Title: Slide sem t
1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA DE
MEDICINA VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MEDICINA
VETERINÁRIA PREVENTIVA DISCIPLINA DOENÇAS
INFECCIOSAS AULA MASTITE OU MAMITE EUGENIA
MÁRCIA DE DEUS OLIVEIRA
2MASTITE
- Definição
- Importância econômica
- Etiologia
- Aspectos epidemiológicos
- Sinais clínicos
- Patogenia
- Diagnóstico
- Tratamento
- Medidas de controle
- Referências
3Definição
O termo mastite derivado do grego mastos,
glândula mamária e do sufixo ite, inflamação,
caracteriza-se por ser um processo inflamatório
da glândula mamária. Além da causa infecciosa, a
mastite pode ter outras traumática, metabólica,
fisiológica e alérgica.
4Importância econômica
- Saúde pública potencial risco a saúde do
consumidor por veicular agentes
etiológicos de zoonoses. - Prejuízos na produção leiteira
- - Calcula-se que aprox. 17 a 20 da população
mundial de vacas leiteiras em um dado momento
tenham mastite. - - Perdas por mastite da ordem de 10 a 15 da
produção em vários países. - - Em 1987, os EUA perderam 8 bilhões de litros,
o equivalente à produção brasileira no mesmo
ano. - - National Mastitis Council U. S. referiu um
prejuízo de aprox. 200 dólares/ vaca
anualmente - 70 - redução na produção dos quartos c/
mastite subclínica - 8 - gastos c/ tratamentos
- 14 - morte ou descarte animal, desvalorização
comercial do animal, por quartos afuncionais
ou atrofiados -
5Importância econômica
- Nos EUA os prejuízos atingem a casa dos 2
bilhões de dólares anualmente. - A redução na produção leiteira total é
representada pela - - Mastite subclínica 82
- - Mastite clínica 18
- Vaca com mastite produção leiteira afetada em
quantidade e qualidade. - - Menor teor de lactose, caseína, gordura,
cálcio e fósforo e um aumento de imunoglobulinas,
cloretos e lipase
6Importância econômica
- No Brasil os índices de mastite subclínica em
1997 - - Minas Gerais 72
- - São Paulo 17,5
- Prejuízos por mastite subclínica
- - 332,20 por vaca/ano
- - 21.729, 87 por propriedade/ano
7Etiologia
- Agentes etiológicos quanto à origem e modo de
transmissão - Microrganismos contagiosos vaca a vaca,
equipamentos de ordenha ou das mãos do
ordenhador.Streptococcus agalactiae,
Streptococcus dysgalatiae, Staphylococcus sp,
Staphylococcus aureus e Corynebacterium bovis. - Microrganismos ambientais ubiquitários.
Streptococcus uberis, estreptococcos esculina
positivos, Enterobacteriaceae ( E. coli,
Klebsiella sp., Serratia sp., etc.), Actinomyces
pyogenes, Pseudomonas sp., fungos, leveduras e
algas aclorofiladas (Prototheca sp.). - Staphylococcus sp, Corynebacterium bovis e
Streptococcus sp.
8Etiologia
Etiologia de Mastite Bovina resultados de 31463
(SP) e 8146 (MG) amostras de leite, estudo em 127
propriedades leiteiras dos Estados de São Paulo e
Minas Gerais Brasil 1997.
9Aspectos Epidemiológicos
- Prevalência variável (área geográfica)
- Prevalência de infecção dos patógenos da mastite
50 nas vacas. - Fontes de infecção vacas com os quartos
afetados e o meio ambiente. - Transmissão insufladores internos da
ordenhadeira mecânica, mãos do ordenhador, panos
úmidos , etc. -
10Aspectos Epidemiológicos
- Fatores predisponentes
- Estágio da lactação fase inicial do período
seco ou nos dois primeiros meses de lactação. - Caract. da ordenha e morfologia das tetas alta
velocidade de ordenha e um grande diâmetro do
canal da teta. - Idade da vaca risco da mastite aumente com a
idade da vaca. - Higiene precária falta de higiene por parte dos
ordenhadores. - Manejo vacas sujas, tetas lesadas,
superlotação. - Tamanho do rebanho difícil controlar a mastite
contagiosa em um rebanho com grande nº. de
contatos entre as vacas. - Mal funcionamento das ordenhadeiras lesão nas
tetas. -
11Patogenia
- PENETRAÇÃO INFECÇÃO INFLAMAÇÃO
- Penetração estágio no qual os patógenos passam
do meio externo ao leite presente no interior do
canal da teta. - Infecção fase na qual os microrganismos
multiplicam-se rapidamente e invadem o tecido
mamário. - Inflamação liberação de mediadores químicos
(prostaglandinas e leucotrienos) ? vasodilatação,
permeabilidade vascular e infiltrado leucocitário
? calor, rubor, dor e edema. - Fatores ligados ao estabelecimento de infecção
por determinado patógeno - Microrganismo
- Hospedeiro
- Meio ambiente.
12- FATORES LIGADOS AOS MICRORGANISMOS
- Fatores de virulência
- - Multiplicação no leite ( lactose como fonte
de carbono e /ou capacidade proteolítica). - - Habilidade de aderir ao epitélio
- - Presença de cápsula
- FATORES LIGADOS AO HOSPEDEIRO
- Mecanismos de defesa
- - Características do úbere tamanho, forma e
tamanho dos tetos e tonicidade dos ligamentos - - Integridade e perfeita oclusão do canal do
teto - - Sanidade
- - Estado nutricional
13- Principal porta de entrada ? orifício do teto
- Via descendente (hematógena) menos importante.
- Canal do teto com boa oclusão ? Barreira primária
para a penetração de microrganismos na cisterna
da glândula. - Queratina ação bactericida e bacteriostática
- Absorção das bactérias à queratina
- Eliminação do complexo queratina-bactéria
- Renovação das células queratinizadas
- Mudanças
- Na seleção genética de vacas leiteiras
- Nas práticas de tratamento intramamário
14- Mecanismo de defesa remoção mecânica pelos jatos
de leite - Recomendação ordenhas a fundo, repetidas várias
vezes ao dia. - FATORES LIGADOS AO AMBIENTE
- Condições ambientais (ex. stress)
- Nutrição
- Funcionamento inadequado da ordenhadeira mecânica
15INJÚRIA QUÍMICA, FÍSICA, BIOLÓGICA
LIBERAÇÃO DE MEDIADORES INFLAMATÓRIOS Vasodilataç
ão, permeabilidade vascular, infiltrado
leucocitário
calor rubor dor edema perda de função
mastite
PROCESSO INFLAMATÓRIO
16Sinais clínicos
MASTITE
SUBCLÍNICA
CLÍNICA
hiperagudas
agudas
subagudas
crônicas
17Sinais clínicos
MASTITE CLÍNICA
CRÔNICA
AGUDA
SUBAGUDA
HIPERAGUDA
- - FIBROSAMENTO
- ALTERAÇÕES NO
- LEITE
- EDEMA
- DOR
- CALOR
- RUBOR
- ALT. LEITE
- FEBRE - DEPRESSÃO - ANOREXIA
- FIBROSAMENTO
- SEM SINAIS DE PROC INFL.
- E ALTERAÇÕES NO LEITE
- (GRUMOS, COÁGULOS)
-
18Sinais clínicos
MASTITE SUBCLÍNICA
- DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE LEITE
- AUSÊNCIA DE SINAIS DE PROCESSO INFLAMATÓRIO OU
- FIBROSAMENTO
19(No Transcript)
20(No Transcript)
21(No Transcript)
22Diagnóstico
- MASTITES CLÍNICAS
- - Sinais clínicos anormalidades na glândula
mamária e no leite. - - Exame bacteriológico e o antibiograma (escolha
do melhor tratamento). - - Prova da caneca de fundo preto
- MASTITES SUBCLÍNICAS
- - Contagem de células somáticas (500.000
células/ml) - - Métodos químicos
- CMT (California Mastitis Test)
- Whiteside
- - Cultivo e identificação
- ágar sangue, ágar Mac Conkey e Ágar
Sabouraund/37ºC Provas bioquímicas
23Diagnóstico
24(No Transcript)
25(No Transcript)
26(No Transcript)
27Tratamento
- Mastite clínica
- Tratamento imediato.
- Mastite aguda infusão intramamária 3 dias
após esgotamento completo do quarto afetado. - Sinais sistêmicos tratamento parenteral
-
- Mastite subclínica
- Durante a lactação ou no período seco
- S. aureus após secagem (cura após o tmt na
lactação ? - Streptococcus agalactiae lactação perdas
econômicas
28Controle
- Programas de controle objetivo
- Limitar a prevalência da mastite a níveis
economicamente aceitáveis dentro das
circunstâncias particulares de cada propriedade. - O programa deverá ser baseado em quatro aspectos
fundamentais - Quanto à fonte de infecção, o seu diagnóstico,
tratamento ou descarte - Em relação ao susceptível, nutrição, seleção de
animais mais resistentes e higiene de ordenha - Em relação as vias de transmissão higiene de
ordenha e meio ambiente - Conscientização dos produtores através das perdas
econômicas, e educação sanitária dos tratadores e
ordenhadores.
29Controle de mastite
- Em síntese um programa de controle de mastite
deverá visar - Reduzir as infecções pré-existentes
- Prevenir novas infecções
- Monitorar o nível de mastite
- 1. Reduzir as infecções pré-existentes
- 1.1. Diagnóstico e tratamento precoce dos casos
clínicos - 1.2. Tratamento de mastite sub-clínica na
interrupção da lactação. - 1.3. Descarte
- Vacas com mais de 3 casos clínicos por
lactação, que não respondem ao tratamento de
vaca seca, deverão ser descartadas.
30Controle de mastite
2. Prevenir novas infecções 2.1. Manejo e
higiene de ordenha corretos - Manter úberes
limpos - Ordenhar tetos limpos e secos
(toalhas descartáveis) - Desligar o vácuo antes
da remoção das teteiras 2.2. Desinfecção
pós-ordenha adequada - Usar desinfetante recém
preparado, com correta diluição - Aplicação
correta, cobrindo todo o teto e todos os
tetos - Usar de preferência com emoliente
(glicerina 5-10) - Evitar acúmulo de matéria
orgânica, pois diminui o poder germicida
31Controle de mastite
2.3. Manutenção adequada do equipamento de
ordenha - Revisão periódica do equipamento,
pelo menos anual, e sempre que necessário. -
Chamar assistência técnica sempre que as teteiras
escorregaremm mais que 5 vezes a cada 100
vacas. - Garantir uma pulsação adequada,
mantendo a fase de massagem em pelo menos 15 do
ciclo de pulsação. 3 - Monitoramento do
nível de mastite 3.1. Monitoramento dos casos
de mastite clínica - Através do teste do tamis
ou caneca preta realizado a cada ordenha -
Manter o registro de todos os quartos
tratados - Colher amostras antes do início do
tratamento - Respeitar o intervalo de uso do
leite do animal em tratamento.
32Controle de mastite
3.2. Monitorar o nível de mastite subclínica
periodicamente - Manter os registros
atualizados, resultados do CMT ou contagem
de células. - Tratar no período seco, na íltima
ordenha ao final da lactação - Havendo
alta prevalência tratar mesmo em lactação. 3.3.
Estabelecer as metas - Nível de mastite clínica
igual ou inferior a 1 - Nível de mastite
subclínica igual ou inferior a 15 - Nível de
vacas recém-paridas com mastite menor que 10 -
Contagem celular abaixo de 250.000 células/ml.
33(No Transcript)
34(No Transcript)
35(No Transcript)
36(No Transcript)
37Referências
- BEER, J. Doenças infecciosas em animais
domésticos, vol. 2, 380p., 1988. - COETZER, J. A. W. et al. Infectious diseases of
Livestock, v. 2, 1605p, 1994. - CORRÊA, W. M. CORRÊA, C. N. M., Enfermidades
Infecciosas dos Mamíferos Domésticos, 2ª. Edição,
844p., 1992. - COSTA, E. O. Importância da mastite na produção
leiteira do país. Revista de educação continuada
do CRMV-SP, São Paulo, fascículo 1, v. 1, p.
03-09, 1998. - COSTA, E. O. et al. Estudo etiológico da mastite
clínica bovina. Revista Brasileira de Medicina
Veterinária, v.17, n. 4, p. 156-8, 1995. - COSTA, E. O. et al. Etiologia bacteriana da
mastite bovina no Estado de São Paulo, Brasil.
Revista de Microbiologia, v. 17, n. 2, p.
107-112, 1986.