Title: Insetos associados
1Insetos associados às plantas medicinais. (PUIC)
Ciências Agrárias
Daniel Pazini Pezente, Ana Lúcia de Paula
Ribeiro PUIC Curso Agronomia - Campus Tubarão
Resultados Das amostras coletadas foram
obtidos artrópodes pertencentes a sete ordens,
sendo estas Acari, Coleoptera, Diptera.
Hemiptera, Neuroptera e Hymenoptera, Thysanoptera
(Tabela 1). A partir destes resultados foi
possível avaliar o comportamento de duas espécies
de plantas com cultivo comercial para plantas
medicinais. A trombeteira (Datura
suaviolens), solanácea cultivada em áreas
sucessivas de fumo apresentaram comportamento
fitossanitário similar a essa cultura em relação
as pragas. Entre as principais pragas se
destacaram as vaquinhas entre elas Diabrotica
speciosa e Diabrotica sp., insetos polífagos com
grande capacidade desfolhadora. O dano provocado
não atingiu o nível de dano na cultura, pois a
trombeteira é um arbusto que produz boa massa
foliar capaz de suportar os danos provocados. O
trips Thryps tabaci com grande capacidade de
adaptação em solanáceas provocaram danos diretos
sugando a seiva das plantas de trombeteira e
transmitiram virose do vira-cabeça prejudicando a
produção. As medidas de controle foram tomadas
retirando-se as plantas infectadas da área de
cultivo, porém em algumas áreas foi necessária a
poda drástica das plantas. Em relação às
plantas de guaco (Mikania glomerata) o
comportamento em associar várias espécies de
inimigos naturais ficou bastante evidente. Foram
encontrados várias posturas de ovos de
crisopídeos nas folhas. Até o momento das coletas
não se verificou danos evidentes provocados por
artrópodes, evidenciando uma planta com
características favoráveis ao cultivo comercial.
A correlação positiva também se fez presente em
relação aos inimigos naturais. Foi possível
encontrar várias espécies de insetos importantes
controladores biológicos como Chrysoperla externa
altamente eficaz no controle de insetos de corpo
mole como pulgões, ácaros, tripes e pequenas
lagartas e insetos da Família Coccinellidae que
em conjunto são capazes de manter um equilíbrio
natural dos insetos considerados
pragas. Conclusõe
s No cultivo da trombeteira as espécies mais
frequentes foram Trips tabaci e Diabrotica
speciosa, enquanto que no cultivo de guaco
espécies de inimigos naturais como Chrysoperla
externa e Cycloneda sanguinea presentes em grande
quantidade evidenciam o cultivo do guaco como uma
planta promissora ao complexo agroindustrial. Bib
liografia Embrapa (2008). Disponível em
http//www.embrapa.br acesso 22 de agosto de
2008. Pesquisa define sistema de produção para
plantas medicinais. MONTANARI JUNIOR, I. .
Exploração econômica de plantas medicinais da
Mata Atlântica.. In Luciana Lopes Simôes
Clayton Ferreira Lino. (Org.). Sustentável Mata
Atlântica. São Paulo-SP Editora Senac, 2002, v.
, p. 35-54. Apoio Financeiro Unisul
Introdução O valor intrínseco de uma planta
medicinal está no seu efeito terapêutico. A
Organização Mundial de saúde diz que plantas
bioativas é qualquer planta que possua em um ou
em vários de seus órgãos, substâncias usadas com
finalidade terapêutica, ou que estas substâncias
sejam ponto de partida para a síntese de produtos
químicos e farmacêuticos. A estas substâncias é
dado o nome de princípios ativos. São eles os
responsáveis pelo efeito terapêutico que a planta
bioativa possui (Montanari Jr., 2002). No Brasil
uma pequena parcela de plantas tem sido
pesquisada quanto ao seu potencial bioativo,
sendo a pesquisa, a cadeia produtiva e a política
econômica dissociadas das reais necessidades do
setor (Embrapa, 2008). No Estado de Santa
Catarina trabalhos realizados pela Epagri desde
1996 vêm demonstrando a adaptação e a viabilidade
do cultivo comercial e industrial de várias
espécies de plantas medicinais (Datura
suaviolens, Valeriana officinalis, Pachyrrhizus
bulbosos, Brugmansia suaveolens, Tagetes minuta,
Melaleuca alternifoli, Mellissa oficinalis,
Trichillia catigua, Lavandula officinalis, Salvia
sclarea, Pogostemon clabil, Cymbopogon citratus,
C. martinii, Maytenus ilicifolia, Mykania
glomerata). O cultivo destas plantas é uma das
atividades recomendadas ao Estado, pois a região
caracteriza-se por pequenas propriedades, com
organização tipicamente familiar e uso do sistema
de cultivo agroecológico. A inserção da produção
de plantas medicinais na cadeia produtiva do
Estado poderá resultar no desenvolvimento
agroindustrial de fornecedores de equipamentos
específicos, insumos agroecológicos, viveiristas,
produtores de sementes, herbanários,
laboratórios, farmácias, indústrias de alimentos,
bebidas, cosmecêuticos e medicamentos. Desta
forma há a necessidade de se conhecer as relações
biodinâmicas do ecossistema para entender a
estrutura e o fundamento de sistemas dinâmicos
naturais e capturar o segredo da regulação
natural. Objetivo Identificar as espécies de
artrópodes associados à Datura suaviolens
(Humboldt Bonpland) (trombeteira) e à Mikania
glomerata Spreng., (guaco), Metodologia O
trabalho foi realizado em áreas de produtores
rurais assistidos pelo programa da Epagri, que
cultivam as espécies bioativas Datura suaviolens
(Humboldt Bonpland) (trombeteira) e Mikania
glomerata Spreng., (guaco) . As avaliações dos
artrópodes herbívoros, inimigos naturais,
protocooperantes e polinizadores foram realizados
a cada quinzena, durante o período de setembro de
2007 a maio de 2008 analisando três folhas/planta
ao longo do dossel da planta. Os insetos
coletados foram conservados e armazenados em
álcool 70, para posterior identificação no
Laboratório de Fitossanidade da Unisul.
Cultivo de Mikania glomerata Tubarão
Cultivo de Datura suaviolens Braço-do-Norte