Title: Apresenta
1Observatório dos Técnicos em Saúde
Educação profissional em saúde fundamentos,
desafios e perspectivas
Ana Margarida Campello Professora-pesquisadora
EPSJV/Fiocruz
2I PANORAMA QUANTITATIVO
Inicialmente, um breve panorama quantitativo da
evolução da matrícula da educação profissional
técnica no Brasil na primeira década dos anos
2.000, a partir de dados do Censo Escolar da
Educação Básica, realizado anualmente pelo
MEC/Inep. Procura-se situar os dados específicos
da educação profissional técnica em saúde no
contexto das políticas educacionais e da evolução
da educação profissional no Brasil, a partir do
final dos anos 1990. Tendo em vista os objetivos
deste Seminário destaca-se, na medida do
possível, formação técnica em Registros e
Informações em Saúde.
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vatório dos Técnicos em Saúde EPSJV/Fiocruz
3Gráfico 1 Matrículas na educação profissional,
por dependência administrativa. Brasil 2002 e 2010
- Esse sub-projeto se propõe a analisar a transição
escola-trabalho/trabalho-escola dos trabalhadores
técnicos em saúde no Brasil e sua trajetória
ocupacional, a partir das informações disponíveis
em diferentes bases dados.
Fonte Mec/Inep
4Matrículas na educação profissional, por
dependência administrativa. Brasil 2002 e 2010
- No período estudado, observa-se crescimento maior
da matricula na instância pública/estatal - Em 2002, um leve predomínio da esfera privada no
total de matriculas - Público 50,2
- Privado 49,8
- Em 2010, a esfera pública é responsável por 52,2
do total de matriculas na educação profissional
técnica.
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5Gráfico 2 Evolução da matrícula na educação
profissional, por dependência administrativa.
Brasil 2002 a 2010
- Esse sub-projeto se propõe a analisar a transição
escola-trabalho/trabalho-escola dos trabalhadores
técnicos em saúde no Brasil e sua trajetória
ocupacional, a partir das informações disponíveis
em diferentes bases dados.
Fonte Mec/Inep
6Evolução da matrícula na educação profissional,
por dependência administrativa. Brasil 2002 a 2010
- Gráfico 2 evidencia a existência de dois períodos
na evolução da matrícula da educação profissional
no Brasil, segundo a dependência administrativa,
nessa primeira década dos anos 2000 - Entre 2002 e 2006, as matriculas privadas
cresceram de forma mais significativa do que as
matriculas públicas - A partir de 2007, observa-se uma inversão dessa
tendência, com um crescimento mais significativo
da matrícula no setor público - Em 2010, como já foi enfatizado, a matricula na
esfera pública, representa pouco mais da metade
(52,2) do total de matrículas na educação
profissional técnica.
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7Gráfico 3 Matrículas na educação profissional em
saúde, por dependência administrativa. Brasil
2002 e 2010
Fonte Mec/Inep
8Matrículas na educação profissional em saúde, por
dependência administrativa. Brasil 2002 e 2010
- Gráfico 3 ressalta caráter privado da educação
profissional técnica em saúde em 2010, menos de
1/3 dessa matrícula é de responsabilidade do
setor público. - Diferentemente do papel indutor do Estado, nos
anos 1940, quando da criação das escolas técnicas
federais em decorrência de uma política de
industrialização, a formação técnica em saúde
quase não recebeu investimentos, até a década de
1980. - Em 1986, o relatório final da Conferencia
Nacional de Recursos Humanos para a Saúde, no
item formação e aprimoramento de pessoal dos
níveis médio e elementar ressalta a lógica
privatizante do setor educacional. - A partir dos anos 1980, projetos/programas de
formação profissional técnica em saúde Larga
Escala, Profae e Profaps.
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9Gráfico 4 Matrículas na educação profissional em
saúde, por dependência administrativa. Brasil
2002 e 2010
Fonte Mec/Inep
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10Matrículas na educação profissional em saúde, por
dependência administrativa. Brasil 2002 e 2010
- Nesta primeira década do século XXI a matricula
em escolas públicas cresce mais do que a
matricula em escolas privadas - Em 2002, o setor público era responsável por
apenas 20 da matricula dos cursos técnicos em
saúde - Em 2010, essa participação representa 29,3
- Apesar do crescimento maior do setor público, em
2010, ainda temos menos de 1/3 da matricula dos
cursos técnicos em saúde em escolas públicas
(estatais).
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11Gráfico 5 Matrículas em Registros e Informações
em Saúde, por dependência administrativa. Brasil
2002 e 2010
Fonte Mec/Inep
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12Matrículas em Registros e Informações em Saúde,
por dependência administrativa. Brasil 2002 e 2010
- Ressalta-se
- - a presença do setor público, afirmando a
necessidade da formação em Registros e
Informações em Saúde - - o crescimento do setor privado que sai do zero
em 2002 e apresenta quase o mesmo número de
matriculados que o setor público em 2010. - as questões da política
- a inexistência da subárea na política dos anos
1990 (Referenciais Curriculares Nacionais para a
Educação Profissional de nível técnico em Saúde,
Registros e Informações em Saúde não consta entre
as 12 subáreas definidas) - sua inserção no Catálogo Nacional dos Cursos
Técnicos, editado em 2009.
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13Gráfico 6 Distribuição da matrícula na educação
profissional em saúde , por curso. Brasil 2010
Fonte Mec/Inep
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14Distribuição da matrícula na educação
profissional em saúde , por curso. Brasil 2010
Ressalta-se - a centralidade da enfermagem.
Majoritária no setor privado e responsável por
mais de 40 do total de matriculas nos cursos
técnicos na área da saúde - algumas habilitações
como enfermagem, radiologia, estética, farmácia
mais de 80 dos matriculados estão no setor
privado. - habilitações com presença mais
significativa do setor público análises clinicas,
gerencia em saúde, vigilância em saúde, entre
outras.
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15Tabela 1 Matrículas na educação profissional em
saúde, segundo o curso técnico e a dependência
administrativa. Brasil, 2010
Fonte Mec/Inep
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16Matrículas na educação profissional em saúde,
segundo o curso técnico e a dependência
administrativa. Brasil, 2010
Ressalta-se - Em enfermagem, radiologia,
estética, farmácia mais de 80 dos matriculados
estão no setor privado. - Em análises clinicas,
gerência em saúde, vigilância em saúde, entre
outras, é mais significativa a presença do setor
público.
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17Porque trazer esses dados?
- Para enfatizar a disputa público e privado
- Para questionar a formação de trabalhadores para
o SUS, realizada majoritariamente pelo setor
privado - Para perguntar sobre a concepção de formação
técnica que está presente nessas escolas,
concentradas no setor privado e direcionada para
o mercado e a ocupação de postos de trabalho - Para colocar em evidência a necessidade de uma
política de formação técnica em saúde.
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18II PROJETOS EM DISPUTA
- II.1 a perspectiva instrumental da formação
técnica - II.2 a perspectiva da formação humana,
politécnica e omnilateral na educação
profissional em saúde.
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19II.1 a perspectiva instrumental da formação
técnica
- Dualidade a escola do dizer x a escola do fazer
- Ensino profissional destinado àqueles que devem
executar e ensino científico intelectual
destinado àqueles que devem conceber e controlar
o processo - Dicotomia trabalho manual x trabalho
intelectual - Escolas de tipo profissional - imediatamente
interessadas - ? a formação para o posto de trabalho
- ? a noção de empregabilidade
- Fragmentação do trabalho em especialidades
autônomas - Divisão entre os que concebem e controlam o
processo de trabalho e aqueles que o executam
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20II.2 a perspectiva da formação humana,
politécnica e omnilateral na educação
profissional em saúde
- A noção de politecnia contrapõe-se a essa idéia,
postulando que o processo de trabalho desenvolva,
em uma unidade indissolúvel, os aspectos manuais
e intelectuais. - Pressuposto dessa concepção não existe trabalho
manual puro e nem trabalho intelectual puro. Todo
trabalho humano envolve a concomitância do
exercício dos membros, das mãos, e do exercício
mental, intelectual. - O exercício da função intelectual está presente
nos trabalhos manuais mais rudimentares, mais
primitivos. - A idéia de politecnia tenta trazer a compreensão
desse fenômeno, a captação da contradição que
marca a sociedade capitalista, e a direção de sua
superação.
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21Considerações finais
- A necessidade de estabelecimento de uma política
pública de formação técnica em saúde - A importância, cada vez maior, das Tecnologias de
Informação e Comunicação, em geral, e na Saúde,
de forma mais específica
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