Falar bem, escrever melhor! - PowerPoint PPT Presentation

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Falar bem, escrever melhor!

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Falar bem, escrever melhor! 1. Introdu o 2. Casos pr ticos L xico neologismos e estrangeirismos Morfologia e Sem ntica Morfologia e Sintaxe – PowerPoint PPT presentation

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Title: Falar bem, escrever melhor!


1
Falar bem, escrever melhor!
  • 1. Introdução
  • 2. Casos práticos
  • Léxico neologismos e estrangeirismos
  • Morfologia e Semântica
  • Morfologia e Sintaxe
  • Pontuação
  • 3. Sugestões
  • Porto, 12 de Abril de 2010

2
  • As pessoas nascem com um monte de palavras dentro
    da barriga.
  • Na vida, vão falando e assim gastando as palavras
    que há lá dentro.
  • Quanto todas as palavras acabam, as pessoas
    morrem.
  • E é por isso que os mortos não falam.
  • Lenda do povo Dogon

3
A língua na cultura popular
  • A língua dos homens é a sua espada.
  • A língua tem poder de vida e de morte.
  • Com a língua te posso ajudar mas não com o meu te
    dar.
  • Quem língua tem, a Roma vai e de Roma vem.

4
A língua na cultura popular
  • Saber muitas línguas é ser muitas vezes homem.
  • A panela, pelo soar o homem, pelo falar -
    conhecem-se.

Verba uolant, scripta manent. Provérbio Romano
5
  • () Bem falar e bem escrever são provas de
    respeito pelo nosso património (a língua é um bem
    patrimonial) e de afirmação de bom gosto. E assim
    trataremos a língua como quem faz a sua higiene
    pessoal ou se preocupa em vestir com elegância,
    mesmo que discreta. Sim, porque a língua também é
    gente...
  • Carlos Reis

6
Estrangeirismos I
  • Detalhe
  • Chat
  • Aporte
  • Background
  • Croquis
  • Expert
  • pormenor, minúcia
  • conversa, cavaqueira
  • contribuição, contributo, ajuda
  • herança, cenário, fundo, enquadramento
  • esboço, borrão, rascunho, traçado
  • especialista, perito

7
Estrangeirismos II
  • Montra
  • Chique
  • Avenida
  • Elite
  • Futebol
  • Bife
  • Glamour
  • Performance
  • Low-profile
  • Upgrade
  • Set
  • Workshop

8
Estrangeirismos - regra
  1. Não se justifica o uso de estrangeirismos se
    houver em português, ou possam ser criados,
    termos equivalentes.
  2. Há estrangeirismos que foram gradualmente aceites
    e que hoje, com forma portuguesa, fazem parte da
    nossa língua.

9
EstrangeirismosMaciço vs massivo
  • Armas de destruição maciças
  • Armas de destruição massivas

Devem preservar-se as formas portuguesas
consagradas pelo uso e evitar estrangeirismos
desnecessários. Deve usar-se, por conseguinte,
armas de destruição maciças.
10
Morfologia e semântica
  • O / A personagem
  • O / A sentinela
  • O / A Piloto
  • O / A Presidente
  • Embaixadora vs embaixatriz

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Espartilhar / Despoletar
  • Sobre esse tema, as leis estão espartilhadas.
  • Numa perspectiva claramente regional, que
    ultrapasse as espartilhadas lógicas distritais, o
    governo civil
  • O actuação dos Estados Unidos despoletou
    muitíssimas reacções.
  • O que despoletou o descalabro nas bolsas?

12
Espartilhar / Despoletar
  • ESPARTILHAR
  • Errado utilizar com o sentido de disseminar,
    espalhar.
  • O verbo significa vestir e apertar a cintura com
    espartilho..
  • DESPOLETAR
  • Não se "despoleta" uma granada para deflagrá-la
    descavilha-se. Quando se despoleta ela fica sem
    efeito. No sentido da deflagração, prefira-se,
    por exemplo, a imagem detonar, rebentar, activar.

13
CD e DVD
  • Os CDs e DVDs Os CD e DVD

As siglas não têm plural. Exemplo As ONG
estiveram no Haiti.
14
Verbos derivados I
  • Eu manti-me à tona.
  • Os deputados absteram-se.
  • Eles entreteram-se brincando.
  • Eu mantive-me à tona.
  • Os deputados abstiveram-se.
  • Eles entretiveram-se brincando.

Os verbos derivados de terconjugam-se
exactamente como ele.
15
Verbos derivados II
  • Ele interveio oportunamente
  • Os deputados intervieram no debate.
  • Nós interviemos.
  • Eu intervim
  • Ele interviu oportunamente
  • Os deputados interviram no debate.
  • Nós intervimos.
  • Eu intervi.

Os verbos derivados de virconjugam-se
exactamente como ele.
16
Conjugação verbal
  • Saem
  • Caem
  • Destroem
  • Saiem
  • Caiem
  • Destroiem

Embora se pronuncie um i intervocálico, nos
verbos sair, cair, destruir, construir,
reconstruir, a terceira pessoa do plural é,
respectivamente, saem, caem, destroem, constroem
e reconstroem.
17
Verbos defectivos
  • Falir
  • Colorir As crianças colorem desenhos.
  • Abolir
  • Demolir Os operários demolem o edifício.
  • Florir
  • Polir
  • Retorquir

Só se conjugam nas formas em cuja desinência
existe a vogal i. Nós falimos, vós falis eu
fali, faliste, faliu.
18
Colocação dos pronomes pessoais átonos
  • Foi de tal modo que o jornalista considerou-a um
    marco.
  • Vou a correr se alguém convidar-me.
  • As termas fariam-lhe bem.
  • O autor teoriza que o valor da descoberta
    corporiza-se em muitas situações concretas.

19
Regra
  • Colocam-se os pronomes antes da forma verbal em
  • orações subordinadas
  • frases negativas
  • frases interrogativas introduzidas por pronomes,
    advérbios ou conjunções
  • orações coordenadas disjuntivas.

20
Regra
  • Colocam-se os pronomes antes da forma verbal
  • depois de alguns indefinidos (alguém, ninguém,
    tudo, todos...)
  • depois de alguns advérbios e preposições (talvez,
    ainda, já, sempre, quase, também, só, sem...)
  • em frases exclamativas ou que exprimem desejo.

21
Colocação dos pronomes pessoais átonos
  • Emprestas-me esse guarda-chuva?
  • Quem me empresta esse guarda-chuva?
  • Foi de tal modo que o jornalista a considerou um
    marco.
  • Vou a correr se alguém me convidar.
  • As termas far-lhe-iam bem.
  • O autor teoriza que o valor da descoberta se
    corporiza em muitas situações concretas.

22
O pronome e o infinitivo
  • Quero dizer-te...
  • Pretendo ir-me embora já...
  • Quero-te dizer...
  • Pretendo-me ir embora já...

Regra Nas construções querer, desejar, pretender
infinitivo, o pronome deve ligar-se ao verbo no
infinitivo pois é dele que depende semântica e
sintacticamente.
23
O pronome e o infinitivo
  • Estive-lhe a preparar a roupa.
  • Estive a preparar-lhe a roupa.

Regra Nas construções estar a, andar a
infinitivo, o pronome deve ligar-se ao verbo no
infinitivo pois é dele que depende semanticamente.
24
O pronome e o infinitivo
  • Corri tudo para te encontrar .
  • Corri tudo para encontrar-te.

Regra Nas construções para infinitivo, o
pronome deve preceder o verbo no
infinitivo. Exemplos Esforcei-me para os
motivar.
25
Infinitivo pessoal e impessoal
  • Convidam-se os alunos a visitar a exposição.
  • Desafiam-se os candidatos a apresentar propostas.
  • Convidam-se os alunos a visitarem a exposição
  • Desafiam-se os candidatos a apresentarem
    propostas.

26
Percentagens
  • Parece que 50 do auditório estão desatentos.
  • Parece que 50 dos ouvintes está desatenta.
  • Parece que 50 do auditório está desatento
  • Parece que 50 dos ouvintes estão desatentos.

27
Percentagens - regra
  • Quando o sujeito é composto por uma expressão de
    percentagem e um termo preposicionado ( de), o
    verbo concorda com esse termo.

Exemplo Em 2008, 63 dos portugueses possuíam o
nível secundário de educação. Em 2008, 63 do
país possuía o nível secundário de educação.
28
Vendem-se ou vende-se
  • Vende-se andares.
  • Vende-se maçãs.
  • Vendem-se andares.
  • Vendem-se maçãs.

Regra Quando estamos perante uma expressão
nominal no plural e temos na frase uma partícula
apassivante (vendem-se são vendidos), o verbo
deve concordar com essa expressão
nominal. Exemplos Vendem-se moradias.
Arrendam-se casas. Alugam-se automóveis.
29
A maioria
  • Grande parte dos portugueses automedica-se.
  • A maioria dos turistas visita a Torre dos
    Clérigos.
  • Grande parte dos portugueses automedicam-se.
  • A maioria dos turistas visitam a Torre dos
    Clérigos.

30
A maioria - regra
  • Se uma frase tem como sujeito uma expressão no
    singular, o verbo deve ir para a terceira pessoa
    do singular.

Exemplo A maioria dos turistas visita A maior
parte deles visita
31
Advérbio meio
  • A Joana está meia engripada
  • Eles são meios tontos.
  • A Joana está meio engripada
  • Eles são meio tontos.

Se a palavra meio for um advérbio (poderá ser
noutros contextos substantivo ou adjectivo),
então, como todos os advérbios, será
invariável. Exemplo Esta situação é meio
estranha
32
Um dos que
  • Um dos que levantou uma objecção
  • Um dos factores que contribui para o sucesso
    escolar
  • Um dos que levantaram uma objecção
  • Um dos factores que contribuíram para o sucesso
    escolar

Com a expressão um dos que, o verbo deve ir
para a terceira pessoa do plural.
33
O facto de o / O facto do
  • O facto do avião ter caído vai ser investigado.
  • O facto de o dia foi a queda do avião.
  • O facto de o avião ter caído vai ser investigado.
  • O facto do dia foi a queda do avião

34
O facto de o / O facto do
  • Foi um espectáculo concorrido ao ponto de os
    bilhetes esgotarem.
  • Depois de os artistas se exibirem, todos
    aplaudiram.
  • Foi um espectáculo concorrido ao ponto dos
    bilhetes esgotarem.
  • Depois dos artistas se exibirem, todos
    aplaudiram.

35
O facto de
  • Regra
  • Não existem na Língua Portuguesa sujeitos
    contraídos. Assim em expressões como depois de, o
    facto de, devido a, a hipótese de, etc. não
    poderão ocorrer contracções se se suceder o
    sujeito de uma oração infinitiva.
  • Exemplo A hipótese de aquelas serem as ruínas do
    teatro romano verificou-se.

36
Ter que vs ter de
  • Tenho que comer.
  • Tenho de comer.
  • Tenho de fazer.
  • Tenho que fazer

Ter de emprega-se quando se pretende exprimir a
ideia do desejo, do interesse, da obrigação, da
necessidade ou do dever. Exemplos Tenho de ir
visitar Viena. Sobre a orquestra, não tenho nada
que dizer.
37
Abusar de
  • As crianças foram abusadas.
  • As crianças sofreram abusos.

O verbo abusar exige uma construção com a
preposição de. Abusado é o particípio passado do
verbo e constrói-se também com a mesma
preposição. Este verbo não permite voz
passiva. Exemplos Tens abusado da minha
paciência. O director abusa dos empregados.
38
Aperceber-se de que
  • Ele apercebeu-se tarde demais de que o semáforo
    tinham mudado.
  • Ele apercebeu-se tarde demais que o semáforo
    tinham mudado.

O verbo aperceber-se exige um complemento
iniciado pela preposição de. Exemplos Apercebi-m
e disso. Apercebeu-se do problema. Apercebeu-se
de que havia problemas.
39
Aproximar-se
  • Este trabalho aproxima-se mais ao pretendido pelo
    professor.
  • Este trabalho aproxima-se mais do pretendido pelo
    professor.

O verbo aproximar-se pede um complemento
introduzido pela preposição de. Exemplo
Aproximam-se do pico da montanha. Se o verbo não
for reflexo, mas transitivo directo continua a
pedir um complemento iniciado pela preposição
de. Conseguiu aproximar o irmão da esposa dele..
40
Ir ao encontro vsir de encontro a
  • Esta cadeira vai de encontro às minhas
    expectativas.
  • Esta cadeira vai ao encontro das minhas
    expectativas.

A expressão ao encontro de usa-se com o
significado de a favor, na direcção de, em
harmonia com Exemplo Aquela argumento veio ao
encontro do meu. A expressão ir de encontro a
usa-se com o significado de contra. Exemplo
Ela abraçou o filho de encontro ao peito.
41
Gostar de
  • Os livros que mais gosto são os policiais.
  • Os livros cujos autores ninguém gosta por vezes
    surpreendem.
  • Os livros de que mais gosto são os policiais.
  • Os livros de cujos autores ninguém gosta por
    vezes surpreendem.

Por vezes, sobretudo em orações relativas, a
preposição de é erradamente esquecida.
42
Dizer vs falar
  • Os entrevistados disseram que tinham gostado
    muito do espectáculo.
  • Os entrevistados falaram que tinham gostado muito
    do espectáculo.

O verbo falar exige um complemento circunstancial
de assunto, iniciado pelas preposições de, sobre,
acerca de.
43
Pontuação
  • O uso da vírgula é, por vezes, proibido, por
    vezes, obrigatório e, ainda, facultativo em
    muitas circunstâncias.

44
Vírgula proibida
  • Entre o sujeito e o predicado
  • Entre o predicado e os complementos
  • Antes de conjunção copulativa (e, nem, não só
    mas também)

Exemplo Os pintores, os escultores e os músicos
são artistas. O médico preocupou-se com a saúde
do doente. Etc.
45
Vírgula obrigatória
  • No vocativo.
  • No aposto ou continuado
  • Nas orações relativas explicativas
  • Pedro, vem cá.
  • João de Xira, o dominicano velhinho, acariciava-o
    como a uma criança.
  • O menino, que estava com fome, agradeceu muito.

46
Vírgula obrigatória
  • Antes de gerúndio independente
  • Nas expressões que restringem ou esclarecem
  • Nas expressões explicativas e continuativas
  • Nos cognomes.
  • O Andeiro, curvando a cabeça, obedeceu.
  • No meu entender, a meu ver, em minha opinião,
    julgo eu, etc.
  • Isto é, ou seja, por exemplo, em suma, além
    disso, etc.
  • D. João II, o Príncipe Perfeito

47
Vírgulas facultativas
  • Quando as orações estão em ordem directa oração
    principal - subordinada.
  • Quando os termos da oração estão em ordem
    directa sujeito predicado compl. directo
    compl. indirecto compl. circunstancial

Exemplo Termino o jantar antes que
chegues. O maestro terminou o ensaio antes da
hora.
48
A vírgula e o advérbio
  • Sinceramente já não aguento mais.
  • Consegui esclarecer, absolutamente, tudo.
  • Sinceramente, já não aguento mais.
  • Consegui esclarecer absolutamente tudo.
  • Exemplo
  • Devem ser isolados por vírgula se estiverem fora
    da ordem directa.
  • Com advérbios de tempo e lugar no início,
    dispensa-se a vírgula, a não ser que se queira
    dar-lhes realce.
  • Quando formam uma unidade de sentido com a
    palavra que modificam, não se separam por vírgula.

49
Pleonasmos
  • Bátega de água
  • Há uns meses atrás
  • Ambos os dois
  • Todos foram unânimes
  • Monopólio exclusivo.
  • Duas metades iguais.
  • Comparecer pessoalmente.
  • Encarar de frente.
  • Mantive-me calada sem nada dizer!

50
Bibliografia
  • BERGSTRÖM, Magnus, Prontuário Ortográfico
    Lisboa Editorial Notícias, 1991.
  • ROCHA, Maria Regina Matos, et alii, Assim é que é
    falar, Lisboa Planeta, 2010.
  • CASTELEIRO, João Malaca (dir.), Dicionário
    Gramatical de Verbos Portugueses, Lisboa Texto
    Editores, 2007.
  • Ciberdúvidas http//www.ciberduvidas.com
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