Title: PRODU
1PRODUÇÃO DE ETANOL
2Breve histórico
- 1532 montado o primeiro engenho de açúcar
- Primeira Guerra álcool como combustível de
motores de explosão - 1929/1931 Crise internacional instalação da
primeira destilaria de álcool anidro
obrigatoriedade da mistura de 5 de etanol à
gasolina (Dec. 19717) - 1974 crise do petróleo Pró-álcool
3Importância
- O etanol ou álcool etílico, apresenta duas
funções principais "commodity chemical" e
indústria de bebidas alcoólicas. - -Após a água, o álcool é o solvente mais
comum, além de representar a matéria-prima de
maior uso no laboratório e na indústria química - Vias de obtenção destilatória, sintética e
fermentativa
4Importância
- No Brasil, o etanol é utilizado de duas maneiras
- - como mistura na gasolina, na forma de 22 de
etanol anidro, a 99,6º Gay-Lussac (GL) e 0,4 de
água, formando uma mistura "gasohol" com o
objetivo de aumento da octanagem da gasolina - - como etanol puro, na forma de etanol
hidratado, a 95,5º GL
5Produção de etanol
- No Brasil a cana de açúcar é a principal matéria
prima utilizada na França é a beterraba nos EUA
e na maioria dos países europeus o bioetanol é
essencialmente produzido a partir de cereais,
principalmente milho.
6Produção de etanol
Por continente
7Produção de etanol
8Produção de etanol
9Impacto da Produção de Etanol no Brasil
- Economia
- US 141 bilhões com óleo importado e juros
- Empregos
- 70.000 agricultores
- 347 destilarias
- 1 milhão de pessoas
- Meio Ambiente
- 1.000 L de etanol sequestram 2,6 t de CO2 da
atmosfera - Fonte Valor Econômico, 2005
10Produção de açúcar e álcool
11Metabolismo microbiano
12Balanço Energético da Fermentação
13Definição
- Fermentação alcoólica é o processo através do
qual certos açúcares, principalmente a Sacarose,
Glicose e Frutose são transformados em Álcool
Etílico (ou Etanol). - Mecanismo anaeróbio de produção de energia que
não envolve cadeia respiratória ou citocromos.
14Matérias-primas
- O etanol pode ser produzido a partir de qualquer
carboidrato fermentável pela levedura . - Classificação das matérias-primas
- - açucaradas
- - amiláceas ou feculentas
- - celulósicas
15Matérias-primas preparo
- Matérias açucaradas
- - diretamente fermentescíveis monossacarídeos
- sucos de frutas - - não diretamente fermentescíveis
dissacarídeos sacarose da cana-de-açúcar e dos
melaços
- Matérias celulósicas - fermentam após hidrólise
16Matérias-primas preparo
- Matérias amiláceas e feculentas
- - fermentam após hidrólise do amido
sacarificação - via química
- via enzimática
- via biológica
- ação enzimática do malte
- ação microbiana de certos fungos
-
17Sacarificação pelo malte
18Sacarificação microbiana
19Preparo do Substrato
-
- O Preparo dos mostos nas destilarias faz-se em
seções que constam de - tanques de medição
- balanças
- diluidores mecânicos
- depósitos de sais minerais
- depósitos de antissépticos
- aquecedores e refrigerantes
- medidores de ácido.
20Fatores que afetam a fermentação
- Agente de fermentação
- Saccharomyces cerevisiae, Saccharomyces sp
O etanol é inibidor à altas concentrações, e a
tolerância das leveduras é um ponto crítico para
uma produção elevada deste metabólito
primário. A tolerância ao etanol varia
consideravelmente de acordo com as linhagens de
leveduras.
21Fatores que afetam a fermentação
- Temperatura
- - 26 a 35C
- - chega a 38 C
- pH - mostos industriais 4,5 a 5,5
- Nutrição mineral e orgânica
- - fonte de carbono
- - vitaminas tiamina, ácido pantotênico
- - Nitrogênio sais de amônio
- - Sais minerais P, S, K, Mg, Ca, Zn, etc
22Fatores que afetam a fermentação
- Preparo e correção do mosto
- - melaço diluição 15 a 25Brix
- fosfato e sais de amônio
-
- - cana-de-açúcar bruta ou clarificada
- fosfatos, sais de amônio, sais de Mg,
Mn e Co - - materiais amiláceos sacarificação
- fosfatos, acidez pH 4 a 5 com H2SO4
23Fatores que afetam a fermentação
- Inibidores
- - etanol
- - K e Ca
- - sulfito
- Concentração de açúcares
- Concentração de inóculo
- Contaminação bacteriana
- Antissépticos
- Antibióticos
24- Antissépticos
- No Brasil, não é usual esterilizarem-se os mostos
nas destilarias de álcool e aguardente. Para
controlar o problema das contaminações, usam-se
antissépticos para criar ambiente favorável ao
desenvolvimento das leveduras e desfavorável a
outros microrganismos. - Obtém-se boas fermentações usando-se 4 mg de
hexaclorofeno por litro de mosto ou
pentaclorofenol na proporção de 0,01 a 0,05
g/litro de substrato. - O ácido sulfúrico utilizado na correção do pH,
também age como antisséptico.
25- Antibióticos
- Pela mesma razão por que se empregam os
antissépticos, usam-se os antibióticos na
fermentações industriais para produção de etanol. - Sua ação é de agente esterilizante, em virtude de
suas propriedades bacteriostáticas. - Aplica-se a penicilina (500-1000 UI/L de mosto)
que é economicamente mais recomendável ou
cloranfenicol, tetraciclina e clorotetraciclina.
26Preparo do inóculo
- Vinhos e pequenas destilarias flora natural
- leveduras selecionadas
- Vinhos e sidra leveduras encapsuladas em
alginato
- Grandes destilarias leveduras de panificação
- leveduras selecionadas
27Prática da fermentação alcoólica
fases descrição
Preliminar Contato da levedura com o mosto Características intensa multiplicação celular, pequena elevação de temperatura e pequeno desprendimento de CO2
Tumultuosa Intensa liberação de CO2 a mistura ferve Aumento da temperatura e da acidez diminuição da densidade
Final ou complementar Diminuição da intensidade de desprendimento do CO2, menor agitação do líquido, diminuição da temperatura
28Verificação prática da pureza
- Tempo de fermentação
- Odor (frutas maduras)
- Aspecto da espuma
- Presença de drosófilas
- Temperatura e densidade
- Açúcares
- Acidez
29Verificação prática da pureza
- Tempo de fermentação duração média de um
processo fermentativo em mosto de melaço ou de
caldo de cana-de-açúcar é de 24 horas e as de
mosto amiláceo de 36 horas. - Odor da fermentação - O aroma das fermentações
puras é penetrante, ativo, e tende para odor de
frutas maduras. Cheiro ácido, ranço, ácido
sulfídrico e outros indicam irregularidades no
processo. - Aspecto da espuma - A espuma varia com a
natureza do mosto, temperatura, espécies e
linhagem de leveduras. Alterações nas
características indicam irregularidade no
processo.
30Verificação prática da pureza
- Drosófilas São as moscas do vinagre que
ocorrem quando há infecção acética - Temperatura Alterações importantes na curva de
temperatura, do início ao final da fermentação,
alertam para possíveis defeitos no processo. - Densidade do mosto Durante a fermentação a
densidade do mosto decresce segundo uma curva
harmônica, com as fases da fermentação. De sua
observação, percebe-se as alterações da marcha
fermetativa.
31Verificação prática da pureza
-
- Açúcares no mosto consomem-se de acordo com a
curva de densidade. - Acidez no substrato em fermentação não deve
haver grande alteração entre a acidez final e a
inicial. Quando a final for maior que o dobro da
inicial, é indicação de má fermentação.
32Sistemas de fermentação
- Descontínuo
- - sistema de cortes
- - sistema de reaproveitamento do inóculo
- - sistema de cultura pura
- - sistema de recuperação de leveduras
- Contínuo
- - várias configurações
- Células imobilizadas
33Sistemas de fermentação
34Sistemas de fermentação
Batelada
35Sistemas de fermentação
Contínuo
36Instalações e equipamentos
- Salas de fermentação
- - até 1.000 m3
- - dornas, centrífugas, pré-fermentadores,
tanques de tratamento - Recipientes de fermentação
- - dornas abertas ou fechadas
- - cilíndricas H 2 D
- - trocadores de calor
- - volume 2 a 2,5 vezes a capacidade horária de
destilação
37Destilação
- Mistura azeotrópica
- Vinhos sólidos, líquidos e gases
- Água (88 a 93) e etanol (12 a 7)
- Descontínua ou contínua
38Destilação descontínua
- Alambiques e pequenas destilarias de aguardente
ou de bebidas de vinhos
39Destilação contínua
- Destilarias com produção superior a 2.000 L
40Retificação e desidratação
- Retificação
- - separação do álcool das impurezas
- - separam-se como produtos de cabeça ou de cauda
- - colunas depuradora, destiladora, retificadora,
de repasse final
- Desidratação
- - uso de arrastadores
- - absorvente regenerável
- - peneiras moleculares
41Cana-de-Açúcar
- 1 t de cana contém
- 140 kg de açúcar
- 140 kg de fibra (bagaço)
- 140 kg de fibra das folhas e pontas
- Isso representa 1 barril de petróleo
42Cana-de-Açúcar
- 1 Ha (10.000m2)produz 80 barris equivalentes de
petróleo - BRASIL5,5 milhões de hectares de cana
- POTENCIAL440 milhões de barris equivalentes de
petróleo - Fonte Valor econômico 15/08/2005
43Cana-de-Açúcar
44Cana-de-Açúcar
45Cana-de-Açúcar
Quantidade de Resíduos Lignocelulósicos gerados
anualmente no Brasil 350 x 106 toneladas (40 de
umidade)
46Energia da Cana
- 1 TON DE CANA (COLMOS) Energia (MJ)
- 140 kg de açúcar 2 300
- 280 kg de bagaço (50 umidade) 2 500
- 280 kg de palha (50 umidade) 2 500
- TOTAL 7 300 (0.16 TEP)
- 360 milhões de toneladas de cana 58 milhões TEP
- Consumo de energia primária no Brasil 200 x106
TEP/ano
47Perspectivas futuras
48Desenvolvimento de processos visando à produção
de linhagens melhoradas da levedura Saccharomyces
cerevisiae
- Linhagens mais produtivas, com características
desejáveis para produção de etanol e com
monitoramento na indústria por técnicas de
marcação molecular, foram desenvolvidas em vários
laboratórios, destacando-se o da ESALQ/USP, em
Piracicaba. -
49- Por tecnologia do DNA recombinante, os
laboratórios de pesquisa das universidades de
Brasília e da USP desenvolveram em conjunto
linhagens de leveduras contendo genes de amilases
capazes de utilizar o amido, por exemplo de
mandioca ou batata-doce, na produção de etanol.
Essas leveduras manipuladas geneticamente estão
sendo aperfeiçoadas e poderão desempenhar um
importante papel na produção de etanol. - A tecnologia do DNA recombinante tem sido também
usada por esses e outros laboratórios brasileiros
e do exterior na clonagem e seqüenciamento de
genes de interesse industrial em fungos.
50Papel da Biotecnologia
- Avanços e melhorias não seriam possíveis sem a
ajuda da biotecnologia, tanto para a matéria
prima como para seu processamento - Com a ajuda da biotecnologia a cana de açúcar vai
continuar sendo imbatível como matéria prima para
produção de energias renováveis - Melhoria do Balanço de GEE
- Aumento da Competitividade
51Bioetanol de Segunda Geração
- Hidrólise Ácida dos Polissacarídeos (HEMICELULOSE
e CELULOSE) do Complexo Lignocelulósico
52Bebidas alcoólicas
53Legislação Brasileira
Bebida alcoólica refrescante, aperitivo, ou
estimulante destinado à ingestão humana no estado
líquido, sem finalidade medicamentosa e contendo
mais de 0,5 grau Gay-Lussac de etanol.
54Generalidades sobre bebidas alcoólicas
classificação bebidas Matérias-primas GL
Fermentadas Cerveja Vinho Vinho de frutas Sidra Saquê Malte de cevada Suco de uvas Suco de frutas Suco de maçãs Arroz sacarificado variável 10 a 13 10 a 13 4 a 8 14 a 26
Fermento-destiladas Aguardente de cana Uísque Tequila Vodca Caldo de cana Cevada maltada Suco de agave Cereais ou tubérculos 38 a 54
55Glossário
- Grau Brix 1 Brix corresponde a 1 g de sólidos
dissolvidos em 100 g de solução à 20C - Grau Gay-Lussac porcentagem em volume de etanol
a 15C - Vinho bebida fermentada de mosto de frutas
meios açucarados provenientes de uma fermentação
alcoólica - Flegma líquido alcoólico mais rico que o
líquido original e impuro
56Gráficos
57(No Transcript)
58(No Transcript)
59(No Transcript)
60(No Transcript)
61(No Transcript)