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GEOMETRIA%20FRACTAL

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GEOMETRIA FRACTAL Trabalho realizado por: Ana Catarina Casc o Ricardo Cardoso S nia Damas Como surgiram os fractais? Como surgiram os fractais? Caracter sticas de ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: GEOMETRIA%20FRACTAL


1
GEOMETRIA FRACTAL
Trabalho realizado por Ana Catarina
Cascão Ricardo Cardoso Sónia Damas
2
Euclides 330-260 a.C.
Há mais de dois mil anos, Euclides, segundo conta
a tradição, enquanto caminhava pela praia, notou
que a areia, vista como um todo, se assemelhava a
uma superfície contínua e uniforme, embora fosse
composta por pequenas partes visíveis.
Desde então, empenhou-se em tentar provar,
matematicamente, que todas as formas da natureza
podiam ser reduzidas a formas geométricas
simples.
3
Concentrado sobretudo nas formas, deixou de lado
um elemento importantíssimo neste tipo de
análise a dimensão.
No entanto, inconscientemente, esta foi a chave
para o pensamento inicial de Euclides, já que um
grão de areia, considerado isoladamente,
apresenta três dimensões (largura, altura e
profundidade), enquanto que a superfície arenosa
da praia é visualmente plana (com duas
dimensões).
4
Para Euclides, os objectos da Natureza podiam ser
representados como formas geométricas simples,
como quadrados, circunferências, etc...
No entanto, a geometria euclidiana era
insuficiente e até grosseira para explicar e
descrever estes fenómenos naturais.
5
Como surgiram os fractais?
Segunda metade do séc. XIX e a primeira do séc.
XX
Monstros Matemáticos
Objectos que desafiavam as noções comuns de
infinito e para os quais não havia uma explicação
objectiva
Curva de Peano
Triângulo de Sierpinski
6
Como surgiram os fractais?
Floco de Neve de Koch
Conjunto de Julia
Conjunto de Cantor
7
Como surgiram os fractais?
Benoit Mandelbrot
  • Nasceu a 20 de Novembro de 1924 na Polónia
  • Formação Académica realizada em França
  • Grande gosto pela geometria, procurando resolver
    muitos problemas matemáticos com base na mesma

No ínicio dos anos 80, nomeou (ao invés de
descobrir ou inventar) os fractais, para
classificar certos objectos que não possuiam
necessariamente dimensão inteira, podendo ter
dimensão fraccinária.
8
CuriosidadeComo surgiu a palavra fractal?
Embora os monstros matemáticos existissem há
muito tempo, ainda ninguém lhes tinha atribuído
nenhum nome. Foi então que Benoit Mandelbrot, ao
preparar a sua primeira obra sobre os ditos
monstros, sentiu necessidade de lhes atribuir
um nome.
verbo frangere (que significa quebrar, fracturar,
irregular)
FRACTAL
adjectivo fractus
9
Objectos que não possuem necessariamente dimensão
inteira
Formas igualmente complexas no detalhe e na forma
global
FRACTAIS
Formas geométricas irregulares e fragmentadas que
podem ser subdivididas em partes, e cada parte
será uma cópia reduzida da forma toda
Objectos que não perdem a sua definição formal à
medida que são ampliados, mantendo a sua
estrutura idêntica à original
10
Características de um Fractal
  • Auto-semelhança
  • Dimensão
  • Complexidade Infinita.

11
Auto-Semelhança
  • O conjunto total é constituído por pequenas
    réplicas desse mesmo conjunto, ou seja, qualquer
    que seja a ampliação considerada, obteremos
    sucessivas cópias do objecto inicial.

Auto-semelhança
Exacta
Aproximada
12
Auto-Semelhança
  • Qualquer que seja o número de ampliações de um
    determinado objecto fractal, nunca obteremos a
    imagem final, uma vez que ela poderá continuar
    a ser infinitamente ampliada.
  • Fernando Pessoa, através de um dos seus
    heterónimos, tinha esta visão dos objectos da
    Natureza, embora não tivesse conhecimento da
    Geometria Fractal

...E também o mundo, Com tudo aquilo que
contém, Com tudo aquilo que nele se desdobra E
afinal é a mesma coisa variada em cópias
iguais.  Fernando Pessoa Poesias de Álvaro de
Campos
13
Dimensão
Da Geometria Euclidiana sabemos que
  • ? Um ponto é o que não tem parte, isto é, tem
    dimensão zero
  • ? Uma linha é um comprimento sem largura, ou
    seja, tem dimensão um
  • ? Uma superfície é o que só tem comprimento e
    largura (dimensão dois)
  • ? Um sólido é o que tem comprimento, largura e
    profundidade (dim. 3).
  • Vejamos uma simples linha que se espalha por
    uma superfície plana sem nunca se cruzar. No
    limite, ela preenche todo o plano.
  • Na Geometria Euclidiana esta linha tem dimensão
    1, no entanto intuitivamente ela parece ser quase
    bidimensional.

14
Dimensão
E se formos confrontados com uma dimensão não
inteira
?
Para introduzir a noção de dimensão não inteira,
Mandelbrot deu o seguinte exemplo
  • A dimensão de um novelo de fio depende do ponto
    de vista da pessoa
  • Visto de longe, o novelo não é mais do que um
    ponto, ou seja, tem dimensão zero
  • Visto de mais perto, o novelo parece-nos uma
    bola, assumindo assim três dimensões
  • Visto ainda mais de perto e se utilizarmos um
    microscópio de alta definição, o novelo não passa
    de um conjunto de pontos átomos isolados o
    que significa que o novelo tem dimensão zero.

15
Dimensão
  • A dimensão de um objecto, ao contrário do que
    sucede na Geometria Euclidiana, não é
    necessariamente um número inteiro. Com efeito,
    ela pode ser um número fraccionário.
  • A dimensão de um fractal representa o grau de
    ocupação deste no espaço, estando relacionada com
    o seu grau de irregularidade.
  • Definimos então dimensão de uma curva fractal
    como sendo um número que caracteriza a maneira na
    qual a medida do comprimento entre dois pontos
    aumenta à medida que a escala diminui.
  • Fica então mais fácil explicar a Natureza e
    assim os nossos modelos aproximam-se mais do real.

16
Dimensão
Dimensão 1 Considere-se um segmento de recta
após a redução fica-se com 4 (41) partes iguais.
Dimensão 2
Efectuando o mesmo processo para o quadrado,
dividir cada um dos lados em 4 partes iguais,
fica-se com 16 ( 42) partes iguais.
Dimensão 3
Procedendo-se de igual modo para o cubo, obtém-se
64 ( 43) partes iguais.
17
Dimensão
  • Sejam
  • N número de partes em que se divide o objecto
  • r coeficiente de redução.
  • Dimensão 1
  • Dimensão 2
  • Dimensão 3

18
Dimensão
Generalizando
(d é a dimensão do objecto em estudo)
  • Este raciocínio é válido para qualquer redução
    efectuada em objectos com auto-semelhança exacta.

19
Complexidade Infinita
  • Prende-se com o facto do processo gerador dos
    fractais ser recursivo, tendo um número infinito
    de iterações
  • O objecto fractal pode, por isso, ser ampliado
    tantas vezes quantas se queira, nunca se obtendo
    a imagem final
  • O fractal será por isso a figura limite do seu
    processo gerador e não qualquer um dos passos
    finitos presentes nesse mesmo processo

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Geometria Euclidiana e Geometria Fractal
"Porquê usar palavras? A geometria existia antes
de nós. É eterna como o espírito de Deus, é o
próprio Deus. A geometria com suas esferas,
cones, hexágonos e espirais deu a Deus um modelo
para a criação e foi implantada no Homem como
imagem e semelhança de Deus. Kepler,1610
"Há alguma razão para a geometria não descrever o
formato das nuvens, das montanhas, das árvores ou
a sinuosidade dos rios? Nuvens não são esferas,
montanhas não são cones, continentes não são
círculos, um latido não é contínuo, e nem o raio
viaja em linha recta... Mandelbrot,1983
21
Geometria Euclidiana e Geometria Fractal
GEOMETRIA EUCLIDIANA GEOMETRIA FRACTAL
Tradicional (mais de 2000 anos) Moderna (25 anos)
Baseada em tamanho ou escala definida Sem tamanho ou escala específica
Apropriada a objectos feitos pelo Homem Apropriada a formas naturais
Dimensão no conjunto 0,1,2,3 Dimensão no conjunto 0,3
Descrita por fórmulas e equações Uso de algoritmos recursivos
22
Floco de Neve de Koch
Estrela de David
Triângulo Inicial
REGRA DE SUBTITUIÇÃO RECURSIVA Comece com um triângulo equilátero sólido Quando vir um segmento fronteiro substitua-o por
23
Floco de Neve de Koch
24
Floco de Neve de Koch
Como varia o número de lados com as
transformações?
Passos Número de lados Número de lados Número de lados Número de lados Número de lados
Figura de partida 3 3 x 40
1 3x4 12 3 x 41
2 12x4 48 3 x 42
3 48x4 192 3 x 43
4 192x4 768 3 x 44
5 768x4 3072 3 x 45
O número de lados do Floco de Neve de Koch tende
para o infinito.
25
Floco de Neve de Koch
Como varia o comprimento de cada lado com as
transformações?
Passos Medida de cada lado Medida de cada lado Medida de cada lado Medida de cada lado Medida de cada lado
Figura de partida 1
1 3-1
2 3-2
3 3-3
4 3-4
5 3-5
O comprimento de cada lado do Floco de Neve de
Koch tende para zero.
26
Floco de Neve de Koch
Como varia o perímetro da curva com as
transformações?
Podemos definir a sucessão dos perímetros Pn à
custa das duas sucessões anteriores. Assim
Quando n tende para infinito, a sucessão Pn tende
para infinito, logo podemos concluir que o
perímetro da curva de Koch tende para infinito.
27
Floco de Neve de Koch
Será que a área do floco de neve de Koch também
cresce para infinito?
Consideremos que a área do triângulo inicial tem
uma unidade.
  • A área da Floco de Neve de Koch está
    compreendida entre 1 e 2.

28
Floco de Neve de Koch
  • A área do polígono, em cada passo, obtém-se
    adicionando à área do polígono do passo anterior
    a área de um triângulo equilátero, cujo lado é
    do anterior, multiplicada tantas vezes quantas o
    número de lados do polígono anterior.
  • Pela semelhança de figuras planas, sabe-se que,
    se o lado de um polígono sofre uma redução de
    razão , a área sofre uma redução de

29
Floco de Neve de Koch
....
30
Floco de Neve de Koch
Então An1 1 Sn com
Calculando o limite de Sn quando n tende para
infinito tem-se
A área do Floco de Neve de Koch é
31
Floco de Neve de Koch
  • O Floco de Neve de Koch tem perímetro infinito e
    área finita.

O facto de termos um perímetro infinito a
fechar uma área finita pode parecer contrário à
nossa intuição geométrica, mas é característico
de muitas formas importantes na Natureza. O
sistema vascular das veias e artérias no corpo
humano, por exemplo, ocupa uma pequena fracção do
corpo e tem um volume relativamente pequeno, mas
tem um enorme comprimento de ponta a ponta, as
veias, artérias e capilares de um único corpo
humano atingem cerca de 65 mil quilómetros.

Modelo do Sistema Circulatório Humano
32
Floco de Neve de Koch
  • Dimensão?

  • O floco de neve de Koch possui auto-semelhança
    exacta.

33
Triângulo de Sierpinski
REGRA DE SUBTITUIÇÃO RECURSIVA Comece com um triângulo equilátero sólido Quando vir um triângulo sólido substitua-o por
34
Triângulo de Sierpinski
Como varia a área da figura com as transformações?
Passo 0
Passo 1
Passo 2
Passo 3
....
Passo n
A área do Triângulo de Sierpinski tende para zero.
35
Triângulo de Sierpinski
Como varia o perímetro da figura com as
transformações?
O número de triângulos sólidos em cada passo da
construção é dado por
Passo 0
Passo 1
Passo 2
Passo 3
O perímetro do Triângulo de Sierpinski tende para
infinito.
36
Triângulo de Sierpinski
  • Dimensão?

  • O Triângulo de Sierpinski possui
    auto-semelhança exacta.

37
Triângulo de Sierpinskie o Triângulo de Pascal
38
O Jogo do Caos
  • Para jogar este jogo necessitamos de
  • Um triângulo arbitrário de vértices A, B e C
  • Um dado não viciado
  • A cada um dos vértices do triângulo atribuímos
    duas das seis possibilidades resultantes de
    atirar o dado
  • A é vencedor se sair 1 ou 2
  • B é vencedor se sair 3 ou 4
  • C é vencedor se sair 5 ou 6
  • Vamos então jogar este jogo

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O Jogo do Caos
Passo 0 Atira-se o dado. Começa-se pelo vértice
vencedor. Suponhamos que calhou cinco. Então
começamos pelo vértice C Passo 1 Atira-se
novamente o dado. Suponhamos que calha dois.
Então o vencedor é o vértice A. Agora mudamos
directamente da posição anterior para o vértice
vencedor, mas paramos a meio. Marca-se a nova
posição M1 Passo 2 Atira-se novamente o dado e
move-se directamente da última posição para o
vértice vencedor, e paramos a meio. (Por
exemplo se sair o três paramos em M2 que é o
ponto médio do segmento que une M1 a B). Marcamos
nova posição Passo 3, 4,... Continua-se a
atirar o dado, movendo-se para o ponto médio do
segmento que une a última posição e o vértice
vencedor.
40
O Jogo do Caos
Atirando o dado 100 vezes
Atirando o dado 1000 vezes
Atirando o dado 5000 vezes
Atirando o dado 10000 vezes
O padrão obtido é inconfundível
Triângulo de Sierpinski
41
A Curva de Peano
  • Exemplo de uma curva (dimensão 1 na Geometria
    Euclidiana) que preenche o plano (dimensão 2)
  • Qual é a dimensão fractal da Curva de Peano?


42
O Conjunto de Mandelbrot
  • A nossa construção irá começar com um número
    complexo (um ponto do plano) que designaremos por
    SEMENTE e a partir dele criamos uma sequência
    infinita de números (pontos) que dependem do
    número inicial
  • Esta sequência de números chamar-se-á SEQUÊNCIA
    DE MANDELBROT.

REGRA DE SUBTITUIÇÃO RECURSIVA Comece com a semente s. Se c é um termo da sequência então o termo seguinte é c2s.
43
O Conjunto de Mandelbrot
Semente S 1 S -1 S - 0,75
Passo 1 S11212 S1 0 S1 - 0,1875
Passo 2 S22215 S2 -1 S2 - 0,714844
Passo 3 S352126 S3 0 S3 - 0,238998
Passo 4 S42621677 S4 -1 S4 - 0,69288


Ponto de Divergência
Ponto de Convergência
Ponto de Periodicidade
44
O Conjunto de Mandelbrot
  • Cada ponto do plano cartesiano é um número
    complexo e pode ser usado como semente na
    sequência de Mandelbrot.

Cores quentes se divergir lentamente
Pontos de Divergência
Cores frias se divergir rapidamente
Pontos de Periodicidade
Ponto negro
Pontos de Convergência
  • Para construir o conjunto de Mandelbrot, basta
    marcar a negro os pontos que correspondem às
    sementes de convergência ou que originam
    sequências periódicas, deixando os restantes a
    branco ou numa graduação de cores de acordo com a
    rapidez com que aumentam de valor.

45
O Conjunto de Mandelbrot
46
Objectos Fractais com dimensão entre 2 e 3
Fractal do Cubo
Fractal do Tetraedro
47
Aplicações da Geometria Fractal
  • Indústria Cinematográfica
  • Economia
  • Biologia
  • Análise de imagens por satélite
  • Geologia

48
Aplicações da Geometria Fractal
  • Medicina
  • Arte
  • Linguística
  • Informática
  • Meteorologia

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Fractais no Ensino Secundário
Actividade Construção de um Fractal numa Folha
de Papel   Material Folha de papel A4 Tesoura
Instruções 1. Meça o comprimento da folha (
a) 2. Meça a largura da folha ( b) 3. Dobre
a folha de papel ao meio 4. Faça 2 cortes de
comprimento a/4 afastados de cada lado do papel
b/4 5. Dobre segundo o segmento criado pelos
dois cortes 6. Repita os passos 1 a 5, mas
agora para a parte da folha que acabou de dobrar
7. Continue este processo o máximo de vezes
possíveis 8. Dobre a folha A4 formando um
ângulo recto 9. Dobre a parte da folha obtida no
passo 5, de modo a formar um ângulo recto com a
dobra do passo 8 10. Repita o passo 9 para as
outras partes da folha.
50
Fractais no Ensino Secundário
Questões 1. Conte os elementos em cada iteração
e faça uma tabela. 2. Identifique o padrão de
crescimento e indique a sucessão que permite
calcular o número de elementos para a n-ésima
geração. 3. Qual a área total (isto é, depois de
uma infinidade de dobras) da superfície dos
elementos? (Sugestão Escolha um valor
conveniente para a área do primeiro elemento).
4. Investigue o que acontece, se fizer um corte
diferente, alterar o tamanho do corte ou aumentar
o número de cortes.
51
FIM
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