Title: Apresenta
1TA 631 OPERAÇÕES UNITÁRIAS I
Aula 17 24/05/2012 Movimento de Partículas em
Fluidos
- Velocidade terminal
- Balanço de forças em uma partícula
- Coeficiente de arraste (Cd)
- Reynolds da Partícula
- Lei de Stokes
2MOVIMENTO DE PARTÍCULAS EM FLUIDOS
Não é uma operação unitária, é um conceito físico
que será utilizado em várias operações unitárias
de transferência de quantidade de movimento, como
- Fluidização
- Transporte de sólidos em leito de fluido
- Sedimentação simples
- Centrifugação
- etc.
3Velocidade Terminal definição
As partículas ao cair no seio de um fluido, sob
ação de uma força constante, por exemplo a força
da gravidade, sofrem aceleração durante um
período de tempo muito curto e depois disso se
movem à uma velocidade constante.
Essa máxima velocidade que as partículas podem
alcançar é chamada de velocidade terminal, e
depende da densidade, tamanho e forma da
partícula, além das propriedades do fluido e do
campo.
aceleração
Velocidade constante (terminal)
4Que forças agem sobre uma partícula sólida em
movimento em um fluido (líquido ou gás)?
As forças de campo, de empuxo e de arraste
Força de empuxo
Força de arraste (atrito)
Força resultante
51
6Abaixo, encontram-se possibilidades para a
velocidade relativa de uma partícula em uma
corrente de fluido sob ação de um campo
gravitacional
Velocidade da partícula ()
Velocidade do fluido ()
vf 0
vp 0
7vf 0
vp 0
(a)
(b)
(c)
(d)
(e)
(a)
(b)
(c)
(d)
-
vf velocidade do fluido
(e)
-
vp velocidade partícula
8Consideremos uma partícula isolada, sob ação de
força gravitacional e em movimento uniforme (sem
aceleração). Do balanço de forças 1, tem-se
1
Como não há aceleração da partícula, tem-se
Rearranjando tem-se
2
Como calcular Vp, Ac e Cd?
9Calculo de Vp e Ac
A área característica é a área projetada. Quando
a partícula é esférica, tem-se
3
Partícula esférica
Área projetada de uma esfera
4
Área projetada
Fluxo de fluido
Volume de uma esfera
Para partículas não esféricas, usar o diâmetro
equivalente (deq) definido na aula de sólidos
particulados.
10Substituindo 3 e 4 em 2 tem-se
5
E o valor de Cd?
11O coeficiente de arraste (Cd) é função do número
de Reynolds da Partícula
6
, onde
Regime Laminar (Eq. de Stokes)
Regime Intermediário
Regime Turbulento (Eq. Newton)
Regime Alta Turbulência
12Gráfico do Coeficiente de Atrito
Regime laminarLei de Stokes
1000
Região camadaquase laminar
Região camada turbulenta
Região alta turbulência
100
10
1
0.1
0.1
1
10
102
103
104
105
106
107
Reynolds da Partícula
13Quando o Re atinge valores altos ocorre uma
separação de camada de fluido, no início laminar
depois turbulenta
Ao aumentar a velocidade relativa (vR), as linhas
de corrente começam a oscilar na parte de trás da
esfera.
A pressão na parte frontal aumenta e ocorre um
atrito adicional devido as oscilações.
14Video sobre escoamento laminar http//www.youtube
.com/watch?vrbMx2NMqyuIfeaturerelmfu
Vídeo sobre escoamento turbulento
http//www.youtube.com/watch?v7KKFtgx2anYNR1 ht
tp//www.youtube.com/watch?vLvVuuaqCC7Afeaturer
elated
15No regime laminar tem-se
Substituindo Rep 6 em Cd laminar e usando 5
6
5
Se obtém
Lei de Stokes
Equação fundamental do movimento de partículas em
fluidos.
16De forma análoga para os outros regimes tem-se
Regime laminar
Regime de transição
Regime turbulento sem oscilações
Mas como saber o regime se Rep depende de vr?
17Abordagens para o cálculo de vr
Método 1
Método 2
18Método 1
As equações 5 e 6 podem ser utilizadas para
calcular vR por tentativa e erro.
Processo de cálculo com laço de interação
Início
Se propõe um valor de vR
6
Comparar valores. Propor novo valor ou aceitar o
valor de vR calculado
Gráfico
vR
5
O laço de interação continua até que o valor da
velocidade calculada seja igual (próximo) ao
valor da velocidade proposta.
19Método 2
Define-se o número adimensional de ArquimedesCd
Rep2
Isola-se vr de 6 e substitui-se em 5.
Gráfico Cd Rep2 versus Rep
vr
20Esfericidade
Esfericidade
21Exemplo (1) Para o sistema onde um fluido tem
um fluxo ascendente e uma partícula sólida
descende, utilize os dois métodos estudados para
calcular a velocidade relativa. Trata-se de um
grão de soja cujas características são
dp 0,006m ?p 0,98 ?p 1190 kg/m3
O fluido é ar a 20ºC
?f 1,2 kg/m3 µf 1,7.10-5 kg/m.s
Método 1
vr (m/s) Cd (gráfico) dp 0,006 m
Chute inicial 2,00 838,55 0,50 12,40 pf 1,2 kg/m3
12,40 5199,24 0,40 13,86 uf 1,70E-05 kg/m.s
13,86 5812,93 0,40 13,86 g 9,8 m/s2
pp 1190 kg/m3
Velocidade relativa de 13,86 m/s
22Gráfico do Coeficiente de Atrito
Re Cd (gráfico)
838,55 0,50
5199,24 0,40
5812,93 0,40
Regime laminarLei de Stokes
1000
Região camadaquase laminar
Região camada turbulenta
Região alta turbulência
100
10
1
0.5
0.1
0.1
1
10
102
103
104
105
106
107
Reynolds da Partícula
23Método 2
1,35.107
6,00.103
vr14,3m/s
24(2) Calcule a velocidade relativa de partículas
de pó com 60 ?m e 10 ?m de diâmetro, em ar a 21oC
e 100 kPa de pressão. Se assume que as partículas
são esféricas, com densidade de 1280kg/m3, que o
ar tem uma viscosidade de 1,8.10-5 N.s/m2 e uma
densidade de 1,2 kg/m3. Assuma regime laminar
para iniciar os cálculos.
Regime Transição
Regime Laminar
Para a partícula de 60 ?m vR (60 10-6)2
9,8 (1280 1,2) 0,139 m s-1
18 (1,8 10-5)
Verificando o Re para a partícula de 60 ?m Re
(60 10-6) 0,14 (1,2) / (1,8 10-5) 0,556
(Transição)
Recalculando para regime transição vR 0,303
m s-1 Re 1,212 (confirmado regime de
transição).
25Para a partícula de 10?m
vR (10 10-6)2 9,8 (1280 1,2) 0,00387
m s-1 18 (1,8 10-5)
Verificando o Re para a partícula de 10 ?m Re
(10 10-6) 0,00387 (1,2) / (1,8 10-5) 0,0026
(Laminar)