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DEFINI

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DEFINI ES de TERMOS TICA MORAL DEONTOLOGIA BIO TICA DEFINI ES de TERMOS A tica uma palavra de origem grega com duas grafias diferentes: thos ... – PowerPoint PPT presentation

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Title: DEFINI


1
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • ÉTICA
  • MORAL
  • DEONTOLOGIA
  • BIOÉTICA

2
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • A Ética é uma palavra de origem grega com duas
    grafias diferentes
  • êthos o carácter
  • éthos o hábito, o costume
  • ?
  • MORAL

3
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • A Ética tem por objectivo facilitar a realização
    das pessoas. Que o ser humano chegue a
    realizar-se a si mesmo como tal, isto é, como
    pessoa () A Ética ocupa-se e pretende a
    perfeição do ser humano.
  • CLOLET, J.
  • A Ética existe em todas as sociedades humanas, e,
    talvez, mesmo entre nossos parentes não-humanos
    mais próximos. Nós abandonamos o pressuposto de
    que a Ética é unicamente humana.
  • SINGER, P.

4
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • A Ética diz respeito ao estudo e à prática
    daquilo que é bom e correcto para os seres
    humanos.
  • THOMPSON et all
  • A Ética é a interioridade de onde brotam os
    actos.
  • RENAUD, I.

5
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • A MORAL é um conjunto de normas de condutaque
    são reconhecidas por determinado grupo humano ou
    propostas por determinado autor, corrente ou
    religião.
  • Roque Cabral, S.J.

6
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Moral refere-se
  • - Às regras de comportamento.
  • - Às regras de conduta convencionais que regulam
    as nossas interacções sociais.
  • Aos costumes culturais específicos, baseados nas
    nossas crenças religiosas e ideológicas.
  • THOMPSON et all

7
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Ética
  • Autonomia
  • De dentro para fora
  • Principio da acção
  • Descritiva (lida com os dados e não com as
    normas).
  • Moral
  • Heteronomia
  • De fora para dentro
  • Resultado da acção
  • Prescritiva (lida com as normas, obriga).

8
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Deontologia
  • Do grego déon, que significa o que é
    preciso.
  • - Teoria dos deveres do que é licito e ilícito.

9
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Deontologia
  • É uma ética especial adaptada às condições de
    exercício de uma profissão. É uma ética
    profissional que se aplica aos indivíduos apenas
    na medida em que exercem uma determinada
    profissão e que têm, nesse quadro, obrigações,
    responsabilidades e direitos. A deontologia deve
    garantir o bom exercício de uma prática
    profissional, tendo em conta a sua inserção no
    seio de uma sociedade que é, ela própria,
    globalmente regulada pela moral, as leis, o
    direito.
  • HOTTOIS, G.

10
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Deontologia
  • Enquanto ética profissional, a deontologia é de
    âmbito mais restrito que a Ética, ciência dos
    fundamentos da acção humana em virtude da sua
    natureza normativa, a deontologia assume-se com
    uma moral específica (de ordem corporativista).
  • PATRÃO NEVES, M .C.

11
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Metaética é a reflexão crítica que nos permite
    aceitar ou repudiar teorias e princípios
    existentes e que suporta o nosso posicionamento
    ético perante uma determinada situação/decisão.
  • THOMPSON et all

12
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Ética normativa ou ética prática ou ética
    aplicada
  • Teorias éticas
  • Códigos de ética profissionais
  • ?
  • Guias de acção
  • (Estabelecem o que é)

13
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Ética não normativa
  • Metaética
  • ?
  • Estabelece o que deve ser

14
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Evolução do conhecimento técnico-científico
  • Acontecimentos marcantes
  • Descoberta do átomo
  • Experimentação humana
  • Descoberta do ADN (1953)
  • Mais recente
  • Manipulação genética.
  • Clonagem (ovelha Dolly - 1997).
  • Mapeamento do genoma humano (2000).

15
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Bioética (surgiu em 1970)
  • Ciência da sobrevivência
  • Ponte para o futuro
  • Professor Van Rensselaer Potter

16
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Bioética
  • Nós temos uma grande necessidade de uma ética da
    terra, uma ética para a vida selvagem, uma ética
    de populações, uma ética de consumo, uma ética
    urbana, uma ética internacional, uma ética
    geriátrica e assim por dianteTodas elas envolvem
    a bioética, ()
  • Potter 1970

17
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • Bioética
  • A bioética é essencialmente um novo modo de
    pensar, a partir do humano como valor
    fundamental, de agir, a partir de regras que
    salvaguardem o homem, e de ser, na mais plena
    realização de si.
  • Patrão Neves

18
DEFINIÇÕES de TERMOS
  • A Bioética surgiu porque
  • - A medicina passou de arte e relação
    médico/doente a tecnociência.
  • - Novos poderes sobre a vida e a morte são
    conquistados pelo homem.
  • - O conhecimento coloca em causa a
    sobrevivência do Homem e do planeta com toda a
    vida que o habita.

19
Fundamentos filosóficos
  • O Homem tem uma dimensão ética porque tem
    capacidade para reflectir sobre as acções e
    decidir (principio, meios, fim).
  • Tem capacidade para pensar e agir
  • (? reagir).
  • Toda a acção pretende atingir um fim, tem uma
    intenção e serve-se de meios.

20
Fundamentos filosóficos
  • O pensamento ético ocidental tem duas raízes
  • Grega ética das virtudes
  • Judaico - cristã

21
Fundamentos filosóficos
  • O pensamento grego considera que o Homem é
    constituído por uma dualidade de corpo/alma.
  • A alma caminha na busca da perfeição na qual o
    bem é a finalidade.
  • As virtudes são formas de conduta para alcançar
    o bem
  • justiça, prudência, coragem e temperança.

22
Fundamentos filosóficos
  • Judaico-cristã
  • Antigo Testamento 10 Mandamentos
  • Novo Testamento Mandamento do Amor
  • Três virtudes
    teológicas
  • ?
  • Fé, Esperança e Caridade

23
Fundamentos filosóficos
  • A ética grega e a judaico-cristã orientam para o
    fim da acção.
  • Porque valorizam o fim ou telos do agir, são
    consideradas
  • Éticas teleológicas
  • (o bem é a finalidade da acção)

24
Fundamentos filosóficos
  • A ética Kantiana ética do dever
  • Surge na segunda metade do século XVIII

25
Fundamentos filosóficos
  • Kant,
  • Considera que
  • - O homem como ser racional tem uma razão.
  • - Deve agir em conformidade com essa mesma
    razão.
  • - A razão confere-lhe vontade e liberdade de
    escolha para agir.

26
Fundamentos filosóficos
  • A razão obriga o homem a agir em conformidade com
    leis do bem e para o bem.
  • A acção é racional e portanto intencional para
    alcançar o bem.
  • A razão permite a manifestação de uma vontade que
    se crê boa e como tal deve ser universal (tornada
    lei).
  • Há uma obrigação (um dever) interior para agir,
    sempre no respeito por um principio prático ou
    um imperativo prático que foi formulado por Kant.

27
Fundamentos filosóficos
  • - Formulação do imperativo prático
  • Age de tal modo que possas usar a humanidade,
    tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer
    outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca
    apenas como um meio.

28
Fundamentos filosóficos
  • ? Respeito e limitação na escolha
  • ?
  • O Homem não é meio para uso de qualquer vontade
    mas um fim em si mesmo
  • No reino dos fins tudo tem um preço ou uma
    dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode-se
    pôr em vez dela qualquer outra como equivalente
    mas quando uma coisa está acima de todo o preço,
    e portanto não permite equivalente, então ela tem
    dignidade.

29
Fundamentos filosóficos
  • A ética Kantiana ao valorizar a intenção é
    considerada
  • Ética Deontológica
  • (o dever é obrigação para a acção)

30
Fundamentos filosóficos
  • Ética utilitarista (teleológica)
  • - São referencias os filósofos e economistas
    Jeremy Bentham e John Stuart Mill (séc. XIX).
  • - Considera que a utilidade para o maior nº de
    indivíduos, é o único critério ético.
  • ?
  • Roubar os ricos para dar aos pobres?

31
Fundamentos filosóficos
  • Os fins justificam os meios.
  • As normas só devem ser cumpridas se subordinadas
    ao bem, pelo que podem ser revogadas em situações
    excepcionais e em atenção a um bem maior.
  • ?
  • Minorias prejudicadas
  • Direitos não salvaguardados
  • Instrumentalização

32
Dignidade humana
  • Vertente intrínseca e extrínseca.
  • A baliza que define onde acaba o poder e começa o
    dever.

33
Conceito de pessoa humana
  • Critério biológico
  • Fecundação.
  • Fim da nidação (14º-15º dia).
  • Formação do córtex cerebral (18ª semana).

34
Conceito de pessoa humana
  • Critério relacional
  • Movimento fetal.
  • Reconhecimento EU - TU

35
Conceito de pessoa humana
  • Critério filosófico
  • Ser racional
  • Autoconsciente
  • Capacidade de relação
  • Respeitar em absoluto com base numa solidariedade
    ontológica entre os seres humanos.
  • Malherbe, 1998.

36
Modelos éticos
  • Modelo Principalista de Tom Beauchamp e James
    Childress.
  • Modelo Casuístico de Albert Jonsen e Stephen
    Toulmin.
  • Modelo da Virtude de Edmund Pellegrino e David
    Thomasman.
  • Modelo do Cuidado de Carol Gillian.
  • Modelo Libertário de Tristram Engelhardt Jr.

37
Modelos éticos
  • Código de Nuremberga (1947)
  • Declaração de Helsínquia) (1964)
  • Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU)
    (1948)
  • ?
  • Relatório de Belmont (1978)
  • ?
  • Respeito pelas pessoas (respeitar autonomia e
    proteger os incapazes)
  • Beneficência (inclui a não-maleficência)
  • Justiça

38
Modelos éticos
  • Experimentação em seres humanos
  • Injecção de células cancerosas vivas em idosos
    internados num hospital
  • Injecção do vírus da hepatite em crianças com
    atraso mental internadas num hospital
  • 400 negros sifilíticos deixados sem tratamento
    desde os anos 30, sendo em 1972 denunciado pelo
    The New York Times. (Apenas restavam vivas 74
    pessoas)

39
Princípios éticos
  • William Frankena na década de 60
  • Beneficência e Justiça.
  • Diego Gracia (hierarquização)
  • 1 - Nível público ? bem comum ? Ética do dever
  • (Ética de mínimos)
  • ?
  • Não-maleficência e Justiça
  • 2 - Nível privado ? bem individual ? Ética da
    felicidade
  • (Ética de máximos)
  • ?
  • Autonomia e Beneficência
  • (Em caso de conflito, nível 1 tem primazia sobre
    nível 2)

40
Princípios éticos
  • Principialismo de Georgetown
  • ?
  • 4 princípios prima facie (não absolutos)
  • ?
  • Tom Beauchamp e James Childress (1979)
  • ?
  • Autonomia
  • Beneficência
  • Não-maleficência
  • Justiça

41
Princípios éticos
  • BENEFICÊNCIA
  • O principio da beneficência não nos diz como
    distribuir o bem e o mal. Só nos manda promover o
    primeiro e evitar o segundo. Quando se manifestam
    exigências conflituantes, o mais que ele pode
    fazer é aconselhar-nos a conseguir a maior porção
    de bem em relação ao mal
  • Frankena, 1963

42
Princípios éticos
  • BENEFICÊNCIA
  • A obrigação moral para agir em beneficio dos
    outros
  • Beauchamp e Childress
  • Inclui a não-maleficência, ou pelo menos a
    obrigação de, além de promover positivamente o
    bem, evitar e remover o mal
  • Cabral, 1996

43
Princípios éticos
  • BENEFICÊNCIA
  • Diz Aristóteles que toda a acção moral tende a
    produzir um bem
  • ?
  • Todas as acções tem um fim que se crê bom.
  • Só os meios ajudam a decidir sobre os fins da
    acção.
  • Ex médico, legislador

44
Princípios éticos
  • BENEFICÊNCIA
  • Qual bem?
  • Individual / comum - Que primado
  • É a pessoa singular ou individual que é
    portadora do sentido ético da sua existênciaas
    finalidades da comunidade politica e do Estado
    são outras que não as da existência ética
    singular e pessoal
  • Michel Renaud

45
Princípios éticos
  • BENEFICÊNCIA
  • Não se pode afirmar de modo universal o primado
    do bem comum este com efeito só tem lugar quando
    os bens em conflito estão no mesmo planoa
    primazia caberá ao bem da pessoa individual, já
    que esta, por não ser apenas parte do todo
    social, não lhe está integralmente subordinada.
    Assim, nenhuma exigência do bem comum justificará
    jamais que alguém proceda contra a própria
    consciência nem constituirá verdadeira promoção
    do bem comum, aquilo que degrade as pessoas ou
    dificulte arbitrariamente a sua possível
    participação na vida e na sociedade
  • Cabral

46
Princípios éticos
  • Beneficência ? efectividade
  • ?
  • Futilidade
  • Distanásia
  • Ortotanásia
  • (Suspensão ou não início de tratamentos)

47
Princípios éticos
  • Futilidade
  • Tratamento ou intervenção que não conduz a
    resultados terapêuticos eficazes ou que tem
    probabilidades de ser mais prejudicial do que
    benéfico.
  • Beauchamp e Childress

48
Princípios éticos
  • Distanásia ou obstinação terapêutica
  • Emprego de meios terapêuticos intensivos tendo
    como objectivo o prolongamento da vida sem real
    possibilidade de melhorar o seu estado.
  • Gilbert Hottois

49
Princípios éticos
  • Ortotanásia
  • (Humanização no processo de morrer)
  • Configura uma morte digna nas devidas condições e
    a seu tempo, sem pôr termo à vida do doente,
    humanizando o seu processo de morrer, aliviando
    as suas dores, não incorrendo em abusivos
    prolongamentos da sua existência através de meios
    extraordinários ou mesmo desproporcionados.
  • Francisco Veiga

50
Princípios éticos
  • Não-maleficência
  • Primum non nocere
  • ?
  • Primeiramente não fazer mal
  • O juramento hipocrático expressa claramente a
    obrigação de não provocar o mal e fazer o bem

51
Princípios éticos
  • Não-maleficência
  • A beneficência está associada à efectividade da
    acção enquanto que a não-maleficência está
    inerente à intencionalidade.
  • Fazer mal pode ser intencional
  • Descuido ou ignorância (configuram negligência)
  • Fazer mal pode ser apenas resultado não evitável
  • Cirurgia mutilante, tratamento doloroso.

52
Princípios éticos
  • Não-maleficência ? intencionalidade
  • ?
  • Teoria do Duplo-efeito
  • Eutanásia

53
Princípios éticos
  • Teoria do Duplo-efeito
  • Um acto pode ter um resultado duplo, um bom que é
    pretendido e um mau que é tolerado porque é uma
    consequência indirecta.
  • Gilbert Hottois

54
Princípios éticos
  • Eutanásia
  • eu (boa) thanatos (morte)
  • Acto de provocar a morte por compaixão.
  • Activa ? Voluntária
  • ? Involuntária
  • ? Não voluntária
  • Passiva (Igreja e autores discordam)

55
Princípios éticos
  • Suicídio assistido
  • Pedir a terceiro que faculte os meios para pôr
    fim à vida.
  • Próprio Não é crime.
  • Dono/guardião da vida
  • Terceiro É crime.
  • Se acção desinteressada, as associações, pedem
    que não haja sanção penal.

56
Princípios éticos
  • AUTONOMIA
  • Condição de quem é autor da sua própria lei
  • Roque Cabral
  • A liberdade para cada um de ajuizar do seu
    próprio bem
  • Parizeau

57
Princípios éticos
  • AUTONOMIA
  • Ninguém tem capacidade para desenvolver a
    liberdade pessoal e sentir-se autónomo se está
    angustiado pela pobreza, privado da educação
    básica ou se vive desprovido de ordem pública. Da
    mesma forma, a assistência básica de saúde é uma
    condição para o exercício da autonomia
  • Charlesworth, 1996

58
Princípios éticos
  • A autonomia exige duas condições para o seu pleno
    exercício
  • Liberdade (independente do controlo de
    influências)
  • Acção (capacidade para agir com intencionalidade)

59
Princípios éticos
  • Princípio da autonomia Princípio do
    consentimento
  • Ser livre é ser livre também para escolher mal
  • Engelhardt
  • Este autor defende que a autonomia deve
    prevalecer sobre a beneficência, porque a noção
    de bem não é a mesma para todos.
  • ?
  • Não devo tratar o outro como quero que ele me
    trate, mas como ele quer ser tratado.

60
Princípios éticos
  • Não sendo a autonomia um valor absoluto, também
    o princípio que impõe o seu respeito não é
    incondicional
  • Cabral
  • ?
  • A autonomia tem limites!
  • A autodeterminação é um direito ou um dever ?
  • O respeito pela autonomia é um direito ou um
    dever?

61
Consentimento Informado
  • A partir da década de 70 passou a constituir
    obrigação jurídica para actos médicos em muitos
    países.
  • Actualmente está contemplado nos Códigos
    Deontológicos e Código Penal.

62
Consentimento Informado
  • Tipos de consentimento variam consoante quem
    decide e o modo como o faz.
  • Quem decide
  • Próprio (efectivo).
  • Terceiro (presumido ou substitutivo).
  • Como decide
  • Explicito (escrito ou verbal).
  • Implícito ou tácito.

63
Consentimento Informado
  • Para Beauchamp e Childress o consentimento é
    constituído por vários elementos
  • Competência
  • Revelação
  • Compreensão
  • Voluntariedade
  • Consentimento

64
Consentimento Informado
  • Competência
  • Ser competente significa ter capacidade para
    fazer, decidir ou ajuizar sobre algo.
  • Decidir ? ter conhecimento, informação e
    esclarecimento sobre a situação em causa.
  • Legalmente ser competente é ter capacidade de
    raciocínio e estabilidade emocional para apreciar
    a natureza e as consequências da decisão tomada.
  • O consentimento quando prestado pelo próprio
    apelida-se de efectivo.

65
Consentimento Informado
  • Mas, existem situações de
  • Incompetência reversível (dor, sofrimento,
    medicação, coma com recuperação)
  • Incompetência irreversível (doentes mentais
    profundos, coma sem recuperação, crianças)

66
Consentimento Informado
  • Se for possível aguardar pela competência, há que
    esperar.
  • Se não for possível aguardar, terceiros devem
    decidir e sempre com base nos princípios da
    beneficência e não-maleficência.

67
Consentimento Informado
  • Julgamento substitutivo (ou princípio da
    procuração)
  • Doentes mentais profundos
  • Crianças
  • Adultos competentes que deixaram de o ser de modo
    irreversível ,no nosso país, ainda não tem
    legalizada a figura do procurador nem da
    directiva antecipada de vontade.

68
Consentimento Informado
  • Era importante a criação on-line de um Registo
    Nacional de Directivas Antecipadas de Vontade
  • -Validade predefinida dos documentos.
  • -Revogação livre da vontade.
  • A criança e sobretudo o adolescente deve ser
    envolvido no processo de decisão.

69
Consentimento Informado
  • Consentimento presumido
  • É o adoptado em situações de emergência e dação
    de órgãos (não inscrição no RENNDA - Registo
    Nacional de Não Dadores).
  • Tem suporte legal Código Penal artº 39.

70
Consentimento Informado
  • Revelação
  • Refere-se à quantidade e qualidade da informação
    a prestar.
  • É a conciliação entre os direitos de se informar,
    de ser informado e o dever de informar.

71
Consentimento Informado
  • Consideram-se três padrões de informação (como
    digo)
  • Prática profissional
  • Pessoa razoável
  • Subjectivo
  • Direito à não informação (Carta dos Direitos e
    Deveres dos Doentes, ponto 6 e Convenção dos
    Direitos do Homem e da Biomedicina artº 10, ponto
    2).

72
Consentimento Informado
  • O dever de informar tem restrições
  • Privilégio terapêutico (omissão intencionada de
    informação).
  • Circular Informativa da DGS, nº15 de 23/03/1998.
  • Código Penal, artº 157.
  • Código Deontológico da Ordem dos Médicos, artº
    40, pontos 1 e 2.

73
Consentimento Informado
  • A verdade a comunicar ao doente deve ser
    ponderada entre os riscos e os benefícios.
  • A verdade propõe-se não se impõe, porque se
    pretende que liberte e não que mate.
  • A verdade a comunicar deve ser a quantidade de
    informação que o outro é capaz de suportar, e o
    modo como é capaz de a assimilar a si.
  • Patrão Neves

74
Consentimento Informado
  • Aspectos a considerar na verdade
  • O risco de erro.
  • Conhecer o doente.
  • Não mentir.
  • A verdade possível/omitir

75
Consentimento Informado
  • Três modelos relativos ao conteúdo da informação
    (o que digo)
  • -Modelo paternalista
  • -Modelo libertário
  • -Modelo participativo

76
Consentimento Informado
  • Compreensão
  • É o acto ou facto de perceber, de apreender
    alguma coisa.
  • ?
  • COMUNICAÇÃO
  • ?
  • Verbal (linguagem oral e escrita)
  • Não verbal (postura corporal, gestos, distância,
    toque, olhar)

77
Consentimento Informado
  • Voluntariedade
  • A presença de conhecimentos adequados, a
    ausência de coação psicológica, e a ausência de
    condicionantes externas.
  • Beauchamp e Childress
  • ? É decidir livre de influências.

78
Consentimento Informado
  • Voluntariedade
  • Tipos de influências Coação
  • Persuasão
  • Manipulação
  • Direito à recusa (Código Penal artº38 Convenção
    dos Direitos do Homem e da Biomedicina, capítulo
    II, artº5 Carta dos Direitos do Utente dos
    Serviços de Saúde artº32 e Carta dos Direitos e
    Deveres dos Doentes ponto 8).

79
Consentimento Informado
  • Consentimento
  • Deriva do latim e significa estar de acordo,
    concordar com qualquer coisa, aceitando-a e
    dando permissão.
  • Por princípio é a pessoa a quem se dirige o acto,
    que o pode e deve consentir.

80
Consentimento Informado
  • Consentimento
  • Modo
  • -Explícito (verbal ou escrito)
  • -Implícito (tácito)- colheita de sangue (não
    pergunta que análises)
  • (Código Penal artº38, ponto 2 e Convenção dos
    Direitos do Homem e da Biomedicina, capítulo II,
    artº5)

81
Consentimento Informado
  • Consentimento
  • Explícito exigido por lei ou aconselhável, para
    assegurar a prova do
  • consentimento
  • Ensaios clínicos de medicamentos.
  • Investigação no genoma humano.
  • Testes de biologia molecular.
  • Colheita de produtos biológicos para a
    constituição de bancos de dados.
  • Transplantação de órgãos.
  • Interrupção voluntária da gravidez.
  • PMA.
  • Diagnóstico pré-natal.
  • Esterilização.
  • Electroconvulsivoterapia e as intervenções
    psicocirúrgicas.

82
Consentimento Informado
  • Sem exigência legal
  • -Intervenções médicas de diagnóstico, cirúrgicas
    ou tratamento.
  • - A Circular Informativa nº 15 da DGS de
    23/03/1998, considera que a formalização dos
    referidos actos é o único meio para concretizar a
    eficácia do consentimento.

83
Consentimento Informado
  • Intervenções Autónomas e Interdependentes
  • Intervenções autónomas
  • As acções realizadas pelos enfermeiros, sob sua
    única e exclusiva iniciativa e responsabilidade,
    de acordo com as respectivas qualificações
    profissionais, seja na prestação de cuidados, na
    gestão, no ensino, na formação ou na assessoria,
    com os contributos na investigação em enfermagem.

84
Consentimento Informado
  • Intervenções interdependentes
  • As acções realizadas pelos enfermeiros de acordo
    com as respectivas qualificações profissionais,
    em conjunto com outros técnicos, para atingir um
    objectivo comum, decorrentes de planos de acção
    previamente definidos pelas equipas
    multidisciplinares em que estão integrados e das
    prescrições ou orientações previamente
    formalizadas.

85
Consentimento Informado
  • Intervenções autónomas
  • ?
  • Responsabilidade pela prescrição e pela
    implementação
  • Intervenções interdependentes
  • ?
  • Responsabilidade pela implementação

86
Consentimento Informado
  • A relação é a base do nosso exercício
    profissional e quer se considere a vertente
    prescrição e implementação , como apenas a de
    implementação, o consentimento do doente ou seu
    legal substituto, deve ser sempre considerado e
    efectivado.
  • (Ex transferência para Lar)
  • Muitas vezes somos nós profissionais a ter de
    salvaguardar os interesses do doente, mas não
    confundir com intromissão na vida privada.

87
Consentimento Informado
  • Artigo 84ª - Dever de informar
  • -Relativamente aos cuidados de enfermagem.
  • -Considerar que família e doente não são
    grandezas do mesmo género (Walter Osswald).

88
Consentimento Informado
  • Artigo 91º-Dos deveres para com outras
    profissões
  • -Limites da competência e áreas cinzentas.
  • -Tomada de decisão com base no interesse e
    beneficio do doente por quem no momento está
    melhor preparado para intervir.

89
Autonomia versus Paternalismo
  • Paternalismo fraco.
  • Paternalismo forte.
  • Paternalismo passivo.

90
Princípios éticos
  • Vulnerabilidade
  • É uma forma de fragilidade, a possibilidade de
    sermos feridos em diversas dimensões.
  • A vulnerabilidade manifesta-se ao nível
    individual e colectivo (populações) e pode ter
    diversas origens.

91
Princípios éticos
  • Origens da vulnerabilidade
  • Financeira
  • Social
  • Cultural
  • Étnica
  • Religiosa
  • Saúde
  • Idade

92
Princípios éticos
  • Quem são os vulneráveis?
  • Mães e crianças em risco
  • Velhos e crianças
  • Os incompetentes
  • Doentes crónicos
  • Doentes com HIV/Sida
  • Doentes mentais
  • Toxicodependentes
  • Os indigentes
  • Imigrantes refugiados
  • Vítimas de violência
  • Minorias étnicas

93
Princípios éticos
  • Tipos de vulneráveis
  • Sem responsabilidade pelo facto.
  • Responsáveis pelo facto.

94
Princípios éticos
  • A vulnerabilidade
  • É impeditiva do legitimo direito à
    autodeterminação porque impede os cidadãos de
    reafirmarem a sua igualdade e liberdade.
  • Torna os iguais desiguais, pelo que é possível
    dar tratamento desigual a pessoas desiguais como
    forma de equidade e justiça e visando o seu
    melhor bem, a sua qualidade de vida e
    salvaguardando os seus direitos.

95
Princípios éticos
  • Vulnerabilidade limita autonomia e na relação
    clínica pode passar o paternalismo a imperar.
  • Relação poder/dever deve inverter o sentido
    habitual.

96
Princípios éticos
  • Justiça
  • Tem associado o termo equidade, que significa
    igualdade.
  • O principio da justiça defende que deve existir
    imparcialidade na distribuição dos riscos e
    benefícios e igualdade na afectação de recursos.
  • Todas as teorias da justiça distributiva apelam
    para o principio formal aristotélico que defende
    tratar igualmente aos iguais e desigualmente aos
    desiguais, (equidade horizontal e equidade
    vertical).

97
Princípios éticos
  • O principio formal foi complementado pelo
    principio material da justiça com os seguintes
    pressupostos
  • A cada um partes iguais.
  • A cada um de acordo com as necessidades.
  • A cada um de acordo com o esforço.
  • A cada um de acordo com a contribuição.
  • A cada um de acordo com o seu mérito.
  • A cada um de acordo com o seu salário.

98
Princípios éticos
  • Os 5 primeiros pressupostos também foram
    considerados no relatório de Belmont e o sexto é
    acrescentado por Beauchamp e Childress.
  • ?
  • Atribuição depende das leis, princípios morais,
    tradição, cultura, política

99
Princípios éticos
  • Diferentes correntes tem propostas para
    interpretar o conceito de justiça
  • Teoria libertária
  • Teoria igualitária
  • Teoria utilitária
  • Teoria comunitária

100
Princípios éticos
  • Teoria libertária (Robert Nozick)
  • -Direito à propriedade privada
  • -Liberdade individual
  • -Contribuições e impostos é injusto
  • -Não há direito à protecção da saúde
  • -Direito social só bens e serviços públicos

101
Princípios éticos
  • Críticas à teoria libertária
  • -Direitos e deveres não se correlacionam (os
    direitos tem primazia, indo os deveres para
    segundo plano)
  • -Primado dos interesses individuais, não
    considerando as situações em que os interesses da
    comunidade se sobrepõem aos individuais.

102
Princípios éticos
  • Teoria igualitária (John Rawls)
  • Baseada no conceito de contrato social
  • -Liberdade individual.
  • -Igualdade de oportunidades.
  • -Princípio da Diferença é o paradigma.

103
Princípios éticos
  • Princípio da Diferença
  • Cada cidadão deve dispor de direitos idênticos
    no que respeita ao acesso ao sistema mais
    completo de liberdades básicas, desde que
    compatível com um sistema similar de liberdades
    para todos os cidadãos,
  • As desigualdades sociais e económicas são
    permissíveis se, e só se, concorrerem para o
    beneficio dos cidadãos em posição mais
    desfavorável, e desde que permitam o acesso em
    igualdade de oportunidades de todos os cidadãos
    às posições oferecidas pela sociedade.

104
Princípios éticos
  • -Maximização da posição dos menos favorecidos
    (agir com um véu de ignorância).
  • -Sim à riqueza pessoal ? gtsalário,
    gtresponsabilidade, gtpoder de consumo,
    gtcontribuição para o bem comum.
  • -Abolição ou reforma de leis e instituições
    injustas ainda que eficazes e bem concebidas.

105
Princípios éticos
  • Críticas à teoria igualitária
  • -Definir quem são os menos desfavorecidos.
  • -Redistribuir aos mais desfavorecidos cujas
    carências poderiam apenas resultar da sua própria
    decisão.

106
Princípios éticos
  • Norman Daniels aplicou a doutrina Rawlsiana da
    igualdade de oportunidades à área da saúde.
  • Defende que a afectação de recursos deve garantir
    uma clara igualdade de oportunidades.
  • O Estado deve providenciar os cuidados de saúde
    de acordo com o standard de funcionamento
    normal, para que a igualdade de oportunidades
    assegure aos cidadãos um desempenho normal e
    não necessariamente uma desempenho igual.

107
Princípios éticos
  • A igualdade de oportunidades pode ser limitada
    pela escassez de recursos na sociedade, tornando
    imperativo escolher e priorizar os cuidados a
    oferecer (pode ser legitimo restringir o acesso a
    determinadas tecnologias).

108
Princípios éticos
  • É importante distinguir-se igualdade de
    oportunidades intra e inter gerações.
  • ?
  • Promover a saúde na infância, garante suporte
    estável para os actuais adultos quando forem
    velhos
  • O ideal de justiça está relacionado com o nº de
    anos vividos e os recursos sociais consumidos.
  • A responsabilidade social em proporcionar
    cuidados de saúde é inversamente proporcional ao
    nº de anos vividos.
  • Ultrapassada a expectativa média de vida da
    população, a sociedade não teria mais a
    responsabilidade de providenciar cuidados de
    saúde.

109
Princípios éticos
  • Teoria utilitária
  • Pretende promover o maior bem para o maior nº de
    pessoas ? Princípio da Utilidade.
  • O certo e o errado de um acto é considerado para
    além do motivo do agente ? os fins justificam os
    meios.
  • As normas podem ser revogadas em situações
    excepcionais tendo em conta um bem maior.

110
Princípios éticos
  • Críticas à teoria utilitária
  • -Os direitos não são salvaguardados.
  • As pessoas são instrumentalizadas.
  • A dignidade humana não é respeitada.
  • As minorias são prejudicadas.
  • O conceito de bem é subjectivo.

111
Princípios éticos
  • Teoria comunitária (Daniel Callahan)
  • Considera que a meta é o bem comum ou o
    interesse público, não o bem particular ou
    individual.
  • A prioridade deve ir para o melhor na
  • Saúde pública.
  • Cuidados primários e de emergência.
  • Cuidados adicionais devem ser comprados.

112
Princípios éticos
  • Criação de prioridades no sistema de saúde
  • Não abandono dos incuráveis.
  • Promoção da saúde pública.
  • Oferta de cuidados primários e de emergência.
  • Avanço na tecnologia médica (técnicas cirúrgicas,
    quimioterapia).
  • Avanço na alta tecnologia (transplantes, técnicas
    dialíticas, cirurgia cardíaca)

113
Princípios éticos
  • Callahan prioriza o cuidar e coloca em último as
    formas avançadas de tecnologia para conseguir um
    equilíbrio entre os direitos individuais e o
    primado da sociedade.
  • Defende que a sociedade deve providenciar os
    meios para que as crianças atinjam a terceira
    idade e só após este alcance é que os escassos
    recursos devem se utilizados para que os velhos
    se tornem mais velhos.

114
Comissões de Ética
  • 1º Comité de Ética Assistencial 1962 USA
    Gods Commitee.
  • - Instituído pelo Dr.Belding Scribner.
  • - Comissão composta por uma maioria de não
    médicos.
  • - Determinar os critérios, não médicos, de
    selecção para diálise.

115
Comissões de Ética
  • O comité teve vida curta porque
  • Não conseguiu hierarquizar as prioridades.
  • Não havia pessoas com capacidade de analisar
    eticamente as questões.
  • ?O governo federal patrocinou todos os
    tratamentos a todos os doentes.

116
Comissões de Ética
  • Comité Ad Hoc da Faculdade de Medicina de Harvard
    define morte cerebral em 1968.
  • A pressão da opinião pública devido aos casos
    Karen Quilan (1975) e Baby Doe (1983), levou a
    que fosse regulamentada a criação de comissões de
    ética nos hospitais norte-americanos.

117
Comissões de Ética
  • Em Portugal
  • 1986 (HUC)
  • 1987 (H. S. João)
  • 1988 (H.St. Maria)
  • 1989 (H. St. Cruz)
  • 1990 (I.P.O.)
  • A partir desta data tem-se multiplicado no nosso
    país.

118
Comissões de Ética
  • Legislação
  • D.L. 46/2004 de 19 Agosto - Ensaios Clínicos com
    medicamentos de uso humano (revoga o D.L. nº
    97/94).
  • Lei nº 14/90 Conselho Nacional de Ética para as
    Ciências da Vida (CNECV).
  • D.L. 97/95 de 10 Maio Comissões de ética para
    a saúde (CES).
  • Portaria 57/2005 Comissão de Ética para a
    Investigação clínica (CEIC).

119
Comissões de Ética
  • CNECV
  • - Órgão independente que funciona junto da
  • Presidência do Conselho de Ministros.
  • - Mandato de 5 anos.
  • - Composto por 20 personalidades de diversas
    áreas (ciências humanas e sociais, medicina e
    biologia, correntes éticas e religiosas).

120
Comissões de Ética
  • CEIC
  • - Nomeação pelo Ministro da Saúde.
  • Mandato de 3 anos.
  • Composto por 35 personalidades com reconhecida
    experiência nas áreas da bioética, medicina,
    ciências farmacêuticas, farmacologia clínica,
    enfermagem, bioestatistica, jurídica e teológica
    e outras que garantam os valores culturais e
    morais da comunidade.
  • Funciona junto do INFARMED (Instituto Nacional da
    Farmácia e do Medicamento).

121
Comissões de Ética
  • CES
  • Funcionam nas instituições e serviços de saúde
    públicos e unidades privadas de saúde.
  • Nomeados pelo Director Clínico.
  • Mandato de 3 anos.
  • Composta por 7 membros designados de entre
    médicos, enfermeiros, farmacêuticos, juristas,
    teólogos, psicólogos, sociólogos ou profissionais
    de outras áreas das ciências sociais e humanas.

122
Comissões de Ética
  • Tipos
  • Investigacionais análise da validade científica
    dos projectos de investigação e de defesa dos
    sujeitos da investigação.
  • Assistenciais reflexão global sobre tudo o que
    na área institucional tenha implicações éticas.
  • ? Em Portugal as CES tem cariz investigacional
    (sem julgamento de natureza científica) e
    assistencial.

123
Comissões de Ética
  • Competências
  • Emitir pareceres sob a forma escrita, não
    vinculativos, excepto no caso de parecer negativo
    para ensaios clínicos.
  • Os pareceres podem ser pedidos pelo C.A.,
    serviços, doentes/familiares, profissionais,
    alunos.
  • Aconselhar em relação a problemas éticos.
  • Acção pedagógica.
  • Solicitar parecer ao CNECV.
  • Actualmente só emite pareceres sobre ensaios
    clínicos se solicitado pelo CA mas só após ter
    tido o parecer prévio da CEIC.

124
Investigação/Experimentação humana
  • Investigação
  • - Processo sistemático, que faz uso de métodos
    científicos ordenados para responder a questões
    ou solucionar problemas.
  • Experimentação
  • - Pressupõe a intervenção activa do investigador,
    que passa de mero observador a agente de
    modificação das condições do processo a estudar
    (manipulação e controlo de variáveis).

125
Investigação/Experimentação humana
  • Tipos de experiências
  • In vitro.
  • Tecidos humanos (cadáveres ou obtidos em
    intervenções cirúrgicas).
  • Experiências realizadas em animais.
  • Experiências realizadas em seres humanos sãos ou
    doentes.

126
Investigação/Experimentação humana
  • Experimentação humana
  • Em indivíduos considerados inferiores (escravos,
    prisioneiros, condenados à morte) ? perspectiva
    utilitarista.
  • Auto-experimentação (Eusébio Valli injectou pús
    variólico, Lindermann injectou a espiroqueta da
    sífilis, Pettenkoffer ingeriu bacilos da cólera e
    Verner Forssman experimentou em si mesmo o
    cateterismo cardíaco).
  • Em voluntários (docentes de medicina e seus
    alunos e familiares e anónimos).

127
Investigação/Experimentação humana
  • Tipos de investigação humana (Declaração de
    Helsínquia)
  • Investigação médica terapêutica
  • (o voluntário pode beneficiar com a
    investigação).
  • Investigação médica não-terapêutica
  • (improvável beneficio para o voluntário,
    participando este por altruísmo e solidariedade).

128
Investigação/Experimentação humana
  • Directrizes para a investigação em seres humanos
  • Respeito pela autonomia e obtenção do
    consentimento.
  • Protecção dos incompetentes.
  • Maximização dos benefícios em relação aos riscos
    da investigação.
  • Necessidade de experimentação animal prévia
    (Portaria nº 1005/92 de 23 Outubro).
  • Revisão por uma CES.
  • Critérios específicos envolvendo crianças e
    grávidas.
  • Direito à privacidade individual na investigação
    epidemiológica.

129
Investigação/Experimentação humana
  • Porquê ensaios clínicos?
  • A não existência de ensaios conduziria à
    estagnação e atraso no progresso científico
    (maior sofrimento e morte).
  • Toda a intervenção terapêutica tem efeitos
    adversos e interacções, pelo que é fundamental
    identificar essas situações.

130
Investigação/Experimentação humana
  • Exigências éticas do ensaio clínico
  • Validade científica.
  • Respeito pela autonomia (consentimento).
  • Respeito pela integridade física e psíquica.
  • Gratuitidade.
  • Confidencialidade.
  • Voluntariedade.
  • Indemnização por danos involuntários (seguro).
  • Ressarcimento.
  • Uso compassivo do medicamento (garantir
    continuação do tratamento).

131
Investigação/Experimentação humana
  • Situações especiais em investigação
  • Estes grupos apenas devem ser incluídos nos
    ensaios se não puderem ser realizados fora das
    situações e se tiverem benefícios efectivos.
  • Incompetentes (consentimento do tutor e do
    próprio quando possível e como complemento do
    substitutivo).
  • Crianças (consentimento dos pais ou tutor).
  • Grávidas.
  • Mulheres em idade fértil (efeito abortivo ou
    teratogénico).
  • Reclusos.
  • ? As Comissões de Ética devem actuar como
    defensoras e advogadas dos melhores interesses
    dos sujeitos.

132
Investigação/Experimentação humana
  • Trabalhos de investigação no campo académico
  • - Atender à pertinência do tema.
  • - Respeitar os princípios anteriormente
    enunciados relativamente aos sujeitos da
    investigação.
  • - Solicitar as respectivas autorizações (C.A.,
    que enviará à CES).
  • - Garantir a confidencialidade dos dados, o
    anonimato, a gratuitidade e a voluntariedade na
    participação.
  • - No caso de menores, não esquecer que o
    consentimento tem que ser dado pelos pais ou
    tutores.
  • - Enviar exemplar do(s) instrumento(s) de recolha
    de dados (não pode ter identificação).
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