Title: Apresenta
1 UNIVERSIDADE DO AMAZONAS FACULDADE DE ESTUDOS
SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E ANÁLISE PLANO
DE CURSO Disciplina ECONOMIA POLÍTICA Carga
horária 60 horas Professor PAULO FELIZOLA DE
ARAÚJO I EMENTA 1) Valor e mercadoria. 2)
Teoria da mais-valia. 3) Teoria marxista da
acumulação. 4) Teoria marxista da reprodução do
capital. 5) Teoria marxista das crises. 6) Teoria
da Renda da Terra. 7) Teoria do capital
financeiro. II OBJETIVO Oferecer uma
introdução à teoria econômica de Marx, que
permita ao aluno, ao final do curso, entender a
natureza e as especificidades inerentes ao
capitalismo, através da análise da realidade
econômica e social.
2- III INTRODUÇÃO
- A Escola Mercantilista. OSER (1983) Cap 2 HUNT
(1989) Cap 2. - A Escola Fisiocrata. OSER (1983) Cap 3 HUNT
(1989) Cap 2 NAPOLEONI (1983) Cap II. - A Escola Clássica. . OSER (1983) Caps 4, 5 6 7 e
8 HUNT (1989) Caps 3, 4 e 5 NAPOLEONI (1983)
Caps III e IV.
3- A TEORIA MARXISTA DO VALOR
- 4.1 Valor Substância e Magnitude.
- MARX (1980) Livro I Cap I item 1 RUBIN (1980)
Cap. VIII e XI. - A problemática do trabalho.
- MARX (1980) Livro I Cap I item 2 RUBIN (1980)
Cap. XIII a XVI. - A Forma do valor.
- MARX (1980) Livro I Cap I item 3 RUBIN (1980)
Cap. XII De PAULA (1984). - - Divisão do Trabalho, a mercadoria e o mercado
o fetichismo da mercadoria. - MARX (1980) Livro I Cap. I item 4 RUBIM (1980)
Cap I a VII eX.
4- TEORIA DA MAIS-VALIA
- 5.1 - Como o dinheiro se transforma em capital.
- MARX (1980) Livro I Cap. IV
- 5.2 Processo de trabalho e processo de
valorização - MARX (1980) Livro I Cap.V e VI MARX (1975) pág.
29 a 92. - 5.3 Mais-valia absoluta e relativa.
- MARX (1980) Livro I Cap. VII a XVI.
- 5.4 Trabalho produtivo e improdutivo.
- MARX (1975) Pág. 93 a 113 MARX (1980) Cap. IV
RUBIN (1980) Cap. XIX SINGER (1981). - 5.5 Formas de organização e controle do
processo de trabalho Taylorismo e Fordismo. - GRAMSCI (1986) Parte VI BRAVERMAN (1977) Cap. 1
a 10 FERREIRA (1984).
5- 6.TEORIA MARXISTA DA REPRODUÇÃO DO CAPITAL.
- 6.1 A reprodução simples
- MARX (1980) Livro II Cap. XX
- 6.2 A reprodução ampliada
- MARX (1980) Livro II Cap. XXI
- SINGER, Paul. Trabalho produtivo e excedente
IN Revista de economia Política. S. Paulo,
Brasiliense, vol.1, janeiro-março de 1981
6- 7.TEORIA MARXISTA DA ACUMULAÇÃO DO CAPITAL.
- 7.1 A.Lei geral da acumulação capitalista
- MARX (1980) Livro I cap XXIII
- 7.2 A.acumulação primitiva
- MARX (1980) Livro I cap XXIV
7- 8. TEORIA MARXISTA DAS CRISES
- MARX (1980) Livro III, Cap. XII XIV e XV.
- 9.A TEORIA DO CAPITAL FINANCEIRO
- MARX (1980) Livro III Cap. XVI a XXXIII
HILFERDING (1973) primeira parte.
8- IV ESTRATÉGIAS
- Leitura de todos os textos indicados no conteúdo
programático, antes que os respectivos assuntos
sejam discutidos na sala de aula. - Na primeira hora de cada aula, o professor fará
uma abordagem sumária e objetiva sobre o assunto
objeto da aula - Na segunda hora de cada aula será desenvolvida
uma discussão sobre o assunto, tendo por base os
questionamentos levantados na prévia e a
exposição do professor - Serão feitas orientações individuais, ou em grupo
de, no máximo quatro alunos, a todos que assim
desejarem, em horário a combinar. - V AVALIAÇÃO
- Será feito um único trabalho.
9- VI BIBLIOGRAFIA
- BELUZZO, Luiz G. De M. Valor e Capitalismo. S.
Paulo, Brasiliense, 1980. - BRAVEMAN, Harry. Trabalho e Capital Monopolista.
Rio de Janeiro, Zahar, 1977. - DE PAULA. João A. Ensaios sobre atualidade da
lei do Valor. IN Revista de economia política.
S. Paulo, Brasiliense, vol. 4 abril- junho de
1984. - FERREIRA, Cândido G. Processo de Trabalho,
Tecnologia e Qualificação. Notas para discussão.
Belo Horizonte, CEDEPLAR, 1984. - GRAMSCI, Antônio. Maquiavel, a política e o
Estado Moderno. Rio de janeiro, Civilização
Brasileira, 1986. - HUNT, E. K. História do pensamento econômico. Rio
de janeiro Campus, 1989. - LUXEMBURGO, Rosa. A Acumulação de Capital. Rio de
janeiro, Zahar, 1970. - MARX, Karl. O Capital. Rio de janeiro,
Civilização Brasileira, 1980. - ___________. Teoria da Mais -valia História
crítica do pensamento econômico. Rio de janeiro,
Civilização Brasileira, 1980a Vol. I. - ___________. Capítulo inédito de capital. Porto,
Publicações escorpiões 1975. - NAPOLEONI, Cláudio. Smith, Ricardo, Marx. Rio de
Janeiro, Graal, 1981. - OSER, Jacob. História do Pensamento Econômico.
São Paulo Atlas, 1983. - RICARDO, David. Princípios de Economia Política e
de Tributação. S. Paulo, Abril Cultural, 1982. - RUBIN, Issak. A Teoria Marxista do valor. S.
Paulo, Brasiliense, 1980.
10Conceitos básicos
- Modo de produção
- uma estrutura global formada por estruturas
regionais, com uma autonomia e dinâmica própria,
ligadas a uma unidade dialética, ou seja, uma
estrutura complexa formada por - uma infra-estrutura econômica
- uma superestrutura jurídico-política
- uma superestrutura ideológica.
- Uma estrutura global na qual existe sempre uma
estrutura regional que domina as demais. - Uma estrutura global na qual é sempre o nível
econômico que determina, como estrutura global,
em última instância, as outras estruturas. É
importante acentuar que não é sempre a estrutura
regional econômica que detém o papel dominante
11- Formação Social é um termo que designa uma
sociedade historicamente determinada, um todo
social em um momento de sua existência. - A FS é uma combinação particular,
específica, de vários modos de produção puros.
Assim, a FS constitui por si mesma uma unidade
complexa na qual domina um certo modo de
produção, que determina o caráter dos outros. -
12- Economia Política É a ciência social que
estuda a produção, a distribuição e o consumo dos
bens e serviços que são utilizados para
satisfazer as necessidades humanas.
13- Problema econômico fundamental Os desejos e
necessidades de uma sociedade são ilimitados e os
recursos para efetivar-se a produção dos bens e
serviços que devem atendê-los são limitados. - o que produzir o dilema da escolha que a
sociedade terá que fazer,
diante do leque de possibilidades de produção - como produzir sociedade terá que escolher também
quais os recursos produtivos que serão utilizados
para a produção dos bens e serviços elegidos dado
o nível tecnológico existente - para quem produzir a sociedade terá também que
decidir como os seus membros participarão da
distribuição dos resultados de sua produção, ou
seja, se todos participarão igualmente desses
resultados ou, em caso contrário, quais deles
serão os mais ou menos beneficiados. -
- A maneira como esses problemas são resolvidos
depende do modo de produção predominante (sistema
econômico).
14- I. O contexto social da escola
- Doutrina econômica que apareceu entre a idade
média e o período de triunfo do laissez-faire,
embora as datas variem em países e regiões
diferentes. - Revolução Comercial conjunto de mudanças que
marca a transição da economia estática e
contrária ao lucro, dos fins da Idade Média, para
o dinâmico regime capitalista do século XV e
seguintes.
15- II. Causas da Revolução Comercial
- A conquista do monopólio comercial do
Mediterrâneo pelas cidades italianas - o desenvolvimento de um lucrativo comércio entre
as cidades italianas e os mercadores da Liga
Hanseática, no norte da Europa - a introdução de moedas de circulação geral, como
o ducado veneziano e o florim toscano - a acumulação de capitais excedentes, frutos das
especulações comerciais, marítimas ou de
mineração - a procura de materiais bélicos e o estímulo dado
pelos novos monarcas ao desenvolvimento do
comércio, afim de criar mais riquezas
tributáveis e - a procura de produtos oriundos do extremo Oriente
- Essa combinação de fatores deu aos homens do
começo da Renascença novos horizontes de
opulência e poder e dotou-os com parte do
equipamento necessário à expansão dos negócios. - Era inevitável a insatisfação com o acanhado
ideal das corporações medievais, que proibia o
comércio lucrativo.
16- III. A essência da Escola Mercantilista
17- Os mercantilistas consideravam o ouro e a prata
como a forma mais desejável de riqueza. - Para acumular esse metal, propunham a obtenção de
excedente de exportações, necessárias para um
País que deseja receber pagamentos em moeda.
18- 3. Os mercantilistas promoveram o nacionalismo.
O lucro de um homem representa o prejuízo de
outro. ... Nenhum homem pode receber lucros
exceto pelo prejuízo de outros (Michel de
Montaigne) - 4. O nacionalismo mercantilista implicava em
militarismo.
19- Ênfase sobre as exportações e relutância em
importar. - Os capitalistas mercantes acreditavam na
dominação e exploração de colônias e no monopólio
do comércio em seu próprio benefício. (As
colônias eternamente dependentes).
20- 7. Para promover seus interesses comerciais, os
mercantilistas acreditavam no livre comércio
dentro do país , isto é, opunham-se a impostos
internos, taxas e outras restrições sobre o
movimento de bens, o que não quer dizer que eram
favoráveis à entrada de qualquer pessoa no ramo
do comércio. - 8. O mercantilismo favorecia a existência de um
governo centralizado forte para garantir a
regulamentação dos negócios. (garantir
regulamentação nacional uniforme). - 9. Embora o mercantilismo promovesse riqueza
para a nação, não encorajava a riqueza para a
maioria da população.
21- IV. A quem serviu a Escola mercantilista
22- Aos capitalistas mercantes
- Aos reis e a seus seguidores imediatos
- Aos mais poderosos e fortalecidos, que possuíam
monopólios, detinham privilégios e outros favores
oficiais
23- V. Validade, utilidade e adequação, na época
24- Com o rápido crescimento do comércio que exigia
uma maior circulação e a existência de um
deficiente sistema bancário, justificavam a
acumulação metalista - Sem um sistema de finanças internacionais
desenvolvido, a acumulação de metais preciosos
desempenhou um importante papel na efetuação dos
pagamentos internacionais
25- O uso da teoria quantitativa da moeda
- Mudanças de atitude em relação aos comerciantes e
à prática do lucro - Promoção do nacionalismo
26- VI. Como fomos influenciados pelo Mercantilismo?
27- Desenvolvimento do sistema bancário que superou a
necessidade de as trocas basearem-se em moedas de
ouro ou prata - Os bens de capital passaram a ser a ser itens
mais importantes de riqueza do que o ouro e a
prata - O crescimento conseguido desencadeou grandes
transformações e mudanças de comportamentos
28- Atualmente existem políticas e idéias que se
assemelham às mercantilistas - o nacionalismo
- protecionismo
- garantias de monopólios para encorajar novos
investimentos.
29- VII. OS AUTORES MERCANTILISTA
30Comerciante Inglês, nascido em Londres e
reconhecido como um dos mais destacados membros
da escola mercantilista. Foi um ativo e próspero
comerciante na Itália e Oriente, onde fez grande
riqueza. Regressou a Londres, onde foi membro do
conselho e diretor da Companhia das Índias
Orientais.
Thomas Mun (1571-1641)
31- Em 1621 publicou A Discourse of Trade from
England unto the East Indies. - principal tese enquanto as exportações totais
excedessem as importações totais, a drenagem de
espécies de um país em qualquer ramo de comércio
não importava - Analisando o balanço de pagamentos totais, foi
quem primeiro incluiu itens invisíveis.
32- GERARD MALYNES
- Mercador no comércio exterior
- Não sendo bem sucedido, passou uma temporada na
prisão de devedores - Comissário britânico de comércio na Bélgica
33- Assessor governamental nas questões de comércio e
da moeda. - Embora achasse que o comércio e tráfico fossem
saudáveis, elaborou um lista dos que estavam
isentos de serem mercadores
34- Defendia a regulamentação dos bens para assegurar
a boa qualidade - Tinha pavor da superpopulação e por isso defendia
o apoio aos mercadores que objetivassem descobrir
novas terras - Mais dinheiro, elevados preços bons negócios
35(No Transcript)
36- Escritor inglês que tratou dos temas políticos e
econômicos. - Entre sus obras sobre estas materias, se
destaca Discourses on the Publick Revenues and
on the Trade of England (2 vols. 1698), em que
estuda amplamente o comércio regional da África,
Indias Orientais e ilhas do Pacífico.
CHARLES DAVENANT (1656-1714)
37- Passou grande parte de sua vida ocupando cargos
governamentais relacionados à arrecadação de
impostos e ao controle de importações e
importações - Membro do Parlamento
- Embora se mostrasse um iluminista ou um
eclético, que tentou combinar o novo com o velho,
não passava de um mercantilista ortodoxo
38- Reagiu contra o Ato do Sepultamento em Mortalha
de Lã - Defendeu o benefício do valor completo
- Preferia as guerras dentro do país às no
exterior - Defendeu a regulamentação governamental dos
negócios.
39- Marquis de Seignelay
- intendant des Finances (1661),
- contrôleur général (1665),
- surintendant des Bâtiments,Arts et Manufactures
(1664), - secrétaire d'Etat à la Maison du roi et à la
Marine.
JEAN BAPTISTE COLBERT (Reims, 1619-Paris, 1683)
40- Representa o coração e a alma do mercantilismo
na França, que por isso passou a chamar-se de
COLBERTISMO - Defensor da acumulação de metais preciosos
- Acreditava que a força do estado depende de suas
finanças, que depende da arrecadação de impostos
41- Apoiava a expansão de exportações, redução de
importações e leis que impedissem a saída de ouro
do País - Arquinacionalista e Militar, acreditava que
apenas quatro atividades eram importante
agricultura, comércio, guerra em terra e guerra
no mar
42- As Colônias eram importantes como mercado e
fontes de matérias-prima - Era necessária uma grande navegação e marinha
mercante - Um país só fica mais rico às custa de outros
43- O comércio é uma guerra contínua e amarga entre
nações em busca de vantagens econômicas - Defendeu a regulamentação governamental dos
negócios com fortes características feudais
44- Foi marinheiro, físico, professor de anatomia,
inventor, pesquisador e membro do parlamento,
estatístico e grande proprietário de terras
SIR WILLIAM PETTY (1623-1687)
45- Sir William Petty's quantulumcungue concerning
money 1682 to the Lord Marquess of Halyfax."
46- Defensor do pleno emprego
- Apoiava um comércio exterior mais livre, para
evitar o contrabando - Apoiava a sôbre taxa nas importações de bens de
consumo que eram produzidos internamente - Apoiava a produção mais que o comércio
47 48- I. Introdução
- Foi desenvolvida na França entre 1756 - 1776
- Teve como marco inicial a publicação do Artigo de
Quesnay intitulado Grande Encyclopédie - Apesar de ter subsistido formalmente por apenas
duas décadas, provocou influências por muito mais
tempo.
49- II. O contexto social da Escola
50- CRÍTICAS AO MERCANTILISMO
- Sobre a proibição de importação de mercadorias. A
respeito escreve Nicholas Bardon, na obra A
Discourse of Trade A proibição do comércio é a
causa de sua decadência, pois todos os produtos
estrangeiros são trazidos pela troca com as
mercadorias locais, assim, proibindo-se qualquer
mercadoria estrangeira, impede-se o fabrico e
exportação de parte correspondente da mercadoria
nacional, que pela primeira costumava ser
trocada. Os artífices e mercadores que trabalham
em tais mercadorias perdem seu comércio...
51- Sobre o argumento da balança de comércio. A
respeito escreveu Dudley North, no livro
Discourse Upon Trades Não há muito, houve
grande agitação com pesquisas sobre a balança de
exportação e importação, e com a balança de
comércio, como diziam. Imaginava-se que, se
trouxéssemos mais mercadorias do que mandávamos
para fora, estávamos a caminho da ruína. Pode
parecer estranho ouvirmos dizer, hoje, que todo
o mundo é, quanto ao comércio, apenas uma nação
ou um povo, e que as nações são como pessoas...
... Que não pode haver comércio sem lucro para o
público, pois quando não há lucros, o comércio é
abandonado... ... Quando nenhuma lei pode
estabelecer prêmios, ao comércio, pois estes
devem vir por si mesmos. Equando essas leis são
baixadas em qualquer país, constituem um
empecilho ao comércio, e, portanto, sãom
prejudiciais.
52- Sobre a política mercantiliste dos monopólios,
escreveu Joseph Tucker Nossos monopólios,
companhias públicas e companhias por ações são um
prejuízo e destruição para o comércio livre...
Toda a nação sofre em seu comércio, e fica
privada do comércio com mais de três quartos do
Globo, para enriquecer alguns diretores
ambiciosos. Eles se enriquecem dessa forma, ao
passo que o público se torna pobre.
53- Sobre a noção mercantilista da importância que
para um país tinha o estoque de ouro e prata,
escreveu David Hume Um grande tesouro não traz
vantagens duradouras para um país... ... Em
conseqüência do comércio internacional, todo país
com um dinheiro metálico consegue o volume de
ouro que estabelece seus preços de modo a
equilibrar as importações e as importações... ...
Se considerarmos qualquer reino em si, é evidente
que a maior ou menor abundância de dinheiro não
tem importância pois o preço das mescadoris é
sempre proporcional à abundância do dinheiro.
54- 2. As estruturas
- A estrutura econômica desenvolvida pelo
Colbertismo, principalmente pela regulamentação
detalhada da produção - A indústria foi prejudicada em seu
desenvolvimento em função dos impostos e tarifas
e pedágios internos, que dificultava o movimento
das mercadorias
55- A agricultura vivia sobrecarregada pelas
condições impostas pela nobreza que era a
proprietária das terras - As guildas continuaram a ser um grande obstáculo
ao impedir a entrada de mão-de-obra especializada
em certas ocupações - A escola Fisiocrata foi assim uma reação contra
uma sociedade corrupta e decadente e a um
mercantilismo com fortes características feudais.
56- Controle demasiado da indústria estimulou a luta
pela ausência total de controle. - Turgot escrevendo sobre Gournay Espantou-se ele
ao verificar que um cidadão não podia fazer nem
vender nada sem ter comprado o direito disso,
conseguido, por alto preço, sua admissão numa
corporação... Nem havia imaginado que um Reino
onde a ordem de sucessão fora estabelecido apenas
pela tradição... ... O governo teria
condescendido em regulamentar, por leis
expressas, o comprimento e largura de cada peça
de tecido, o número de fios de que deve ser
formada, e consagrar com o selo da legislatura
quatro volumes in-quarto cheios desses detalhes
importantes, bem como deixar numerosas leis
ditadas pelo espírito monopolista. Não o
surpreendeu menos ver o governo ocupar-se da
regulamentação de preços de cada mercadoria,
proibindo um tipo de indústria com a finalidade
de fazer florescer outro... E julgar que
assegurava a abundância do cereal, tornando a
situação do agricultor mais incerta e desgraçada
do que a de todos os outros cidadãos.
57- Surpreso com a regulamentação excessiva, Gourmay
queria ver a França livre dela e imaginou a
famosa frase - laissez-faire, laissez-passer
- ...que tornou-se o lema dos fisiocratas franceses
58- III. A essência da Escola
59- Os fisiocratas desenvolveram a idéia da ordem
natural Na esfera econômica, o direito natural
das pessoas era desfrutar seu próprio trabalho,
desde que isso fosse coerente com o direito dos
outros - Oposição a quase todas as restrições feudais,
mercantilista e governamentais
60- A indústria, o comércio e as profissões eram
úteis mais estéreis. Somente a agricultura era
produtiva, pois criava um excedente, um produto
líquido acima dos custos de produção - Somente os proprietários de terras deveriam pagar
impostos, porque a agricultura era a única que
gerava excedente
61- Condenava o consumo de produtos de luxo. Era um
ato que dificultava a acumulação de capital - Consideravam a economia como um todo e analisavam
o fluxo circular da riqueza.
62- IV. A quem a Escola serviu?
- À indústria
- À agricultura
- Ao comércio interno de grãos
- Às exportações de produtos agrícolas
- Às importações de produtos manufaturados.
63- V. A utilidade da Escola
- Ao considerar a sociedade como um todo e
analisando as leis que governam a circulação de
riqueza, fundaram a Economia como ciência
64 65- Médico
- Interessou-se por economia em 1750, depois que
conheceu Vicent de Gournay (1712-1759), que era
inspetor da qualidade de produtos de acordo com
as marcas registradas e é considerado o autor da
famosa frase laissez-faire, laissez-passer - A sociedade era análoga ao organismo físico. A
circulação de riqueza de riqueza e de bens na
economia era como a circulação do sangue no
corpo - Tableu Economique (1758) precursor da análise da
renda nacional.
FRANÇOIS QUESNAY (1694-1774)
662. 3.
Anne Robert Jacques Turgot (1727-1781)
Pierre Samuel du Pont de Nemours (1739-1817)
67 68- I. O contexto social da escola
- O período de influência da Escola Clássica pode
ser datado de 1776, com a publicação da obra de
Adam Smith, a 1871, quando Stanley Jevons e Carl
Menger publicaram os trabalhos que deram origem à
teoria neoclássica. - No Século XVII, a Inglaterra ocupava uma posição
inferior à da Holanda em comércio, e inferior à
França em produção manufatureira.
69- Em meados do Século XVIII, a Inglaterra assumiu
supremacia em comércio e indústria. - A Revolução Industrial, que em seqüência à
Revolução Comercial, que foi o ponto de partida
de rápidas e decisivas mudanças no campo
econômico, não só ampliou ainda mais a esfera dos
grandes empreendimentos comerciais mais ainda se
estendeu aos domínios da produção.
70- Em síntese, podemos dizer que a Revolução
Industrial compreendeu - A mecanização da indústria e da agricultura
- A aplicação da força motriz à industria
- O desenvolvimento do sistema fabril
- Um sensacional aceleramento dos transportes e das
comunicações - Um considerável acréscimo do controle capitalista
sobre quase todos os ramos de atividades
econômicas.
71O Esquema Egoísta de Thomas Hobbs
O Sistema Egoísta de Hobbs pode ser sintetizado
na afirmação de um estado natural no qual cada
comportamento humano somente possui como objetivo
a mera autoconservação, ou egoísmo, de cada
indivíduo, e do qual, se alguma vez se tornar
possível sua realização integral, decorreria uma
guerra geral e desagregadora entre os seres
humanos.
Thomas Hobbes 15881679
72- Conseqüência dessa filosofia moral no terreno da
política -
- Se os atos humanos não possuem outro objetivo
natural que não o egoísmo, torna-se impossível a
constituição da sociedade sem a intervenção
coercitiva do Estado -
- A política não é considera simplesmente como a
atividade ordenadora de uma sociedade que extrai
seu próprio fundamento e seu próprio princípio de
uma tendência natural e espontânea dos homens no
sentido da construção de um tecido de relações
recíprocas estáveis
73- A política converte-se no meio ao qual todos os
homens são encaminhados pelo temor, como
contrapartida a uma tendência natural à
desagregação. Ou seja, a política chega a ser a
própria fonte da vida social. Portanto, inexiste
uma sociedade civil que, em sua ordem natural,
preceda logicamente ao Estado ao contrário, é
exatamente em virtude da constituição desse
Estado que a sociedade se forma
74- Conseqüentemente, a sociedade subsiste apenas
enquanto os homens renunciem à própria liberdade,
ou seja, segundo Hobbes, enquanto o homem
renuncie às suas próprias tendências centrífugas
e destrutivas em favor da autoridade estatal,
qualquer que seja a forma pela qual esta venha a
se configurar constitucionalmente.
75- Segundo Locke é da natureza do homem um estado
essencialmente bom, logo a existência de
contrastes, independente de uma perversidade
natural, tem a ver com uma espécie de avareza da
natureza física. - O Estado, assim, não é mais a fonte da sociedade
civil, mas a simples garantia da PROPRIEDADE, que
cada ser humano pode conquistar através do seu
próprio trabalho A propriedade privada torna-se
o único argumento da moral econômica.
John Locke (16321704)
76- A realidade do Estado, diferente da existente no
Sistema Egoísta, não implica na alienação da
liberdade por parte dos seres humanos. Essa
realidade configura o instrumento através do qual
a LIBERDADE pode se desenvolver de forma plena,
constituindo-se numa garantia contra qualquer
tentativa de desordem.
77- O Estado limita suas funções à contínua
conservação da ordem da sociedade civil - O estado não tem condições de superar os limites
impostos pela natureza física, do qual deriva a
possibilidade de desordem. - Existência de um fenômeno não eliminável, os
EXCLUÍDOS, cuja existência é explicada por uma
menor capacidade de conquista de uma propriedade
por intermédio do trabalho. - A lógica do Estado de Locke resume-se na
convivência entre a bondade natural e a
desigualdade natural.
78 79- Filho de um comissário da alfândega, nasceu na
cidade portuária de Kirkaldy, na Escócia. - Estudou Ciência Moral e Política e Línguas.
- Foi professor de Filosofia Moral por 12 anos, no
Glasgow College, em 1751. - Principais obras
- The Theory of Moral Sentiments (1759)
- An Inquiry into the Nature and Cause of the
Wealth of Nations ( 1776)
ADAM SMITH (1723-1790)
80- Com Smith o dualismo psicológico do ser humano
(ser bom e avarento), já antevisto por Locke e
desenvolvido pelos filósofos ingleses, torna-se o
problema mais importante do discurso filosófico - Separa o comportamento humano em duas áreas de
um lado, a moral, na qual a utilidade dos
indivíduos e da sociedade é obtida através do
exercício da simpatia. De outro lado, a econômica
na qual, a mesma, utilidade é obtida através do
exercício do egoísmo.
81- O conflito entre as duas faculdades, para ser
evitado, exige uma condição Ninguém, na busca de
seus próprios interesses, impeça aos demais a
obtenção de seus respectivos interesses, ou seja,
todos são livres para usufruir de suas
propriedades, desde que não prejudique alguém
Princípio do Direito Natural.
82- Existe, assim, o direito de comer, de estudar, de
trabalhar, mas não se contempla o direito ao
alimento, ao lugar de trabalho, ao estudo, razão
pela qual, em relação à comunidade, a pessoa tem
o direito de não ser impedida, mas não tem o
direito de ser sustentada. Toda ajuda ao mais
fraco não é exigível pelo mais fraco como
direito, mas só possível de ser implorada como
esmola.
83- A competição reprime o egoísmo e a busca da
satisfação individual promove a riqueza social. A
sociedade, assim, seria conduzida por uma mão
invisível de um Deus Benevolente O MERCADO
84- A RIQUEZA DAS NAÇÕES
- A divisão do trabalho
- Um maior aproveitamento das forças
produtivas do trabalho e da maior parte da
habilidade, destreza e julgamento com que é
sempre dirigido, ou aplicado, parece ter sido o
efeito da divisão do trabalho.
85- Motivos da eficiência da divisão do
trabalho - Cada trabalhador desenvolve destreza crescente no
desempenho de uma tarefa simples - Poupa-se tempo se o trabalhador não precisa
mudar o tipo de trabalho que realiza - Pode-se inventar maquinaria para aumentar a
produtividade, uma vez que as tarefas foram
simplificadas e rotinizadas com a divisão do
trabalho.
86- O lado obscuro da divisão do trabalho
estupidifica a mente e embrutece a personalidade.
... em toda a sociedade desenvolvida e
civilizada, este é o estado em que os operários
pobres, isto é, a maior parte do povo, deve
necessariamente cair, a menos que o governo tome
algumas medidas para impedir isto. - O governo deveria promover a educação das pessoas
comuns em escolas paroquiais gratuitas e
possivelmente obrigatórias.
87- 2. As leis econômicas de uma sociedade livre.
- Valor
- Valo-de-uso expressa a utilidade de um objeto
particular. - Valor-de-troca expressa o poder de compra de
outros bens que a posse daquele objeto contém
88- O valor de um bem para a pessoa que o possui,
caso deseje trocar por outros bens, é igual a
quantidade de trabalho que lhe permita adquirir
ou comandar. - O trabalho é a medida real do valor-de-troca de
todos os bens. - Contradição do valor-trabalho produção que
evitam grandes investimentos e garantem o mesmo
retorno para seu trabalho. - Em uma sociedade em que os investimentos de
capital se tornam importantes, os bens são
trocados normalmente por outros bens, por
dinheiro ou por trabalho a um valor suficiente
para cobrir salários, lucros e aluguéis. - A quantidade de trabalho que um bem pode comprar
excede a quantidade de trabalho envolvida em sua
produção pelo montante de lucros e aluguéis. O
valor é influenciado pelo custo de produção.
89- b) Preço de mercado
- Preço natural é um preço a longo prazo, que é o
menor preço ao qual os empresários continuam a
vender seus bens. Quando um bem é vendido ao seu
preço natural, haverá receita exatamente
suficiente para pagar as taxas naturais de
salário, lucros e rendas. - Preço real ou de mercado depende da oferta e da
procura a curto prazo e tenderá a flutuar em
torno do preço natural.
90- c) Salários
- Conflito na determinação dos salários.
- Taxa salarial mínima deve ser aquela que permita
ao trabalhador com sua família sobreviver e
perpetuar a oferta de trabalho. - A variação da riqueza nacional determina a
demanda por trabalho e o salário.
91- d) Lucro
- Todo investimento está exposto ao risco de perda,
de forma que a menor taxa de lucro deve ser
suficiente para compensar essas perdas e ainda
deixar um excedente para o empresário. - Lucro bruto inclui a compensação pela perda e o
excedente. - Lucro líquido corresponde apenas ao excedente,
a receita líquida do negociante. - Concorrência e salários podem reduzir o lucro.
92- e) Renda
- Na terminologia clássica, a renda é um preço
pago pelo uso da terra. É o preço mais alto que o
rendeiro pode pagar após a dedução dos salários,
da depreciação do capital, dos lucros médios e de
outras despesas de produção. - Preços altos, rendas elevadas. Preços baixos,
rendas baixas. Mas Smith havia afirmado que a
renda da terra entra no preço do produto. Que
contradição.
93- 3. Desenvolvimento econômico
- A maquinaria e a divisão do trabalho aumentavam a
produção de riqueza. - O comércio é significativo, porque permite a
especialização do trabalho, que é limitado pelo
tamanho do mercado. Portanto, mercados em
ampliação aumentam a produtividade. - Os que vivem de salários seriam mais
beneficiados, não pela grande riqueza, mais pela
riqueza crescente.
94Pensador dedutivo ( do geral para o particular)
que fazia generalizações vastas, as quais
denominava de leis econômicas (leis que regulavam
a distribuição de metais preciosos no mundo leis
que governavam o intercâmbio internacional de
bens leis que governavam a distribuição da
renda.
DAVID RICARDO (1772 - 1823)
95- Mudou a ênfase da análise econômica da produção
para a distribuição. Da noção de que a produção e
a divisão do trabalho determinavam o bem-estar da
nação, para a de que a distribuição era o
problema principal. Apontava como problema-chave
a divisão da produção da terra entre três classe
proprietários de terras, capitalistas e
trabalhadores.
96- Para Ricardo, o otimismo de Smith sobre um mundo
em constante aperfeiçoamento era errôneo, visto
que a pressão populacional forçaria as pessoas ao
trabalho em solos cada vez mais pobres e ao
cultivo mais intensivo dos solos melhores o que
faria cair a produtividade empobrecendo o mundo a
longo prazo. Logo, o problema central pareceria
ser a questão de como e por que certo padrão de
distribuição de produção limitada se desenvolvia
entre números sempre crescentes de pessoas. - Principal obras On the Principles of Political
Economy and Taxation.
97- Algumas questões relevantes
- 1. Salário e Lucros
- Preço Natural do trabalho é o preço que permite
aos trabalhadores subsistirem e perpetuarem sem
mudança em seu número e depende do preço das
necessidades vitais requeridas pelos
trabalhadores e por suas famílias. - Se o custo de vida subir os salários também
sobem. Se cair os salários também caem. - O preço de mercado do trabalho depende da oferta
e da procura.
98- A Lei de Ferro dos Salários No longo prazo
o trabalhador somente recebe um salário de
subsistência. - As taxas de lucro em áreas empresariais
diferentes dentro de um mesmo país tendem a
igualar-se. - Lucros e salários variam inversamente devido
Salários mais elevados devem sair dos lucros em
vez de serem transferidos para preços mais
elevados. (igualdade de troca e balanço
internacional de pagamentos).
99- 2. A Lei dos Rendimentos decrescentes
- Com a aproximação do final das guerras
napoleônicas, fazendeiros e donos de terras
temiam a entrada de grão, em abundância, na
Inglaterra, com baixos preços e por isso
solicitavam ao Parlamento maior proteção em nome
do bem-estar geral
100Os empresários faziam oposição às elevadas
tarifas para a importação de cereais baseados nos
argumentos de Ricardo Se os salários tendem
para um nível mínimo de subsistência, então,
preços mais baixos para os grãos e para o pão
manterão os salários baixos, reduzindo, desta
forma, os custos de produção dos empresários e
permitindo aos bens ingleses competirem mais
eficientemente em mercados externos.
101- Sacrificar os interesses dos senhores de terras
para beneficiar os empresários, gerou a Teoria da
Renda. - Renda é a porção do produto da terra paga a seu
proprietário pelo uso dos poderes originais e
indestrutíveis do solo. - Essa definição foi modificada por Ricardo ao
incluir o retorno sobre os investimentos de
capital, a longo prazo, conseguido com o uso da
terra e com o aumento de sua produtividade.
102- A Renda deriva do uso de terras de diferentes
qualidades ou do cultivo intensivo da terra em
virtude da Lei dos Rendimentos Decrescentes Se
unidades sucessivas de trabalho e capital forem
adicionadas a um pedaço de terra, enquanto a
tecnologia permanece constante, cada unidade
adicional de investimento acrescentará menos à
produção do que as unidades anteriores.
103Preço p/und Renda da Terra A () Insumo 10 Rendimento 20 und/ha Renda da Terra B () Insumo 10 Rendimento 15 und/ha Renda da Terra C () Insumo 10 Rendimento 10 und/ha Renda da Terra D () Insumo 10 Rendimento 5 und/ha Renda da Terra E () Insumo 10 Rendimento 4 und/ha
0,50 0,00
0,66 3,20 0,00
1,00 10,00 5,00 0,00
2,00 30,00 20,00 10,00 00,00
2,50 40,00 27,50 15,00 2,50 0,00
104- Todo aumento no preço do grão cria renda e toda
redução diminui renda. - A renda é, assim um retorno diferencial e um
excedente sobre os custos. - A renda é determinada pelo preço, mas não é
determinante do preço. - A taxa de lucro é determinada pela taxa de lucro
sobre a terra marginal. Não se paga renda sobre
essa terra e o produto total é dividido entre
empregadores e empregado. Se os salários sobem os
lucros caem, e vice-versa.
105- Se a taxa de lucro na indústria for maior do que
a da terra marginal cultivada o capital fluirá
para a indústria e a nova terra marginal passa a
ser a de melhor qualidade. - Se a agricultura for mais lucrativa que a
indústria, o capital fluirá para a agricultura, e
a terra de pior qualidade seguinte tornar-se-á a
terra marginal cultivada.
106- Grande conflito entre senhores de terra e o
restante da sociedade.À medida que a população
aumentava, aumentando a procura por alimentos,
elevava os preços. Terra mais pobre será
cultivada e terra melhor será cultivada de
maneira intensiva, elevando as rendas e os
salários e reduzindo os lucros. Todas as
classes, portanto, exceto os senhores de terra,
serão prejudicadas pelo aumento no preço dos
cereais.
107Adam Smith e David Ricardo em uma caricatura da
época
108- Principais contribuições
- A Teoria da População
- A Teoria da saturação dos mercados ou da
superprodução.
THOMAS R. MALTHUS (1766-1834)
109- Principais Obras
- 1) An Essay on the Principle of Population
- 2) Principles of Political Economy
- 3) A Summary View of the Principle of Population
110- A Lei da População A população, quando não
controlada, aumenta geometricamente os meios de
subsistência aumentam, na melhor das hipóteses,
apenas aritmeticamente.
111- Os controles populacionais preventivos
- Que reduziam a taxa de nascimento (restrições
morais) as pessoas que poderiam sustentar filhos
deveriam adiar o casamento ou nunca casar-se a
conduta anterior ao casamento deveria ser
estritamente casta.
112- 2) Que aumentavam a taxa de mortalidade a fome,
a miséria, as epidemias e as guerras. Estes
controles deveriam ser tratados como fenômenos ou
leis naturais, males necessários para limitar a
população e como punição àqueles que não haviam
praticado a restrição moral.
113- A pobreza e a miséria deveria, assim, ser
encarada como uma punição à classe inferior, ou
seja, a todos aqueles que não restringiram sua
multiplicação, o que sugere uma conclusão
política altamente significativa não deve haver
auxílio governamental aos pobres. Auxiliá-los
permitiria que mais crianças sobrevivessem,
piorando, desta forma, o problema da fome.
114- Proposição à Lei dos Pobres
- Refleti muito sobre a questão das leis dos
pobres, e espero ser perdoado por aventurar-me a
sugerir uma forma para sua abolição gradual. ...
Devemos, por justiça e honra, formalmente
destruir o direito dos pobres de reivindicar
sustento.
115 Lei dos Pobres Foi criada com a finalidade de
proporcionar conforto aos pobres. A
responsabilidade na organização e execução da Lei
era da Igreja (1536) Lei Speenhamland
garantia ao homem um mínimo de subsistência,
independente de sua contribuição em impostos. Era
baseada no preço do pão e no número de filhos de
cada família. Apesar de teoricamente ser uma
grande conquista social, a Lei Speenhamland foi
criada durante a expansão da Revolução Industrial
e, portanto, não teve o êxito esperado por seus
mentores. As características competitivas do
período exigiam o rompimento de qualquer entrave
que impedisse a disseminação do trabalho livre e
ao proclamar que nenhum homem deveria temer a
fome porque a paróquia local se responsabilizaria
em oferecer sustento a ele e à sua família por
menos que ganhasse, a referida Lei foi duramente
criticada - por significar a fixação do
trabalhador à sua micro-região de origem e por
representar um impedimento à formação de um
proletariado industrial nas regiões mais
urbanizadas.
116- Em 1834, para atender aos ditames do Liberalismo,
o sistema de proteção social foi revisto na Poor
Law Amendment Act, que transformou um auxilio aos
necessitados que antes era universal, em seletivo
e residual. Essa Lei revisionista permitiu a
formação de um mercado de trabalho mais
competitivo e desprotegido, abrindo espaço para a
ampliação do processo de industrialização e para
a consolidação de uma economia de mercado. Ou
seja, o conceito de renda mínima como um direito
de cada cidadão foi bruscamente abolido e aos
pobres, voltou a ser atribuída a responsabilidade
de garantir sua própria sobrevivência.
117 Oh no!!! We're all going to starve to
death!!!!!!
118 A Lei da Superprodução Princípios básicos
a) O ilimitado desejo humano por bens b) A
necessidade de obtenção de lucro na produção c)
a existência de um mercado consumidor que não
elimine o lucro e nem aumente os custos.
119- A questão, então, resume-se em quem consumirá o
excedente? - 1) Os trabalhadores não podem porque os lucros
desapareceriam. - 2) Os capitalistas não o fariam por não ser parte
de seus hábitos - 3) Os senhores de terras e seus serviçais seriam
os responsáveis por esse consumo, pois o uso de
outras rendas que não a da terra, tais como
salários, juros e lucros, elevam os custos de
produção, que devem ser mantidos baixos para que
o País mantenha sua posição na competição
comercial. Por isso a defesa da Lei dos Cereais.
120- Ao governo deveria ser proibido o consumo
improdutivo, tais como a remuneração pelos
serviços públicos. - A sociedade deveria considerar sagrada a
propriedade privada. - Não deveria ser permitida uma redistribuição da
riqueza por meio de tributação excessiva. - A guerra deveria ser considerada como um
instrumento para eliminar a superprodução.
121- III. A essência da Escola Clássica
- A doutrina clássica é freqüentemente chamada de
liberalismo econômico. - Baseia-se na liberdade pessoal, na propriedade
privada, na iniciativa individual e no controle
individual da empresa, apoiadas na doutrina do
laissez-faire
122- Principais características
- O primeiro princípio da Escola Clássica era o
laissez-faire. O melhor governo é aquele que
menos governa. As forças do mercado competitivo
livre orientam a produção, a troca e a
distribuição. A economia era considerada auto
ajustável e tendia para o pleno emprego, sem a
intervenção governamental - Com exceção de Ricardo, enfatizava a harmonia de
interesses
123- Ressaltava a importância de todas as atividades
econômicas, especialmente a indústria - 4) Visava a promoção do máximo crescimento e
desenvolvimento econômico e a crença do desejo
individual inato de acumular riqueza como um fim
em si mesmo - 5) Os Clássicos consideravam a economia como
um todo a abordagem macroeconômica.
124- IV. A validade da Escola Clássica em sua época.
- A doutrina clássica foi uma racionalização das
práticas adotadas pelos empresários. A
concorrência era um fenômeno crescente e a
indicação dela como grande reguladora da economia
era um ponto de vista válido. Promoveu a empresa
de negócios. - No início da industrialização a maior necessidade
da sociedade era concentrar recursos na maior
expansão possível da produção. A elevação do
setor privado acima do setor público serviu a
esse propósito. Qualquer crescimento do setor
público teria exigido maior tributação, desviando
recursos da formação de capital privado.
125- V. Como a utilidade da Escola Clássica
influenciou épocas posteriores? - A doutrina do laissez-faire sucumbiu quando as
flutuações das empresas abalaram o equilíbrio da
sociedade capitalista e quando a concorrência
cedeu lugar a estruturas de mercado alteradas,
caracterizadas pelo quase-monopólio, pelo
oligopólio, pelas indústrias regulamentadas e
assim por diante. - Menosprezo a mudanças tecnológicas futuras
- Comércio Internacional que prejudica aos menos
desenvolvidos.
126A ESCOLA SOCIALISTA
- O Contexto social do Socialismo
- 1) Destruição da antiga economia agrícola,
quase artesanal dos vilarejos - 2) Surgimento de grandes fábricas
- 3) Aglomeração dos trabalhadores, nas
proximidades das fábricas, em favelas onde a
forma de vida era caracterizada pela miséria, a
fome, as doenças, os crimes e os vícios - 4) Os acidentes industriais traziam miséria,
sem nenhuma compensação para as famílias dos
aleijados ou mortos - 5) Não existiam direitos políticos para os
assalariados e os sindicatos eram proibidos - 6) A pobreza das massas parecia cada vez mais
opressiva à medida que as grandes fortunas se
multiplicavam. - 7) A Revolução Industrial não conduziu ao
paraíso.
127Las calles de las ciudades inglesas se poblaban
de trabajadores en busca de ocupación para
subsistir, a causa del desempleo o empleo
temporario. Por esta razón nacieron las casas de
empeño, que fue creciendo en número a medida que
se incrementaba la desocupación.
128 129I. O Socialismo Utópico (1800)
- Fundadores Saint-Simon, Charles Fourier, Robert
Owen, Sismondi e Proudhon - Idéia básica
- consideravam injusta e irracional a economia de
mercado capitalista competitiva - crença em que o mundo todo adotaria seus
conceitos de arranjos sociais - substituição da luta de classe pela fraternidade
universal.
130Principias Autores
- Desenvolveu suas idéias antes de o movimento
político da classe trabalhadora na França tomar
forma. Portanto, não apelou aos trabalhadores
pelo confronto com os empregadores.
HENRI CONTE DE SAINT-SIMON (1760-1825)
131- Tomou a produção, e não a propriedade, como base
para a sua nova sociedade, fazendo do trabalho e
a indústria os elementos centrais. - Propôs um Parlamento industrial constituído por
três câmaras - 1) Invenção composta por artistas e engenheiros,
planejaria as obras públicas. - 2) Revisão comandado por cientistas, examinaria
os projetos e controlaria a educação. - 3) Execução composta pelos líderes das
indústrias, realizaria os projetos e controlaria
o orçamento. - Primeira proposta de uma economia centralmente
planejada e governada por uma elite educada. - Insistia no fato de que a nova ética era
necessária para restringir o egoísmo anti-social
dos ricos e para impedir uma ascensão anárquica
dos pobres. - A defesa de uma indústria de larga escala ajudou
a inspirar grandes bancos, ferrovias, rodovias e
enormes empreendimentos industriais. - Não defendia a apropriação da propriedade
privada, o que o afastava do ideário socialista.
132- Foi um socialista utópico, que adquiriu numerosos
seguidores, embora não possa ser considerado um
revolucionário, dirigindo seus apelos,
usualmente, aos ricos e ao rei.
CHARLES FOURIER (1772-1837)
133- Críticas ao capitalismo
- 1) A concorrência multiplicava o desperdício
na venda, pois os comerciantes retêm ou destroem
os bens para elevar seus preços. - 2) O comércio era perniciosa e corrupto e
demonstrava cruamente a pobreza moral e material
do mundo burguês - 3) Denunciava a proteção aos agentes da fome
e da peste - 4) Via o progresso das finanças , um sistema
de extorsão e as falências indiretas como a arte
de devorar o futuro. - 5) Relacionava o espírito mercantil com
seques comerciais e à patifaria - 6) Via a corretagem como algo que usurpava
todos os frutos da sociedade.
134- A solução de Fourier para os problemas sociais a
organização de comunidades cooperativas
denominadas FALANGES. - A Falange era um sistema cooperativo de habitação
e produção, base de um novo tipo de indivíduo
inteiramente nobre. - As Falanges forneceriam segurança social
vitalícia e para os primeiros estágios de uma
sociedade ideal deveria ser praticado o
garanteísmo, que consistia na segurança de que
cada pessoa receberia um mínimo de subsistência,
segurança e conforto.
135- Funcionamento de uma Falange
- Cada associação combinaria trezentas famílias
(1.800 pessoas) em nove milhas quadradas de
terra. - Todos viveriam em uma habitação com três andares.
- A produção agrícola e artesanal predominaria.
- Se as pessoas vivessem juntas com honra e
conforto, seriam eliminados os roubos e as
despesas para a proteção contra os mesmos. - O trabalho coletivo melhoraria as condições
climáticas, e menor quantidade de roupas seria
necessária.
136- A falange resolveria o principal problema, que
não era de desigualdade de riqueza, mas de
insuficiência. - Apelou aos capitalistas que financiassem tal
projeto, com base em retornos satisfatório.
137- El francés Fourie uno de los partidarios de
eliminar las injusticias derivadas del desarrollo
industrial, propuso construir falansterios. Se
trataba de un conjunto de edificios fabriles y de
granjas, habitados por una comunidad que se
autoabastecía, en la que todos sus miembros
compartían las herramientas de trabajo y se
distribuían equitativamente las tareas y los
frutos de éstas. Algunos intentaron poner en
marcha esta sociedad ideal de Fourier en Estados
Unidos, pero la experiencia fracasó.
138- Economista e Historiador e um dos primeiros a
atacar diretamente a economia clássica, embora
tenha sido um ardente seguidor de Adam Smith. - Principais obras
- 1) History of the Italian Republucs of the Middle
Ages - 2) History of the Franch
- 3) New Principles of Political Economy
Sismonde de Sismondi (1773-1842)
139- Pressuposto básico A empresa capitalista não
restringida, em lugar de produzir os resultados
esperados, conforme o previsto pelos clássicos,
conduzira à miséria e ao desemprego. - Principais contribuições teórica Argumentando a
respeito da possibilidade de superprodução e
crise, contribuiu com o desenvolvimento das
seguintes teorias - 1) Teoria dos ciclos econômicos
- 2) Teoria do imperialismo econômico
- 3) Teoria da distribuição da riqueza
140- Acreditava que quando os salários estão ao nível
de subsistência, maior quantidade de fundos de
capital se tornam disponíveis para investimento
em máquinas. Portanto, a produção de bens
manufaturados aumenta, enquanto a procura por
bens de consumo diminui. Como conseqüência
desenvolvem-se crises de superprodução periódicas
que liquidam uma grande parte do capital
investido nas indústrias de larga escala. - A crise de superprodução pode ser agrava pelos
banqueiros quando estes aumento o crédito.
141- Questionando o argumento clássico de que a maior
produção agregada possível necessariamente
corresponde a maior felicidade para o povo,
advogava - A necessidade da intervenção estatal para
garantir ao trabalhador um salário de
subsistência e um mínimo de segurança social. - Melhor distribuição da riqueza, alegando que
seria preferível uma produção menor, porém bem
distribuída. - À medida que a concentração de riqueza
diminui, cada vez mais, o mercado interno, a
indústria é, cada vez mais, compelida a abrir-se
para mercados externos, o que necessariamente
resulta em guerras nacionalistas, logo o
Imperialismo Econômico seria inerente ao
capitalismo.
142- Por muitos é considerado o mais espetacular e
famoso dos socialistas utópicos. - Suas principais idéias estão contidas em um
ensaio intitulado A New View of Society and
Other Writings. - Principal tese A natureza humana é moldada para
melhor ou para pior de acordo com a conjuntura.
Robert Owen (1771-1858)
- Uma vez que o caráter é formado pelas
circunstâncias, as pessoas não são responsáveis
por seus atos, e deveriam ser moldadas para a
bondade em vez de serem punidas pela maldade. Ou
seja a criação de melhores condições geraria
pessoas melhores. - Chocou o mundo quando ao denunciar que todas as
religiões existentes ensinavam que as pessoas
eram responsáveis por suas maldades em vez de
atribuir o mal a uma má conjuntura. Assim a
reforma social era preferível à reforma moral.
143- Tentou materializar suas idéias convertendo a
Fiação New Lanark em uma comunidade-modelo - pressionando o governo a empregar os pobres em
vilas de cooperação - criando uma comunidade cooperativa modelo (a
Colônia de New Harmony), através da qual pensava
eliminar o capitalismo e o sistema competitivo. - Suas idéias, também, contribuíram para
- incentivar o desenvolvimento dos sindicatos
- Incentivar o cooperativismo de consumo, este
baseado no National Equitable Labour Exchange,
que era um mercado em que os produtos poderiam
ser trocados com base em notas que representassem
o tempo e trabalho. Assim esperava eliminar o
dinheiro e os lucros, males sociais gêmeos,
colocando produtores e consumidores em contato
direto.
144 EL PARALELOGRAMO DE ROBERT OWEN
El industrial inglés Robert Owen, sensibilizado
ante la situación tan penosa en la que el mundo
moderno estaba dejando a muchos trabajadores, no
dudó en introducir en sus fábricas algunas de las
emergentes ideas socialistas. Al igual que todos
los llamados socialistas utópicos, Owen quería
cambiar el mundo quería extender a las capas más
desfavorecidas esa libertad de la que tanto se
hablaba en el mundo moderno. "El hombre es un
producto de las circunstancias", afirma Owen, que
añade "Y quién crea las circunstancias, sino el
hombre mismo? El mundo no es ni bueno ni malo de
manera inevitable, sino en el grado en que
nosotros hacemos que lo sea".
145- Proveniente de família de ascendência real, foi
jornalista e historiador e considerado o fundador
do socialismo de Estado. - Principais obras Organization du Travail
- A Catechism of
Socialism
Louis Blanc (1811-1882)
146- Foi um socialista utópico francês que teve um
importante papel na Revolução de 1848, quando
suas idéias foram colocadas em prática devido à
associação entre liberais e socialistas, na
tentativa de derrubar a monarquia. - Principais Idéias
- criação de associações profissionais de
trabalhadores de um mesmo ramo de produção e das
Oficinas Nacionais, financiadas pelo Estado - divisão do lucro entre o Estado, os associados e
para outros fins. - Como líder do proletariado
- exigia que o Estado se apoderasse do sistema
econômico para garantir trabalho e justiça para
todos. Porém, os liberais e os socialistas
romperam relações e o Estado fechou as Oficinas
Nacionais, começou a perseguir os socialistas e
anulou todas as reformas feitas em benefício da
classe operária.
147- Principais contribuições
- A popularização das idéias sociali