Title: Processos Emocionais 2
1Processos Emocionais 2
2Clima Emocional
- O ambiente emocional no treino representa o
substracto emocional de base, o suporte
essencial, o tónus, que suporta todas as
acções. - É um pré-requisito essencial.
- Deve traduzir-se num percepção de prazer e de
activação. - É pré-requisito de intervenções psicológicas mais
especializadas.
3Clima Emocional
- Atmosfera subjectiva em que a relação têm lugar.
- Produto de comportamentos verbais e não-verbais.
- Pode ser Hostil ou Amigável
- Competitiva ou Colaborativa
- Activa ou Passiva...
- Como me sinto neste ambiente?
4Importância
- Um clima emocional adequado pode ser associado
quer a ganhos cognitivos acrescidos quer,
sobretudo, a ganhos no domínio sócio-afectivo e
relacional, de desenvolvimento de atitudes
positivas face ao Clube, às Modalidades e aos
Outros.
5Importância
- Uma adequada modelação emocional pode, ao nível
do treino desportivo, afectar o processo de
treino, influenciando variáveis como a motivação,
o ambiente humano e relacional, a estrutura e
coesão dos grupos, a gestão de conflitos e
emoções, o empenhamento e a participação no
treino, a competitividade e, em última análise
determinar vitórias e derrotas.
6Consequências...
- O clima emocional determina uma condição
subjectiva de implicação qualitativa nas
actividades com diversos tipos de reflexos e de
manifestações comportamentais um aumento da
motivação, do interesse, da atenção, da
capacidade de trabalho, da qualidade das relações
humanas que se estabelecem, etc.
7O clima emocional é decisivo
- Na satisfação pessoal de treinadores e
praticantes. - Na manutenção, por longos anos, em actividades
esgotantes. - Na aceitação de sacrifícios pessoais e familiares
diversos... - No crescimento individual e de grupo no domínio
sócio-afectivo.
Objectivos instrumentais
Objectivos de desenvolvimento
8O clima emocional é decisivo
- No desenvolvimento de atitudes, valores e
sentimentos. - Na optimização de diversos critérios de eficácia
(rendimento) e de eficiência (processo de
treino).
9Critérios de treino optimizados
- Um bom clima emocional potencia
- Tempo potencial de aprendizagem
- Maior atenção e interesse (maior motivação).
- Maior empenhamento
- Maior capacidade de sacrifício
- Redução de comportamentos fora da tarefa, de
indisciplina e de conflito.
10Relembrar os ganhos de aprendizagem dependem
- 1. Do nível inicial na competência em causa.
- 2. Do nível de afectividade inicial (motivação,
empenhamento). - 3. Da qualidade do treino.
- Estudos do tipo processo-produto sublinham, por
ex, a importância do entusiasmo do treinador.
11Responsabilidades dos psicólogos e treinadores
- Criar balanços subjectivos positivos (avaliações)
nos praticantes acerca da prática. - Optimizar as relações no treino.
- Clima relacional
12Clima
- Optimização da relação treinador-praticante.
- Optimização da relação praticante-praticante.
- Optimização da relação praticante-prática
(modalidade).
13Construir Sentimentos Positivos Face aos Desportos
- Interessa-nos
- Que se construam sentimentos positivos acerca de
si mesmo e dos outros. - Que da prática resulte satisfação, alegria,
auto-realização. - Como é que os jovens sentem o Desporto?
- Sabemos que a participação desportiva tem o
potencial de criar sentimentos poderosos e
duradouros, verdadeiras paixões, verdadeiras
aversões
14Sentimentos positivos face ao Desporto
- Impressões agradáveis e desagradáveis.
- Muitos jovens não gostam de praticar desporto,
muitos abandonam rapidamente os clubes. - É preciso fazer um esforço para que as atitudes
positivas apareçam.
15Clima Emocional e Atitude face ao Treino
- O desenvolvimento de atitudes positivas implica
um conjunto de sentimentos positivos acerca de
algo (Bloom, 1979). - Desenvolvimento de atitudes positivas no Treino
exige - Experiência positiva da prática (Piéron, 1988).
- O Clima emocional também depende da percepção de
sucesso. - O sucesso potencia mais o clima emocional do que
muitas outras variáveis.
16Clima emocional depende
- Da natureza do treino, das tarefas de treino.
- Do grau de dificuldade das tarefas e das
percepções associadas. - Da percepção de riscos e benefícios.
- Da natureza dos espaços e materiais (percepção de
qualidade do espaço). - Procurar espaços e actividades agradáveis
(dificuldade e variabilidade). - Do rendimento desportivo.
17Clima Emocional e RELAÇÃO TREINADOR-ATLETA
- Os processos inerentes à relação estabelecida
entre o treinador e os atletas sempre têm sido
considerados fundamentais no processo desportivo,
por via da influência que têm nos afectos,
cognições e comportamentos dos intervenientes. - Os comportamentos do treinador têm uma
substancial influência nas características das
auto-percepções das crianças e nas experiências
psicossociais e afectivas no desporto.
18Relação treinador-atleta
- Através da investigação podemos verificar que o
impacto dos treinadores sobre os padrões
comportamentais dos atletas vai para além dos
aspectos técnicos. - O treinador, também, afecta atitudes, valores,
crenças e estas determinam diversos estados
emocionais.
19Abordagem sócio-emocional da relação
treinador-atleta
- A abordagem socio-emocional dá ênfase à
componente emocional como resultado da interacção
entre treinador e atleta, a qual pode ter
efeitos, quer negativos, quer positivos, nos
comportamentos adaptativos dos praticantes, tal
como o equilíbrio afectivo da díade.
20Relação treinador-atleta
- Temos de salientar o facto do treinador ter um
papel importante e fundamental nos afectos dos
atletas, pelo facto de - passarem grande parte da vida juntos,
- por partilharem experiências e emoções fortes,
- por serem dependentes um do outro,
21Relação treinador-atleta
- O tipo de afectos que o atleta sente em relação
ao treinador varia muito com o tipo de treino,
com as cargas impostas pelos treinadores e com o
equilíbrio emocional das duas partes. - Quanto maior a preocupação do treinador com as
opiniões e sentimentos dos atletas mais positiva
será a relação desta díade.
22Relação afectiva entre treinador e atleta
- Os atletas sentem insegurança, preocupação e
perda de concentração em acção aos comportamentos
afectivos negativos do treinador (punir, gritar,
criticar etc.), enquanto que os comportamentos
afectivos positivos (elogiar, demonstrar afecto,
etc.) geram sentimentos de auto-valorização,
incentivo e satisfação.
23Relação treinador-atleta
- Os comportamentos desenvolvidos pelos treinadores
podem ser interpretados como negativos/agressivos
pelos atletas, o que terá consequências
inibidoras na adaptação emocional e
consequentemente uma quebra na prestação
desportiva. -
- O treinador que se preocupa com as opiniões e
sentimentos dos atletas parece ter com eles uma
melhor relação. - Alerta-se desta forma para o carácter fortemente
emocional da relação entre os dois intervenientes
deste processo. - Raramente se ensina aos treinadores como gerir o
comportamento interpessoal, nem se lhes ensina
sobre a interacção e motivação das equipas. - O psicólogo do desporto pode potenciar esta
relação.
24Comportamento do treinador
- O comportamento dos treinadores pode constituir
um dos principais factores de stress responsável
pela má prestação. - Rosado, Campos e Aparício (1993) salientam a
importância dos comportamentos de entusiasmo dos
treinadores, bem como das percepções dos atletas,
como factores de optimização do clima emocional.
25A optimização da relação depende
- De um conjunto de variáveis em interacção com
ponderações diversas. - Da percepção que os praticantes possuem da
qualidade da relação. - Comportamentos do treinador mais valorizados
- ser educado,
- ser paciente com os praticantes mais fracos,
- fomentar um espírito de amizade e interajuda,
- mostrar imparcialidade,
- ser justo nas avaliações,
- acompanhar o trabalho e encorajar.
- Desvalorizam
- Zangar-se com frequência.
- Ser autoritário e agressivo
26Base da Modelação Interacção positiva
- Vários especialistas insistem nas vantagens de
um ambiente positivo em que as intervenções do
tipo aprovativo predominem, ou seja, um ambiente
relacional em que o elogio e o encorajamento se
sobreponham à reprovação, à ironia e à crítica.
27Indicadores de Bom Clima Reforços
- FB positivos frequentes.
- Elogiar os comportamentos apropriados.
- Especificidade das desaprovações.
- Ser encorajador, afectivo (sobretudo com
praticantes com dificuldades ou handicaps,
quaisquer que sejam). - Usar as estratégias de modelação
28Reforços
- Elogiar os praticantes quer pelo esforço
desenvolvido quer pelos resultados obtidos. - Punir sem ferir...
- Criticar o comportamento e não a pessoa.
- Ver Estratégias de Modificação de Comportamentos
e suas implicações emocionais.
29Dinamismo do treinador
- Exemplos
- Boa organização do treino.
- Início e transições rápidas.
- Ritmo vivo das sessões.
- Tomar parte nas actividades e mostrar gosto por
elas. - Capacidade de Comunicação/persuasão
- Optimização da gestão emocional dos episódios de
comunicação. - Dinamismo gera dinamismo
30Estratégias de Optimização do Clima Comunicação
- Mostrar disponibilidade para ouvir e conversar.
Prestar atenção ao que dizem. - Responda honestamente às perguntas sem esmagar
o interlocutor. - Saber ouvir, demonstrando interesse e atenção.
- Parafrasear, contacto visual, sinais de
concordância.
31Indicadores de Clima Positivo
- Comunicação não-verbal
- Entendida como mais autêntica...mais emocional.
- Sorrir, rir e gracejar frequentemente.
- Contactos físicos (palmadinha nas costas, mão no
ombro, cumprimentos iniciais...). - Sinais gestuais de aprovação e encorajamento
- Proximidade dos atletas.
32Participação Activa
- Solicitação para apreciarem o trabalho realizado.
- Solicitar e valorizar a participação dos atletas.
- Aceitar e utilizar ideias dos praticantes, tendo
em conta pontos de vista válidos.
33Estratégias de Optimização do Clima Emocional
- Estabelecer uma relação personalizada.
- Decisivo Conhecer muito bem cada atleta, nas
diversas facetas da sua vida. - Decisivo Preocupar-se verdadeiramente com eles.
- Mostrar interesse pelos praticantes, pelos seus
problemas, pela pessoa do praticante. - Disponibilidade para os receber noutros espaços e
fora dos horários. - Contactos sobre assuntos extra-treino.
- Tratar os praticantes pelo nome próprio.
34Modelação emocional de base
- Conhecer e tratar cada praticante pelo nome
próprio. - Variar os processos e as formas de interacção.
- Ser específico na desaprovação.
- Interagir o mais possível com a generalidade dos
praticantes.
35Interesse pelo praticante/atleta
-
- Pretende-se um clima em que é transmitido ao
praticante um sentimento não só de interesse por
aquilo que faz, mas, também,de confiança nas suas
capacidades como praticante ou atleta e como
pessoa.
36Justiça Relacional e Gestão de Emoções
- Promover uma relação sem discriminação (sexo,
raça, entre melhores e piores, etc.) - Promover a igualdade sem uniformidade nem
rigidez. Respeitar as diferenças. - Diferenciar e igualizar com equilíbrio
- Interagir com todos.
- Não mostrar favoritismos.
37Estratégias de Optimização do Clima Emocional
- Expressar e controlar as suas emoções
- Evitar o warming up effect
- Utilizar mensagens do eu
- Valorizar a expressão de emoções e sentimentos
versus valorizar o auto-controlo emocional. - O controlo das expressões emocionais deve ser
aprendido de acordo com os códigos particulares
de ambientes particulares....
38Ser Justo...
- Estabelecer regras claras, justas e razoáveis com
que estejam de acordo. - Cumprir as promessas.
- Ser consistente, coerente.
- Promover a responsabilidade pessoal
- A aceitação das consequências
- O respeito das regras
- Bom uso da autoridade
39Estratégias de Optimização do Clima
- Rigor e firmeza quando necessário.
- Assertividade
- Equilíbrio entre
- Dizer o que pensa.
- Sinceridade e honestidade
- Dominar o que diz.
40Entusiasmo
- É desejável que a participação nas diversas
actividades da vida, na classe ou no clube, se
faça com entusiasmo, com gosto e prazer, numa
ambiência psicológica de tonalidade afectiva
positiva, satisfatória para as pessoas que nela
participam.
41Estratégias de Optimização do Clima
- Mostrar-se entusiasta
- Relativamente à matéria
- ao acto de ensinar/treinar
- ao praticante
- Entusismo gera Entusiasmo...
42Características gerais
- As inflexões de voz, uma exuberância maior ou
menor nos gestos e nos movimentos, a forma como
se desloca no treino, em suma, todo um conjunto
de traços que marcam aquilo a que normalmente se
chama um treinador "triste" e "apagado" ou um
treinador que com a sua maneira de ser
"contagia", "estímula", "agarra" todo o grupo ou
equipe.
43A percepção do entusiasmo
- Há interesse em saber não só quais são os
indicadores reais de entusiasmo mas de saber
quais são os indicadores subjectivos, a percepção
do entusiasmo por parte dos diversos
participantes no processo relacional de treino.
44A percepção de entusiasmo
- Não existe um comportamento isolado que possa
caracterizar só por si, o entusiasmo de um
treinador. - A percepção do entusiasmo de um treinador nasce
da conjugação de um grande número de actos,
diferenciados pela sua natureza e pelos seus
objectivos.
45Indicadores de entusiasmo
- Muitas vezes o entusiasmo é caracterizado por
expressões verbais e gestuais, como encorajar,
pressionar, participar, ou por intervenções
humorísticas como sorrir, rir, etc. - Costa J. (1988) refere expressões indicadoras de
entusiasmo tão diversas como enérgico, dinâmico,
espontâneo, calor humano, uso da voz, etc.
46Descritores de Entusiasmo
- Elogios e Feedback
- Encorajamento
- Participação
- Humor
- Interesse pela modalidade
- Inovação
- Demonstração
- Interesse pelo praticante
- Brincadeiras
- Sorrir e Rir
- Variedade de Actividades
- Gestos
- Participação dos praticantes
- Inflexões de Voz
47Descritores de entusiasmo
- Deslocamentos
- Preparação do treino
- Intensificação do ritmo das actividades
- Contacto Físico
- Modelo
- Conselhos
- Contactos extra-curriculares
- Chamar pelo nome próprio
- Personalização
- Justiça
- Aceitação de Ideias
48Descritores de Não-Entusiasmo
- Desinteresse
- Frustração
- Feedback Negativo
- Afastamento
- Despersonalização
- Desapego
- Clima Negativo
- Falta de Dinamismo
49Estratégias de Optimização do Clima Emocional a
evitar
- Evitar situações de humilhação e fracasso
sistemático. - Evitar ameaças, autoritarismo, reprovações
sistemáticas. - Evitar ser visto como um juiz permanente da sua
actividade. - Evitar gritar. Quando tiver alguma coisa a dizer
ao conjunto reuna o grupo.
50Procedimentos de modelação do ambiente emocional
- Evitar ironizar e criticar (rebaixar) os
praticantes em público (perante os companheiros). - Evitar utilizar a actividade física como castigo.
51A evitar...
- Evitar ridicularizar por sentimentos, medo ou
ansiedade. - Evitar envergonhar, depreciar, ironizar.
- Evitar denegrir em público.
- Evitar o fracasso sistemático
52Estratégias de Optimização do Clima
- Transmitir a ideia de possuir expectativas
elevadas de sucesso para todos. - Sem deixarem de ser realistas...
- Sem deixarem de serem individualizadas...
- Pressionar para o trabalho.
- Bons treinadores pressionam muito não deixando o
ambiente de ser agradável. - Valorizar o empenhamento, o esforço, a dedicação,
a inter-ajuda, os pequenos progressos...
53Estratégias de Optimização do Clima
- Transmitir mensagens
- Eu valorizo-te como pessoa.
- Sou capaz de ensinar e vocês são capazes de
aprender e de evoluir. - Não deixar pensar que é impossível melhorar, que
é muito difícil e só para super-dotados. - Eles devem sentir Ele é um bom treinador.
- Devem confiar no treinador (e no psicólogo).
- Devem sentir que o treinador acredita na sua
capacidade de aprendizagem.
54Estratégias de Optimização do Clima
- Estimular as motivações intrínsecas.
- ...Mais duradouras.
- A paixão pode mover montanhas.
- Planear a diferenciação do treino.
- Variações intra-tarefa.
- Treino por convite (duas ou mais tarefas que o
praticante escolhe). - Apresentar listas de tarefas a escolher.
- Utilizar actividades concebidas pelos praticantes.
55Uma ajuda de Piéron
- Acolher pessoalmente os desportistas.
- Todos precisam de ser valorizados.
- Manter um clima amigável.
- Sorria quando há motivo para tal ajuda a
descontrair. - Assegure o seu conhecimento mútuo e o tratamento
por tu. - Encoraje a exprimir a sua opinião e respeite-a.
56Clima Emocional
- Considere a influência do tipo de liderança nos
estados emocionais - Considere-se uma pessoa de recurso evite ser
demasiado autoritário não se limite só a dar
ordens e instruções. - Incentive os desportistas a tomarem a
responsabilidade da própria aprendizagem. - Não devem ser simples executantes que respondem
às suas ordens.
57A Credibilidade ajuda
- Seja honesto consigo próprio e com os atletas.
- Não tente dar a impressão de sabe mais do que de
facto sabe. - Certifique-se de que o compreendem.
- Seja igual a si próprio e não procure imitar
alguém que desejaria ser. - Seja positivo. Poucas pessoas respondem bem a
comentários negativos. - Não desmoralize os seus desportistas
apontando-lhes a sua ignorância ou falta de
destreza. - Mostre entusiasmo pela sua modalidade e pelos
seus atletas. - Seja justo, leal e coerente em todos os assuntos
e ocasiões. Não mostre favoritismo. - Seja digno de confiança.
- Seja acolhedor e revele uma preocupação
verdadeira pelo bem-estar dos desportistas.
58Emoções e Abandono da Prática
- Muitos jovens abandonam precocemente a prática.
- Algumas semanas após o início
- Com outras solicitações no plano dos lazeres.
- Quando os estudos apertam...
- Um bom clima emocional pode prevenir o abandono.
- Prazer/ paixão pela prática.
- Grupo de amigos.
- Óptima relação com o treinador.
59Clima Emocional e Abandono
- Razões radicadas na relação treinador/atleta
- Falta de comunicação.
- Não explicar as razões da estratégia aos atletas.
- Expressão de cólera dirigida aos atletas.
- Fracasso no tratamento dos jogadores como
indivíduos.
60Praticante-Praticante
- Conjunto de praticantes não é o mesmo que grupo
de praticantes. O clima emocional joga-se,
também, nas relações inter-pares. - Fomentar
- Interesses comuns.
- Valores de solidariedade.
- Tolerância à diferença.
- Inter-ajuda e cooperação.
61Comportamentos associados às relações
colaborativas e amigáveis
- Comunicação efectiva (as ideias são verbalizadas
com facilidade e os membros do grupo estão
atentos aos outros, aceitam as ideias dos outros
e são influenciados por eles). - Interacções Amigáveis, Prestáveis e Menor
Obstrução (membros mais satisfeitos com o grupo e
com as soluções que emergem procura-se ganhar o
respeito dos colegas e sentem obrigações em
relação aos colegas). - Coordenação de esforços, divisão de tarefas,
orientação para alcançar o acordo e elevada
produtividade. - Acordo em relação às ideias dos outros e
sentimento de partilha em relação a crenças e
valores, confiança nas suas próprias ideias e no
valor que os outros lhe atribuem. - Vontade de favorecer o poder dos outros.
- Os interesses conflituantes são considerados um
problema mútuo a ser resolvido de forma
colaborativa.
62Praticantes entre si
- Suscitar a simpatia e a amizade.
- Organizar grupos heterogéneos, fomentando as
interacções diversificadas (todos com todos). - Organizar jogos e actividades cooperativas.
- Criar sempre situações de igualdade de
oportunidades. - Definir funções específicas para cada praticante.
63Os praticantes entre si
- Reforçar objectivos comuns.
- Utilização dos praticantes no apoio aos mais
fracos. - Adopção de símbolos comuns.
- Encontros extra-treino, convívios entre todos.
- Distinguir coesão social de coesão na tarefa.
64Emoção e coesão de grupos
- Ajudar os membros a identificar objectivos e
necessidades pessoais, clarificando como podem
ser satisfeitos através do grupo - Encorajar os membros que mais se destacam a fazer
sacrifícios pelo grupo. - Promover o sentido de responsabilidade.
- Estabelecer objectivos claros e realistas.
- Enfatizar a equipa e não os indivíduos.
- Clarificar o contributo da adesão aos padrões do
grupo na eficácia.
65Modelar a interacção
- Promover a cooperação e desencorajar a rivalidade
individual. - Tornar clara a diferenciação de papéis na equipa.
- Clarificar as expectativas para cada membro.
- Estabelecer consensos quanto às diferenças de
estatuto
66Coesão de grupos
- Promover o envolvimento do grupo na selecção dos
líderes. - Promover a proximidade entre os indivíduos.
- Separar fisicamente a equipa das outras equipas.
- Promover identificadores característicos da
equipa. - Dar ênfase às tradições da equipa.
- Manutenção de canais de comunicação abertos entre
treinador e atletas. - Desenvolvimento do orgulho e do sentimento de
identidade colectiva.
67Coesão.emoção
- Promoção da auto-confiança.
- Evitar a formação de cliques sociais que
perturbam a coesão da equipa. - Evitar as mudanças excessivas de atletas no seio
do grupo. - Permanecer continuamente sensível e a par do que
se passa na equipa ao nível das atitudes e
sentimentos dos seus meembros. - Esforçar-se por conhecer a vida pessoal de cada
atleta fora do âmbito desportivo. - Reconhecimento da excelência dos atletas que mais
contribuem para a concretização dos resultados. - Encontros regulares fora das situações normais de
treino para resolver determinados conflitos.
68Praticante-Modalidade
- Promover o gosto pela prática e o gosto por
aprender e treinar. - Assegurar que os praticantes atribuem
significado, importância, às actividades
propostas. - Assegurar prática motora variada e lúdica,
evitando a monotonia. - Tornar as actividades desafiantes (tarefas novas
e cada vez mais complexas e exigentes sem se
tornarem muito difíceis). - Gerir a percepção de risco garantir segurança
física e emocional em ambiente desafiante, de
risco estimulante. - Garantir sentimentos de sucesso na prática.
69Gestão do Clima Emocional Síntese
- Comportamentos de afectividade (frequência,
natureza, ratio /-) - Correcções (FB) positivas
- Encorajamentos
- Aceitação de ideias, sentimentos, dúvidas, etc.
- Rir, gracejar
- Contacto físico, linguagem não-verbal
- Contacto extra-curricular
- Participação
- Demonstração
- Pressão para a actividade
- Movimentação
- Motivação
- Empenhamento
- Estabilidade e coesão grupal
- Gestão de conflitos/emoções
70Clima no Treino observação comportamental
- Categorias
- Rir, Sorrir e Gracejar (SG)
- Identificação do praticante (IA)
- Aceitação e Utilização das Ideias dos praticantes
(AU) - Elogios e Encorajamentos (E)
- Afectividade Negativa (AFN)
- Interacções Extra-Curriculares (IEC)
- Participar com os praticantes (PA)
- Pressão (P)
- Contacto Físico (CF)
- Comunicação Não Verbal (CN)
71Clima no Treino
- Rir, Sorrir e Gracejar (SG). O treinador expressa
bom humor e/ou prazer através de piadas, risos e
sorrisos. - Identificação do praticante (IA). Na interacção
com o praticante utiliza o nome próprio do mesmo
ou o sobrenome. - Aceitação e Utilização das Ideias dos praticantes
(AU). Aceita sugestões de alteração da
actividade, desenvolve ideias dos praticantes,
integra essas ideias nas informações. - Elogios e Encorajamentos (E). O treinador elogia
ou encoraja a acção do praticante por expressões
verbais. - Afectividade Negativa (AFN). Critica, acusa,
ironiza, ameaça, castiga. - Interacções Extra-Treino (IEC). Interage com os
praticantes sobre assuntos não directamente
relacionados com a sua disciplina (doenças, vida
pessoal, etc).
72Clima no Treino
- Praticar com os atletas (PA). Envolve-se
activamente na prática demonstrando ou jogando,
por ex. - Pressão (P). Incentiva a acção do praticante.
- Contacto Físico (CF). O treinador toca no
praticante em manifestação de aproximação
relacional. - Comunicação Não Verbal (CN). Emite,
simultaneamente ou não, com as mensagens verbais,
sinais gestuais, expressões faciais e outras
expressões não verbais
73A emoção de base gostar de si
- A promoção da auto-estima é decisiva.
- A auto-estima pode apresentar diversos tipos de
especificidade. - É uma das bases essenciais da intervenção do
treinador e do psicólogo.
74 Estratégias de Promoção da Auto-estima
- Experiências positivas na participação no treino
resultar alegria, satisfação, auto-realização. - Optimizar a relação interpessoal com o treinador
(clima no treino/afectividade) - Evitar a participação em situações de insucesso.
75Estratégias de Promoção da Auto-estima
- Tornar o insucesso o mais privado possível.
- Escolher actividades e modificá-las
judiciosamente. - Planear variantes de facilidade e de dificuldade.
- Planear actividades alternativas
- Valorizar os progressos pessoais mais do que a
comparação com os outros.
76Estratégias de Promoção da Auto-estima
- Estimular a superação pessoal, a competição
consigo próprio, as motivações intrínsecas. - Evitar situações de medo, ansiedade.
- Feed-backs positivos.
77Estratégias de Promoção da Auto-estima
- Não desvalorizar os mais fracos ou menos hábeis.
- Não acentuar a ideologia do ganhar.
- Conversar com os atletas sobre estes temas.
78- Evitar a participação dos jovens em situações de
repetido insucesso e que sejam visíveis pelos
outros. - Reforça os sentimentos de inadequação
- Fornecer alternativas de actividade.
- Evitar situações embaraçosas
79- Falhar, especialmente se é frequente, leva à
desistência. - Motivar implica que sejam bem sucedidos.
- É preciso ajustar as tarefas e torná-las
divertidas. - Evitar comparações com os outros ou com normas.
- Encorajar a prática e menos os resultados.
- Encorajar a competição consigo próprio