Title: Imunidade a Parasitas
1Imunidade a Parasitas
2Características Gerais
- Helmintos e Protozoários usualmente são
agrupados como parasita, são agentes extremamente
diferentes entre si em termos de estrutura,
composição antigênica, localização no hospedeiro
e mecanismos patogênicos. - Os parasitas apresentam um ciclo biológico com
formas completamente distintas entre si no mesmo
ciclo. - A composição antigênica varia sensivelmente de
forma a forma (ex de tripomastigota a
amastigota, de larva a adulto).
3Trypanosoma cruzi
4Características Gerais
- Resposta Imune Variável dependendo do tipo do
parasita, e de sua localização. - a) localização extracelular (de superfícies
epiteliais e espaços intersticiais) acessíveis às
moléculas solúveis do sistema imune (ex
complemento e anticorpos) - b) localização intracelular (citoplasmáticos ou
vesiculares) São atacados por células T
citotóxicas ou ativação dos mecanismos
antimicrobianos da célula fagocítica. - Em algumas infecções a resposta imune é a causa
da lesão tecidual e da doença.
5Localização X Imunidade
6Imunidade a Protozoários
(Phlebotomus ou Lutzomya)
Anopheles
- Principais protozoários causadores de doenças
Plasmodium, Trypanossoma, Toxoplasma, Leishmania
(humanos e animais). - Intracelulares, podendo estar hospedados no
citoplasma da célula ou em vesículas
especializadas. - Os homens são geralmente infectados por picadas
de hospedeiros intermediários infectados. p. ex.
malária, leishmaniose. - Defesa baseada na ação de macrófagos ativados,
células NK e Linfócitos T Citotóxicos. - Resposta Humoral participando apenas em uma curta
fase extracelular.
7Algumas infecções parasitárias importantes
8Respostas Imunológicas de Vertebrados a
Protozoários
- Imunidade Inata
- Protozoários extracelulares - fagocitose e
ativação do complemento. - Reconhecimento dos PAMPs (padrões moleculares
associado ao patógeno) pelos TLRs (receptore
toll-like). - Os TLRs induzem a transcrição dos genes para
citocinas e quimiocinas (atuam conjuntamente para
recrutar mais fagócitos aos locais de infecção) e
moléculas co-estimuladoras necessárias para a
ativação da resposta imune adaptativa.
9Forte interação com células APC
glicococonjugados de membrana ligantes a Toll
(Tolls 4 e 2), ácidos nucleicos ligantes a Toll 9
(CpG não metilados), algumas proteínas ligantes a
Toll 11 (flagelina)
10Respostas Imunológicas de Vertebrados a
Protozoários
- Imunidade Inata
- Macrófagos ativados produzem reativos
intermediários do oxigênio (ROI) após fagocitose. - O NO contribui para resistência do hospedeiro na
maioria das infecções parasitárias.
11Respostas Imunológicas de Vertebrados a
Protozoários
- Imunidade Inata
- Ativação do complemento promove a destruição
dos microrganismos, a fagocitose (ligação
covalente de C3b) e estimulam a infamação (C3a e
C5a).
12Respostas Imunológicas de Vertebrados a
Protozoários
- Imunidade Adquirida
- RESPOSTA CELULAR
- Protozoários intracelulares Citocinas Th1
ativam macrófagos. - Llinfócitos T citotóxicos em células infectadas.
13Respostas Imunológicas de Vertebrados a
Protozoários
- Imunidade Adquirida
- Protozoários extracelulares - opsonização,
ativação do complemento e Antibody Dependent
Cellular Cytotoxicity (ADCC), com cel NK. - - neutralização ex. Impedimento da entrada de
esporozoítos de malária em hepatócitos.
RESPOSTA HUMORAL
14Papel dos anticorpos nas infecções parasitárias
15Resposta Imune ao Toxoplasma gondii(Denkers
Gazzinelli, 1998)
O2-, H2O2 (Nathan et al, 1983)
IFN-g
NO (Langermans et al. 1992)
g
IFN-
Th1
IL-12
g
APC
IFN
pTh
TNF-a
IL-2
Lise celular
IFN-g
IL-10
pTh
CD8
b
TGF-
IFN-g
16Importância do Interferon Gamma
Macrófagos infectados com L. Donovani e tratados
com IFN-?
Macrófagos crescem L. Donovani em meio sem IFN-?
17Evasão Imune por Protozoários
- 1- Reclusão anatômica no hospedeiro
- Ex Plasmodium dentro de eritrócitos quando
infectados, não são reconhecidos por células NK e
TC. Também a forma intracelular hepática
apresenta essa opção. - Leishmania spp e Trypanosoma cruzi dentro de
macrófagos escape para citoplasma evita digestão
18Evasão Imune por Protozoários
- 2 - variação antigênica
- Ex. Em Plasmodium, diferentes estágios do ciclo
de vida do parasito expressam diferentes
antígenos. - Variação antigênica também no protozoário
extracelular
19Evasão Imune por Protozoários
Glossina palpalis
- 2 - variação antigênica
- Os tripanossomas africanos - recoberto com uma
glicoproteína variante específica (VSG). - Cada tripanossoma possui cerca de 1000 genes que
codificam diferentes VSGs, embora somente 1
esteja ativo. - Quando um indivíduo é infectado ele fabrica
anticorpos contra o VSG expresso inicialmente
pela população de tripanossomas.
20Evasão Imune por Protozoários
- 2 - variação antigênica
- Um pequeno número de tripanossomas muda
espontaneamente seu gen VSG para um novo tipo. - Parasitos expressando novos VSG escapam da
detecção por anticorpos, replicam e continuam a
infecção. - Permite a sobrevivência do parasito dentro do
hospedeiro por meses a anos.
21Evasão Imune por Protozoários
- 2 - variação antigênica
- Flutuação de parasitemia
- Após cada pico, a população de Tryps apresenta-se
geneticamente diferente da anterior, e é
diferente da encontrada nos próximos picos.
22Evasão Imune por Protozoários
- 3. Immunosupressão manipulação da resposta
imune do hospedeiro ex. Leishmania inibe a
produção de IL-12 (indutora de celulas Th1) e
expressão de moléculas MHC II. - 4. Mecanismos anti-imunes - Inibição do processo
fagocítico e da liberação de reativos
intermediários do oxigênio. ex. Leishmania
23Imunidade a Helmintos
- Baseada principalmente em mecanismos
desencadeados por Linfócitos T do Tipo Th2
(protetora). - Importantíssima a ação de eosinófilos e de IgE
Os anticorpos IgE se ligam á superfície dos
helmintos os eosinófilos aderem por meio dos
receptores FceRII e secretam grânulos com enzimas
que destroem os parasitas. - A subpopulação Th2 de células T auxiliadoras CD4
secretam IL-4 e IL-5 - A IL-4 estimula a troca de isótipo para IgE em
linf. B e a IL-5 estimula o desenvolvimento e
ativação dos eosinófilos.
24Respostas Imunológicas de Vertebrados a Helmintos
- O hospedeiro desenvolve inflamação e
hipersensibilidade na infecção por alguns
nematódeos gastrointestinais . - Dependente de histamina similar a reações
alérgicas (Hipersensibilidade Tipo I)
25Algumas infecções por helmintos importantes
26Respostas Imunológicas de Vertebrados a Helmintos
- Fase Aguda
- IgE e eosinófilos mediam inflamação sistêmica
expulsão do parasito - Exposição crônica
- DTH, Th1 / ativação de macrófagos - granulomas.
- Th2 / Aumento da produção de IgE por Linf. B, do
número de mastócitos e eosinófilos ativados
inflamação
27Respostas Imunológicas de Vertebrados a Helmintos
- Reações ADCC características, i.e. Células
natural killer (NK) agem por intermédio de
anticorpos específicos ligados na membrana do
helminto - E.x. Morte de larvas por células NK ativadas
através de IgE específica.
28Possíveis respostas efetoras contra
esquistossômulos
IgE
IgG2a
29A IgE e eosinófilos são importantes mecanismos
de defesa contra Schistosoma
30Resposta Th2 é protetora nas infecções por
helmintos que vivem na luz intestinal
31Evasão Imune por Helmintos
- 1. Tamanho Inibição da resposta primária e
inflamação - dificuldade de eliminar - 2. Cobertura com moléculas do hospedeiro -
Cestodas e trematodas adsorvem moléculas do
hospedeiro, ex. Moléculas eritrocitárias. - ex. Schistosomas proteínas séricas, (antígenos
de grupo sanguíneo e MHC class I e II).
fêmea dentro do canal ginecóforo do macho
32Evasão Imune por Helmintos
- 3. Reclusão anatômica - Trichinella spiralis
dentro de miócitos. - 4. Immunosupressão Parasitos podem secretar
agentes anti-inflamatórios que suprimem o
recrutamento e ativação de leucócitos efetores. - Em altas infestações por nematódeos.
33Evasão Imune por Helmintos
- 5. Mecanismos anti-imunes larvas hepáticas de
Schistossoma produzem enzimas que clivam
anticorpos - 6. Produção de enzimas pelos parasitas Filarias
secretam enzimas anti-oxidantes - ex. glutationa peroxidase e superoxido dismutase
resistência a ADCC e stress oxidativo.
34- Percebe-se que os parasitas evoluíram de maneira
a explorar o sistema imune do hospedeiro,
modulando-o e proporcionando um ambiente
favorável para o estabelecimento da infecção
Fim