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* * * * * * * * * * * Numa sociedade marcada por divis es sociais muito r gidas (como j era o Brasil na poca de Machado de Assis), o indiv duo nasce com seu ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: Apresenta


1
DOM CASMURRO
MACHADO DE ASSIS
2
Contexto histórico
Eu sou um peco fruto da capital, onde nasci,
vivo e creio que hei de morrer, não indo ao
interior senão por acaso e de relâmpago (Machado
de Assis)
Numa sociedade marcada por divisões sociais muito
rígidas (como já era o Brasil na época de Machado
de Assis), o indivíduo nasce com seu destino
social mais ou menos determinado pela origem e,
pela raça, e até pela possibilidade ou não de
freqüentar escolas. A sociedade era marcada pelas
teorias racistas do séc. XIX, e o preconceito,
muito mais presente devido à existência da
escravidão. Isso tornava difícil a ascensão
intelectual de Machado, que era mulato. A vida
intelectual do subúrbio era muito diferente da
vida intelectual da Corte, com a qual teve
contato trabalhando na Rua do Ouvidor. Nesta as
pessoas detentoras de poder se encontravam, se
divertiam, exibiam suas roupas importadas da
Europa.
3
Contexto histórico
  • Fatos históricos importantes
  • 1822 Independência do Brasil
  • de 1826 a 1885 são aprovadas leis contra a
    escravidão no Brasil por pressão da Inglaterra.
  • Em 1888 é assinada pela princesa Isabel a Lei
    Áurea
  • Guerra do Paraguai (1865 a 1870)
  • 15.11.1889 Proclamação da República
  • Economia do país
  • Com base na cafeicultura.
  • Grande propriedade
  • Voltada para atender o mercado externo
  • Aspectos sociais
  • extinção da escravidão
  • Imigração européia para a cafeicultura
  • Migração interna (Boom da borracha 1870-1910)
  • Teorias racistas sobre a superioridade da raça
    branca sobre as demais.
  • Divisões sociais rígidas.

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Contexto histórico
Acima Morro do Livramento onde nasceu Machado de
Assis Ao lado Largo da Carioca, em fotografia de
1906. Nesse tempo os moradores já assistiam ao
surgimento de uma nova metrópole.
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Contexto histórico
1900 A então capital do país não era como hoje.
As praças, os bondes, tudo era exatamente como
Machado descrevia.
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Contexto histórico
Abolição da escravatura Enquanto o povo
comemorava, Machado analisava o problema da
escravidão em suas crônicas, contos e romances.
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Contexto histórico
Foi assim que a revista ilustrada de 28 de julho
de 1885 sintetizou o desmoronamento do
império. Na ilustração ao lado, alegoria da
proclamação da República.
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Sobre o autor
Quem foi Machado de Assis
  • 1839 Joaquim Maria Machado de Assis nasce no
    Rio de Janeiro, a 21 de junho.
  • 1855 Publica seu primeiro trabalho, a poesia
    A Palmeira, na Marmota Fluminense.
  • 1858 inicia suas colaborações em jornais e
    revistas, o que manterá por toda a vida.
  • 1864 Publica seu primeiro livro Crisálidas
    (poesias)
  • 1867 É nomeado para o cargo de ajudante do
    diretor do Diário oficial
  • 1869 Casa-se com Carolina Augusta Xavier de
    Novaes
  • 1881 Publicação de Memórias Póstumas de Brás
    Cubas e início da fase realista e do Realismo no
    Brasil
  • 1897 É eleito presidente da academia brasileira
    de Letras, fundada no ano anterior
  • 1908 Falece no Rio de Janeiro, a 29 de setembro

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Sobre o autor
Análise Estilística.
As duas fases de Machado de Assis
Romântica Preparatória Ressurreição (1872) A
Mão e a Luva (1874) Helena (1876) Iaia Garcia
(1878)
Realista Fase da Maturidade Memórias Póstumas
de Brás Cubas (1881) Quincas Borba (1891) Dom
Casmurrro (1899) Esaú e Jacó (1904) Memorial de
Aires (1908)
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Sobre o autor
Análise Estilística.
As duas fases de Machado de Assis
  • Primeira Fase
  • linear
  • lógica do tempo
  • foco narrativo em terceira pessoa
  • tônica composição do quadro
  • delineamento psicológico
  • conflitos / paixões / história
  • enredo
  • desvendar (expectativa)
  • imaginação
  • Segunda Fase
  • não linear
  • lógica do autor
  • foco narrativo em primeira ou terceira pessoa
  • personagem
  • aprofundamento psicológico
  • análise do comportamento
  • homem
  • analisar
  • observar

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Sobre o autor
Análise Estilística.
A linha de pensamento do autor
  • Características Gerais
  • Linguagem simples, enxuta
  • Personagens sem problemas econômicos - ociosos -
    disponíveis
  • Análise da burguesia endinheirada com fumos de
    nobreza
  • Espaço Rio de Janeiro - universal e brasileiro
  • Tempo século XIX sociedade patriarcalista o
    favor, o compadrio, as influências
  • Método análise/observação da realidade física,
  • Psicológica comportamental.

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Sobre o autor
Análise Estilística.
Obras de maior importância
Quincas Borba
Memórias póstumas de Brás Cubas
Dom Casmurro
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Dom Casmurro
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Sobre o livro
- resumo da obra
D. Casmurro foi publicado em 1900 e é um dos
romances mais conhecidos de Machado. Narra, em
primeira pessoa, a história de Bentinho que por
circunstâncias várias, vai se fechando em si
mesmo e passa a ser conhecido como Dom Casmurro.
Sua história é a seguinte Órfão de pai,
criado com desvelo pela mãe (D. Glória),
protegido do mundo pelo círculo doméstico e
familiar (tia Justina, tio Cosme, José Dias),
Bentinho é destinado à vida sacerdotal, em
cumprimento a uma antiga promessa de sua mãe.
A vida do seminário, no entanto não o atrai, já
de namoro com Capitu, filha dos vizinhos. Apesar
de comprometida pela promessa, também D. Glória
sofre com a idéia de separar-se do filho único,
interno no seminário. Por expediente de José
Dias, um empregado da família, Bentinho abandona
o seminário e, em seu lugar, ordena-se um
escravo. Correm os anos e com eles o amor de
Bentinho e Capitu. Entre o namoro e o casamento,
Bentinho se forma em Direito e estreita sua
amizade com um ex-colega de seminário, o Escobar,
que acaba se casando com Sancha, amiga de
Capitu. Do casamento de Bentinho com Capitu
nasce Ezequiel. Escobar morre e, durante seu
enterro, Bentinho julga estranha a forma pela
qual Capitu contempla o cadáver. A partir daí, os
ciúmes vão aumentando e precipita-se a crise. À
medida que cresce, Ezequiel se torna cada vez
mais parecido com Escobar. Bentinho chega a
planejar o assassinato de sua esposa e do filho,
seguidos pelo seu suicídio, mas não tem coragem.
A tragédia dilui-se na separação do casal.
Capitu viaja com o filho para a Europa, onde
morre anos depois. Ezequiel, já moço, volta ao
Brasil para visitar o pai, que apenas constata a
semelhança do filho com o antigo colega de
seminário. Ezequiel volta a viajar e morre no
estrangeiro.Bentinho, cada vez mais fechado em
suas dúvidas, passa a ser chamado de Casmurro
pelos amigos e vizinhos põe-se a a história de
sua vida (o romance).
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Sobre o livro
Personagens
  • Personagens principais
  • Bentinho
  • Capitu
  • Escobar
  • Personagens secundários
  • D. Glória
  • tia Justina
  • tio Cosme
  • José Dias
  • Pais de Capitu
  • Sancha
  • Ezequiel

Capitu, protagonista de Dom Casmurro, transposta
em tela através da imagem captada pelo artista J.
da Rocha Ferreira de sua descrição no livro.
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Sobre os personagens
Bentinho
O perfil do protagonista masculino pode ser
acompanhado em três fases distintasBentinho, Dr.
Bento Fernandes Santiago e Dom Casmurro.
Bentinho revela-se unia criança/adolescente
marcado pela timidez, sem muita iniciativa e
bastante dependente da mãe. Tinha uma imaginação
fertilíssima, como no capitulo XXIX (O
Imperador). Levado para o seminário para ser
padre (promessa da mãe - D. Glória), quando trava
amizade com Escobar, Bentinho, com ajuda de José
Dias, abandona a carreira sacerdotal e ingressa
na Faculdade de Direito, em São Paulo.
Formado aos vinte e um anos, ele é agora o Dr.
Bento F. Santiago, bem posto na vida, rico
(riqueza muito mais de herança do que de
trabalho), casado e feliz com Capitu, quando
canta na ópera da vida um duo terníssimo.
      Depois, surge o filho (Ezequiel) e começam
a aparecer os problemas o       duo
terníssimo da ópera da vida vai cedendo lugar ao
melodrama do trio e quattuor das dúvidas e
incertezas. É a vez da fase casmurra, marcada
pela solidão, pela mágoa e pela amargura.
Escobar - Ezequiel - Bentinho
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Sobre os personagens
Capitu
Ao longo dos anos, Capitu tem desafiado a
crítica com seu enigma, sutilmente criado por
Machado de Assis. Até hoje, ainda devora quantos
tentam decifrá-la, pairando a dúvida Capitu
traiu ou não traiu Bentinho? A pergunta continua
sem resposta, pois a versão que temos para
julgá-la nos é dada por um narrador suspeito - um
marido envenenado pelo ciúme e de imaginação
bastante fértil, como revelam muitas passagens do
livro. Por outro lado, revelando um dos traços
mais marcantes da psicologia feminina - a
capacidade de dissimulação de que é dotada a
mulher, Capitu, com seus olhos de ressaca e de
cigana oblíqua e dissimulada, contribui ainda
mais para fortalecer a dúvida ela sabe sair-se
bem de situações difíceis - ela sabe dissimular,
como no episódio do penteado e da inscrição no
muro.
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Sobre os personagens
Capitu
Olhos de ressaca Enfim, chegou a hora da da
encomendação e da partida. Sancha quis
despedir-se do marido, e o desespero daquele
lance consternou a todos. Muitos homens choravam
também, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a
viúva, parecia vencer-se a si mesma. Consolava a
outra, queria arrancá-la dali. A confusão era
geral. No meio dela, Capitu olhou alguns
instantes para o cadáver tão fixa, tão
apaixonadamente fixa, que não admira lhe
saltassem algumas lágrimas caladas... As minhas
cessaram logo. Fiquei a ver as dela Capitu
enxugou-as depressa, olhando a furto para a gente
que estava na sala. Redobrou as carícias para a
amiga e quis levá-la mas o cadáver parece que a
retinha também. Momento houve em que os olhos de
Capitu fitaram o defunto, quais os da viúva, sem
o pranto nem palavras desta, mas grandes e
abertos como a vaga do mar lá fora, como se
quisesse tragar também o nadador da manhã.
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Sobre os personagens
Escobar
Muito amigo de Bentinho (colegas de seminário),
Escobar era casado com Sancha e revela-se um
tanto quanto misterioso teria participado do
trio cantado por Dom Casmurro, formando o
triângulo amoroso da suspeita do narrador? Fica a
dúvida e a mágoa, como revela Dom Casmurro no
capitulo final, já que Escobar foi tragado pela
morte (afogamento), sem possibilidade de
defender-se da acusação.
Cartaz do filme Dom, adaptação atual de Dom
Casmurro
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Sobre o tempo da narrativa
Tempo cronológico É o tempo real dos
acontecimentos da narração. Corre de acordo com a
cronologia da narrativa, ou seja, descreve a vida
dos personagens em seqüência lógica dos fatos.
Tempo psicológico São os chamados flash-backs.
Ocorrem quando a narrativa é interrompida por uma
lembrança de acontecimentos anteriores, que
precisam ser relatados para o entendimento e
continuidade da história. É o tempo da memória.
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Capitu era inocente?
"Na vida há dessas semelhanças assim esquisitas
."
Trecho de Dom Casmurro
" A resposta de Machado de Assis vem discreta e
amena, sem surpreender, nem decepcionar Talvez
culpada. Quem sabe se inocente?"
Entrevista com Machado de Assis
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