Disserta - PowerPoint PPT Presentation

About This Presentation
Title:

Disserta

Description:

Resultados do Estudo 5.1 Perfil profissional e pessoal A amostra de tutores do CFPE constitu da de mulheres, ... Defesa Subject: A Pr tica dos Tutores do CFPE – PowerPoint PPT presentation

Number of Views:61
Avg rating:3.0/5.0
Slides: 23
Provided by: Maria1100
Category:

less

Transcript and Presenter's Notes

Title: Disserta


1
Universidade Federal do Rio de Janeiro
A COMUNICAÇÃO TUTOR-ALUNO E DIFICULDADES DA
PRÁTICA DOS TUTORES DE UM CURSO DE EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL A DISTÂNCIA
MsC. Maria de Fátima Sousa de Oliveira
Barbosa Profa. Dra. Flávia Rezende Apoio PAPED/C
APES Rio de Janeiro Setembro, 2004
2
Dissertação de Mestrado apresentada ao Núcleo de
Tecnologia Educacional para a Saúde - NUTES
  • Estrutura da Apresentação
  • 1. O Contexto da Pesquisa
  • 2. A Prática do Tutor Funções e estratégias
  • 3. A Prática dos Tutores do CFPE
  • 4. Metodologia
  • 5. Resultados do Estudo
  • 6. Conclusões e Recomendações

3
1. Contexto da Pesquisa
  • A Criação do SUS vai gerar uma nova concepção de
    atendimento à saúde (assegurar o acesso universal
    e igualitário às ações e serviços de saúde).
  • As mudanças implementadas no Sistema de Saúde e
    os novos enfoques teóricos e de produção
    tecnológica nesse campo passam a exigir
  • Profissionais com competências pedagógicas e
    técnicas (Torrez, 2001).
  • Força de trabalho mais qualificada e domínio de
    tecnologias (Castells, 2000)
  • Profissionais com competências cognitivas
    superiores e de relacionamento.
  • Profissionais com conhecimentos sobre saúde e
    segurança no trabalho, novas maneiras de lidar
    com o público do SUS, como prevenir e se prevenir
    de patologias, funções administrativas e
    gerenciais.
  • Profissionais devem aliar o conhecimento
    biomédico, de cunho positivista, aos
    conhecimentos oriundos das Ciências Sociais
    (Carvalho, 2000).
  • Defasagem de pessoal qualificado para atuar no
    novo modelo do SUS.
  • Urgência em capacitar profissionais com este
    perfil.
  • Necessidade de mobilizar um contingente de
    12.000 enfermeiros.

4
Contexto da pesquisa
  • 1.1 O Projeto PROFAE
  • Lançado em 1999 pelo Ministério da Saúde (MS)
    para ser desenvolvido no período de 1999 a 2003,
    inicia as atividades efetivamente em 2000.
  • Objetivos do PROFAE a) desenvolver recursos
    humanos na área de Saúde para prestar atendimento
    de qualidade à população b) desenvolver a
    competência humana formal e política e cumprir os
    preceitos constitucionais dos direitos dos
    cidadãos.
  • 1.2 O Curso de Formação Pedagógica em Educação
    Profissional - Enfermagem do PROFAE ( CFPE)
  • É coordenado pela EaD-ENSP/Fiocruz, oferecido em
    todo o Brasil na modalidade a distância.
  • É oferecido nas universidades parceiras onde se
    localizam os Núcleos de Atendimento ao Docentes
    (NADs).
  • Visa a suprir a necessidade de formar
    professores especializados no campo da ação
    educativa na área de Saúde-Enfermagem.
  • É uma alternativa para formação continuada dos
    docentes, sem que o profissional se afaste do seu
    local de trabalho.

5
1.3 A Educação Profissional
  • Novas modalidades de organização e
    desenvolvimento industrial com base no modelo
    japonês de flexíbilidade (Frigotto, 1993, 1999
    Hirata, 1996).
  • Novo conceito de produção exige uma massa de
    conhecimentos e atitudes diferentes das
    qualificações formais requeridas pelo modelo
    anterior.
  • Novas diretrizes para a Educação Profissional
    (modelo de competências).
  • O conceito de competência exige do profissional
    que ele desenvolva capacidades cognitivas
    complexas (Kuenzer, 2002).
  • A Unesco preconiza os Quatro Pilares da
    Educação aprender a aprender, aprender a fazer,
    aprender a ser e aprender a conviver (Delors,
    2003).
  • Competências terão de ser adquiridas em
    processos pedagógicos disponibilizados por
    escolas ou cursos de educação profissional
    (Kuenzer, 2002).
  • O modelo de competências é criticado por Kuenzer
    (2002), Frigotto (1993), Deluiz (2001) por
    atender à lógica do mercado dominante (políticas
    neoliberais).
  • Nóvoa (1999) propõe pontos para reflexão sobre a
    profissionalização docente no contexto das
    competências.
  • Schön (2000) propõe a reflexão sobre a prática
    docente (reflexão-na-ação).

1/2
6
Educação Profissional e a Distância no CFPE
  • 1.4 Educação a Distância no Contexto da Formação
    Profissional
  • Tendo em vista as exigências aos profissionais,
    a oferta de serviços no sistema de educação
    deverá ser aumentada, com profundas
    transformações no modelo de ensino superior.
  • Cenário aponta para que o sistema de educação
    integre tecnologias de informação e comunicação
    (TIC) como ferramentas pedagógicas.
  • A EaD integra as TIC em seus processos para
    alcançar grandes dimensões geográficas,
    oferecendo educação complementar ou permanente.
  • A EaD no Brasil conheceu diferentes etapas
    evolutivas.
  • Caracterização da EaD pelo MEC (Brasil, 1998).
  • A EaD já está sendo utililzada por um crescente
    número de instituições universitárias e
    corporativas.
  • Em 2001 a LDB estende o ensino a distância aos
    cursos de pós-graduação, respeitando as normas da
    SEED (Secretaria de Ensino a Distância).

7
Educação Profissional e a Distância no CFPE
  • 1.5 Descrição do CFPE
  • Modalidade de EaD como alternativa de formação
    continuada para os profissionais de Saúde.
  • É oferecido a graduados, pós-graduados e
    licenciados em Enfermagem.
  • Carga horária 660 horas, com encontros
    presenciais entre tutor e aluno e provas
    presenciais.
  • Estrutura do curso é não disciplinar (o conteúdo
    do curso está estruturado em três Núcleos
    ((Contextual 180h, Estrutural 180h,
    Integrador 300h)
  • Modelo Pedagógico
  • Está pautado pela crítica das práticas
    pedagógicas e de Saúde e nos seguintes princípios
    pedagógicos (Bomfim Torrez, 2002)
  • tratamento de conteúdo por temas e de forma
    interdisciplinar
  • respeito à prática e ao conhecimento que os
    alunos já têm
  • abordagem crítica, reflexiva e contextualizada
    dos conteúdos
  • teoria como reflexão sobre a prática
  • articulação entre saúde e educação,
  • busca da autonomia do aluno
  • utiliza estratégias metodológicas
    problematização da realidade do trabalho, visando
    dar significado e suscitar reflexões individuais
    (Berbel, 1998 Freire, 1997).

8
2. A Prática Tutor Funções e Estratégias
  • Nos primórdios da EaD (cursos por
    correspondência) alunos estudavam por módulos.
  • A ênfase era dada à transmissão de informação e
    ao cumprimento de objetivos, e a figura do tutor
    era praticamente inexistente.
  • Papel de acompanhante no processo de
    aprendizagem do aluno, modelo que repercutia
    negativamente na EaD.
  • Esse modelo foi substituído e o tutor passa a
    ter novo perfil.
  • Passa a apoiar o processo de aprendizagem do
    aluno como parceiro, colaborador, incentivador na
    construção do conhecimento.
  • O tutor tem sido denominado orientador,
    professor, facilitador da aprendizagem,
    tutor-orientador, tutor-professor e ainda
    animador de rede.
  • Professor desempenhando funções de tutor.

1/5
9
Quadro 1 Funções que o professor assume no papel
de tutor (Belloni, 1999)
Professor no papel de tutor Função
Professor formador Orientar o estudo e a aprendizagem do aluno.
Conceptor e realizador de cursos e materiais Preparar os planos de estudos, currículos e programas.
Professor pesquisador Pesquisar e se atualizar em sua disciplina.
Professor tutor Orientar o aluno em seus estudos.
Tecnólogo educacional Organizar pedagogicamente os conteúdos adequados a cada suporte técnico.
Professor recurso Providenciar respostas às dúvidas do aluno.
Monitor Orientar e coordenar grupos de estudo nas ações presenciais de EaD.
10
O Tutor na Educação Profissional a Distância
  • Principais funções do tutor segundo Garcia
    Aretio (2001) função orientadora, função
    acadêmica e função institucional.
  • A função orientadora se apóia nos processos de
    integralidade, universalidade, continuidade,
    oportunidade e participação. Nesta função o
    tutor desempenha algumas tarefas.

3/5
11
Quadro 2 Tarefas do tutor com função
orientadora (Garcia Aretio, 2001)
  • Informar os alunos sobre os diversos aspectos
    que configuram o sistema de educação a distância.
  • Evitar que o aluno se sinta só, proporcionando o
    contato entre os atores envolvidos.
  • Ajudar a clarear os objetivos de cada um,
    respeitando as diversidades e particularidades de
    cada aluno.
  • Estimular os alunos a fim de evitar a ansiedade.
  • Orientar o ritmo e intensidade do estudo do
    aluno quanto aos aspectos necessidade e
    interesse, capacidades e limitações e dificuldade
    com a matéria do curso.
  • Incentivar a interação do grupo.
  • Comunicar-se pessoalmente com cada aluno
    (fazendo uso dos diversos meios de comunicação).
  • Motivar e incentivar o estudo mediante diversos
    tipos de ações, propondo tarefas que possam
    apresentar melhores resultados.

12
Quadro 3 Estratégias do Tutor (Garcia Aretio,
2001)
  • Planejar e organizar a informação e o contato
    com os alunos.
  • Motivar para iniciar e manter o interesse por
    aprender.
  • Ser claro quanto aos objetivos que pretende
    alcançar.
  • Apresentar conteúdos significativos e funcionais
    para o aluno.
  • Solicitar a participação dos estudantes.
  • Ativar as respostas, fomentando uma aprendizagem
    ativa e interativa.
  • Incentivar a auto-aprendizagem.
  • Potencializar o trabalho colaborativo.
  • Facilitar a retroalimentação, o feedback.
  • Reforçar a auto-estima e respeitar a diversidade
    do grupo.
  • Promover a transferabilidade da aprendizagem.
  • Avaliar o progresso.

13
3 . A Prática dos Tutores do CFPE
  • 3.1 Princípios
  • valorizar a compreensão humana,
  • estar atento ao risco de ensinar orientado pelo
    pensamento dogmático,
  • perceber a necessidade de aprender a viver em
    tempos de incerteza,
  • ressaltar a importância de reequacionar o que é
    conhecimento pertinente.
  • 3.2 Principais competências
  • apoiar o processo de aprendizagem dos alunos,
  • desenvolver procedimentos que garantam a
    comunicação com os alunos,
  • propor, gerir e avaliar estratégias didáticas
    diferenciadas,
  • criar formas específicas e rotinas de
    acompanhamento da aprendizagem do aluno
  • avaliar o percurso do aluno no curso,
  • analisar, selecionar e fazer uso de outras
    tecnologias,
  • refletir sobre sua prática pedagógica e gerir
    sua própria formação,
  • avaliar, registrar o desempenho do aluno.

14
4. Metodologia
4.1 Objetivos e Questões do Estudo O objetivo
geral deste estudo é investigar os processos
educativos a distância no âmbito do Projeto
PROFAE. O objetivo específico é caracterizar a
prática dos tutores do CFPE, tendo como eixo as
seguintes questões i) Como os tutores do CFPE se
apropriam dos meios de comunicação para
estabelecerem a ação educativa a distância? ii)
Como se apropriam dos pressupostos pedagógicos e
dos materiais didáticos do curso? iii) Como
colocam em prática as competências estabelecidas
pela coordenação do curso para sua atuação? iv)
Quais as principais dificuldades inerentes à
prática do tutor do CFPE?
15
Metodologia
  • 4.2 Opção Metodológica
  • Fundamenta-se na Sociologia Compreensiva para a
    qual a ciência humana precisa compreender os
    processos que envolvem a experiência humana. A
    Sociologia Compreensiva utiliza procedimentos
    metodológicos da pesquisa qualitativa.
  • 4.3 Coleta e Análise de Dados
  • Instrumentos
  • Questionário com perguntas fechadas,
    semi-abertas e abertas
  • Observação de uma oficina de tutores
  • Entrevistas não diretivas com aluna, tutora e
    coordenadora
  • Análise dos dados
  • O questionário foi respondido presencialmente
    por 18 tutores e posteriormente por 49 tutores.
    As perguntas abertas foram analisadas segundo
    critérios quantitativos e qualitativos.
  • As observações foram anotadas livremente, à
    medida que a oficina se desenrolava.
  • Foi feita a análise de conteúdo das entrevistas
    (Bardin, 1977).

16
5. Resultados do Estudo
  • 5.1 Perfil profissional e pessoal
  • A amostra de tutores do CFPE é constituída de
    mulheres, em média com 45 anos, brancas, casadas,
    com filhos e naturais do estado onde atuam.
  • Os tutores do CFPE são majoritariamente
    Enfermeiros com mestrado na área de Saúde.
  • A faixa salarial gira em torno de 2 a 4 mil
    reais.
  • 5.2 Meios de comunicação
  • O telefone fixo é meio de comunicação mais
    utilizado no curso, seguido de correio eletrônico
    e do telefone celular.
  • Os tutores não utilizam o Fale Conosco do
    curso com freqüência.
  • Falta comunicação com alunos que não têm email.
  • Os tutores valorizam o feedback sobre sua
    prática.

17
  • 5.3 Material didático e pressupostos teóricos
  • O material didático do curso foi considerado bom
    pela aluna, pela tutora e pela coordenadora.
  • Os tutores utilizam os referencias teóricos do
    curso na prática presencial, embora tenham
    encontrado dificuldade.
  • Os referenciais teóricos estão influenciando a
    prática dos tutores e alunos do curso.
  • 5.4 Competências
  • Os tutores utilizam estratégias de cunho afetivo
    visando a atingir a auto-estima do aluno,
    valorizando seu processo de aprendizagem, seus
    ganhos pessoais.
  • Propõem roteiros de aprendizagem diversificados
    para melhor aproveitamento do curso.
  • Utilizam o correio eletrônico e telefone para a
    comunicação.
  • Buscam contato permanentemente com o aluno.
  • Buscam (re)significar seu fazer docente.

2/3
18
  • 5.5 Dificuldades da prática
  • Falta de comunicação com o aluno.
  • Falta de tempo (várias atividades do tutor,
    vários empregos do aluno).
  • - dificuldade para cumprir prazos estabelecidos
    pelo curso.
  • - dificuldade para leituras complementares
    sugeridas no Material didático.
  • Os alunos não têm apresentado empenho nas
    leituras propostas.
  • Falta de infra-estrutura de telecomunicação de
    alguns municípios.
  • Falta de cultura sobre o processo educativo a
    distância, que envolve
  • - domínio das TIC.
  • - disciplina por parte dos alunos.
  • - necessidade de presença física do tutor.
  • - autonomia (dos alunos) necessária ao processo
    educativo a distância.
  • - nem sempre o aluno dá retorno satisfatório em
    termos de comunicação.

3/3
19
6. Conclusões e Recomendações
  • 6.1 Conclusões
  • Os tutores desempenham um conjunto de tarefas as
    quais se aproximam do que Garcia Aretio chama de
    função orientadora.
  • Os tutores enfrentam diversos tipos de
    dificuldades, algumas inerentes ao processo
    educativo a distância, outras ao contexto da
    Educação Profissional (EP).
  • A falta de tempo é o principal obstáculo que
    eles enfrentam para dar conta de suas atividades.
  • O tempo é fator de suma importância para a EP a
    distância (empregos).
  • A não presença física ainda é uma questão não
    resolvida pelos tutores e alunos do CFPE.
  • Apesar de contar com proposta pedagógica e
    materiais de qualidade, de desempenhar
    competências adequadas e de acordo com a produção
    teórica da área de EaD, a prática do tutor do
    CFPE não garante o aproveitamento pelos alunos de
    todo esse planejamento.
  • A disponibilidade de infra-estrutura tecnológica
    relativa à comunicação não garante a comunicação
    entre tutor e aluno.

1/2
20
Conclusões e Recomendações
  • A modalidade de EaD ainda não foi completamente
    assimilada por tutores do CFPE que consideraram a
    interação com o aluno fria e sentem falta do
    olho no olho.
  • Os tutores consideraram muito trabalhoso
    desempenhar a tutoria, ou por sobrecarga de
    trabalho, ou por ser ainda uma experiência nova
    (ou seja, um desafio).
  • Os aspectos metodológicos do curso e a interação
    entre aluna e tutora contribuíram para a
    conclusão do curso satisfatoriamente.
  • Material didático de boa qualidade não garante
    que as leituras complementares sejam feitas pelos
    alunos.
  • Existem diferenças entre as regiões no que diz
    respeito à comunicação, aos meios de transporte
    e poucas oportunidades para a formação
    continuada.
  • Para os tutores, trabalhar no processo educativo
    a distância está fazendo com que eles reavaliem
    seu fazer docente.
  • A prática dos tutores está coerente com o que
    foi idealizado pelo curso.

21

Conclusões e Recomendações
6.2 Recomendações
  • Cabe entender por que em um processo educativo a
    distância os alunos buscam a presença física do
    tutor como apoio.
  • Podem ser objeto de reflexão questões
    trabalhistas relacionadas com o tempo real
    dedicado à tutoria.
  • Por ser o meio de comunicação mais utilizado,
    sugere-se o estudo dos aspectos metodológicos
    envolvidos na tutoria por telefone.
  • A questão do uso das TIC precisa ser discutida
    no âmbito do curso.
  • Recomenda-se que seja assegurado o uso do 0800
    em todos os NADs e que sejam criados plantões do
    tutor exclusivamente para atendimento ao
    telefone.
  • Recomenda-se a criação de um banco de dados para
    registro das experiências dos tutores.
  • Recomenda-se que a estrutura de um curso a
    distância de formação profissional ofereça certa
    flexibilidade nos prazos de envio de tarefas.

22

Obrigada! Maria de Fatima S. O.
Barbosa Universidade Estácio de Sá Email
fatimabarbosa_at_mls.com.br Telefone 9961.4982
Write a Comment
User Comments (0)
About PowerShow.com