Title: TERAPIA G
1 TERAPIA GÊNICA
TRATAMENTO DE DOENÇAS GENÉTICAS
- Aconselhamento Genético
- Profa. Dra. Ana Elizabete Silva
2TRATAMENTO DE DOENÇAS GENÉTICAS
- ? Na maioria das vezes o tratamento das doenças
genéticas é somente paliativo, embora
frequentemente melhore a qualidade de vida dos
pacientes -
- amenizando os sintomas ao invés de agir na causa
primária o gene
3ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
DOENÇAS MONOGÊNICAS -Tratamento se baseia na
reposição da proteína deficiente ? melhora do
funcionamento ou minimizando as consequências de
sua deficiência -efetivo em 12 dos distúrbios
DOENÇAS COMPLEXAS MULTIFATORIAIS -se o fator
ambiental é conhecido oportunidade efetiva de
intervenção ? modificação ou não exposição ao
fator ambiental -tratamento cirúrgico ou médico
Quanto mais precoce o diagnóstico e instituído um
tratamento ? mais favorável será a evolução dos
pacientes.
4TRATAMENTO AO NÍVEL DO FENÓTIPO AFETADO
- Transplante de órgão
- Ativação de um gene dormente
- Fornecimento da proteína
- Evitar o agente danoso
- Remoção do produto tóxico acumulado
- ADA e Talassemia Medula óssea
- Talassemia Beta Gene da cadeia ? da hemoglobina
- Hemofilia B fator IX de coagulação.Diabetes
insulina - Xeroderma pigmentosum luz solar
- Fenilcetonúria dieta baixa de fenilalanina D.
Wilson acúmulo de cobre
5DOENÇAS MONOGÊNICAS COM TERAPIA EFETIVA
- Hiperplasia adrenal congênita reposição
hormonal - Fenilcetonúria restrição dietética de
fenilalanina - Hemofilia reposição do fator
- Imunodeficiência combinada grave transplante de
medula - Cistinúria ingestão de líquidos D-penicilina
- Agamaglobulinemia reposição de imunoglobulinas
- Acidúria metilmalônica vitamina B12
- Doença policística adulta transplante renal
6DOENÇAS MULTIFATORIAIS COM TERAPIAS EFETIVAS
- Fenda labial e palatina cirurgia
- Estenose pilórica cirurgia
- Cardiopatia congênita cirurgia e medicação
- Hidrocefalia cirurgia e medicação
- Hipertensão medicação
- Úlcera péptica medicação e cirurgia
- Epilepsia medicação
7CONSEQUÊNCIAS DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS GENÉTICAS
- Necessidade de uma avaliação a longo prazo o
tratamento aparentemente bem sucedido pode
demonstrar-se imperfeito - Após longa observação apresenta inadequações Ex.
PKU
Manifestam distúrbios de aprendizagem e
comportamento ? prejuízo no desempenho acadêmico
Crianças bem-tratadas? escapam de RM ? QI normal
8CONSEQUÊNCIAS DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS GENÉTICAS
- 2.Tratamento bem-sucedido de mudanças patológicas
em um órgão ? podem surgir problemas inesperados
em tecidos, antes não observados (pacientes não
sobreviviam tempo suficiente). Ex. Galactosemia - galactose-1-fosfato UDPG
GALT
Quadro clínico Problemas gastrintestinais Cirrose
hepática Catarata RM grave
Criança tratada Problemas de aprendizagem Mulhere
s desenvolvem insuficiência ovariana ? toxidez
continuada de galactose
9CONSEQUÊNCIAS DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS GENÉTICAS
- Outros exemplos
- Cistinose acúmulo de cistina nos lisossomos ?
insuficiência renal ? pacientes com transplante
renal após envelhecimento ? desenvolvem
hipotireoidismo, diabetes e anomalias
neurológicas - Retinoblastoma tumor de retina ? pacientes
correm o risco de desenvolver outras malignidades
independentes após a primeira década
osteossarcoma
10CONSEQUÊNCIAS DO TRATAMENTO DAS DOENÇAS GENÉTICAS
- Efeitos colaterais a longo prazo
- Exemplos
- Hemofilia infusão do fator de coagulação ?
formação de anticorpos contra a proteína - Talassemia transfusão de sangue ? sobrecarga de
ferro
11ESTRATÉGIAS DE TRATAMENTO
12TRATAMENTO DAS DOENÇAS METABÓLICAS
13Desvio Metabólico Distúrbios do ciclo da
uréia -conversão da amônia em uréia -defeito
enzimático ? hiperamonemia -benzoato de sódio ?
ligação da amônia com glicina ? hipurato
Inibição Hipercolesterolemia Familiar Lovastatina
redução 40 a 60 nos níveis de LDL-colesterol
do plasma nos heterozigotos
14TRATAMENTO NO NÍVEL DA PROTEÍNA
15TRATAMENTO POR MODIFICAÇÃO DO GENOMA OU SUA
EXPRESSÃO
16TRANSPLANTE DE MEDULA ÓSSEA DOENÇAS DE
ARMAZENAMENTO LISOSSÔMICO
17Terapia Gênica
- Envolve diversas tecnologias que têm em comum,
um novo conceito terapêutico - a introdução de material genético para
atuar na causa fundamental da doença o
gene, fragmento gênico ou oligonucleotídeos
- Descreve qualquer processo destinado a tratar ou
aliviar doenças pela modificação genética das
células do paciente.
18PROPÓSITOS DA TERAPIA GÊNICA
- Compensação gene mutante com perda de função
- Substituição gene mutante dominante (difícil) ?
alternativa degradação do mRNA mutante
(ribozimas ou RNA de interferência) - Efeito farmacológico contrabalancear os efeitos
de um gene mutante ou compensar a patogenia da
doença, como no câncer
19FORMAS POTENCIAIS DE TERAPIA GÊNICA
- Terapia gênica
- germinativa
- Terapia gênica
- somática
20TERAPIA GÊNICA DE CÉLULAS SOMÁTICAS
- Terapia ex vivo as células do paciente
são retiradas e manipuladas fora do corpo - Terapia in vivo as células são tratadas
dentro do corpo
21(No Transcript)
221. Inserção de um gene em um vetor 2. Contato
Vetor / Célula 3. Entrada e transporte do gene
até o núcleo da célula 4. Transcrição do RNAm a
partir do gene 5. Tradução do RNAm em proteína
6. Secreção, fixação na membrana ou expressão
citoplasmática da proteína
23PROCEDIMENTO BÁSICO PARA TERAPIA GÊNICA
Doença apropriada
Estratégia de transferência ex vivo ou in vivo
Células alvo
Vetor
24CÉLULAS ALVO
- Características acessíveis, tempo de vida longo
no corpo, alta taxa de proliferação - Tipos de células alvo
- Células tronco (medula óssea- cordão umbilical)
- linfócitos
- fibroblastos de pele
- células musculares (mioblastos)
- células vasculares endoteliais
- hepatócitos
25Técnicas de introdução de genes em células de
mamíferos
- A- Técnicas que utilizam métodos físicos ou
químicos baixa eficácia e transitório - microinjeção
- precipitado de fosfato de cálcio
- eletroporação (choque elétrico)
- lipossomos
- biobalística (gene gun)
26precipitado c/DNA- endocitose (cultura
celular ex vivo)
Microinjeção núcleo da célula (terapia ex vivo
ou in vivo- embrião)
vesícula m. lipídica
Eletroporação choque elétrico?poros (morte
celular)
Bombardeio partículas de ouro bomba de hélio
(morte celular)
27Técnicas de introdução de genes em células de
mamíferos
- B- Técnicas que utilizam vetores biológicos
- retrovírus
- Adenovírus
- Adenovírus associado-AAV (parvovírus)
- Lentivírus (retrovírus ? cels. não dividem)
- Herpes vírus (invadir neurônios)
- Cromossomo artificial
28CROMOSSOMO HUMANO ARTIFICIAL
- 5-10 Mb
- DNA telomérico humano
- DNA centromérico
- DNA genômico
- Introduzidos em células em cultivo (lipofectina)
29RETROVÍRUS
- Retrovírus (vírus de RNA) são os vetores ideais
para a transferência de genes em células humanas - são capazes de infectar quase 100 das
células-alvo em divisão? integra no genoma
hospedeiro - carregam fragmentos relativamente grandes de DNA
(8kb) -
- Desvatagem infectam somente células em divisão
30Gag proteína cápsula interna Env transcriptase
reversa e integrase Pol envelope glicoproteína
1. DNA Humano
2. Célula reparada por terapia gênica
31Terapia Gênica
- A inserção casual do DNA no genoma das células
hospedeiras pode - inativar um gene importante morte celular
- ativar um oncogene alterar o padrão normal de
controle e divisão celular - causar mutação
32OUTROS VETORES VIRAIS
- PARVOVÍRUS vantagem de integração estável ao
DNA (ou epissomo) células com/sem divisão
nenhuma associação conhecida com doença humana
Desvantagem inserção de DNA de cerca de 5kb - HERPES VÍRUS desativado capacidade de invadir
neurônios. Desvantagem não se integram aos
cromossomos inviabiliza expressão a longo prazo
33(No Transcript)
34http//www.eurordis.org/article.php3?id_article10
06
35Pré-Requisitos Terapia Gênica
- escolher a doença apropriada a ser tratada
- identificar e clonar o gene e suas regiões
reguladoras - assegurar que o gene inserido não tenha efeitos
prejudiciais - determinar as células-alvo certas que tenham
duração de vida adequada - verificar se a técnica é segura e eficiente para
a introdução do gene nas células - restringir a transferência do gene às células
alvo somáticas - documentar e divulgar os resultados obtidos
36Classes de Doenças Passíveis de Terapia Gênica
- Doenças Hereditárias (monogênicas)
- Neoplasias
- Doenças infecciosas (AIDS)
- Outras Doenças doença arterial coronária
artrite doença renal, etc - Cerca de 650 protocolos aprovados
37- Algumas tentativas de terapia gênica
- Deficiência da enzima desaminase de adenosina
(ADA) - Imunodeficiência combinada severa ligada ao X
(XSCID) - Fibrose Cística
- Hemofília
- DMD
- Hipercolesterolemia Familial LDLR (receptor de
lipoproteína de baixa densidade) - Câncer
- AIDS
38Deficiência da Desaminase de Adenosina - (ADA)
- Doença imunológica rara debilitação do sistema
imune (imunodeficiência) - Enzima ADA via purinas (tóxica)
- linfócitos T (células-alvo) são muito acessÍveis
- grande variação no nível de expressão do gene ADA
entre indivíduos normais - o primeiro protocolo aprovado para terapia gênica
foi para a correção da - deficiência da ADA.
- 1990 Drs. Anderson e Blease
- (Ashanti De Silva)
39ADA
- linfócitos T foram coletados e expandidos em
cultura ex vivo infectadas com retrovírus
recombinante - os linfócitos foram injetados nos pacientes
- expressão do gene ADA detectada por 12 anos
nos linfócitos periféricos - transferência do gene não foi eficiente
receberam PEG-ADA
40DEFICIÊNCIA DA DESAMINASE DE ADENOSINA - ADA
- NOVA TÉCNICA
- gene ADA transferido para células tronco
sangue do cordão umbilical - 10 dos linfócitos T circulantes carregavam o
gene normal - tratamento com enzima ADA exógena (PEG-ADA)
foi removida progressivamente - Células T expressando ADA ? significantemente
41IMUNODEFICIÊNCIA COMBINADA SEVERA LIGADA AO X -
XSCID
- Devido mutação do gene IL2RG codifica a cadeia ?
do receptor IL-2 - Pacientes faltam células T e células B
prejudicadas - França 10 crianças selecionadas para terapia
gênica células da medula óssea retrovírus - 9/10 crianças apresentaram células T com o gene
transduzido - Duas crianças desenvolveram leucêmia de células T
3 anos após a terapia inserção do
retrovírus próximo ao promotor do oncogene LMO2
(fator de crescimento)
42FIBROSE CÍSTICA
- gene mutante CFTR - 7q31-32 (AR)
- proteína reguladora de condutância transmembrana
transporte de Cl- diminuído e do Na aumentado
43Fibrose Cística
- vetor adenoviral infecta os pulmões, penetra em
células que não estão em divisão sem integrar no
seu DNA, permitindo que estas expressem o DNA
viral, introduzido pelo nariz com um spray - desvantagem inflamação com ataque imune que
neutraliza as células contendo gene adenoviral
efeito da terapia de vida curta, cerca de 6
semanas
44TERAPIA GÊNICA DA HEMOFILIA
- Mutação no gene do fator VIII de coagulação
- afeta 15000 homens (recessiva ligada ao X)
- Sintomas sangramento espontâneo nas juntas, nos
tecidos moles e órgãos vitais - Tratamento injeções regulares de fator VIII
45TERAPIA GÊNICA DA HEMOFILIA
- 6 pacientes submetidos à terapia gênica
- Procedimento
- extração de células da pele (fibroblastos)
- inserção do gene normal em plasmídeo (não
provocam rejeição pelo organismo) - inseridos nos fibroblastos por choque elétrico
- clonagem dos fibroblastos
- pacientes receberam implantes dos fibroblastos no
abdomem, após pequenas incisões - aumento de 1 a 4 do fator VIII (melhora
qualidade de vida dos pacientes) - benefícios foram temporários apenas 10 meses
46VÍTIMA DE TERAPIA GÊNICA
- Universidade de Pensilvaniarapaz de 18 anos
faleceu durante sua participação em uma triagem
de TERAPIA GÊNICA - Doença deficiência de ornitina transcarbamilase
(OTC) doença genética ligada ao X ? distúrbio do
ciclo da uréia (fígado) ? causa níveis impróprios
de amônia no sangue - Vetor adenoviral (alta dose- 38 trilhões de
adenovírus) ? injeção no fígado ? altos níveis de
IL-6 ? consequências sistêmicas ? síndrome de
resposta inflamatória sistêmica letal
47TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER
- Cerca de 420 protocolos
- 2/3 dos protocolos de terapia gênica em estudo
envolvem cânceres não herdados - introdução de genes supressores de tumor para
restaurar a função perdida. Ex. inserção gene
TP53 normal em tumores de pulmão ?bloquear a
progressão tumoral e apoptose - Imunoterapia introdução de lipossomos com DNA
para HLA-B27 em melanoma expressão de HLA-B27 na
superfície das células e destruição pelas
células T citotóxicas ? regressão do melanoma em
alguns casos
48TERAPIA GÊNICA DO CÂNCER
- Terapia "antisense bloqueia a tradução de mRNA
transcritos por genes tumorais (ExVEGF, c-Fos) - Terapia pró-droga ou gene suicida transferência
de um gene (HSV-tk) que torna as células em
divisão sensíveis a drogas selecionadas - Tripla hélice TFO ligam-se ao DNA duplex ?
bloqueia expressão gênica - Ribozima moléculas de RNA ? clivam RNA
49AS 15-20 pb ou complementar ao mRNA inteiro ?
bloqueiam os fatores de iniciação da tradução ou
interação do mRNA e ribossomos. Ex. AS
complementar ao VEGF
AS
Oligos nucleases-resistentes
50Terapia pró-droga
51TFO polipurina ou poliadenina ? ligam-se a
cadeia rica em purina no sulco principal do DNA
através de pontes de hidrogênio ? região de
regulação de transcrição gênica
TFO
Ex. TFO promotor c-Myc, H-Ras,Her-2/neu
Mudança conformacional do sulco bloqueio
interação DNA-proteína
52Ribozimas moléculas de RNA que catalizam a
clivagem sítio-específica de RNA (geralmente
sítio 3- códon GUN do mRNA)
Ex. mRNA c-fos mRNA H-Ras (mutação códon 12)
GGU?GUU
53DIFICULDADES DA TERAPIA GÊNICA
- Obtenção da alta eficiência na transferência
gênica - Dificuldades de atingir o tecido alvo. Ex.
neurônios (distúrbios do SNC) - Expressão adequada do gene transferido expressão
transitória e de baixo nível (lt1) - Necessidade de regulação precisa da atividade
gênica. Ex. Talassemia - Ocorrência de inserção casual no genoma da célula
hospedeira
54- GRANDE DESAFIO?????
- TRAZER A TERAPIA GÊNICA À PRÁTICA
CLÍNICA!!!!!!!!!!!!