Title: A fosf
1A fosfátase alcalina preocupa-se com a gordura?
- José Miguel Gomes, Luís Flores Santos, Luís
Azevedo Maia
Serviço de Bioquímica da Faculdade de Medicina
da Universidade do Porto
- Resultados e Discussão
- A actividade normal da FA é apresentada, no
gráfico, como 100. Todos os valores acima da
linha do 100 indicam uma estimulação da enzima,
e os valores abaixo apontam para uma inibição. - As barras que contêm um asterisco referem-se a
valores estatisticamente significativos.
Objectivo Verificar o efeito in vitro de vários
tipos de ácidos gordos na actividade da fosfátase
alcalina em homogeneizado de fígado de
rato. Introdução A existência da Fosfátase
Alcalina (FA) nos seres vivos é conhecida desde
há muitas décadas, havendo contudo um
desconhecimento quase total das suas funções
fisiológicas e substratos. Sabe-se que esta
enzima está envolvida em sistemas de transporte
transmembranar, como a mineralização óssea.
Localiza-se na face externa da membrana
citoplasmática dos eucariontes estabelecida por
uma âncora de glicosilfosfatidilinositol. Sabe-se
ainda que a sua concentração no plasma aumenta em
função de diversas patologias como cirrose
hepática e cancro hepatocelular. A FA é uma
glicoproteína ubíqua que cataliza a hidrólise de
mono-ésteres ortofosfóricos e que actua em
condições de pH alcalino. Constitui um sistema de
múltiplas formas enzímicas, isoenzimas e
isoformas. As isoenzimas são codificadas por
genes diferentes enquanto o termo isoforma
reflecte modificações pós-tradução observadas em
cada uma das proteínas. Fosfátase alcalina
renal Fosfátase alcalina óssea Fosfátase alcalina
hepática Fosfátase alcalina intestinal Fosfátase
alcalina placentária Fosfátase alcalina das
células germinativas Estas têm diferenças
relativas à sua estabilidade ao calor,
propriedades imunológicas e inibição/activação
por determinados compostos (levamisole e
fenilalanina). Partindo do pressuposto que o
fígado absorve 30 dos ácidos gordos livres em
circulação no plasma, e partir da conversão de
p-nitrofenilfosfato em p-nitrofenol catalisada
pela FA, procuramos saber se ácidos gordos
afectavam a actividade desta enzima em
homogeneizado de fígado de rato. Métodos A
actividade da fosfátase alcalina foi determinada
medindo a libertação de p-nitrofenol (p-NP) a
partir do substrato
p-nitrofenilfosfato (p-NPP) a pH 10,4 por
espectrofotometria de absorvância (l410 nm)
durante um período de 12 minutos a 37?C. O
conteúdo proteico dos homogeneizados de fígado de
rato foi determinado pelo método de Bradford
2. Os ácidos gordos foram testados em quatro
concentrações 0,01mM 0,1mM 1mM e 2,5mM e foram
executados controlos com o solvente utilizado na
sua solubilização (etanol). Para a análise
estatística dos resultados obtidos utilizou-se o
test t de Student, as diferenças entre dois
grupos foram consideradas significativas para p?
0.05.
Isoformas da FA tecidular não específica