho utilizando a abordagem de
desempenho é diferente da prática tradicional. - A prática tradicional utiliza diretamente
especificações prescritivas dos meios utilizados
na produção da edificação, incluindo materiais,
mão-de-obra, procedimentos de produção, etc.
17A abordagem de desempenho na edificação
- Especificações prescritivas parecem mais fáceis
de trabalhar devido à familiaridade com este modo
de abordar a produção da edificação. - Porém, especificações prescritivas são limitadas
pela atualidade do conhecimento e pela
experiência do especificador e excluem a
possibilidade de uso de todas outras soluções
alternativas.
18A abordagem de desempenho na edificação
- Especificações de desempenho produzem uma base
consistente de informações para o projeto de uma
edificação e para o desenvolvimento de novos
produtos para a construção (componentes,
elementos, subsistemas). - A utilização de especificações de desempenho
exige, todavia, maior conhecimento técnico e
melhor infra-estrutura científica e tecnológica
do setor produtivo.
19A abordagem de desempenho na edificação
- Especificações prescritivas são baseadas em um
saber essencialmente empírico. - Especificações de desempenho são baseadas em um
saber essencialmente intelectual.
20A abordagem de desempenho na edificação
- Lembra-se que especificações de desempenho
precedem as especificações prescritivas, não as
substituem. - A definição última de uma solução construtiva
sempre é prescritiva. A questão é qual o momento
mais favorável para traduzir especificações de
desempenho em especificações prescritivas.
21A abordagem de desempenho na edificação
- 2. O surgimento da abordagem de
- desempenho na edificação
- A Revolução Industrial modificou fundamentalmente
os valores sociais novas crenças, novos papéis
sociais, novas aspirações, etc.
22A abordagem de desempenho na edificação
- Grandes transformações
- do valor da tradição para o valor da inovação
- da fé (certeza) para a razão (dúvida)
- da acumulação da terra, para a acumulação da
moeda, para a acumulação do capital - da matéria-prima para o material para o
componente - do trabalho manual para o trabalho intelectual
23A abordagem de desempenho na edificação
- reorganização do trabalho (da lógica intrínseca
para a lógica extrínseca) - gestão da produção pela oferta
- efemerização dos produtos
- mecanização (? automação) dos processos de
produção (potência, velocidade, controle)
24A abordagem de desempenho na edificação
- Ao longo do século XIX houve grande acumulação do
conhecimento científico e tecnológico e a
consolidação das modernas escolas tecnológicas. - O desajuste das novas estruturas econômicas em
relação às velhas estruturas políticas e sociais
levou inevitavelmente a um conflito destruidor da
velha ordem.
25A abordagem de desempenho na edificação
- Alguns historiadores contemporâneos consideram
ter existido apenas uma Grande Guerra Mundial,
com um período de conflito latente, utilizado
para o desenvolvimento da máquina de guerra,
entre dois períodos de conflito armado. - Este período entre conflitos armados foi muito
produtivo para o desenvolvimento de novas
tecnologias civis e militares.
26A abordagem de desempenho na edificação
- Ao final da Grande Guerra houve a consolidação do
modo industrial de produção, pois barreiras antes
existentes foram destruídas nos anos de conflito.
- Na reconstrução da Europa, surgiu oportunidade
para a introdução de novas tecnologias de
construção, pois muito havia para se construir e
a disponibilidade de materiais e mão-de-obra
tradicionais era insuficiente.
27A abordagem de desempenho na edificação
- A utilização de novas tecnologias era uma
necessidade mas a falta de experiência com as
tecnologias inovadoras reduzia a segurança de
construtores e consumidores. - Na França, em 1947 foi criado um procedimento
para a homologação de produtos inovadores
baseados no julgamento por especialistas reunidos
de organismos da sociedade civil.
28A abordagem de desempenho na edificação
- Logo a seguir foi criado uma organização estatal
para dar o suporte técnico às ações de
homologação de produtos inovadores. Esta
organização, o CSTB, consolidou o procedimento
criado e difundiu esta experiência pelo mundo
inteiro. Organizações semelhantes foram criadas
em diversos países copiando o modelo francês.
29A abordagem de desempenho na edificação
- O procedimento de homologação de produtos
inovadores para a construção baseava-se no
criterioso julgamento das características dos
novos produtos, normalmente comparando-as com
produtos já conhecidos. A avaliação de produtos
mais radicais na inovação mostrou
progressivamente a deficiência do método de
avaliação praticado.
30A abordagem de desempenho na edificação
- A experiência de diversos centros tecnológicos
enfrentando as mesmas dificuldades na avaliação
de produtos inovadores para a construção levou-os
a debater e definir uma nova abordagem conceitual
para esta avaliação.
31A abordagem de desempenho na edificação
- Ao longo da década de 70 vários eventos reuniram
técnicos de vários países para consolidar a
abordagem de desempenho (1975, 1977, 1979, 1981). - No início dos anos 80 foram consolidadas as
discussões, resultando na publicação do CIB
Report Publication 64 e das normas ISO sobre o
tema.
32A abordagem de desempenho na edificação
- 3. Campos de aplicação da abordagem de desempenho
- no projeto de uma edificação isolada ou em um
programa de construção de um tipo de edificação,
produzindo uma lista de requisitos a serem
atendidos
33A abordagem de desempenho na edificação
- no desenvolvimento e marketing de novos produtos
para a construção
34A abordagem de desempenho na edificação
- na produção de documentação técnica para a
construção (códigos de construção, normas
técnicas, práticas recomendadas, manuais de uso)
35A abordagem de desempenho na edificação
- no controle de qualidade de processos de
construção (inspeção, certificação)
36A abordagem de desempenho na edificação
- A abordagem de desempenho pode ser utilizada em
diferentes níveis de agregação das partes
constituintes de uma edificação sistemas
construtivos, sub-sistemas, elementos e
componentes de uso específico.
37A abordagem de desempenho na edificação
- sistemas construtivos
- sub-sistemas
- elementos
- componentes
- materiais
Projeto define requisitos
Produção define atributos
38A abordagem de desempenho na edificação
- Destaca Blachere (1981) que é mais fácil a
especificação de desempenho de partes mais
agregadas da edificação (sub-sistemas, elementos)
pois a especificação de partes menos agregadas
(componentes) exige complexas considerações de
combinações possíveis destas partes.
39A abordagem de desempenho na edificação
- Lembra Blachere (1981), a necessidade de se
chegar a um acordo sobre o nível de agregação das
partes da construção onde as especificações de
desempenho no projeto da edificação e na produção
de partes da construção sejam comparadas. -
40A abordagem de desempenho na edificação
- 4. Base de conhecimentos necessária para a
aplicação da abordagem de desempenho - definição dos requisitos dos usuários da
edificação - definição do contexto de uso da edificação
- domínio de métodos de avaliação do comportamento
em uso da edificação
41A abordagem de desempenho na edificação
- definição dos requisitos dos usuários da
edificação - baseada no estudo do comportamento e necessidades
dos usuários - comportamento depende do tipo de atividade
realizada e de valores dos usuários
42A abordagem de desempenho na edificação
- elaboração de listas de requisitos de caráter
geral para usos tipificados - edifícios escolares
- edifícios habitacionais
- edifícios industriais
- edifícios comerciais
43A abordagem de desempenho na edificação
- definição do contexto de uso da edificação
- clima
- legislação
- cultura
- A sobreposição de contexto de uso aos requisitos
dos usuários transforma o geral em particular!
44A abordagem de desempenho na edificação
- domínio de métodos de avaliação do comportamento
em uso da edificação - ensaio em laboratório
- ensaio em uso
- simulação
- cálculo
- análise de projeto
45A abordagem de desempenho na edificação
- A compilação de informações em todos estes temas
exige considerável esforço de pesquisa. - Não existem bases de dados totalmente
sistematizadas disponíveis. - Informações compiladas para um determinado
ambiente de produção devem ser cuidadosamente
revisadas na sua transposição para outro ambiente.
46A abordagem de desempenho na edificação
- 5. Como definir requisitos de desempenho de uma
edificação - Preliminarmente, quem são os usuários de uma
edificação? - ocupantes (permanentes e não permanentes ) e
não-ocupantes - humanos e não-humanos
- seres vivos e seres inanimados
47A abordagem de desempenho na edificação
- Regra geral
- usuário é aquele que gera requisitos a serem
atendidos pela edificação - Por exemplo, em um edifício escolar, são usuários
os alunos, professores, administradores,
proprietários, técnicos de manutenção, oficiais
do corpo de bombeiros, visitantes, vizinhos, e,
em casos especiais, animais de criação,
computadores, etc.
48A abordagem de desempenho na edificação
- Na definição dos requisitos dos usuários são
considerados aspectos - técnicos
- psicológicos
- fisiológicos
- sociológicos
49A abordagem de desempenho na edificação
- Na elaboração dos requisitos dos usuários
normalmente inicia-se com um enunciado geral,
vago e qualitativo que define uma necessidade dos
usuários para poderem bem realizar suas
atividades. - Por exemplo o espaço construído deve apresentar
conforto acústico.
50A abordagem de desempenho na edificação
- No passo seguinte este enunciado é traduzido em
requisitos dos usuários, que são parâmetros
(qualitativos ou quantitativos) tipificados para
um uso da edificação mas ainda gerais em relação
a uma edificação em particular. - Por exemplo o nível máximo equivalente de ruído
durante o horário de trabalho deve ser de 40
dB(A).
51A abordagem de desempenho na edificação
- A combinação dos requisitos dos usuários (gerais)
com o contexto de uso (específico) resulta na
elaboração de uma ampla lista de requisitos de
desempenho (específicos) objetivos e, tanto
quanto possível, quantitativos. - Por exemplo o nível máximo equivalente de ruído
durante o horário de trabalho deve ser de 40
dB(A) quando o nível de ruído externo é de 75
dB(A), sendo este o valor do ruído na vizinhança
durante o horário de trabalho.
52A abordagem de desempenho na edificação
- usuários
- atividades dos usuários
- necessidades dos usuários
- requisitos dos usuários
53A abordagem de desempenho na edificação
- Embora seja desejável o caráter objetivo e
quantitativo dos requisitos de desempenho, a
avaliação da edificação envolve aspectos
essencialmente subjetivos, que muitas vezes
somente podem ser formulados qualitativamente. - Por exemplo, na avaliação do conforto visual,
pode ser formulado um requisito como o usuário
deve ter contato visual com o mundo externo em
todos espaços da edificação.
54A abordagem de desempenho na edificação
- Já outros aspectos essencialmente subjetivos,
tornam-se objetivos quando estatisticamente
parametrizados em termos quantitativos. - Na avaliação do conforto térmico de um espaço
construído, por exemplo, procura-se atingir um
percentual elevado de usuários em situação de
conforto.
55A abordagem de desempenho na edificação
- Em uma ampla lista de requisitos de desempenho é
óbvio esperar que alguns sejam mais importantes
para a satisfação dos usuários do que outros. - Para simplificar a utilização da abordagem de
desempenho na edificação é prática comum a
seleção de critérios de desempenho, que reúnem os
requisitos de desempenho mais importantes.
56A abordagem de desempenho na edificação
- A seleção de critérios de desempenho pode ser
feita de acordo com os vários métodos - escolha subjetiva por especialista ou grupo de
especialistas - escolha baseada na disponibilidade de métodos de
teste - escolha baseada em análise funcional
- escolha baseada na avaliação de produtos em uso
- escolha baseada em estudos dos requisitos dos
usuários
57A abordagem de desempenho na edificação
- requisitos dos usuários contexto de uso
- requisitos de desempenho
- critérios de desempenho
58A abordagem de desempenho na edificação
- 6. Como prever o desempenho de uma solução
construtiva - Para avaliar o comportamento em uso de uma
edificação é necessário desenvolver modelos que
representem objetivamente e que permitam a
medição de parâmetros descritores deste
comportamento .
59A abordagem de desempenho na edificação
- O desenvolvimento de modelos da realidade exige
amplo conhecimento dos fenômenos representados e
clara identificação das variáveis relevantes. - A complexidade de um modelo depende dos recursos
disponíveis, da precisão exigida de seus
resultados, e de características próprias do
fenômeno representado.
60A abordagem de desempenho na edificação
- A abordagem de desempenho está baseada no foco em
fins antes que em meios. A princípio a avaliação
de desempenho deveria ser independente da solução
construtiva proposta. - Isto nem sempre acontece, pois os modelos
utilizados na representação da realidade são
dependentes de características da solução
construtiva avaliada.
61A abordagem de desempenho na edificação
- Por exemplo, para avaliar a estabilidade e
durabilidade de um artefato de madeira poderia
ser proposto um método de ensaio onde o artefato
é submetido a um ambiente quente e úmido. - Este mesmo método de ensaio, se fosse utilizado
para avaliar um artefato cimentício simularia
condições ideais de conservação.
62A abordagem de desempenho na edificação
- Modelos estáticos
- fenômenos constantes ou quase constantes no tempo
- solicitações limites
- Modelos dinâmicos
- fenômenos variáveis no tempo
- fenômenos sinérgicos
- solicitações instantâneas
63A abordagem de desempenho na edificação
- Situação real
- observação em uso
- observação de protótipos
- análise de projeto
- Métodos de Teste de Desempenho
- Estimativas
- cálculos
- simulações
- ensaios de propriedades
64A abordagem de desempenho na edificação
- observação em uso
- fidelidade das condições de uso
- necessidade de estudos prévios para definir
variáveis relevantes - observação e registro apenas de variáveis fáceis
de medir - dificuldade para reduzir ruídos na observação
- possibilidade de trabalhar com amostras
estatisticamente representativas - moderado custo de realização
65A abordagem de desempenho na edificação
- observação de protótipos
- limitada fidelidade às reais condições de uso
- necessidade de estudos prévios para definir
variáveis relevantes e semelhança do protótipo
com a realidade - possibilidade de observação e registro de
variáveis com o uso de instrumentação mais
complexa - possibilidade de controle de ruídos na observação
- limitada série de observações, raramente dispondo
de amostras estatisticamente representativas - moderado a alto custo de realização
66A abordagem de desempenho na edificação
67A abordagem de desempenho na edificação
- cálculo
- limitada fidelidade às reais condições de uso
- necessidade de estudos prévios para validação do
modelo de cálculo - necessidade de medição de variáveis utilizadas no
modelo de cálculo - inexistência de ruídos na observação, exceto
quando intencionalmente introduzidos - moderado custo de realização
68A abordagem de desempenho na edificação
- simulação
- limitada fidelidade às reais condições de uso
- necessidade de estudos prévios para validação do
modelo de simulação - necessidade de medição de variáveis utilizadas no
modelo de simulação - inexistência de ruídos na observação, exceto
quando intencionalmente introduzidos - moderado a alto custo de realização, dependendo
do modelo de simulação (físico ou virtual)
69A abordagem de desempenho na edificação
- ensaios de propriedades
- nenhuma fidelidade às reais condições de uso
- necessidade de estudos prévios para definir
correlação de propriedades e desempenho - possibilidade de trabalhar com amostras
estatisticamente representativas - moderado custo de realização
70A abordagem de desempenho na edificação
- métodos de teste de desempenho - MTD
- fidelidade às reais condições de uso
- necessidade de estudos prévios para definir
variáveis relevantes e semelhança do MTD com a
realidade - possibilidade de observação e registro de
variáveis com o uso de instrumentação mais
complexa - limitada possibilidade de controle de ruídos na
observação - limitada série de observações, raramente dispondo
de amostras estatisticamente representativas - moderado a alto custo de realização
71A abordagem de desempenho na edificação
72A abordagem de desempenho na edificação
73A abordagem de desempenho na edificação
74A abordagem de desempenho na edificação
75A abordagem de desempenho na edificação
76A abordagem de desempenho na edificação
77A abordagem de desempenho na edificação
78A abordagem de desempenho na edificação
79A abordagem de desempenho na edificação
80A abordagem de desempenho na edificação
81A abordagem de desempenho na edificação
- 7. Como avaliar a adequação ao uso de uma solução
construtiva - Na abordagem de desempenho não existem bons ou
maus produtos. Existem produtos satisfatórios ou
não satisfatórios a um determinada condição de
uso.
82A abordagem de desempenho na edificação
- A simples comparação numérica do valor obtido em
ensaio com o valor do requisito de desempenho
pode levar a escolhas técnicas inconsistentes. - Considerando, por exemplo, um requisito de
desempenho especificado no valor de 40,0 (em
alguma unidade) um produto cuja avaliação for
39,9 será insatisfatório e outro produto cuja
avaliação for 40,1 será satisfatório.
Matematicamente o julgamento está correto, mas na
prática ambos produtos são muito semelhantes.
83A abordagem de desempenho na edificação
- Seguindo o mesmo exemplo um terceiro produto
teve a avaliação de 55,0. Segundo o julgamento
ele também será considerado satisfatório, mas não
se pode considerá-lo semelhante ao primeiro
produto pois seu comportamento em uso é bastante
diferenciado.
84A abordagem de desempenho na edificação
- Uma proposta para abordar este problema é a
utilização de escalas de desempenho onde sejam
definidos limites na escala onde os produtos são
classificados.
85A abordagem de desempenho na edificação
- Existem recomendações para otimizar a utilização
das escalas de classificação - exclusão de designações de valor para a
classificação (péssimo, ruim, bom, excelente) - utilização de denominações neutras para
identificação das classes (KLMNO em vez de ABCDE) - sobreposição entre os intervalos das classes para
evitar a simplificação do julgamento pela
comparação numérica (classificação MERUC para
argamassas industrializadas)
86A abordagem de desempenho na edificação
87A abordagem de desempenho na edificação
- Quando se avalia apenas um requisito de
desempenho é fácil estabelecer uma comparação
entre produtos. A dificuldade surge quando se
precisa considerar simultaneamente vários
requisitos em um único julgamento.
88A abordagem de desempenho na edificação
- Raramente um produto possui resultados de sua
avaliação superior a outro em todos requisitos.
Assim, a comparação entre produtos exige a
combinação da avaliação de vários requisitos, o
que é bastante difícil.
89A abordagem de desempenho na edificação
- Um desdobramento direto da utilização de escalas
de desempenho é a utilização de perfis de
desempenho para a avaliação global de todos
requisitos de desempenho. - Para isto basta justapor as escalas e ligar os
pontos marcados em cada escala formando um perfil.
90A abordagem de desempenho na edificação
91A abordagem de desempenho na edificação
- A grande vantagem do perfil de desempenho é sua
clareza visual. É possível perceber facilmente os
aspectos positivos e negativos de qualquer
produto em uma rápida observação. -
- Isto é importante para orientar a divulgação do
produto no mercado e orientar o seu
aperfeiçoamento tecnológico.
92A abordagem de desempenho na edificação
- A grande desvantagem é a dificuldade de se
comparar o desempenho de dois produtos. - Se for representado o perfil dos requisitos de
desempenho é simples o julgamento se o os
produtos são ou não satisfatórios. Mas qual deles
é o melhor?
93A abordagem de desempenho na edificação
- Para comparar produtos com perfis de desempenho
diferentes é preciso definir padrões adicionais
de julgamento. - Por exemplo, poderia ser considerado melhor o
produto com melhor resultado em um requisito
específico. Outro padrão poderia ser a simples
soma de pontos pré-estabelecidos para a obtenção
de classes superiores nas escalas dos diferentes
requisitos de desempenho.
94A abordagem de desempenho na edificação
- Existem exemplos também da geração de um número
índice integrador de todos os resultados obtidos
em cada requisito. - Este método envolve uma padronização da escala
(pois não se pode combinar unidades de medidas
não padronizadas) e a atribuição de ponderações
da importância de cada requisito no julgamento
final.
95A abordagem de desempenho na edificação
- Procedimentos já são dominados para um maior
controle da arbitrariedade na escolha dos índices
de ponderação, que interferem significativamente
no resultado global. - Matrizes de análise multifatorial podem ajudar
neste sentido, principalmente se forem geradas
por grupos de especialistas e não apenas
individualmente.
96A abordagem de desempenho na edificação
97A abordagem de desempenho na edificação
98A abordagem de desempenho na edificação
99A abordagem de desempenho na edificação
100A abordagem de desempenho na edificação
101A abordagem de desempenho na edificação
- Requisitos dos usuários
- segurança
- habitabilidade
- adequação ao uso
- durabilidade
- economia
- adequação ambiental
- construtibilidade
102A abordagem de desempenho na edificação
- Segurança
- estabilidade estrutural
- segurança ao fogo
- segurança em uso
- Adequação ao uso
- conforto tátil
- conforto antropodinâmico
- adequação dos espaços a usos específicos
- Habitabilidade
- estanqueidade
- conforto higrotérmico
- conforto acústico
- conforto visual
- pureza do ar
- higiene
- Durabilidade
- Economia
103A abordagem de desempenho na edificação
- Segurança Estabilidade estrutural
- nenhuma parte em risco de ruína
- nenhuma parte operável com funcionamento
prejudicado - evitar sensação de insegurança
- abordagem estatística de solicitações e
propriedades resistentes - utilização de métodos de cálculo consagrados
- ensaios físicos na falta de métodos de cálculo
104A abordagem de desempenho na edificação
- estabilidade geral e resistência a ações
estáticas - estabilidade no estado limite
- deslocamento máximo admissível
- deformações máximas admissíveis
- estabilidade e resistência a ações dinâmicas
- resistência ao impacto de corpo mole
- resistência ao impacto de corpo duro
- estabilidade aos esforços em partes móveis
105A abordagem de desempenho na edificação
- Segurança Segurança ao fogo
- Proteção à vida dos ocupantes
- Proteção ao edifício
- Proteção a terceiros
- Fogo calor combustível oxigênio
106A abordagem de desempenho na edificação
- comportamento de materiais e componentes
- propagação de chama
- combustibilidade
- geração de fumaça
- estanqueidade ao fogo
- estabilidade ao fogo
- isolamento térmico
107A abordagem de desempenho na edificação
- segurança dos ocupantes
- tempo de alerta
- tempo de evacuação
- tempo de sobrevivência em zonas protegidas
- tempo de resistência ao colapso
108A abordagem de desempenho na edificação
- projeto da edificação
- compartimentação do fogo
- exaustão da fumaça
- rotas de fuga
- distância entre edificações vizinhas
- permeabilidade da envoltória
- anteparos de proteção à propagação
109A abordagem de desempenho na edificação
- Segurança Segurança em uso
- Proteção à integridade física dos usuários contra
a ação de agentes externos ou por características
da edificação
110A abordagem de desempenho na edificação
- segurança na circulação
- proteção contra quedas
- prevenção contra escorregamento
- percepção de obstáculos
- segurança contra intrusão
111A abordagem de desempenho na edificação
- Adequação ao uso Conforto antropodinâmico
- Garantia de condições de uso compatíveis com as
capacidades físicas dos seus usuários
112A abordagem de desempenho na edificação
- limitação ao esforço exigido dos usuários no uso
normal da edificação - limitação à inclinação de rampas
- geometria de escadas e circulações
- esforço exigido na operação de partes móveis da
edificação - limitação ao desconforto provocado por ações
dinâmicas - limitação à intensidade e freqüência de vibrações
- limitação à ação direta do vento sobre os usuários
113A abordagem de desempenho na edificação
- Adequação ao uso Adequação dos espaços
- Garantia de condições de pleno aproveitamento das
capacidades funcionais previstas para a
edificação
114A abordagem de desempenho na edificação
- compatibilidade dos espaços da edificação com o
uso projetado - área mínima necessária para mobiliário
- área mínima necessária para fluxos de circulação
- capacidade de pleno aproveitamento do espaço
- flexibilidade
- flexibilidade para diferentes arranjos
construtivos - flexibilidade para diferentes disposições de
mobiliário - flexibilidade para ampliação da edificação
115A abordagem de desempenho na edificação
- acessibilidade universal
- limitação a desníveis de piso
- espaços mínimos para circulação
- sinalização para circulação segura
- edificações para toda a vida
116A abordagem de desempenho na edificação
- Adequação ao uso Conforto tátil
- Garantia de condições de conforto e segurança do
usuário no contato com superfícies da edificação
117A abordagem de desempenho na edificação
- segurança no contato com partes da edificação
- proteção ao contato com superfícies quentes,
contundentes ou energizadas - proteção contra descargas de eletricidade
estática - proteção ao contato ou exposição a substâncias
tóxicas ou perigosas - conforto no contato com superfícies da edificação
- limitação da condutividade térmica das
superfícies