Title: Apresenta
1ApresentaçãoAna Carolina Andrade Canut, Isadora
Maria Salgado e Juncal, Marcos Felipe de Carvalho
UTI Neonatal (HRAS/HMIB)
Associação entre dexametasona pós-natal para o
tratamento da displasia broncopulmonar e Volumes
cerebrais na adolescência em crianças nascidas
muito prematuras
J Pediatr 2014164737-43
Coordenação Paulo R. Margotto Brasília, 29 de
maio de 2015.
2Introdução
- Em prematuros extremos (lt28 semanas), o uso de
Corticosteróides Pós-natal (CPN) é recomendado
visando prevenção ou tratamento da displasia
broncopulmonar (DBP) e extubação precoçe do
recém-nascido (RN)1. - No entanto, o uso de CPN, especialmente
dexametasona, também tem sido associado a
resultados adversos no desenvolvimento
neurológico, em particular a paralisia cerebral1.
- Modelos experimentais têm demonstrado a
vulnerabilidade do cérebro em desenvolvimento aos
3,4, além da neurogênese, mielinização e divisão
celular prejudicadas5,6. - Há evidências recentes que sugerem que o cerebelo
de um RN pode estar em maior risco do que outras
estruturas no cérebro, uma vez que tem o maior
número de receptores de glicocorticóides do
cérebro, localizadas na camada granular externa7.
3Introdução
- Vários estudos anteriores na última década tem
relatado alterações na estrutura cerebral,
através da ressonância magnética (RNM),
associadas com CPN, particularmente no tecido
cerebral total, substância cinzenta cortical e
subcortical, hipocampo e cerebelo que podem estar
relacionadas ao deficiente neurodesenvolvimento
nas crianças pré-termas8-14. - Os corticosteróides usados nestes estudos foram a
dexametasona e a hidrocortisona e as RNM foram
realizadas na idade gestacional equivalente a
termo, com exceção de 1, que foi realizada aos 8
anos de idade11.
4Introdução
- Estudos anteriores não foram capazes de
estabelecer de uma forma conclusiva a relação
dose-resposta X vulnerabilidade da massa cinzenta
ou branca Mais importante, não há estudos de
alterações a longo prazo do volume cerebral na
adolescência seguindo ao uso de CPN.devido a
alguns vieses como Idade máxima inferior a 18
anos, não especificação entre a medicação usada
(dexametasona ou hidrocortisona). - Procurou-se abordar estas lacunas de pesquisa em
um estudo de grande coorte longitudinal
prospectivo com prematuros extremos (lt28
semanas)que receberam dexametasona pós-natal,
sobreviventes e que tiveram uma ressonância
magnética cerebral aos 18 anos de idade.
5OBJETIVO
- Comparar volumes cerebrais de adolescentes que
nasceram prematuros extremos - (lt28 semanas de gestação) e que receberam doses
de dexametasona pós-natal - e para determinar se houve um efeito
dose-resposta da - dexametasona pós-natal
- nos volumes cerebrais aos 18 anos.
6HipóteseS do estudo
- Adolescentes extremamente prematuros que
receberam dexametasona pós-natal tem volumes
totais menores de tecido cerebral em comparação
com aqueles que não receberam CPN, bem como
volumes menores em massa cinzenta cortical,
gânglios da base, tálamo, cerebelo e hipocampo. - Esperamos não haver vulnerabilidade regional,
tanto na substância branca como cinzenta - Relação inversamente proporcional da dosagem de
dexametasona e volume cerebral aos 18 anos.
7METODOLOGIA
- Os participantes deste estudo foram parte de uma
coorte geográfica de todos os prematuros extremos
nascidos no estado de Victoria, Austrália, entre
janeiro de 1991 e Dezembro de 1992 inscritos no
nascimento. Os participantes do estudo foram
previamente avaliadas aos 2, 5 e 8 anos. Todos os
participantes foram convidados para uma Saúde e
Desenvolvimento follow-up aos 18 anos, que
incluiu um exame de ressonância magnética. - A aprovação ética para os estudos originais e
acompanhamento foi a partir dos Comitês de Ética
e consentimento por escrito de todos os
participantes e seus pais se eles eram mais
jovens do que 18 anos de idade no momento da
avaliação. - Dados Perinatal e Neonatal foram coletados
prospectivamente a partir de registros médicos. - Hemorragia intraventricular graus 3 e 4 e
leucomalácia perivenricular foram diagnosticado
através de ultrassom durane a hospitalização.
8METODOLOGIA
- Displasia broncopulmonar (DBP) foi diagnosticada
se dependência de O2 com 36 semanas de idade
pós-concepção. - O corticosteróide, primariamente dexametasona,
foi prescrito após a primeira semana de vida
(ocasionalmente, hidrocortisona, se em risco de
insuficiência adrenal, como cirurgia) - Como a hidrocortisona foi raramente usada, as
doses de hidrocortisona foi convertida a dose
equivalente de dexametasona (dexametasona é 25
vezes mais potente que a hidrocortisona), sendo
referida como dexametasona através do manuscrito,
que inclui hidrocortisona. - Dados sobre o uso de dexametasona pós-natal foram
coletadas durante toda a estadia neonatal
completa nos berçários. A dose total em mg / kg
foi gravado. Dose média cumulativa7,7mg/kg - A RNM foi processada por um único operador, cego
ao status do grupo
9METODOLOGIA
- Análise
estatística - Os dados foram analisados usando STATA 12,0.
- As características dos participantes foram
comparados entre os participantes com sem análise
da RNM, usando o t test ou quiquadrado. - A diferença dos grupos nos volume cerebrais foram
explorada usando regressão linear (regressão
inicialmente não ajustada e depois, ajustada para
a idade gestacional ao nascer, sexo, pequeno para
a idade gestacional, DBP e grand lesão cerebral
(hemorragia intraventricular graus 3 e 4 e
leucomalácia periventricular cística). - Todas as análises foram corrigidas para a idade
na época da realização da RNM.
10RESULTADOS
- 225 prematuros extremos reconhecidos vivos 8-18
anos - 1 faleceu
- 10 não encontrados
- 26 se recusaram a participar
- 3 mudaram de estado/país
- 5 foram desativados
- 180 (80) foram vistos aos 18 anos ? 162 (90)
consentidos para a RNM ? 148 (91) considerados
adequados (55 RN-37-receberam dexametasona numa
dose cumulativa de 7.7mg/kg versos 93 RN que não
receberam dexametasona)
11RESULTADOS
- COMPARAÇÃO 148 que fizeram RNM x 77 que não
fizeram RNM - Nos 77 (sem RM)
- maior a chance de ter lesão cerebral (19 X 10)
- maior a chance de paralisia cerebral aos 8 anos
(24 X 8) - QI mais baixo antes dos 18 anos.
12RESULTADOS
- Comparação entre os RN que receberam CPN versos
os que não receberam CPN - (Tabela II)
- Os RN que RECEBERAM DEXAMETASONA PÓS-NATAL ?
menor idade gestacional (IG) e menor peso ao
nascer, COMPARADOS aos que NÃO RECEBERAM. - Proporções dos pequenos para IG X os com grande
lesão cerebral semelhantes. - Como esperado, houve Maior taxa de Displasia
broncopulmonar e paralisia cerebral no grupo que
RECEBEU a dexametasona. - Volume cerebral, substância branca cortical,
tálamo, núcleos da gânglia basal foram MENORES
nos que RECEBERAM a dexametasona - (mesmo após o ajuste para a IG ao nascer, sexo,
pequeno para a idade gestacional, DBP e presença
de grande lesão cerebral, com excessão do volume
total do cérebro, que falhou para alcançar
significância estatística) - (Tabela III)
- Maiores reduções (7 na análise não ajustada)
tálamos e gânglia basal. - Pouca evidências entre substância cinzenta,
hipocampo,amígdala e volumes cerebelares.
13RESULTADOS
14(No Transcript)
15RESULTADOS
- Devido a evidência de diferença na substância
branca cortical entre os grupos, os autores
compararam volumes regionais da substância branca
entre aqueles que receberam CPN e aquele que não
receberam (Figura 1) - O efeito da dexametasona pósnatal variou por
região - -com redução dos volumes cerebrais naqueles
recebendo dexametasona pós-natal em muitas
regiões da substância branca, exceto na região
temporal medial - A evidência para as diferenças entre os grupos
foi fraca quando ajustado para IG, sexo, pequeno
para a idade gestacional, Displasia
broncopulmonar, presença de maior lesão cerebral
e volume intracraniano.
16COMPARAÇÃO SUBSTÂNCIA BRANCA CORTICAL
17RESULTADOS
- Houve uma fraca evidência da correlação entre a
dose cumulativa de dexametasona e menor volume
total do tecido cerebral (r2 de 0,06 P0,08) e
substância branca branca cortical (r20,10
P0,06) (Figura 2) - Há pouca evidência de relação entre dose
cumulativa total da dexametasona pós-natal e o
volume de outros tecidos cerebrais ou estruturas
(todas cm Pgt1, dados não mostrados)
18(No Transcript)
19DISCUSSÃO
- Uso de dexametasona pós-natal para tratar ou
prevenir a displasia broncopulmonar nos
recém-nascidos associou-se com menor volume do
cérebro em relação a todo o tecido cerebral , a
substância branca cortical, tálamo e todos os
núcleos de gânglios basais aos 18 anos em uma
grande coorte de extremos prematuros ensaio
randomizado e controlado. - Contrário a estudos anteriores8.9,12 com menor
tempo de seguimento, o presente estudo não
encontrou associação da dexametasona com redução
na substância cinzenta cortical ou volume
cerebelar - Dose total associou-se fracamente ao volume
total cerebral e a substância branca cortical.
20DISCUSSÃO
- Estudos anteriores já relataram alterações no
volume total cerebral, substância cinzenta
cortical e cerebelo, associadas com o uso
pós-natal de dexametasona na idade equivalente ao
termo. - Estudo prévio mostrando diminuição do tecido
cerebral total e da massa cinzenta cortical na
ordem de 10-30, com 7 crianças pré-termo
tratadas com dexametasona comparadas com 11
crianças pré-termo não tratadas com
dexametasona8. - Outro com diminuição na ordem de 9-35 em 11
crianças pré-termo tratadas comparadas com 30
crianças pré-termo não tratadas com dexametasona9.
21DISCUSSÃO
- O estudo de Murphy et al8 que relatou grandes
diferenças nos volumes cerebrais com o uso de
dexametasona pós-natal não se ajustou de acordo
com a idade gestacional, com a data da RNM e as
crianças receberam uma grande variedade de doses
do esteróide (média de duração 28 dias e dose
média de 0,25mg/kg/dia, variando de 0,19 a
0,90mg/kg/dia). - Um estudo maior não achou diferenças no volume
total de tecido cerebral em 123 pacientes, com
idade equivalente, que haviam sido submetidos à
RNM na idade equivalente a termo, em grupos que
receberam tanto dexametasona quanto
hidrocortisona, comparado à aqueles que não
receberam esteróides após o nascimento12. - No presente estudo, os autores relataram uma
redução de aproximadamente 3 no volume total de
tecido cerebral em pacientes de 18 anos que
receberam dexametasona pós-natal, mesmo após o
ajuste para variáveis de confusão.
22DISCUSSÃO
- Resultados divergentes, refletem diferenças nas
características das amostras, bem como diferenças
nos regimes de dosagens de corticosteróides
utilizados. - Os achados do presente estudo oferecem suporte à
hipótese da associação do uso de dexametasona
pós-natal e diminuição dos volumes cerebrais que
persiste durante a adolescência, com efeitos
variados nos diferentes tecidos e regiões
cerebrais.
23DISCUSSÃO
- CEREBELO
- Não foram achadas evidências de diminuição do
volume cerebelar (diferente de outros estudos7)
aos 18 anos. - Modelos experimentais tem demonstrado efeitos
deletérios nas células granulares do cerebelo no
que diz respeito à diminuição da proliferação e
aumento da apoptose23,24. - Parikh et al9 relataram uma redução de 21 do
tamanho cerebelar em pacientes com baixo peso
extremo ao nascimento (peso lt1000g) que haviam
recebido uma dose acumulativa média de
dexametosona de 2,8 mg/kg, comparados com aqueles
que não receberam dexametosona.
24DISCUSSÃO
- CEREBELO
- Outro estudo com172 bebês demonstrou redução de
8 e de 10 no volume cerebelar, em crianças com
40 semanas, que haviam recebido hidrocortisona
pós-natal (dose média 14 mg/kg) e dexametasona
(dose média 1,2 mg/kg) comparado com o uso de
nenhum corticosteróide, respectivamente12. - A ausência de diferenças no volume cerebelar dos
adolescentes em nosso estudo, apesar de ter sido
feito uso de doses maiores de dexametasona
comparado com os estudos acima citados, sugere um
catch-up do cerebelo nos primeiros anos de vida.
25DISCUSSÃO
- TÁLAMO
- As maiores diferenças encontradas foram no tálamo
e gânglia basal, e em menor extensão, na massa
branca cortical. - Receptores de glicocorticoides foram
identificados no tálamo posterior, sendo
demonstrado, em modelos experimentais, que
corticóides exercem efeito sobre tais
receptores25. - Assim a redução do volume talâmico associada ao
uso de dexametasona pós-natal é plausível.
26Massa Branca
- SUBSTÂNCIA BRANCA
- Nenhum estudo anterior evidenciou redução do
volume de massa branca8-11,13. - No presente estudo, os autores demonstrara que a
redução da substância branca reflete uma mudança
global, ao invés de uma vulnerabilidade
especifica de cada região de massa branca. Com
exceção da região temporal medial por razões não
esclarecidas.
27DISCUSSÃO
- HIDROCORTISONA
- Há números estudos comparando crianças pré-termo
tratadas com hidrocortisona com crianças
pré-termo não tratadas com esteróide,
demonstrando poucas diferenças no volume total
cerebral, no volume da massa branca, da massa
cinzenta nuclear profunda, do cerebelo e do
hipocampo aos 8 anos de idade10,11,26.Somente 1
estudo foi randomizado e controlado26. - Todos os estudos usaram doses de hidrocortisona
muito menores do que 7,9 mg/kg, dose equivalente
da dexametasona usada no presente estudo - Um estudo comparando crianças de 8 anos,
pré-termo, tratadas com hidrocortisona com
crianças não tratadas, revelou inteligência
similar11. - Nenhum dos estudos confirmou qualquer efeito da
hidrocortisona pós-natal nos resultados
pulmonares. - Um grande estudo documentou menores volumes
cerebelares na idade gestacional equivalente a
termo nos que receberam hidrocortisona versos os
que não receberam, embora a magnitude da
diferença foi menor do que a observada nos RN que
receberam dexametasona ( o grupo da
hidrocortisona também recebeu dexametasona!)12.
28DISCUSSÃO
- HIDROCORTISONA
- Existem evidências experimentais sugerindo que a
hidrocortisona pode ser menos neurotóxica para o
cérebro do que a dexametasona, relacionadas ao
fato da hidrocortisona se ligar preferencialmente
a receptores de mineralocorticóides ao invés de
receptores de glicocorticóides, como no caso da
dexametasona27. - A ativação de receptores de glicocorticóides tem
sido associada com apoptoses no hipocampo e no
cerebelo3,4,23,24. - No entanto, a eficácia da hidrocortisona no
tratamento e na prevenção da displasia
broncopulmonar ainda não foi definida por estudos
e randomizados28.
29DISCUSSÃO
- PONTOS FORTES/LIMITAÇÕES
-
Pontos fortes - os autores relataram achados de uma diversa
amostra geográfica de pré-termos extremos
acompanhados desde o nascimento. - Uma alta porcentagem dos pacientes que
compareceram ao acompanhamento aos 18 anos
consentiram com a RNMI. -
Limitações - Pacientes que não tinham RNM eram mais propensos
a ter grande lesão e paralisia cerebral, o que
pode ter afetado a capacidade para detectar
diferenças de volume de tecido cerebral entre os
grupos
30DISCUSSÃO
- PONTOS FORTES/LIMITAÇÕES
- Limitações
- Como os dados das RNM eram de estudo transversal,
os autores não foram capazes de determinar
alterações no desenvolvimento do volume cerebral
em idades menores. - A RNM não estava disponível na pesquisa neonatal
em 1991-1992, quando os participantes do estudo
nasceram. -
- É importante salientar que o estudo se refere ao
uso pós-natal de dexametasona há 18 anos atrás.
Desde então, doses menores tem sido utilizadas no
Estado de Victoria29.
31CONCLUSÃO
- O uso pós-natal de dexametasona, no período
neonatal, em recém nascidos prematuros extremos
está associado a reduções no volume cerebral
durante a adolescência, particularmente, do
tecido cerebral total, da massa branca cortical,
do tálamo e da gânglia da basal. - Assim, sugere-se possível vulnerabilidade do
cérebro à dexametasona, que persiste durante a
adolescência. - Sugestão de que corticóides alternativos
(hidrocortisona) não estão associados a
alterações no tamanho do cérebro, os estudos até
hoje sobre o assunto, são curtos e com
informações limitadas sobre o neurodesenvolvimento
funcional.
32(No Transcript)
33REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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PubMed
36Nota do Editor do site, Dr. Paulo R.
Margotto.Consultem também! Aqui e Agora!
Uso de corticosteróides na displasia broncopulmonarAutor(es) Paulo R. Margotto
- Os corticosteróides constituem uma das mais
potentes classes de drogas usadas na medicina
perinatal e constituem uma das mais controversas
medicações nas Unidades de Cuidados Intensivos
Neonatais. Os neonatologistas gostam de
resultados e os corticosteróides têm imediatos
efeitos fisiológicos na função pulmonar do RN,
pré-termo que é clinicamente aparente (até os
pais notam). - Na corticoterapia pós-natal no RN pré-termo com
doença pulmonar progressiva, termos as seguintes
perguntas - Em que momento o esteróide deveria ser uma opção
viável de tratamento? - Qual corticosteróide deveria ser usado?
- 2) Qual seria a dose a ser administrada?
- 3) Qual a duração da terapia?
- Os efeitos adversos podem ocorrer em dias a
semanas ou até 1-2 anos. Os corticosteróides na
medicina perinatal seriam comparados a mísseis
teleguiados (não se sabe onde e como vão cair)
segundo Jobe.
37- Os achados sugerem que a hidrocortisona é mais
segura que a dexametasona para tratar prematuros
com DBP. Dexametasona é 25 a 30x mais potente que
a hidrocortisona. A meia-vida da hidrocortisona é
de 8 a 12 h em contraste com a dexametasona que
é de 36 a 72 h, reduzindo assim, o risco de
acumulação. - Ao usar o esteróide, devemos sempre optar pela
menor dose, menor tempo e pelo esteróide menos
tóxico com o objetivo de facilitar o desmame do
respirador.
38- Os esforços deveriam ser direcionados em busca
de novas estratégias de proteção pulmonar, como
o uso de mais esteróide pré-natal, surfactante
precoce, CPAP nasal precoce, limitar o volume
corrente na ventilação mecânica, aceitar maiores
PaCO2 (ventilando com PaCO2 gt 52mmHg versus
lt48mmHg houve diminuição significativa do suporte
ventilatório na 36a semana de idade
pós-concepção),limitar a oferta de O2 (aceitar
Saturação de O2 entre 85 e 93),administração
cuidadosa de líquidos, tempo menor possível de
ventilação mecânica.. O uso de melhores práticas
reduziu o uso de dexametasona de 27 para 13
(plt0,0001) com redução da paralisia cerebral de
10,4 para 6,6 (OR 0,63IC A 95 0,3-1,2),
mortalidade neonatal ( p0,03) e sepse neonatal
tardia (p0,0002) no estudo recente de Seth R.
No entanto, não houve diminuição da incidência de
DBP e da dependência de O2 para casa. Segundo
Payne NR et a maior evidência para uma efetiva
prevenção da DBP parece ser evitar a ventilação
mecânica e quando necessária, usar o menor volume
corrente, com a menor concentração de oxigênio e
menor duração.
39- Devido a várias publicações evidenciando o risco
do comprometimento do neurodesenvolvimento com o
uso de dexametasona, mesmo em baixas doses e
alterações no sistema imune, propiciando o
desenvolvimento de doenças auto-imunes na vida
adulta, a literatura acena para o uso da
hidrocortisona. As características da
hidrocortisona (menor dose, menor efeito
antinflamatório, não comprometimento do eixo
hipotálamo-hipófise-adrenal, não contém o
preservativo bissulfito lesivo ao cérebro,
ligação aos receptores mineralocorticóides no
cérebro) podem explicar a ausência dos resultados
adversos relatados com o uso da dexametasona. Os
resultados a curto prazo com o uso da
hidrocortisona foram semelhantes aos da
dexametasona (diminuição da necessidade de
oxigênio, extubação), não sendo demonstrado
aumento da paralisia cerebral e comprometimento
do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal.
40Betametasona piora a velocidade do fluxo sanguíneo cerebral nos recém-nascidos muito prematuros com severa doença pulmonar crônicaAutor(es) Cambonie G. Mesnage R, Milesi C, Pidoux O, Veyrac C, Picaud JC. Realizado por Paulo R. Margotto
- Cambonie G et al relataram diminuição acentuada
da velocidade do fluxo sanguíneo cerebral com o
uso da betametasona (1/4 destes pacientes
apresentaram aumento do espaço subaracnóideo
aumento ventricular, sugerindo deficiente
desenvolvimento cerebral). Este achado fez com
que fosse trocada a betametasona para
hidrocortisona, naqueles RN na quarta semana de
vida dependente de oxigênio (FiO2 gt50, em uso
de óxido nítrico, alta freqüência). Os autores
não relataram as alterações anteriormente
descritas com a betametasona.
41CORTICOSTERÓIDES PÓS-NATAIS PARA A DISPLASIA BRONCOPULMONAR PARA ONDE DEVEMOS IR A PARTIR DE AGORAAutor(es) Paulo R. Margotto
- No uso do corticosteróides pós-natais, o uso
precoce, o uso de grandes doses e o uso
prolongado parece constituir elementos da equação
determinante de mau desenvolvimento
neurocomportamental. O uso da dexametasona deve
ser reservada exclusivamente para aqueles RN que
não conseguem ser desmamados do ventilador, após
2 semanas e que estão apresentando progressão da
sua doença pulmonar, usando a menor dose possível
e pelo menor tempo. Com a implementação de
melhores práticas, como ressuscitação e
ventilação gentis, utilizando baixo volume
corrente e hipercapnia permissiva, menor tempo de
ventilação mecânica, além do aumento do uso do
CPAP nasal e da administração de vitamina A, com
certeza o número de RN que necessitarão de uso de
dexametasona será muito pequeno. - Life can only understood backwards, but it must
be lived forwards. Soren Kiekegaard
(1813-1855).A vida só pode ser compreendida para
trás, mas deve ser vivida para frente
42EFEITOS ADVERSOS DO USO DE CORTICOSTERÓIDES NO PREMATURO DE MUITO BAIXO PESO EXPERIÊNCIA DA REDE NORTE AMERICANA DE PESQUISA DO NICHDAutor(es) Linda Wright (EUA)
- -1mg/kg/dia de hidrocortisona (equivalente a 0,04
mg/kg/dia de dexametasona) pode ser efetiva - As estratégias para a prevenção da DBP são
evitar a injúria mecânica, prevenir o edema
pulmonar, nutrição precoce (não fazemos bem, pois
20 dos nossos bebês têm retardo do crescimento e
na alta, mais de 90 são pequenos para a idade
pós-concepcional ), anti-oxidantes e esteróides
pós-natal.
43Terapia pós-natal com dexametasona e volumes dos tecidos cerebrais nos recém-nascidos de extremo baixo peso Parikh NA et al. Apresentação Caroline Imai, Cejana Hamú, Clarissa Duarte e Paulo R. Margotto
- 30 RN não receberam esteróide
- 11 RN receberam dexametasona
- gt 28 dias
- Duração média 6,8 dias (2 14 dias)
- Dose acumulativa (média) 2,8 mg/Kg (1,2 a 5,9)
- Ressonância Magnética IGpc de 39sem e 5 dias
44- Quanto ao uso de doses menores de dexametasona,
Parikh NA et al, utilizando a ressonância
magnética a termo com equivalente idade
gestacional, evidenciaram diminuição dos volumes
cerebral nos RN tratados com doses
moderadamente baixas de dexametasona após 28 dias
de vida. (8,7 do volume tecidual cortical, 19,9
da substância cinzenta subcortical e 20,6 do
cerebelo).
45Betametasona pós-natal vs dexametasona nos recém-nascidos prematuros com displasia broncopulmonar um estudo pilotoAutor(es) M De Castro, N El-Khoury, L Parton, P Ballabh and EF LaGamma. Realizado por Paulo R. Margotto
- Segundo os autores do presente estudo, a
limitação deste estudo é que é uma revisão de
práticas e não um ensaio controlado randomizado.
No entanto, a segurança (melhor) e a eficácia (a
mesma) do uso da betametasona são encorajadores
comparado com as doses tanto alta como menor de
dexametasona. - A extensão lógica destes resultados e de estudos
comparáveis foi para comparar a betametasona
pós-natal com a dose reduzida de dexametasona e
placebo para determinar se pode facilitar o
desmame do oxigênio e da ventilação mecânica nos
RN prematuros de alto risco para a displasia
broncopulmonar - Este estudo provê dados para um novo estudo de
betametasona na facilitação do desmame nos RN
prematuros extremos e provê clareza para um
ensaio duplo-cego randomizado. - Em conclusão um curso curto de baixa dose de
betametasona teve eficácia comparável, além de
melhor segurança em comparação com o uso
convencional de dexametasona.
46Esteróides pós-natais nos recém-nascidos pré-termos o Bom, o Ruim e o DesconhecidoAutor(es) Terrie Eleanor Inder (EUA), Manon Bebders (Holanda). Apresentação Winne Martins, Paulo R. Margotto
- Estudo holandês sugere que uma dose maior de
hidrocortisona pode ser efetiva e foi tema de um
novo estudo randomizado chamado Systemic
hydrocortisone to Prevent BPD (SToP-BPD) com IG
lt30 semans e/ou peso ao nascer lt 1250g,
ventilador-dependente de 7-14 dias com um índice
respiratório 3 por mais de 12h/dia por pelo
menos 48h
47- Dose inicial 5mg/kg/dia (dividida em 4 doses)
por 7 dias - Seguida por 3,75mg/kg/dia (3 doses) por 5 dias
- Diminuindo a frequência para 1 dose a cada 5 dias
- Esse esquema resultou num total de 22 dias de uso
de hidrocortisona com uma dose total de 72,5
mg/kg - Todos os Centros recrutados concordaram em usar
somente a hidrocortisona como terapia de resgate.
48- O estudo vai randomizar 400 crianças em 15 locais
diferentes pela Holanda e Bélgica sendo que 24
deles já foram recrutados em 2012 - A dose usada nesse estudo se iguala a dose
cumulativa de dexametasona (3mg/kg), sendo menor
do que altas doses usadas anteriormente e mais
alta do que as doses usadas recentemente (total
de dexametasona de 0,89mg/kg por 10 dias) que
resultaram em sucesso na retirada do ventilador,
mas sem efeito na DBP ou sobrevida8.
49- Dose baixa (1-2 mg / kg / d) ou dose alta de
hidrocortisona (3-6 mg / kg / d) após a primeira
semana de vida não parece aumentar o risco
neurológico, mas NÃO tem comprovação de que
melhora as taxas de sobrevivência sem DBP - Apesar desta preocupação com eficácia e
segurança, cerca de 7 RN prematuros recebem
dexametasona e 7 recebem hidrocortisona18.
50- Atualmente há dois grande estudos randomizados e
controlados com placebo ocorrendo (EUA-10 dias de
hidrocortisona Holanda 22 dias de alta dose de
hidrocortisona) em prematuros dependentes da
ventilação mecânica, com a finalidade de
determinar a eficácia e segurança da
administração pós-natal de hidrocortisona na
redução combinada de mortalidade e displasia
broncopulmonar (Holanda/EUA) e no
neurodesenvolvimento com 22-26 meses de idade
gestacional (EUA)
Conheçam os ensaios
51ESTUDO MULTICÊNTRICO RANDOMIZADO PLACEBO COM A
HIDROCORTISONA NA PREVENÇÃO DA DBP (estudo
SToP-BPD) EM ANDAMENTO (Holanda)
- Systemic Hydrocortisone To Prevent
Bronchopulmonary Dysplasia in preterm infants
(the SToP-BPD study) a multicenter randomized
placebo controlled trial.Onland W, Offringa M,
Cools F, De Jaegere AP, Rademaker K, Blom H,
Cavatorta E, Debeer A, Dijk PH, van Heijst AF,
Kramer BW, Kroon AA, Mohns T, van Straaten HL, te
Pas AB, Theyskens C, van Weissenbruch MM, van
Kaam AH.BMC Pediatr. 2011 Nov 911102. Artigo
Completo - O esudo incluirá 400 RN de muito baixo peso ao
nascer (idade gestacional lt30 semanas e / ou peso
de nascimento lt1.250 gramas), que são dependentes
do ventilador em uma idade pós-natal de 7-14
dias. Hidrocortisona (dose cumulativa de 72,5 mg
/ kg) ou placebo é administrado durante 22 dias
(5 mg / kg / dia durante 7 dias, seguido de 3.75
mg / kg / dia durante 5 dias, subsequentemente
reduzindo a frequência de uma dose a cada 5 dias
sto leva a uma duração total do tratamento de 22
dias e uma dose cumulativa de 72,5 mg / kg de
hidrocortisona). Desfecho primário é o resultado
combinado de mortalidade ou DBP às 36 semanas de
idade pós-concepção. Os desfechos secundários são
efeitos de curto prazo sobre a condição pulmonar,
efeitos adversos durante a hospitalização, e
sequelas no desenvolvimento neurológico a longo
prazo avaliadas aos 2 anos de idade gestacional
corrigida.
52Estudo randomizado controlado do NICHD (EUA) em
andamento
- https//neonatal.rti.org/index.cfm?CFID544121CFT
OKEN84439922
Hydrocortisone for BPD - A Randomized Controlled Trial of the Effect Of Hydrocortisone on Survival Without Bronchopulmonary Dysplasia and on Neurodevelopmental Outcomes at 22 - 26 Months of Age in Intubated Infants lt 30 Weeks Gestation Age
Clicar Aqui!
Hidrocortisona para a Displasia broncopulmonar
(DBP) - Ensaio randomizado controlado do efeito
da hidrocortisona na sobrevivência sem DBP e no
neurodesenvolvi- mento com 22-26 meses de idade
gestacional nos recém-nascidos intubadoslt30
semanas de idade gestacional (4mg/kg/dia cada 6
h por 2 dias, então, 2mg/kg/dia cada 6 h por 3
dias então, 1mg/kg/dia cada 12 h por 3 dias
então 0.5mg/kg/d como dose única por 2 dias.
Recrutamento teve início em setembro de
2011. Data estimada para o estudo completo
dezembro de 2018 No de pacientes 800
53Como fazemos na Unidade de Neonatologia do
HRAS/HMIB/SES/DF
- Quanto à recomendação do Comitê de Pediatria da
Academia Americana alta dose de dexametasona
(0,5mg/kg/dia) não confere benefício terapêutico
adicional e não é recomendada. - A evidência é insuficiente para recomendar outro
glicocorticóide. - O clínico deve usar o julgamento clínico para
pesar os possíveis efeitos adversos do tratamento
com glicocorticóides e aqueles da displasia
broncopulmonar.
DISPLASIA BRONCOPULMONAR Dr. Paulo R. Margotto
(Capítulo do livro Assistência ao Recém-Nascido
de Risco, ESCS, Brasília, 3ª Edição, 2013)
54- Os esforços deveriam ser direcionados em busca
de novas estratégias de proteção pulmonar, como
o uso de mais esteróide pré-natal, surfactante
precoce, CPAP nasal precoce, limitar o volume
corrente na ventilação mecânica, aceitar maiores
PaCO2 (ventilando com PaCO2 gt 52mmHg versus
lt48mmHg houve diminuição significativa do suporte
ventilatório na 36a semana de idade
pós-concepção),limitar a oferta de O2 (aceitar
Saturação de O2 entre 85 e 93),administração
cuidadosa de líquidos, tempo menor possível de
ventilação mecânica. O uso de melhores práticas
reduziu o uso de dexametasona de 27 para 13
(plt0,0001) com redução da paralisia cerebral de
10,4 para 6,6 (OR 0,63IC A 95 0,3-1,2),
mortalidade neonatal ( p0,03) e sepse neonatal
tardia (p0,0002) no estudo recente de Seth R. - Segundo Payne NR e cl maior evidência para uma
efetiva prevenção da DBP parece ser evitar a
ventilação mecânica e quando necessária, usar o
menor volume corrente, com a menor concentração
de oxigênio e menor duração
55Segundo Bancalari, o uso de corticóide pós-natal
ainda é confuso, está claro que não podemos usar
sem critérios bem definidos, mas há um subgrupo
de pacientes de alto risco que pode se beneficiar
- Recém-nascidos com mais de 10 dias em ventilação
mecânica com FiO2 acima de 30 pressão média das
vias aéreas (MAP) gt9cmH2O dexametasona nas
seguintes doses (Doyle e cl)Dose total0,89mg/kg - -0,15mg/kg/dia-3 dias
- -0,10mg/kg/dia-3 dias
- -0,05mg/kg/dia-2 dias
- -0,02mg/kg/dia-2 dias
- Estimativa do risco de DBP BPD Outcome Estimator
(Vai abrir uma calculadora)
56Lembrem-se sempre...
- O manuseio destes bebês extremamente prematuros é
uma ciência a qual devemos balancear os fatores
para manter troca gasosa dentro de certos
limites e prevenir assim a progressão da doença. - O maior desafio é a DBP que ocorre nos mais
prematuros extremos e esta DBP, acredito, que não
vamos conseguir diminuir com a estratégias
abordadas aqui. Para este tipo de DBP, vamos ter
que ser muito mais sofisticados, muito mais
inteligentes e temos que tentar investigar
quais são os mecanismos que freiam o
desenvolvimento do pulmão deste prematuros
extremos, como a superexpressão do CTFG, fator
profibrótico que desacelera o crescimento
pulmonar. Já temos o conhecimento dos mecanismos
moleculares, mediadores que estão ou aumentados
ou diminuídos nestes RN que acabam inibindo o
desenvolvimento do pulmão. Outra possibilidade
está no uso de células tronco, instilando-as na
traquéia destes RN, regenerando a alveolarização
e formação de vasos. - Será que vamos conseguir prevenir ou nunca a DBP?
Se pegarmos um RN com 23-24-25 semanas, acredito
que nunca vamos conseguir fazer com que estes
pulmões respirando gás tenham um desenvolvimento
totalmente normal. Entretanto, com base nestas
pesquisas, no futuro vamos conseguir ter
certa melhoria no desenvolvimento destes pulmões.
Células-tronco mesenquimais para a displasia broncopulmonarensaio clínico fase 1 de escalação de doseAutor(es) Yun Sil Chang, So Yoon Ahn, Hye Soo Yoo et al. Apresentação Danilo Lima Souza, Paulo R. Margotto
Prevenção da displasia broncopulmonar (IX Congresso Íberoamericano de Neonatologia-SIBEN, 20-203/6/2012)Autor(es) Eduardo Bancalari (EUA)
57OBRIGADO!
Ddos Karen, Marcos Felipe, Isadora, Dr. Paulo R.
Margotto e Dda Ana Carolina