Title: TM247 - Sistemas de Medi
1TM247 - Sistemas de MediçãoProf. Alessandro
Marqueswww.metrologia.ufpr.br
21ª Prova 7 de junho Fundamentos de metrologia
científica e industrial Albertazzi e Souza
3Quanto a erros de medição ...
- Precisão e exatidão
- são termos apenas qualitativos. Não podem ser
associados a números. - Precisão significa pouca dispersão. Está
associado ao baixo nível de erros aleatórios. - Exatidão é sinônimo de sem erros. Um sistema de
medição com grande exatidão apresenta pequenos
erros sistemáticos e aleatórios.
4Um exemplo de erros...
- Teste de precisão de tiro de canhões
- Canhão situado a 500 m de alvo fixo
- Mirar apenas uma vez
- Disparar 20 tiros sem nova chance para refazer a
mira - Distribuição dos tiros no alvo é usada para
qualificar canhões. - Quatro concorrentes
5A
B
C
D
6A
B
C
D
7Tipos de erros
- Erro sistemático é a parcela previsível do erro.
Corresponde ao erro médio. - Erro aleatório é a parcela imprevisível do erro.
É o agente que faz com que medições repetidas
levem a distintas indicações.
8Precisão Exatidão
- São parâmetros qualitativos associados ao
desempenho de um sistema. -
- Um sistema com ótima precisão repete bem, com
pequena dispersão. - Um sistema com excelente exatidão praticamente
não apresenta erros.
9Representação absoluta e relativa
10Representação absoluta
- Parâmetros expressos na unidade do mensurando
- Emáx 0,003 V
- Re 1,5 K
- Sb 0,040 mm/N
- É de percepção mais fácil.
11Representação relativa ou fiducial
- Parâmetro é expresso como um percentual de um
valor de referência - Em relação ao valor final de escala (VFE)
- Emáx 1 do VFE
- EL 0,1 (do VFE)
- Em relação à faixa de indicação
- Em relação ao valor nominal (medidas
materializadas) - Facilita comparações entre SM distintos
12Características estáticas e dinâmicas de
instrumentos
Características estáticas Um sistema de
medição, devido aos seus diversos elementos,
sempre apresenta incertezas nos valores medidos.
Todo sistema de medição está sujeito a erros,
o que torna um sistema melhor em relação ao outro
é diminuição desse erro a níveis que sejam
aceitáveis para a aplicação.
13Calibração e padrões de medidas
Todo instrumento de medição e conseqüentemente
todo sistema de medição deve ser calibrado ou
aferido para que forneça medidas corretas. A
calibração é o processo de verificação de um
sistema de medição contra um padrão que pode ser
primário ou secundário. O padrão primário é
definido por entidades especializadas, renomados
institutos de pesquisa ou entidades
governamentais especificas de cada país.
Devido a RASTREABILIDADE das medições ,
dificilmente se faz na prática a calibração pelo
padrão primário.
14?
P
0,005 mm
RASTREÁVEL
SM
0,05 mm
15Rastreabilidade
- É a propriedade do resultado de uma medição, ou
do valor de um padrão, estar relacionado a
referências estabelecidas, geralmente padrões
nacionais ou internacionais, através de uma
cadeia contínua de comparações, todas tendo
incertezas estabelecidas.
16Rastreabilidade
unidades do SI
padrões internacionais
padrões nacionais
padrões de referência de laboratórios de
calibração
padrões de referência de laboratórios de ensaios
padrões de trabalho de laboratórios de chão de
fábrica
17Estatística aplicada a sistemas de medição
Cálculo de incerteza de grandezas com várias
medidas
Valor médio das medidas
desvio padrão da amostra
18Valor da medida e sua incerteza Exemplo
Medição do diâmetro de uma barra circular
São efetuadas n medidas em diâmetros
diferentes
u 0,0165 mm
? 12 - 1 11
t 2,255
Re 2,255 . 0,0165
média 10,15 mm
Re 0,037 mm
19Valor da medida e sua incerteza Exemplo
Medição do diâmetro de uma barra circular
10,15
20Estimativa da Incerteza em Medições não
Correlacionadas (MNC)
- Como estimar a incerteza do valor de uma grandeza
que é calculada a partir de operações matemáticas
com os resultados de outras grandezas medidas?
A b . c
u(A) ?
21Caso Geral de MNC
coeficiente de sensibilidade Podem ser
calculados analitica ou numericamente
22Exemplo Caso Geral de MNC
- Na determinação da massa específica (?) de um
material usou-se um processo indireto, medindo-se
em um laboratório, com uma balança, a massa (m)
de um cilindro cujo diâmetro (D) e altura (h)
foram determinados por um micrômetro e um
paquímetro respectivamente. Após a compensação
dos erros sistemáticos, foram encontrados os
seguintes resultados e os respectivos números de
graus de liberdade para cada grandeza de entrada
23Medições Realizadas
Para a massa m (1580 22) g ?m 14 Para
o diâmetro D (25,423 0,006) mm ?D
8 Para a altura h (77,35 0,11) mm ?h 14
D
24Massa Específica
D
25Considerando que as medições foram efetuadas em
condições de laboratório e as componentes
sistemáticas foram compensadas, é muito provável
que as medidas das três grandezas sejam não
correlacionadas. A incerteza padrão associada a
cada grandeza envolvida será calculada
dividindo-se a incerteza expandida pelo
coeficiente t de Student u(m) U(m)/t14
22/2,20 10 g u(D) U(D)/t? 0,006/2,00
0,0030 mm u(h) U(h)/t14 0,11/2,20 0,050 mm
26Cálculo da incerteza combinada
27Cálculo do número de graus de liberdade efetivos
28Valor da massa específica
U(?) 2,20 . u(?)
U(?) 2,20 . 0,000256312 0,00056389 g/mm3
? (0,0402 ? 0,0006) g/mm3
29Estimativa da Incerteza Combinada de Medições
Correlacionadas (MC)
30Estimativa da Incerteza Combinada de Medições
Correlacionadas (MC)
Caso Geral
coeficiente de sensibilidade Pode ser calculado
analitica ou numericamente
31Medições correlacionadas e não correlacionadas
G A B C D
r A B C D
A 1 -1 0
B 1 -1 0
C -1 -1 0
D 0 0 0
32Medições correlacionadas e não correlacionadas
33Medições correlacionadas e não correlacionadas
34Propagação de Incertezas Através de Módulos
35Motivação
- Algumas vezes é necessário compor sistemas de
medição reunido módulos já existentes. - O comportamento metrológico de cada módulo é
conhecido separadamente. - Qual o comportamento metrológico do sistema
resultante da combinação dos vários módulos?
36Transdutores
UTS
Dispositivos mostradores
?
37Composição de sistemas de medição
sistema de medição
...
ESM
SSM
38Modelo matemático para um módulo
S(M1)
E(M1)
Idealmente
S(M1) K(M1) . E(M1)
Em função dos erros
S(M1) K(M1) . E(M1) C(M1) u(M1)
39Modelo para dois módulos
S(M1)
E(M1)
S(M2)
E(M2)
S(M1) K(M1) . E(M1) - C(M1) u(M1)
S(M2) K(M2) . E(M2) C(M2) u(M2)
E(M2) S(M1)
S(M2) K(M2) . K(M1) . E(M1) C(M1) u(M1)
C(M2) u(M2)
S(M2) K(M1) . K(M2) . E(M1) - C(M1). K(M2)
C(M2) u(M1). K(M2) u(M2)
40- Sensibilidade Equivalente
Modelo matemático para n módulos
sensibilidade
S(SM) K(M1) . K(M2) . ... . K(Mn) . E(SM)
K(SM) K(M1) . K(M2) . ... . K(Mn)
41- Correção Relativa Equivalente
Modelo matemático para n módulos
correção
Cr(SM) Cr(M1) Cr(M2) ... Cr(Mn)
sendo
Cr correção relativa, calculada por
CE(SM) correção na entrada do SM
CS(SM) correção na saída do SM
42- Incerteza Padrão Relativa Equivalente
Modelo matemático para n módulos
incerteza
ur(SM)2 ur(M1)2 ur(M2 )2 ... ur(Mn )2
sendo
ur incerteza relativa, calculada por
uE(SM) incerteza na entrada do SM
uS(SM) incerteza na saída do SM
43Modelo matemático para n módulos
graus de liberdade efetivos
sendo número de graus de liberdade efetivo do
sistema de medição a incerteza padrão relativa
combinada do sistema de medição a incerteza
padrão relativa do i-ésimo módulo n? de graus
de liberdade da incerteza padrão relativa do
i-ésimo módulo
44Modelo matemático para n módulos
- Se o número de graus de liberdade com que cada
incerteza padrão é determinada é o mesmo, a
equação também pode ser escrita em termos da
incerteza expandida como
Ur(SM)2 Ur(M1)2 Ur(M2 )2 ... Ur(Mn )2
45- Correção e Incerteza em Termos Absolutos
Correção e Incerteza
Na entrada do SM
Na saída do SM
46Problema
- A indicação do voltímetro abaixo é 2,500 V.
Determine o resultado da medição do deslocamento,
efetuado com o sistema de medição especificado
abaixo, composto de
ESM ?
2,500 V
47ESM ?
2,500 V
transd. indutivo de deslocamentos faixa de
medição 0 a 20 mm sensibilidade 5
mV/mm correção - 1 mV u 2 mV ?16
unidade de tratamento de sinais faixa de medição
200 mV (entrada) amplificação 100 X correção
0,000 V u 0,2 (VFE) ?20
disp. mostrador voltímetro digital faixa de
medição 20 V correção 0,02 do valor
indicado u 5 mV ?96
48ESM ?
2,500 V
KUTS 0,1 V/mV CUTS 0,000 V uUTS 0,2 .
0,20 V
KT 5 mV/mm CT - 1 mV uT 2 mV
KDM 1 V/V CDM 0,02 . 2,5V uDM 5 mV
CrDM 0,0005/2,5 0,0002 urDM
0,005/2,5 0,002
CrT - 1/25 -0,04 urT 2 /25 0,08
CrUTS 0,000 urUTS 0,0004/2,5
0,00016
49sensibilidade
KSM KT . KUTS . KDM 5 mV/mm . 0,1 V/mV . 1
V/V
KSM 0,5 V/mm
correção
CrSM CrT CrUTS CrDM -0,0400 0,0000
0,0002
CrSM -0,0398
na entrada
CESM CrSM . ESM -0,0398 . 5,000 mm -0,199 mm
CESM -0,199 mm
50incerteza
(urSM)2 (urT)2 (urUTS)2 (urDM)2
(urSM)2 (0,08)2 (0,00016)2 (0,002)2
(urSM)2 10-4 . 64 0,00026 0,04
urSM 0,080025
na entrada
uESM urSM . ESM 0,080025. 5,000 mm
uESM 0,4001 mm
51graus de liberdade efetivos
UESM t . uESM 2,169 0,4001 0,868 mm
52Resultado da medição
RM I CESM UESM
RM 5,000 (-0,199) 0,868
RM (4,80 0,87) mm
53Ajuste de curvas - Método dos Mínimos Quadrados
Devido a simplicidade dos cálculos e a extensa
aplicabilidade em ajustes de curvas em pontos
(regressão numérica), o método dos mínimos
quadrados é largamente utilizado na calibração
estática de sistemas de medição. Pode-se
utilizar este método para vários tipos de curvas
(funções), e aqui apresenta-se uma aplicação para
medidor de vazão tangencial, calibrado através do
método gravimétrico.
54Equacionamento
Qi 1,105 . Q - 0,0246
Q 0,902 . Qi 0,0232
55 Bibliografia ALBERTAZZI, A. SOUZA, A. R.
Fundamentos Metrologia Científica e Industrial.
407p., Editora Manole, 2008. (Slides PowerPoint
2003) DOEBELIN, E., Measurement Systems -
Application and Design, Ed. McGraw Hill 4th
Edition, 1992. BALBINOT, A. BRUSAMARELLO, V.
J. Instrumentação e fundamentos de medidas,
volume 1 e 2, 2010. Notas de aula Prof. Marcos
Campos (UFPR)