Title: Redes de forma
1Redes de formação/ redes de conhecimentos a
trama cotidiana em imagens e narrativas NILDA
ALVES
2Metáfora da árvore de um ponto a outro é
obrigatório (coativo e único). (...) Define-se
apenas por relações binárias (bifurcações,
dicotomias, etc). Assim, o espaço é completamente
ordenado. A árvore é a figura (grafia) da
organização burocrática explicita a estrutura
dela, ao mesmo tempo mental e social, prática e
teórica determina a projeção da ordem
hierárquico/ burocrática em múltiplos domínios
(tanto na fisiologia do sistema nervoso quanto no
funcionamento das máquinas de informar quanto
no espaço urbanístico!). (Lefebvre,1983,p.35)
3Metáfora das redes múltiplos percursos para ir
de cada ponto a cada ponto (e até mesmo um
número ilimitado de percursos). A rede implica e
permite uma racionalidade aguçada, mais
complexa. A noção de complexidade, ou melhor de
complexificação, tem a ver com a idéia segundo
a qual o pensamento vai do complexo (analisado
por redução) ao mais complexo (captado por
re-produção), tal como a própria prática social.
(...) Pode-se supor que, hoje, uma série de
procedimentos analíticos envolvendo o espaço e
suas implicações técnicas vão se deslocar da
árvore para a rede, inclusive a análise do espaço
mental e social, do conhecimento, da linguagem,
dos processos sociais, da realidade urbana. É de
notar que se trata de espaços não completamente
ordenados, ou seja, de estruturas semi-rigorosas
(lattices), não estruturas rigorosas como
crêem, ou parecem crer, os estrururalistas. (
Lefebvre, 1983, p.35-36).
4A coerência da proposta vencedora, a panótica, é
o efeito de um sucesso particular, e não a
característica de todas as práticas tecnológicas.
Sob o monoteísmo aparente a que se poderia
comparar o privilégio que garantiriam para si
mesmos os dispositivos panópticos, sobreviveria
um politeísmo de práticas disseminadas,
dominadas mas não apagadas pela carreira triunfal
de uma entre elas (Certeau, 1994, p.115).
5Os dispositivos e procedimentos hegemônicos
passam a sê-lo na medida em que são capazes de
realizar uma análise total da sociedade, de suas
instituições e dos movimentos que nela se dão, a
partir de sua própria lógica, ou seja aquela que
os transformou em hegemônicos e que, portanto,
será também hegemônica. Isto significa que junto,
nos mesmos processos, perde a capacidade de
analisar e até mesmo admitir todas as outras
lógicas possíveis e existentes no mesmo
espaçotempo, porque se apropriou dele e o entende
seu e, portanto, organizado dentro da sua lógica
e possível de ler com o seu alfabeto.
6Os outros procedimentos se tornam, assim,
inimagináveis. São aqueles que se dão no
cotidiano, executados pelos praticantes
docentesdiscentes discentesdocentes e outros E
estão presentes em IMAGENS e NARRATIVAS
7 8(No Transcript)
9(No Transcript)
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12(No Transcript)
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14(No Transcript)
15 De imagens e iconoclasmos Três longos períodos,
distantes uns dos outros, de iconoclasmos o
primeiro, nas culturas judaico-cristã e islâmica
e na tradição filosófica grega o segundo, no
Império Bizantino, entre os séculos VIII e IX
o terceiro, no século XVI, com a reforma
Protestante -
16- esses três ciclos icoloclastas se ancoraram numa
crença inabalável no poder, na superioridade e na
transcendência da palavra, sobretudo da palavra
escrita e, nesse sentido, não é inteiramente
descabido caracterizar o iconoclasmo como uma
espécie de literolatria o culto do livro e da
letra. Para o iconoclasta, a verdade está nos
Escritos Deus só pode ser representado por meio
da Sua Palavra Deus é Verbo No princípio era
o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era
Deus(João, 1, 1). (Machado, 2001, 11-12)
17É bom lembrar que o papa Gregório I (séc XIII)
dizia que aquilo que a escrita fornece às
pessoas que lêem, a pintura fornece aos
analfabetos (idiotis) que a contemplam, pois
esses ignorantes podem ver aquilo que eles devem
imitar as pinturas são a leitura daqueles que
não conhecem as letras, portanto, elas ocupam o
papel da leitura, sobretudo para os pagãos
(apud Machado, 2001, p 15).
18É bom indicar que Dagodnet (1986 1973) considera
que a imagem é propedêutica ao desenvolvimento da
ciência, indicando que no trabalho iconográfico
dos cientistas semióticos (...) o registro
gráfico desempenha papel heurístico e
metodológico (quando não ontológico) (Machado,
2001 24).
19Assim, no processo de criarem as ciências, a
partir do século XV, os cientistas usaram
imagens de várias formas e para diversos fins,
por um lado, buscando superar as imprecisões e os
excessos retóricos do discurso verbal, e por
outro lado, descobrindo o imenso potencial
simbólico do diagrama , a imagem que organiza e
esclarece, a imagem lógica, a imagem-conceito, a
imagem-rigor, em especial após o século XVIII
(Machado, 2001 25).
20Dagognet (1973), sobre essas imagens usadas tão
fartamente por cientistas de tão diferentes
áreas, alerta que é um grande erro tomar essas
figuras como meros auxiliares didáticos ou
ilustrações cômodas, pois, ao contrário, elas
constituem um instrumento heurístico
privilegiado não um embelezamento, uma
simplificação ou ainda um recurso pedagógico de
difusão facilitada, mas uma verdadeira
re-escritura, capaz, ela própria, de transformar
o universo e de reinventá-lo (apud Machado,
200125).
21- As imagens nos remetem a narrativas que se
atualizam nos contatos com nossas redes de
conhecimentos e subjetividades e que nos permitem
compreender de estados dalma a segregações
raciais, de artefatos culturais materiais a
ideologias. O cotidiano é onde vivemos e onde
formamos, conhecimentos e valores, conhecimentos
especiais que nos levam à ação.
22 23 Isto não é uma obra de história. (...) É uma
antologia de existências. Vidas de algumas linhas
ou de algumas páginas, desditas e aventuras sem
número, recolhidas numa mão-cheia de palavras.
Vidas breves, achadas a esmo em livros e
documentos. Exempla, mas, ao contrário daqueles
que os sábios recolhiam no decurso de suas
leituras, são exemplos que têm menos de lições a
serem meditadas, do que breves efeitos cuja força
se desvanece quase imediatamente. Agradar-me-ia
designá-los com o termo de novelas, pela dupla
referência que ele comporta ao desembaraço da
narrativa e à realidade dos acontecimentos
relatados pois é tal a coesão das coisas ditas,
nestes textos, que ficamos sem saber se a
intensidade que os percorre vem mais do fulgor
das palavras ou da violência dos fatos de que
eles estão repletos. Vidas singulares, não sei
porque acasos tornadas estranhos poemas, eis o
que pretendi recolher numa espécie de herbário
(Foucault, 1992,p.89-90)
24exatamente por dizer respeito a pessoas comuns,
a indivíduos isolados e obscuros, que podem ,
além disso serem estranhos, a História Oral não
se concentra nas pessoas médias, mas não raro
considera mais representativas aquelas que são
extraordinárias ou incomparáveis. (...) Assim,
o escravo que foi punido com cem chibatadas pode
esclarecer mais a instituição da escravatura do
que aqueles que foram chicoteados 0,7 vezes por
ano. O número extremamente reduzido de
toxicômanos, em uma cidadezinha industrial, pode
fornecer indicações inestimáveis sobre a
experiência dos jovens como um todo. Além disso,
um contador de histórias criativo ou um brilhante
artista da palavra constituem fonte de
conhecimento tão rica quanto qualquer conjunto de
estatísticas (Portelli, 1997, p.17).
25As imagens e linguagens disponíveis usadas no
relato público nunca se encaixam perfeitamente
às experiências pessoais e há sempre uma tensão
que pode ser manifestada através de um
desconforto latente, da comparação ou da
avaliação. No entanto, os relatos coletivos que
usamos para narrar e relembrar experiências não,
necessariamente, apagam experiências que não
fazem sentido para a coletividade. Incoerentes,
desestruturadas e, na verdade, não-relembradas,
essas experiências podem permanecer na memória e
se manifestar em outras épocas e lugares
sustentadas talvez por relatos alternativos ou
através de imagens menos conscientes.
Experiências novas ampliam constantemente as
imagens antigas e no final exigem e geram novas
formas de compreensão. A memória gira em torno
da relação passado-presente, e envolve um
processo contínuo de reconstrução e transformação
de experiências relembradas , em função das
mudanças nos relatos públicos sobre o passado.
Que memórias escolhemos para recordar e relatar
(e portanto, relembrar) e como damos sentido a
elas são coisas que mudam com o passar do tempo
(Thomson , 1997, p56-57).
26Narrativas de professoras Nessa época, eu era
obrigada a tocar acordeon...Na foto se pode ver
minha cara de alegria! Meu professor era o
Agostinho Ferreira da Silva que tocava no Clube
do Guri, na extinta TV Tupi. Hoje dizem que a
criança tem muitas atividades, mas também se
tinha naquela época... Eu tocava piano, também.
Era uma certa tendência de moda, né? Até que,
hoje em dia, está retornando, um pouco, o
acordeon, mas houve um tempo que ninguém queria
ver esse instrumento. Era cafona. Naquele tempo
tinha uma atriz de cinema que eu adorava e que o
tocava Adelaide Quiozzo! Toda mãe queria que a
filha tocasse. Minha mãe dizia Canta, canta!
Eu dizia Tocar, eu me animo, mas cantar, não.
Vestidinho rodado e fazendo assim e cantando.
Beijinho doce, de preferência. Eu até me formei
em música., teoria musical, que fiz paralelo com
o acordeon. Foi com 14 anos, na mesma época em
que eu terminei o ginásio. Aí, a minha mãe deixou
eu começar a estudar piano, pois eu só podia
estudar piano se primeiro terminasse acordeon.
Porque ela não podia comprar o piano, só podia
comprar o acordeon. Eu pedi uma bicicleta e
ganhei isso de presente!
27Como é que eu vou fazer com essas crianças que
têm dificuldades de aprender? Aonde é que eu
buscar resposta para isso? Por que me diziam que
tinha que ser linear? Por que é que eu não posso
mudar essa matemática? Por que a matemática tem
que ser trabalhado junto com a realidade, senão o
aluno não vai entender. Foi aí, lembrando da
Aparecida que me levava à realidade, da Léa que
me ensinou a usar o ábaco... Fiz um resgate da
minha vida passada. Talvez só aqui, eu tenha
parado para me encontrar em educação. Bonito,
hein? Nem a Secretaria sabe disso! Nem a
Secretaria sabe disso. Nem eu sabia até agora!
Mas, foi!
28Levava os alunos para andar de helicóptero, no
Bateau Mouche, antes de afundar... O pior é que
as crianças faziam xixi nas calças, quando
andavam de helicóptero. Era muito engraçado! Era
medo. Eu era diretora, mas eu sempre fui meio
louca. Tanto é que eu fiz uma festa pra arrumar
dinheiro... Vendia laranjas na porta da Escola
José de Alencar ficava ali vendendo para os
taxistas. Tudo para arrumar dinheiro para fazer
obra na escola. Era muito engraçado. Foi muito
divertido. Essas crianças queriam passear.
Moravam todas na favela do Morro Azul... Eu
pegava os mais pobrezinhos, que eu sabia que
nunca iam fazer nada disso... tinha o
Supermercado Disco que fazia aquela promoção
Disco o caminho certo!
29Era um sorteio para passear de helicóptero, no
Bateau Mouche.... Eu fui no Disco e conversei com
o gerente de promoção. Tenho até uma foto dele
com o microfone na mão. Disse assim Escuta
aqui, como é que é essa história de passeio? É o
seguinte eu tenho uma escola que só tem criança
pobrezinha, então, eu quero levá-las para
passear. Faz uma coisa essa promoção não
existe não, entendeu? A gente bota um ou dois,
que a gente sorteia, mas o resto a gente tem que
ficar fotografando. Então está ótimo, você vai
fotografar a minha escola inteira e fazer
propaganda com ela. Agora, tem uma coisa... E
nós passamos quase três meses, toda semana ia uma
turma da escola passear, ou de helicóptero ou de
barco. A escola inteira passeou.
30Os movimentos das pesquisas nos/dos/com os
cotidianos
- o sentimento do mundo é preciso mergulhar com
todos os sentidos no que desejo estudar - 2. virar de ponta cabeça - compreender que o
conjunto de teorias, categorias, conceitos e
noções que herdamos das ciências criadas e
desenvolvidas na chamada modernidade, e que
continuam sendo um recurso indispensável, não é
só apoio e orientador da rota a ser trilhada,
mas, também e cada vez mais, limite ao que
precisa ser tecido - 3. beber em todas as fontes - a necessidade de
incorporação de fontes variadas, vistas
anteriormente como dispensáveis e mesmo
suspeitas - 4. narrar a vida e literaturizar a ciência para
comunicar novas preocupações, novos problemas,
novos fatos e novos achados nos é indispensável
uma nova maneira de comunicar que nos torne
acessíveis a todos os públicos
31Acontecimento é preciso entendê-lo não como
uma decisão, um tratado, um reinado ou uma
batalha, mas como uma relação de forças que se
inverte, um poder confiscado, um vocabulário
retomado e voltado contra seus usuários, uma
dominação que se debilita, se distende, se
envenena a si mesma, e outra que entra,
mascarada. As forças em jogo na história não
obedecem nem a um destino, nem a uma mecânica,
mas efetivamente ao acaso da luta. Elas não se
manifestam como as formas sucessivas de uma
intenção primordial tão pouco assumem o aspecto
de um resultado. Aparecem sempre no aleatório
singular do acontecimento. (Foucault, 1999,
p.145-172)
32Assim sendo, é claro que o acontecimento não é o
que é ou o que acontece, mas é aquilo que estando
ainda não é, seu tempo não é o presente, mas o
futuro. Nesse sentido pois, ao colocar no papel
as idéias que vamos tendo a respeito de
movimentos vividos e de processos experienciados,
vamos introduzindo no texto possíveis expressões
que não conseguem se explicitar inteiramente, nem
disso conseguimos ter inteira compreensão para
expressar em palavras tudo o que pensamos ou
queremos expressar. No entanto, de forma
envenenada ou mascarada algo existe
virtualmente nele. Ora, se para o possível,
como nos ensina Deleuze e Guattari (1995) o que
existe é transformar-se em real sem nenhuma
criação, ao virtual cabe a atualização o que
pressupõe essa criação. É por isso, que Sousa
Dias (1995) indica que o acontecimento virtual
possui a estrutura de um problema a resolver e
persistente, nas suas condições problemáticas (p
92).
33O quinto movimento Ecce femina presente no
texto escrito só apareceria se a criação
atualizasse o virtual, se a crítica exercitada no
entrecruzamento de todos os diálogos
estabelecidos após a publicação, no caos com que
se apresentam sempre, criasse, pela repetição, a
diferenciação, como uma música que só se faz
especial para nós, depois de ouvida (e executada)
muitas vezes. Só foi possível criar o ecce
femina porque ele se repetiu, de modo caótico,
uma infinidade de vezes, nas redes tecidas e
retecidas, nas diversas formas de dizer e nos
tantos sentidos possíveis, afinal se
diferenciando do que antes, no já então passado,
foi escrito e que o trouxe virtual.
34Os movimentos das pesquisas nos/dos/com os
cotidianos
- o sentimento do mundo é preciso mergulhar com
todos os sentidos no que desejo estudar - 2. virar de ponta cabeça - compreender que o
conjunto de teorias, categorias, conceitos e
noções que herdamos das ciências criadas e
desenvolvidas na chamada modernidade, e que
continuam sendo um recurso indispensável, não é
só apoio e orientador da rota a ser trilhada,
mas, também e cada vez mais, limite ao que
precisa ser tecido - 3. beber em todas as fontes - a necessidade de
incorporação de fontes variadas, vistas
anteriormente como dispensáveis e mesmo
suspeitas - 4. narrar a vida e literaturizar a ciência para
comunicar novas preocupações, novos problemas,
novos fatos e novos achados nos é indispensável
uma nova maneira de comunicar que nos torne
acessíveis a todos os públicos - 5. Ecce femina a presença necessária dos
praticantes, em imagens e narrativas
35O artigo por mim assinado, publicado em 2001, foi
assumido, na saída, como uma obra coletiva,
remetida aos diversos grupos de pesquisa que
coordenei (Alves, 200113). Ou seja, entendi-a
como uma obra cuja criação não era devida à
subjetividade criadora da autora. Busquei
mostrar, ainda, que isso se deu, também, no
segundo processo de criação,
36- com os acontecimentos de uma vida, as coisas,
gentes, livros, idéias e experiências que
consubstanciam em nós, insensivelmente até com os
nossos devires e que traçam a nossa autêntica
individualidade. E faz-se com tudo isso não
enquanto vivências subjetivas, percepções,
afeições e opiniões de um eu, mas como
singularidades pré-individuais, infinitivos
supra-pessoais e, como tal, partilháveis,
comunicáveis, correntes de vida transmissíveis.
Escreve-se, pinta-se, compõe-se sempre com a
multiplicidade que há em nós, que cada um de nós
é, o sujeito criador é sempre coletivo, o nome do
autor sempre a assinatura de uma sociedade
anônima (Sousa Dias, 1995 104-105)
37Em um texto de Deleuze encontramos uma indicação
importante para as pesquisas nos/dos/com os
cotidianos. Refiro-me às idéias de
acontecimentos, como mundos possíveis
conceituais, e de personagens conceituais.
38Sobre personagens conceituais Sousa Dias diz
que os personagens conceituais (...) designam
(...) elementos íntimos da atividade filosófica,
condições dessa atividade, os intercessores do
pensador, as figuras ideais de intercessão sem as
quais não há pensamento, filosofia, criação de
conceitos (p.61-62) Ou em Deleuze Os
personagens conceituais são os heterônimos do
filósofo, e o nome do filósofo, o simples
pseudônimo dos seus personagens (p.62)
39Alguns dos personagens conceitos? O demônio
para Sócrates Sócrates para Platão O Homem
simples ou o Senhor-toda-a-gente para
Descartes O Advogado de Deus para Leibniz O
Inquiridor do empirista O Juiz em Kant O
Nômada em Deleuze O Funcionário da Humanidade
para Husserl O Observador para
Einstein (lembrados em Sousa Dias, 1995)
40Nessa mesma direção, afirmo que, para as
pesquisas nos/dos/com os cotidianos, as
narrativas e as imagens de professoras e todos os
praticantes dos espaçostempos cotidianos não
podem ser somente entendidas como fontes ou
como recursos metodológicos. Elas ganham o
estatuto, e nisso está sua necessidade,
de personagens conceitos
41Sem narrativas (sons de todo o tipo) e imagens
não existe a possibilidade de pesquisa nos
cotidianos. Assim, ao contrário de vê-las como um
resto rejeitável, dispensável do que buscamos, é
preciso tê-las, respeitosamente,
como personagens conceitos necessários
42Referências bibliográficas ALVES, Nilda.
Decifrando o pergaminho o cotidiano das escolas
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Inês Barbosa de e ALVES, Nilda. Pesquisa no/do
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Rio de Janeiro D,PA, 2001 13 - 38. CERTEAU,
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1986. ___________. Écriture et iconographie.
Paris, J.Vrin, 1973. DELEUZE, Gilles e GUATTARI,
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Microfísica do poder. Rio de Janeiro Graal, 14a
ed, 1999. ___________. O que é um autor? Lisboa
VEJA, 1992. LEFEBVRE, Henri. Lógica formal
lógica dialética. Rio de Janeiro Civilização
Brasileira, 1983. MACHADO, Arlindo. O quarto
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Alessandro. Tentando aprender um pouquinho
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In ANTONACCI, Maria Antonieta e PERELMUTTER,
Daisy (orgs). Projeto História ética e história
oral. S. Paulo PUC/SP, abr./97, (15) 13
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Recompondo a memória questões sobre a relação
entre a história oral e as memórias. In
ANTONACCI, Maria Antonieta e PERELMUTTER, Daisy
(orgs). Projeto História ética e história oral.
S. Paulo PUC/SP, abr./97, (15) 51 84.