Title: PPG em Engenharia e Gest
1- PPG em Engenharia e Gestão do Conhecimento - UFSC
- Complexidade e Conhecimento na Sociedade em Redes
Andreza Gonçalves de Freitas Juliana Lisot Paulo
Cristiano de Oliveira Soraya Medeiros Falqueiro
Março de 2012
2ciência cognitiva e experiência humana
Francisco Varela Evan Thompson Eleanor Rosch
Seminário 1 Equipe 2
3Os autores
- Francisco Varela
- biólogo e filósofo chileno, escreveu sobre
sistemas vivos e cognição, e autonomia e modelos
lógicos. - Evan Thompson
- professor de filosofia na Universidade de
Toronto, escreve sobre ciência cognitiva,
fenomenologia e filosofia da mente - Eleanor Rosch
- professora de psicologia na Universidade da
Califórnia, especialista em psicologia cognitiva,
pesquisa temas como a categorização semântica,
representação mental de conceitos e lingüística.
4Introdução
- Título original The embodied mind cognitive
science and human experience. - Publicado em 1991 pelo Instituto de
- Tecnologia de Massachusetts.
- O livro fala sobre a possibilidade de circulação
- entre as ciências da mente (ciência
- cognitiva) e a experiência humana.
- Embodied de embodiement, termo utilizado em
ciências cognitivas para descrever a filosofia e
as metodologias dos cientistas cognitivos que
estudam a cognição como a conjunção, inseparável,
linearmente, de um organismo cognoscente com o
meio.
5Introdução
A Parte I introduz os dois temas principais da
obra os autores indicam o que querem dizer com
ciência cognitiva e com experiência humana. É
apresentado um panorama geral do modo como se
desenvolverá o diálogo entre esses dois
parceiros.
- Na Parte II, são aprofundados os tipos de
cognitivismo. - A Parte III discorre sobre as variedades de
emergência, abordando as propriedades
emergentes e o conexionismo e as mentes sem
self, fazendo um paralelo com a psicologia
budista. - Na Parte IV, serão vistos passos para uma via
intermediária. Uma nova abordagem em ciência
cognitiva. - A Parte V apresenta mundos sem fundamento, com um
capítulo para a via intermédia e sobre como
estabelecer uma via ao caminhar.
Neste primeiro seminário, vamos falar sobre os
dois capítulos da primeira parte do livro.
6- Parte I
- O ponto de partida
7- I - Uma circularidade fundamental
- na mente do cientista reflexivo
8 I Uma circularidade fundamental
- Para compreender esta circulação é importante
entender seu eixo principal - Corporalidade do conhecimento, da cognição e da
experiência. - Os autores abordam duas visões de compreender o
duplo sentido de corporalidade, um vindo da
ciência e outro da experiência humana.
O filósofo francês diz que o mundo não é um
objeto tal que permita possuir a lei da sua
criação é o cenário natural e o campo de todos
os pensamentos e todas as percepções explícitas
do sujeito.
9 I Uma circularidade fundamental
- Os autores usaram como fonte
- Charles Taylon (animais interpretativos)
- Daniel Dannet (teorias defendidas sob nível
subpessoal (abaixo do pessoal), pressupõe noções
cognitivas, conhecimento, desejo, crença). -
No livro serão destacadas uma diversidade das
perspectivas dentro do âmbito da ciência
cognitiva.
10 I Uma circularidade fundamental
Figura 1.1 Diagrama conceitual das ciências
cognitivas, sob a forma de um mapa polar, com as
disciplinas contribuintes posicionadas nos
espaços angulares e as diferentes abordagens no
eixo radial.
11 I Uma circularidade fundamental
De acordo com esta hipótese cognitivista, o
estudo da cognição como representação mental
fornece o domínio específico da ciência
cognitiva.
- A cognição é uma representação mental a mente é
definida - como operando em termos de manipulação de
símbolos - que representam características do mundo ou
representam - O mundo como sendo de um determinado modo.
Mesmo limitando a nossa atenção cognitiva humana,
existem as mais variadas maneiras de considerar o
mundo.
- O mundo se apresenta de muitas maneiras na
realidade poderemos considerar muitos mundo
diferentes de experiência - dependendo da
estrutura do ser envolvido e dos tipos de
distinções que seja capaz de fazer.
12 I Uma circularidade fundamental
- Partindo desse ponto de vista, qualquer descrição
cientifica (investigação), seja de fenômenos
biológicos ou mentais, deve ser um produto da
estrutura do nosso próprio sistema cognitivo.
Portanto a mente desperta no mundo que não está
separado de nós. O mundo não é um objeto de
estudo, mas um cenário natural e o campo de
todos os meus pensamentos e percepções
explícitas. A tensão vem a superfície
especialmente na ciência cognitiva, - Porque esta se situa na encruzilhada das ciências
- naturais e das ciência humanas.
- Quando ignoramos a circularidade fundamental da
nossa situação na CIÊNCIA COGNITIVA supomos
autocompreensão humana que é simplesmente falsa
e substituível ou na possibilidade de não existir
uma ciência cognitiva amadurecida.
13- I I O que queremos
- dizer com experiência humana?
14I I O que queremos dizer com experiência
humana?
(Ciência e a tradição fenomenológica, base para
as ciências cognitivas de estudos ocidentais).
Descartes , vê a mente como uma consciência
subjetiva contendo idéias que correspondiam ou
não aquilo que esta no mundo. Hussel, afirma
que com a fenomenologia deu o primeiro passo para
o cientista reflexivo quando afirma que devemos
encarar o mundo como tendo a marca da nossa
própria estrutura, e que esta estrutura era algo
que ele estava a reconhecer como sua própria
mente. Porem não conseguiu vingar nos seus
próximos passos, porque tornou sua estrutura
sendo inteiramente abstrata e acessível.
15I I O que queremos dizer com experiência
humana?
Base do método da reflexão fenomenológica
concentra-se na experiência da consciência
naquilo que chamava de mundo vivido. A tarefa
do fenomenologista torna-se agora a analise da
relação essencial entre consciência, experiência
e este mundo da vida. O que é fenomenologia
pura é a ligação entre a ciência e a
experiência sem comprometer o objetivismo do
estilo galileico e por outro lado ao
irracionalismo do existencialismo. (pag. 42) A
queda da fenomenologia se deu por compreender a
análise do mundo da vida em campus filosófico e
não antropológica ou histórica.
O modo como Husserl se voltou para a experiência
e para as próprias coisas era absolutamente
abstrato e teórico.
16I I O que queremos dizer com experiência
humana?
Teoria Psicanalítica é uma alternativa a
não-razão, que conseguiu provavelmente ter mais
influencia nas nossas concepções populares
ocidentais da mente do que qualquer outro
simples fator cultural. Mas o método
psicanalítico sofre da mesma tendência
científica e fenomenológica que é o pensamento
ocidental a posteriori. Uma tradição
filosófica não ocidental Método Atenção (este
termo é usado para designar como estar presente
diante da sua própria existência humana)
Consciencialização.
O psicanalista sabe que tem que trabalhar dentro
dos limites de um sistema conceptual criado pela
psicanálise.
17I I O que queremos dizer com experiência
humana?
Se a ciência cognitiva tiver que incluir a
experiência humana, deve ter algum método para
explorar e conhecer o que é experiência humana.
Os autores de mente corpórea buscaram a descrever
esse método com base na experiência budista da
meditação. Essa descrição do método foi estudada
e observada por meio de entrevistas de
professores tradicionais e estudantes do budismo
contemporâneo. Na meditação seu objeto de
atenção é a respiração (entre estar presente e
não estar presente no mundo). É encontrar-se
ligado a sua própria experiência humana.
Atitude abstrata do método científico de uma
visão ocidental atitude da vida do dia a dia/
não está atento. Essa atitude abstrata é o fato
espacial, o acolchoamento de hábitos
e preconceitos, a armadura com a qual cada um se
distancia habitualmente da sua própria
existência.
18I I O que queremos dizer com experiência
humana?
Do ponto de vista da meditação de Atenção e
Consciencialização os seres humanos não estão
acurralados para sempre na atitude abstrata.
Dissociação da mente do corpo e da experiência é
resultado dos hábitos e esses hábitos podem ser
quebrados (desconstruídos). Essa Atenção e
Consciencialização pode se desenvolver como
treino de bons hábitos (uma das abordagens).
Outra abordagem considera o estado natural da
mente que foi temporariamente obscurecido por
padrões habituais de apreensão e ilusão. A
prática budista de atenção/consciencialização não
é usada como um ato místico, mas com a
finalidade de tornarmos atentos da mente,
experienciar aquilo que cada um faz, enquanto
faz, estar presente com a mente de cada um.
19I I O que queremos dizer com experiência
humana?
No budismo, a finalidade de acalmar a mente não é
para se tornar absorvida, mas para tornar a
mente capaz de estar presente consigo própria o
tempo suficiente para ser capaz de adquirir uma
visão da sua própria natureza e pensamento. O
papel da reflexão na analise da experiência, ela
tem sua ela própria sua forma de experiência. E
não só exercida sobre ela. Reflexão
corporalizada interação entre meditação e
ciência cognitiva Os cientistas ocidentais na se
incluem na reflexão, tornando-se
descoporalizada. A prática budista de atenção
/conscientização tem como finalidade
tornarmo-nos atentos da mente, experimentar
aquilo que a mente de cada um faz, enquanto o
faz, estar presente com a mente de cada um.
(pg50)
20I I O que queremos dizer com experiência
humana?
A reflexão teórica não necessita de ser desatenta
e descorporalizada. A asserção de base desta
abordagem progressiva a experiência humana é que
a relação ou modalidade mente-corpo não é
simplesmente fixada e dada, mas pode ser
fundamentalmente alterada. Em conclusão, é
necessário adaptar uma perspectiva disciplinada
da experiência humana que permita alargar o
domínio da ciência cognitiva de modo a incluir a
experiência direta. Assim sugeriu que tal
perspectiva já existe sob a forma da meditação de
atenção-consciencialização. A prática da A/C, a
filosofia fenomenológica e a ciência são
atividades humanas cada uma delas é uma
expressão da nossa corporalidade humana.
21I I O que queremos dizer com experiência
humana?
Os autores acreditam que a Meditação de
Atenção/Consciencialização Poe fornecer uma
ponte natural entre a ciência cognitiva e a
experiência humana. Para nós torna-se
particularmente impressionante a convergência que
descobrimos ente alguns dos principais temas da
doutrina budista, da fenomenologia e da ciência
cognitiva temas relacionados com o eu e a
relação entre sujeito e objeto. (pag. 61)
22Obrigado!