Title: Apresenta
1UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTAUNESP - Campus de
Bauru/SPFACULDADE DE ENGENHARIADepartamento de
Engenharia Civil
2151 CONCRETOS ESPECIAIS CONCRETO MASSA
CONVENCIONAL E COMPACTADO COM ROLO PARA
BARRAGENS Prof. Dr. PAULO SÉRGIO DOS SANTOS
BASTOS (wwwp.feb.unesp.br/pbastos)
2CONCRETO MASSA CONVENCIONAL E COMPACTADO COM ROLO
PARA BARRAGENS
Selmo Chapira Kuperman, Concreto massa
convencional e compactado com rolo para
barragens. Concreto, Ensino, Pesquisa e
Realizações, São Paulo, Ed. Geraldo Cechella
Isaia, IBRACON, 2005, pp.1259-1295.
3CONCRETO MASSA CONVENCIONAL E COMPACTADO COM ROLO
PARA BARRAGENS
INTRODUÇÃO Histórico
- Definição de Concreto Massa aquele que, ao ser
aplicado numa estrutura, requer a tomada de
precauções que evitem fissurações derivadas de
seu comportamento térmico.
4Precauções
- - refinar proporções dos materiais
- proteger fôrmas e superfícies expostas
- utilizar agregados com propriedades térmicas
adequadas - pré-esfriar os materiais constituintes do
concreto, utilizar gelo - colocar o concreto em vários níveis.
5Histórico
- Primeiras aplicações do concreto massa em
barragens (de gravidade) brasileiras, no início
do século XX. - Consumo
- Até 1950 1 milhão m3
- 50 a 60 2 milhões m3
- Anos 60 7 milhões m3
- Anos 70 23 milhões m3
6Histórico
- Itaipu 750 m3/h
- Tucuruí 500 m3/h
- Até 1980 empregava a metodologia do concreto
convencional aplicada ao com-creto massa para
barragens, com trabalhabilidade e consistência
adequa-das e adensamento com vibradores de
imersão.
7Concreto massa - Itaipu
http//ademaraigner.blogspot.com.br/2009/01/histri
acultura-3.html
8http//www.ebanataw.com.br/roberto/concreto/conc10
.htm
Concreto massa - Tucuruí
9Histórico
- 1986 primeira barragem construída com concreto
compactado com rolo CCR (135 mil m3 em 110
dias). Testes desde 1976, em partes de barragens. - CCR concreto de consistência seca que, no estado
fresco pode ser produzido, transportado, lançado
(espalhado) e compactado com equipamentos
empre-gados em serviços de terraplanagem. - Barragens uma camada imediatamente sobre a
anterior.
10Histórico
- 350 barragens construídas no mundo com CCR (50 no
Brasil). - CCR proporciona rapidez construtiva e economia.
- Diferenças entre concreto massa com-vencional e
CCR consistência e método de adensamento. - CMC vibradores de imersão
- CCR passagem de rolo compactador.
11CCR - Barragem
12CCR - Barragem
13CCR - Barragem
14CCR - Barragem
http//berimbaunoticias.blogspot.com.br/2011/03/fo
i-lancada-ha-poucos-dias-ultima-carga.html
15CCR - Barragem
http//www.infraestruturaurbana.com.br/solucoes-te
cnicas/13/artigo254506-3.asp
16CCR - Barragem
http//www.infraestruturaurbana.com.br/solucoes-te
cnicas/13/artigo254506-3.asp
17Concreto massa refrigerado
http//www.cimentoitambe.com.br/massa-cinzenta/tec
nologia-reduz-tempo-de-construcao-de-usinas/
18CCR - Pavimentação
19CCR - Pavimentação
20CCR - Pavimentação
21CCR - Pavimentação
22CCR - Pavimentação
23CCR - Pavimentação
24CCR - Pavimentação
25CONDICIONANTES
- Tipo de concreto massa numa barragem depende das
necessidade de projeto e tensões atuantes. - Barramento (barragem de gravidade) com alturas lt
80 m. - Ilha Solteira 10 a 15 MPa aos 180 dias, com 63
kg/m3 de cimento e 21 kg/m3 de pozolana - Itaipu idades de controle de 90 a 360 dias, de
10 MPa (90 kg/m3 de cimento) a 21 MPa.
26Concreto massa Ilha Solteira
http//energiainteligenteufjf.com/tag/hidreletrica
/page/2/
27CONDICIONANTES
- Resistências baixas com objetivo de reduzir o
consumo de cimento, para minimizar as tensões de
origem térmica, reduzir reações
álcalis/agregados e redu-zir custos. - Outros condicionantes variações am-bientais,
alturas de camadas, velocidades de lançamento,
temperaturas de lança-mento, espaçamento de
juntas de contração entre blocos da barragem.
28Reação álcalis-agregado (RAA) é um processo
químico onde constituintes mineralógicos do
agregado reagem com hidróxidos alcalinos
(provenientes do cimento, água, agregados,
pozolanas, etc.) que estão dissolvidos na solução
dos poros do concreto. Como produto da reação
forma-se um gel higroscópico expansivo. A
manifestação da reação álcalis-agregado pode se
dar de várias formas, desde expansões,
movimentações diferenciais nas estruturas e
fissurações até pipocamentos.
29Reação álcalis-agregado
http//www.consultoriaeanalise.com/2011/11/reacoes
-alcali-agregado.html
30Reação álcalis-agregado
http//reconpoxi.goldenbiz.com.br/
31MATERIAIS - Cimentos
- Todos tipos podem ser utilizados em concretos
massa. - Preferência pelos cimentos de baixo calor de
hidratação (CP IV - Pozolânico) ou de escória de
alto forno (CP III Alto forno). - É comum substituição de parte do cimento por
pozolana.
32- CP III Alto forno (com escória)
- Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade,
além de baixo calor de hidratação, assim como
alta resistência à expansão devido à reação
álcali-agregado, além de ser resistente a
sulfatos. É um cimento que pode ter aplicação
geral em ... mas é particularmente vantajoso em
obras de concreto-massa, tais como barragens,
peças de grandes dimensões, fundações de
máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos,
tubos e canaletas para condução de líquidos
agressivos, esgotos e efluentes industriais,
concretos com agregados reativos, pilares de
pontes ou obras submersas, pavimentação de
estradas e pistas de aeroportos.
33CP III Alto forno
A adição de escória de alto-forno confere maior
impermeabilidade e durabilidade ao concreto, além
de reduzir o calor de reação e proporcionar maior
resistência química ao produto. É particularmente
vantajoso em obras de barragens, peças de grandes
dimensões, fundações de máquinas, pilares, obras
em ambientes agressivos, tubos e canaletas para
condução de líquidos agressivos, esgotos e
efluentes industriais.
http//www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/
34/artigo211891-1.asp
34- CP IV Pozolânico
- Para obras correntes, sob a forma de argamassa,
concreto simples, armado e protendido, elementos
pré-moldados e artefatos de cimento. É
especialmente indicado em obras expostas à ação
de água corrente e ambientes agressivos. O
concreto feito com este produto se torna mais
impermeável, mais durável, apresentando
resistência mecânica à compressão superior à do
concreto feito com Cimento Portland Comum, a
idades avançadas. Apresenta características
particulares que favorecem sua aplicação em casos
de grande volume de concreto devido ao baixo
calor de hidratação.
35CP IV Pozolânico
Com adição de pozolanas (cinzas volantes), é
indicado para argamassas, concretos simples,
armado e protendido, elementos pré-moldados e
artefatos de cimento, além de obras expostas à
ação de água e ambientes agressivos. Em casos de
grande volume de concreto também oferece baixo
calor de reação.
http//www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/
34/artigo211891-1.asp
36MATERIAIS - Agregados
- Pode atingir 90 do volume total do concreto
massa.
Agregados para concreto massa convencional
Vantajosa a adoção de faixas granulomé-tricas
diferentes das indicadas na NBR 7211/05
(Agregado para concreto Especificação). Utiliz
ação de agregados com dmáx de até 152 mm.
37MATERIAIS Agregados para concreto massa
convencional
- Mistura de 19, 38, 76 e 152 mm.
- Vantagens econômicas 25, 50 e 100 mm.
- Motivo economia de cimento devido à diminuição
de vazios para uma distribui-ção granulométrica
adequada. - Agregados graúdos devem possuir mas-sa
específica adequada (2,65 t/m3 em média) e baixa
absorção.
38MATERIAIS Agregados para concreto massa
convencional
- Agregados miúdos composições granu-lométricas
visando melhores característi-cas dos concretos
com menor consumo de cimento. - Em barragens, utilização de misturas dos
agregados naturais e de britagem (das rochas
escavadas).
39MATERIAIS - Agregados para concreto massa
convencional
- Cuidados especiais com a reação álcali-agregado
(RAA). Todos os agregados são reativos, até que
se prove o contrário. - Uso de materiais pozolânicos (pozolanas, sílica
ativa) podem neutralizar a reação.
40MATERIAIS Agregados para CCR
- Agregados que não atendem especifica-ções podem
ser aplicados com sucesso. - Utilização de materiais próximos à obra.
- Dmáx 38, 50 mm.
- No caso de barragens de gravidade, busca-se a
máxima massa específica, com o menor volume de
vazios possível.
41MATERIAIS - Agregados para CCR
- Utilização de finos para preencher vazios,
reduzir permeabilidade, aumentar coesão, e
melhorar concreto endurecido. - Exemplos material pulverulento, mate-rial
pulverizado artificialmente, materiais
pozolânicos, escória alto-forno moída, silte.
42Pozolana Pozolanas são substâncias naturais ou
artificiais de composição essencialmente silicosa
ou sílico-aluminosa que, por si sós, não possuem
atividade hidráulica, mas quando finamente moídas
reagem com o hidróxido de cálcio na presença de
umidade e à temperatura ambiente para formar
compostos com propriedades ligantes (NBR
12.653/1992).
43Escória de alto-forno Resíduo não metálico da
produção de ferro gusa. Quando resfriada
bruscamente (granulada) possui propriedades
aglomerantes.
- http//www.danieli-corus.com/po/iron-granulation.p
hp
44A escória líquida é transportada para os
granuladores, que são equipamentos onde ela é
resfriada bruscamente por meio de jatos de água
sob alta pressão. Não havendo tempo suficiente
para formação de cristais, essa escória se
granula "vitrificando" e recebe o nome de Escória
Granulada de Alto-Forno.
http//www.cst.com.br/produtos/co_produtos/catalog
o_produtos/escoria_forno/escoria_granulada.asp
45A Escória Granulada de Alto-Forno apresenta-se,
macroscopicamente, com um aspecto de uma areia
grossa, porosa, de fratura vítrea observada com
lupa, com um tamanho máximo do grão, de 5 mm, cor
branca amarelada e marrom. A escória bem
granulada é essencialmente amorfa. A
característica mais importante da Escória
Granulada de Alto-Forno é sua capacidade
hidráulica potencial, que permite que, quando
moída e em contato com a água, ela endureça
(propriedade cimentante), podendo substituir o
clínquer, material utilizado tradicionalmente na
fabricação de cimentos compostos.
http//www.cst.com.br/produtos/co_produtos/catalog
o_produtos/escoria_forno/escoria_granulada.asp
46MATERIAIS - Adições
- Materiais pozolânicos cinza volante, pozolanas
artificiais (argila calcinada moída), escória
alto-forno moída, meta-caulim, sílica ativa. - Cinza volante material finamente particulado
proveniente da queima de carvão pulverizado em
usinas termoelé-tricas, com o objetivo de gerar
energia.
47Cinza volante
48MATERIAIS - Adições
- Cinzas volantes Itaipu (10 a 22 ), Itumbiara
(15 a 30 ). - Utilização de cimentos pozolânicos eliminou
aplicação desses materiais na betoneira.
49MATERIAIS - Aditivos
- Concreto massa incorporadores de ar, redutores
de água e retardadores de pega. - Para garantir boa trabalhabilidade, reduzir
quantidade de água e cimento. - CCR retardador de pega, para camada inferior
receber camada superior, visan-do garantir
aderência entre ambas.
50PRODUÇÃO, TRANSPORTE E LANÇAMENTO Concreto Massa
Convencional
- Controle eficiente das dosagens.
- Existência de silos, balanças, etc.
- Pode ser fornecido por empresas ou pela central
instalada no canteiro de obras. - Dimensionar o número de betoneiras em função do
tempo de mistura, carga, descarga e cronograma
construtivo.
51PRODUÇÃO, TRANSPORTE E LANÇAMENTO Concreto Massa
Convencional
- A betoneira é função do concreto, principalmente
dmáx do agregado. - Tempo máximo de transporte 45 min, para não
ocorrer perda de trabalhabi-lidade. - Tipos caçambas, caminhões, monovias, etc.
52PRODUÇÃO, TRANSPORTE E LANÇAMENTO CCR
- A capacidade de produção e transporte limita a
execução. - Sem aditivo retardador de pega lança-mento em 15
min, espalhamento em 15 min, compactação em 15
min. - Existem equipamentos para produzir, transportar e
lançar mais de 500 m3/h.
53ADENSAMENTO
- Concreto massa convencional uso de vibradores de
imersão, com diâmetro variável de 90 mm a 150 mm.
Visa assegurar melhor qualidade e estanquei-dade
do concreto. Deve costurar as camadas. - CCR sucessivas passagens de rolo vibratório.
Depende da altura da camada e da consistência do
concreto. Neces-sário fazer ensaios prévios reais
para definir número de passadas (vibratório ou
estático).
54CURA
- É fundamental para se atingir a qualidade
esperada para o concreto. - Alta área de contato com ar favorece evaporação e
retração por secagem, podendo prejudicar a
aderência entre camadas sucessivas. - Aplicar água para a cura (diversas formas
possíveis). - Iniciar com o concreto rijo, máximo de dias
possíveis (21 dias).
55REFRIGERAÇÃO DO CONCRETO
- Sistemas para concreto massa pré-resfriamento e
pós-resfriamento. - Pré-resfriamento refrigeração dos agre-gados
graúdos, água gelada e escamas de gelo. - Estudos de tensões de origem térmica para definir
nível de refrigeração. Níveis diferentes nas
barragens brasileiras.
56REFRIGERAÇÃO DO CONCRETO
- Para concreto massa com 7 graus refrigerar
agregados graúdos, uso de gelo em escamas e água
gelada. - Sem agregados refrigerados 16, 18 graus.
- Ajuda evitar fissuras devido à temperatu-ra, e
possibilita a redução do cimento 0,3 para cada
grau. - CCR não se faz refrigeração devido baixo consumo
de cimento (80 kg/m3).
57CAMADAS DE CONCRETAGEM
- Camadas de concreto massa juntas de concretagem.
- Devem ser tratadas para garantir
imper-meabilidade e aderência. - Remoção criteriosa da película de exsudação é
fundamental. - Para concretos não refrigerados camadas com 1 m
espessura máxima, e 2,5 m para refrigerados, com
subcamadas de 50 cm (para possibilitar penetr.
agulha).
58CAMADAS DE CONCRETAGEM
- Intervalos de lançamento variável de 5 a 15 dias.
- Tratamento das juntas jato de água com alta
pressão (40 MPa), corte verde jateamento com
água a baixa pressão (7 MPa) na superfície após o
fim da pega. - Argamassa de ligação só quando nada for feito.
59CAMADAS DE CONCRETAGEM
- CCR poderia ter camadas contínuas, sem
interrupções. - No Brasil, camadas de 30 cm até atingir 2 a 2,5 m
(altura da fôrma). Novas camadas após 3 a 7 dias. - Ênfase na limpeza e preparação das juntas (ponto
fraco da estrutura). - Comum lançamento de argamassa com 2 cm de
espessura pode também camada de concreto
(concreto de berço) ou calda de cimento.
60JUNTAS DE CONTRAÇÃO
- As barragens de concreto são separadas em blocos
por juntas de contração. - Visa controlar as alterações dimensionais
causadas pelas variações térmicas dos concretos
(restringidas pela aderência da estrutura às
fundações). - Dimensões dos blocos entre 15 e 40 m, sendo 20 e
30 m a maioria, tanto para concreto massa
convencional quanto CCR.
61JUNTAS DE CONTRAÇÃO
- Juntas de contração uso de plástico (no CCR),
madeira, própria fôrma (delimita os blocos de
CMC).
62CONTROLE DE QUALIDADE
- É fundamental devido aos grandes volumes de
concreto lançados (2.000 a 15.000 m3/dia). - Verificações rotineiras seguindo padrões
pré-estabelecidos para cada obra. Todas as fases,
desde os materiais até o acabamento do concreto
massa.
63OBRAS EMBLEMÁTICAS Usina de Ilha Solteira Usina
de Itaipu Usina de Tucuruí Barragem Saco de Nova
Olinda Barragem do Jordão Usina de Lajeado