Title: DEFINI
1DEFINIÇÕES de TERMOS
- ÉTICA
- MORAL
- DEONTOLOGIA
- BIOÉTICA
2DEFINIÇÕES de TERMOS
- A Ética é uma palavra de origem grega com duas
grafias diferentes - êthos o carácter
- éthos o hábito, o costume
- ?
- MORAL
3DEFINIÇÕES de TERMOS
- A Ética tem por objectivo facilitar a realização
das pessoas. Que o ser humano chegue a
realizar-se a si mesmo como tal, isto é, como
pessoa () A Ética ocupa-se e pretende a
perfeição do ser humano. - CLOLET, J.
- A Ética existe em todas as sociedades humanas, e,
talvez, mesmo entre nossos parentes não-humanos
mais próximos. Nós abandonamos o pressuposto de
que a Ética é unicamente humana. - SINGER, P.
4DEFINIÇÕES de TERMOS
- A Ética diz respeito ao estudo e à prática
daquilo que é bom e correcto para os seres
humanos. - THOMPSON et all
- A Ética é a interioridade de onde brotam os
actos. - RENAUD, I.
5DEFINIÇÕES de TERMOS
- A MORAL é um conjunto de normas de condutaque
são reconhecidas por determinado grupo humano ou
propostas por determinado autor, corrente ou
religião. - Roque Cabral, S.J.
6DEFINIÇÕES de TERMOS
- Moral refere-se
- - Às regras de comportamento.
- - Às regras de conduta convencionais que regulam
as nossas interacções sociais. - Aos costumes culturais específicos, baseados nas
nossas crenças religiosas e ideológicas. - THOMPSON et all
7DEFINIÇÕES de TERMOS
- Ética
- Autonomia
- De dentro para fora
- Principio da acção
- Descritiva (lida com os dados e não com as
normas). - Moral
- Heteronomia
- De fora para dentro
- Resultado da acção
- Prescritiva (lida com as normas, obriga).
8DEFINIÇÕES de TERMOS
- Deontologia
- Do grego déon, que significa o que é
preciso. - - Teoria dos deveres do que é licito e ilícito.
9DEFINIÇÕES de TERMOS
- Deontologia
- É uma ética especial adaptada às condições de
exercício de uma profissão. É uma ética
profissional que se aplica aos indivíduos apenas
na medida em que exercem uma determinada
profissão e que têm, nesse quadro, obrigações,
responsabilidades e direitos. A deontologia deve
garantir o bom exercício de uma prática
profissional, tendo em conta a sua inserção no
seio de uma sociedade que é, ela própria,
globalmente regulada pela moral, as leis, o
direito. - HOTTOIS, G.
10DEFINIÇÕES de TERMOS
- Deontologia
- Enquanto ética profissional, a deontologia é de
âmbito mais restrito que a Ética, ciência dos
fundamentos da acção humana em virtude da sua
natureza normativa, a deontologia assume-se com
uma moral específica (de ordem corporativista). - PATRÃO NEVES, M .C.
11DEFINIÇÕES de TERMOS
- Metaética é a reflexão crítica que nos permite
aceitar ou repudiar teorias e princípios
existentes e que suporta o nosso posicionamento
ético perante uma determinada situação/decisão. - THOMPSON et all
12DEFINIÇÕES de TERMOS
- Ética normativa ou ética prática ou ética
aplicada - Teorias éticas
- Códigos de ética profissionais
- ?
- Guias de acção
- (Estabelecem o que é)
13DEFINIÇÕES de TERMOS
- Ética não normativa
- Metaética
- ?
- Estabelece o que deve ser
14DEFINIÇÕES de TERMOS
- Evolução do conhecimento técnico-científico
- Acontecimentos marcantes
- Descoberta do átomo
- Experimentação humana
- Descoberta do ADN (1953)
- Mais recente
- Manipulação genética.
- Clonagem (ovelha Dolly - 1997).
- Mapeamento do genoma humano (2000).
15DEFINIÇÕES de TERMOS
- Bioética (surgiu em 1970)
- Ciência da sobrevivência
- Ponte para o futuro
- Professor Van Rensselaer Potter
16DEFINIÇÕES de TERMOS
- Bioética
- Nós temos uma grande necessidade de uma ética da
terra, uma ética para a vida selvagem, uma ética
de populações, uma ética de consumo, uma ética
urbana, uma ética internacional, uma ética
geriátrica e assim por dianteTodas elas envolvem
a bioética, () - Potter 1970
17DEFINIÇÕES de TERMOS
- Bioética
- A bioética é essencialmente um novo modo de
pensar, a partir do humano como valor
fundamental, de agir, a partir de regras que
salvaguardem o homem, e de ser, na mais plena
realização de si. - Patrão Neves
18DEFINIÇÕES de TERMOS
- A Bioética surgiu porque
- - A medicina passou de arte e relação
médico/doente a tecnociência. - - Novos poderes sobre a vida e a morte são
conquistados pelo homem. - - O conhecimento coloca em causa a
sobrevivência do Homem e do planeta com toda a
vida que o habita. -
19Fundamentos filosóficos
- O Homem tem uma dimensão ética porque tem
capacidade para reflectir sobre as acções e
decidir (principio, meios, fim). - Tem capacidade para pensar e agir
- (? reagir).
- Toda a acção pretende atingir um fim, tem uma
intenção e serve-se de meios.
20Fundamentos filosóficos
- O pensamento ético ocidental tem duas raízes
- Grega ética das virtudes
- Judaico - cristã
21Fundamentos filosóficos
- O pensamento grego considera que o Homem é
constituído por uma dualidade de corpo/alma. - A alma caminha na busca da perfeição na qual o
bem é a finalidade. - As virtudes são formas de conduta para alcançar
o bem - justiça, prudência, coragem e temperança.
22Fundamentos filosóficos
- Judaico-cristã
- Antigo Testamento 10 Mandamentos
- Novo Testamento Mandamento do Amor
- Três virtudes
teológicas - ?
- Fé, Esperança e Caridade
23Fundamentos filosóficos
- A ética grega e a judaico-cristã orientam para o
fim da acção. - Porque valorizam o fim ou telos do agir, são
consideradas - Éticas teleológicas
- (o bem é a finalidade da acção)
24Fundamentos filosóficos
- A ética Kantiana ética do dever
- Surge na segunda metade do século XVIII
25Fundamentos filosóficos
- Kant,
- Considera que
- - O homem como ser racional tem uma razão.
- - Deve agir em conformidade com essa mesma
razão. - - A razão confere-lhe vontade e liberdade de
escolha para agir.
26Fundamentos filosóficos
- A razão obriga o homem a agir em conformidade com
leis do bem e para o bem. - A acção é racional e portanto intencional para
alcançar o bem. - A razão permite a manifestação de uma vontade que
se crê boa e como tal deve ser universal (tornada
lei). - Há uma obrigação (um dever) interior para agir,
sempre no respeito por um principio prático ou
um imperativo prático que foi formulado por Kant.
27Fundamentos filosóficos
- - Formulação do imperativo prático
- Age de tal modo que possas usar a humanidade,
tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer
outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca
apenas como um meio.
28Fundamentos filosóficos
- ? Respeito e limitação na escolha
- ?
- O Homem não é meio para uso de qualquer vontade
mas um fim em si mesmo - No reino dos fins tudo tem um preço ou uma
dignidade. Quando uma coisa tem preço, pode-se
pôr em vez dela qualquer outra como equivalente
mas quando uma coisa está acima de todo o preço,
e portanto não permite equivalente, então ela tem
dignidade.
29Fundamentos filosóficos
- A ética Kantiana ao valorizar a intenção é
considerada - Ética Deontológica
- (o dever é obrigação para a acção)
30Fundamentos filosóficos
- Ética utilitarista (teleológica)
- - São referencias os filósofos e economistas
Jeremy Bentham e John Stuart Mill (séc. XIX). - - Considera que a utilidade para o maior nº de
indivíduos, é o único critério ético. - ?
- Roubar os ricos para dar aos pobres?
31Fundamentos filosóficos
- Os fins justificam os meios.
- As normas só devem ser cumpridas se subordinadas
ao bem, pelo que podem ser revogadas em situações
excepcionais e em atenção a um bem maior. - ?
- Minorias prejudicadas
- Direitos não salvaguardados
- Instrumentalização
32Dignidade humana
- Vertente intrínseca e extrínseca.
- A baliza que define onde acaba o poder e começa o
dever.
33Conceito de pessoa humana
- Critério biológico
-
- Fecundação.
- Fim da nidação (14º-15º dia).
- Formação do córtex cerebral (18ª semana).
-
34Conceito de pessoa humana
- Critério relacional
-
- Movimento fetal.
- Reconhecimento EU - TU
35Conceito de pessoa humana
- Critério filosófico
- Ser racional
- Autoconsciente
- Capacidade de relação
-
- Respeitar em absoluto com base numa solidariedade
ontológica entre os seres humanos. - Malherbe, 1998.
36Modelos éticos
- Modelo Principalista de Tom Beauchamp e James
Childress. - Modelo Casuístico de Albert Jonsen e Stephen
Toulmin. - Modelo da Virtude de Edmund Pellegrino e David
Thomasman. - Modelo do Cuidado de Carol Gillian.
- Modelo Libertário de Tristram Engelhardt Jr.
37Modelos éticos
- Código de Nuremberga (1947)
- Declaração de Helsínquia) (1964)
- Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU)
(1948) - ?
- Relatório de Belmont (1978)
- ?
- Respeito pelas pessoas (respeitar autonomia e
proteger os incapazes) - Beneficência (inclui a não-maleficência)
- Justiça
38Modelos éticos
- Experimentação em seres humanos
- Injecção de células cancerosas vivas em idosos
internados num hospital - Injecção do vírus da hepatite em crianças com
atraso mental internadas num hospital - 400 negros sifilíticos deixados sem tratamento
desde os anos 30, sendo em 1972 denunciado pelo
The New York Times. (Apenas restavam vivas 74
pessoas)
39Princípios éticos
- William Frankena na década de 60
- Beneficência e Justiça.
- Diego Gracia (hierarquização)
- 1 - Nível público ? bem comum ? Ética do dever
- (Ética de mínimos)
- ?
- Não-maleficência e Justiça
- 2 - Nível privado ? bem individual ? Ética da
felicidade - (Ética de máximos)
- ?
- Autonomia e Beneficência
- (Em caso de conflito, nível 1 tem primazia sobre
nível 2)
40Princípios éticos
- Principialismo de Georgetown
- ?
- 4 princípios prima facie (não absolutos)
- ?
- Tom Beauchamp e James Childress (1979)
- ?
- Autonomia
- Beneficência
- Não-maleficência
- Justiça
41Princípios éticos
- BENEFICÊNCIA
- O principio da beneficência não nos diz como
distribuir o bem e o mal. Só nos manda promover o
primeiro e evitar o segundo. Quando se manifestam
exigências conflituantes, o mais que ele pode
fazer é aconselhar-nos a conseguir a maior porção
de bem em relação ao mal - Frankena, 1963
42Princípios éticos
- BENEFICÊNCIA
- A obrigação moral para agir em beneficio dos
outros - Beauchamp e Childress
- Inclui a não-maleficência, ou pelo menos a
obrigação de, além de promover positivamente o
bem, evitar e remover o mal - Cabral, 1996
43Princípios éticos
- BENEFICÊNCIA
- Diz Aristóteles que toda a acção moral tende a
produzir um bem - ?
- Todas as acções tem um fim que se crê bom.
- Só os meios ajudam a decidir sobre os fins da
acção. - Ex médico, legislador
44Princípios éticos
- BENEFICÊNCIA
- Qual bem?
- Individual / comum - Que primado
- É a pessoa singular ou individual que é
portadora do sentido ético da sua existênciaas
finalidades da comunidade politica e do Estado
são outras que não as da existência ética
singular e pessoal - Michel Renaud
45Princípios éticos
- BENEFICÊNCIA
- Não se pode afirmar de modo universal o primado
do bem comum este com efeito só tem lugar quando
os bens em conflito estão no mesmo planoa
primazia caberá ao bem da pessoa individual, já
que esta, por não ser apenas parte do todo
social, não lhe está integralmente subordinada.
Assim, nenhuma exigência do bem comum justificará
jamais que alguém proceda contra a própria
consciência nem constituirá verdadeira promoção
do bem comum, aquilo que degrade as pessoas ou
dificulte arbitrariamente a sua possível
participação na vida e na sociedade - Cabral
46Princípios éticos
- Beneficência ? efectividade
- ?
- Futilidade
- Distanásia
- Ortotanásia
- (Suspensão ou não início de tratamentos)
47Princípios éticos
- Futilidade
- Tratamento ou intervenção que não conduz a
resultados terapêuticos eficazes ou que tem
probabilidades de ser mais prejudicial do que
benéfico. - Beauchamp e Childress
48Princípios éticos
- Distanásia ou obstinação terapêutica
- Emprego de meios terapêuticos intensivos tendo
como objectivo o prolongamento da vida sem real
possibilidade de melhorar o seu estado. - Gilbert Hottois
49Princípios éticos
- Ortotanásia
- (Humanização no processo de morrer)
- Configura uma morte digna nas devidas condições e
a seu tempo, sem pôr termo à vida do doente,
humanizando o seu processo de morrer, aliviando
as suas dores, não incorrendo em abusivos
prolongamentos da sua existência através de meios
extraordinários ou mesmo desproporcionados. - Francisco Veiga
50Princípios éticos
- Não-maleficência
- Primum non nocere
- ?
- Primeiramente não fazer mal
- O juramento hipocrático expressa claramente a
obrigação de não provocar o mal e fazer o bem
51Princípios éticos
- Não-maleficência
- A beneficência está associada à efectividade da
acção enquanto que a não-maleficência está
inerente à intencionalidade. - Fazer mal pode ser intencional
- Descuido ou ignorância (configuram negligência)
- Fazer mal pode ser apenas resultado não evitável
- Cirurgia mutilante, tratamento doloroso.
52Princípios éticos
- Não-maleficência ? intencionalidade
- ?
- Teoria do Duplo-efeito
- Eutanásia
53Princípios éticos
- Teoria do Duplo-efeito
- Um acto pode ter um resultado duplo, um bom que é
pretendido e um mau que é tolerado porque é uma
consequência indirecta. - Gilbert Hottois
54Princípios éticos
- Eutanásia
- eu (boa) thanatos (morte)
- Acto de provocar a morte por compaixão.
- Activa ? Voluntária
- ? Involuntária
- ? Não voluntária
- Passiva (Igreja e autores discordam)
55Princípios éticos
- Suicídio assistido
- Pedir a terceiro que faculte os meios para pôr
fim à vida. - Próprio Não é crime.
- Dono/guardião da vida
-
- Terceiro É crime.
- Se acção desinteressada, as associações, pedem
que não haja sanção penal.
56Princípios éticos
- AUTONOMIA
- Condição de quem é autor da sua própria lei
- Roque Cabral
- A liberdade para cada um de ajuizar do seu
próprio bem - Parizeau
57Princípios éticos
- AUTONOMIA
- Ninguém tem capacidade para desenvolver a
liberdade pessoal e sentir-se autónomo se está
angustiado pela pobreza, privado da educação
básica ou se vive desprovido de ordem pública. Da
mesma forma, a assistência básica de saúde é uma
condição para o exercício da autonomia - Charlesworth, 1996
58Princípios éticos
- A autonomia exige duas condições para o seu pleno
exercício - Liberdade (independente do controlo de
influências) - Acção (capacidade para agir com intencionalidade)
59Princípios éticos
- Princípio da autonomia Princípio do
consentimento - Ser livre é ser livre também para escolher mal
- Engelhardt
- Este autor defende que a autonomia deve
prevalecer sobre a beneficência, porque a noção
de bem não é a mesma para todos. - ?
- Não devo tratar o outro como quero que ele me
trate, mas como ele quer ser tratado.
60Princípios éticos
- Não sendo a autonomia um valor absoluto, também
o princípio que impõe o seu respeito não é
incondicional - Cabral
- ?
- A autonomia tem limites!
- A autodeterminação é um direito ou um dever ?
- O respeito pela autonomia é um direito ou um
dever?
61Consentimento Informado
- A partir da década de 70 passou a constituir
obrigação jurídica para actos médicos em muitos
países. - Actualmente está contemplado nos Códigos
Deontológicos e Código Penal.
62Consentimento Informado
- Tipos de consentimento variam consoante quem
decide e o modo como o faz. - Quem decide
- Próprio (efectivo).
- Terceiro (presumido ou substitutivo).
- Como decide
- Explicito (escrito ou verbal).
- Implícito ou tácito.
63Consentimento Informado
- Para Beauchamp e Childress o consentimento é
constituído por vários elementos - Competência
- Revelação
- Compreensão
- Voluntariedade
- Consentimento
64Consentimento Informado
- Competência
- Ser competente significa ter capacidade para
fazer, decidir ou ajuizar sobre algo. - Decidir ? ter conhecimento, informação e
esclarecimento sobre a situação em causa. - Legalmente ser competente é ter capacidade de
raciocínio e estabilidade emocional para apreciar
a natureza e as consequências da decisão tomada. - O consentimento quando prestado pelo próprio
apelida-se de efectivo.
65Consentimento Informado
- Mas, existem situações de
- Incompetência reversível (dor, sofrimento,
medicação, coma com recuperação) - Incompetência irreversível (doentes mentais
profundos, coma sem recuperação, crianças)
66Consentimento Informado
- Se for possível aguardar pela competência, há que
esperar. - Se não for possível aguardar, terceiros devem
decidir e sempre com base nos princípios da
beneficência e não-maleficência.
67Consentimento Informado
- Julgamento substitutivo (ou princípio da
procuração) - Doentes mentais profundos
- Crianças
- Adultos competentes que deixaram de o ser de modo
irreversível ,no nosso país, ainda não tem
legalizada a figura do procurador nem da
directiva antecipada de vontade.
68Consentimento Informado
- Era importante a criação on-line de um Registo
Nacional de Directivas Antecipadas de Vontade - -Validade predefinida dos documentos.
- -Revogação livre da vontade.
- A criança e sobretudo o adolescente deve ser
envolvido no processo de decisão.
69Consentimento Informado
- Consentimento presumido
- É o adoptado em situações de emergência e dação
de órgãos (não inscrição no RENNDA - Registo
Nacional de Não Dadores). - Tem suporte legal Código Penal artº 39.
70Consentimento Informado
- Revelação
- Refere-se à quantidade e qualidade da informação
a prestar. - É a conciliação entre os direitos de se informar,
de ser informado e o dever de informar.
71Consentimento Informado
- Consideram-se três padrões de informação (como
digo) - Prática profissional
- Pessoa razoável
- Subjectivo
- Direito à não informação (Carta dos Direitos e
Deveres dos Doentes, ponto 6 e Convenção dos
Direitos do Homem e da Biomedicina artº 10, ponto
2).
72Consentimento Informado
- O dever de informar tem restrições
- Privilégio terapêutico (omissão intencionada de
informação). - Circular Informativa da DGS, nº15 de 23/03/1998.
- Código Penal, artº 157.
- Código Deontológico da Ordem dos Médicos, artº
40, pontos 1 e 2.
73Consentimento Informado
- A verdade a comunicar ao doente deve ser
ponderada entre os riscos e os benefícios. - A verdade propõe-se não se impõe, porque se
pretende que liberte e não que mate. - A verdade a comunicar deve ser a quantidade de
informação que o outro é capaz de suportar, e o
modo como é capaz de a assimilar a si. - Patrão Neves
74Consentimento Informado
- Aspectos a considerar na verdade
- O risco de erro.
- Conhecer o doente.
- Não mentir.
- A verdade possível/omitir
75Consentimento Informado
- Três modelos relativos ao conteúdo da informação
(o que digo) -
- -Modelo paternalista
- -Modelo libertário
- -Modelo participativo
76Consentimento Informado
- Compreensão
- É o acto ou facto de perceber, de apreender
alguma coisa. - ?
- COMUNICAÇÃO
- ?
- Verbal (linguagem oral e escrita)
- Não verbal (postura corporal, gestos, distância,
toque, olhar)
77Consentimento Informado
- Voluntariedade
- A presença de conhecimentos adequados, a
ausência de coação psicológica, e a ausência de
condicionantes externas. - Beauchamp e Childress
- ? É decidir livre de influências.
78Consentimento Informado
- Voluntariedade
- Tipos de influências Coação
- Persuasão
- Manipulação
- Direito à recusa (Código Penal artº38 Convenção
dos Direitos do Homem e da Biomedicina, capítulo
II, artº5 Carta dos Direitos do Utente dos
Serviços de Saúde artº32 e Carta dos Direitos e
Deveres dos Doentes ponto 8).
79Consentimento Informado
- Consentimento
- Deriva do latim e significa estar de acordo,
concordar com qualquer coisa, aceitando-a e
dando permissão. - Por princípio é a pessoa a quem se dirige o acto,
que o pode e deve consentir.
80Consentimento Informado
- Consentimento
- Modo
- -Explícito (verbal ou escrito)
- -Implícito (tácito)- colheita de sangue (não
pergunta que análises) - (Código Penal artº38, ponto 2 e Convenção dos
Direitos do Homem e da Biomedicina, capítulo II,
artº5)
81Consentimento Informado
- Consentimento
- Explícito exigido por lei ou aconselhável, para
assegurar a prova do - consentimento
- Ensaios clínicos de medicamentos.
- Investigação no genoma humano.
- Testes de biologia molecular.
- Colheita de produtos biológicos para a
constituição de bancos de dados. - Transplantação de órgãos.
- Interrupção voluntária da gravidez.
- PMA.
- Diagnóstico pré-natal.
- Esterilização.
- Electroconvulsivoterapia e as intervenções
psicocirúrgicas.
82Consentimento Informado
- Sem exigência legal
- -Intervenções médicas de diagnóstico, cirúrgicas
ou tratamento. - - A Circular Informativa nº 15 da DGS de
23/03/1998, considera que a formalização dos
referidos actos é o único meio para concretizar a
eficácia do consentimento.
83Consentimento Informado
- Intervenções Autónomas e Interdependentes
- Intervenções autónomas
- As acções realizadas pelos enfermeiros, sob sua
única e exclusiva iniciativa e responsabilidade,
de acordo com as respectivas qualificações
profissionais, seja na prestação de cuidados, na
gestão, no ensino, na formação ou na assessoria,
com os contributos na investigação em enfermagem.
84Consentimento Informado
- Intervenções interdependentes
- As acções realizadas pelos enfermeiros de acordo
com as respectivas qualificações profissionais,
em conjunto com outros técnicos, para atingir um
objectivo comum, decorrentes de planos de acção
previamente definidos pelas equipas
multidisciplinares em que estão integrados e das
prescrições ou orientações previamente
formalizadas.
85Consentimento Informado
- Intervenções autónomas
- ?
- Responsabilidade pela prescrição e pela
implementação - Intervenções interdependentes
- ?
- Responsabilidade pela implementação
86Consentimento Informado
- A relação é a base do nosso exercício
profissional e quer se considere a vertente
prescrição e implementação , como apenas a de
implementação, o consentimento do doente ou seu
legal substituto, deve ser sempre considerado e
efectivado. - (Ex transferência para Lar)
- Muitas vezes somos nós profissionais a ter de
salvaguardar os interesses do doente, mas não
confundir com intromissão na vida privada.
87Consentimento Informado
- Artigo 84ª - Dever de informar
- -Relativamente aos cuidados de enfermagem.
- -Considerar que família e doente não são
grandezas do mesmo género (Walter Osswald).
88Consentimento Informado
- Artigo 91º-Dos deveres para com outras
profissões - -Limites da competência e áreas cinzentas.
- -Tomada de decisão com base no interesse e
beneficio do doente por quem no momento está
melhor preparado para intervir.
89Autonomia versus Paternalismo
- Paternalismo fraco.
- Paternalismo forte.
- Paternalismo passivo.
90Princípios éticos
- Vulnerabilidade
- É uma forma de fragilidade, a possibilidade de
sermos feridos em diversas dimensões. - A vulnerabilidade manifesta-se ao nível
individual e colectivo (populações) e pode ter
diversas origens.
91Princípios éticos
- Origens da vulnerabilidade
- Financeira
- Social
- Cultural
- Étnica
- Religiosa
- Saúde
- Idade
92Princípios éticos
- Quem são os vulneráveis?
- Mães e crianças em risco
- Velhos e crianças
- Os incompetentes
- Doentes crónicos
- Doentes com HIV/Sida
- Doentes mentais
- Toxicodependentes
- Os indigentes
- Imigrantes refugiados
- Vítimas de violência
- Minorias étnicas
93Princípios éticos
- Tipos de vulneráveis
-
- Sem responsabilidade pelo facto.
- Responsáveis pelo facto.
94Princípios éticos
- A vulnerabilidade
- É impeditiva do legitimo direito à
autodeterminação porque impede os cidadãos de
reafirmarem a sua igualdade e liberdade. - Torna os iguais desiguais, pelo que é possível
dar tratamento desigual a pessoas desiguais como
forma de equidade e justiça e visando o seu
melhor bem, a sua qualidade de vida e
salvaguardando os seus direitos.
95Princípios éticos
- Vulnerabilidade limita autonomia e na relação
clínica pode passar o paternalismo a imperar. - Relação poder/dever deve inverter o sentido
habitual.
96Princípios éticos
- Justiça
- Tem associado o termo equidade, que significa
igualdade. - O principio da justiça defende que deve existir
imparcialidade na distribuição dos riscos e
benefícios e igualdade na afectação de recursos. - Todas as teorias da justiça distributiva apelam
para o principio formal aristotélico que defende
tratar igualmente aos iguais e desigualmente aos
desiguais, (equidade horizontal e equidade
vertical).
97Princípios éticos
- O principio formal foi complementado pelo
principio material da justiça com os seguintes
pressupostos - A cada um partes iguais.
- A cada um de acordo com as necessidades.
- A cada um de acordo com o esforço.
- A cada um de acordo com a contribuição.
- A cada um de acordo com o seu mérito.
- A cada um de acordo com o seu salário.
98Princípios éticos
- Os 5 primeiros pressupostos também foram
considerados no relatório de Belmont e o sexto é
acrescentado por Beauchamp e Childress. - ?
- Atribuição depende das leis, princípios morais,
tradição, cultura, política
99Princípios éticos
- Diferentes correntes tem propostas para
interpretar o conceito de justiça - Teoria libertária
- Teoria igualitária
- Teoria utilitária
- Teoria comunitária
100Princípios éticos
- Teoria libertária (Robert Nozick)
- -Direito à propriedade privada
- -Liberdade individual
- -Contribuições e impostos é injusto
- -Não há direito à protecção da saúde
- -Direito social só bens e serviços públicos
101Princípios éticos
- Críticas à teoria libertária
- -Direitos e deveres não se correlacionam (os
direitos tem primazia, indo os deveres para
segundo plano) - -Primado dos interesses individuais, não
considerando as situações em que os interesses da
comunidade se sobrepõem aos individuais.
102Princípios éticos
- Teoria igualitária (John Rawls)
- Baseada no conceito de contrato social
- -Liberdade individual.
- -Igualdade de oportunidades.
- -Princípio da Diferença é o paradigma.
103Princípios éticos
- Princípio da Diferença
- Cada cidadão deve dispor de direitos idênticos
no que respeita ao acesso ao sistema mais
completo de liberdades básicas, desde que
compatível com um sistema similar de liberdades
para todos os cidadãos, - As desigualdades sociais e económicas são
permissíveis se, e só se, concorrerem para o
beneficio dos cidadãos em posição mais
desfavorável, e desde que permitam o acesso em
igualdade de oportunidades de todos os cidadãos
às posições oferecidas pela sociedade.
104Princípios éticos
- -Maximização da posição dos menos favorecidos
(agir com um véu de ignorância). - -Sim à riqueza pessoal ? gtsalário,
gtresponsabilidade, gtpoder de consumo,
gtcontribuição para o bem comum. - -Abolição ou reforma de leis e instituições
injustas ainda que eficazes e bem concebidas.
105Princípios éticos
- Críticas à teoria igualitária
- -Definir quem são os menos desfavorecidos.
- -Redistribuir aos mais desfavorecidos cujas
carências poderiam apenas resultar da sua própria
decisão.
106Princípios éticos
- Norman Daniels aplicou a doutrina Rawlsiana da
igualdade de oportunidades à área da saúde. - Defende que a afectação de recursos deve garantir
uma clara igualdade de oportunidades. - O Estado deve providenciar os cuidados de saúde
de acordo com o standard de funcionamento
normal, para que a igualdade de oportunidades
assegure aos cidadãos um desempenho normal e
não necessariamente uma desempenho igual.
107Princípios éticos
- A igualdade de oportunidades pode ser limitada
pela escassez de recursos na sociedade, tornando
imperativo escolher e priorizar os cuidados a
oferecer (pode ser legitimo restringir o acesso a
determinadas tecnologias).
108Princípios éticos
- É importante distinguir-se igualdade de
oportunidades intra e inter gerações. - ?
- Promover a saúde na infância, garante suporte
estável para os actuais adultos quando forem
velhos - O ideal de justiça está relacionado com o nº de
anos vividos e os recursos sociais consumidos. - A responsabilidade social em proporcionar
cuidados de saúde é inversamente proporcional ao
nº de anos vividos. - Ultrapassada a expectativa média de vida da
população, a sociedade não teria mais a
responsabilidade de providenciar cuidados de
saúde.
109Princípios éticos
- Teoria utilitária
- Pretende promover o maior bem para o maior nº de
pessoas ? Princípio da Utilidade. - O certo e o errado de um acto é considerado para
além do motivo do agente ? os fins justificam os
meios. - As normas podem ser revogadas em situações
excepcionais tendo em conta um bem maior.
110Princípios éticos
- Críticas à teoria utilitária
- -Os direitos não são salvaguardados.
- As pessoas são instrumentalizadas.
- A dignidade humana não é respeitada.
- As minorias são prejudicadas.
- O conceito de bem é subjectivo.
111Princípios éticos
- Teoria comunitária (Daniel Callahan)
- Considera que a meta é o bem comum ou o
interesse público, não o bem particular ou
individual. - A prioridade deve ir para o melhor na
- Saúde pública.
- Cuidados primários e de emergência.
- Cuidados adicionais devem ser comprados.
112Princípios éticos
- Criação de prioridades no sistema de saúde
- Não abandono dos incuráveis.
- Promoção da saúde pública.
- Oferta de cuidados primários e de emergência.
- Avanço na tecnologia médica (técnicas cirúrgicas,
quimioterapia). - Avanço na alta tecnologia (transplantes, técnicas
dialíticas, cirurgia cardíaca)
113Princípios éticos
- Callahan prioriza o cuidar e coloca em último as
formas avançadas de tecnologia para conseguir um
equilíbrio entre os direitos individuais e o
primado da sociedade. - Defende que a sociedade deve providenciar os
meios para que as crianças atinjam a terceira
idade e só após este alcance é que os escassos
recursos devem se utilizados para que os velhos
se tornem mais velhos.
114Comissões de Ética
- 1º Comité de Ética Assistencial 1962 USA
Gods Commitee. - - Instituído pelo Dr.Belding Scribner.
- - Comissão composta por uma maioria de não
médicos. - - Determinar os critérios, não médicos, de
selecção para diálise.
115Comissões de Ética
- O comité teve vida curta porque
- Não conseguiu hierarquizar as prioridades.
- Não havia pessoas com capacidade de analisar
eticamente as questões. - ?O governo federal patrocinou todos os
tratamentos a todos os doentes.
116Comissões de Ética
- Comité Ad Hoc da Faculdade de Medicina de Harvard
define morte cerebral em 1968. - A pressão da opinião pública devido aos casos
Karen Quilan (1975) e Baby Doe (1983), levou a
que fosse regulamentada a criação de comissões de
ética nos hospitais norte-americanos.
117Comissões de Ética
- Em Portugal
- 1986 (HUC)
- 1987 (H. S. João)
- 1988 (H.St. Maria)
- 1989 (H. St. Cruz)
- 1990 (I.P.O.)
- A partir desta data tem-se multiplicado no nosso
país.
118Comissões de Ética
- Legislação
- D.L. 46/2004 de 19 Agosto - Ensaios Clínicos com
medicamentos de uso humano (revoga o D.L. nº
97/94). - Lei nº 14/90 Conselho Nacional de Ética para as
Ciências da Vida (CNECV). - D.L. 97/95 de 10 Maio Comissões de ética para
a saúde (CES). - Portaria 57/2005 Comissão de Ética para a
Investigação clínica (CEIC).
119Comissões de Ética
- CNECV
- - Órgão independente que funciona junto da
- Presidência do Conselho de Ministros.
- - Mandato de 5 anos.
- - Composto por 20 personalidades de diversas
áreas (ciências humanas e sociais, medicina e
biologia, correntes éticas e religiosas).
120Comissões de Ética
- CEIC
- - Nomeação pelo Ministro da Saúde.
- Mandato de 3 anos.
- Composto por 35 personalidades com reconhecida
experiência nas áreas da bioética, medicina,
ciências farmacêuticas, farmacologia clínica,
enfermagem, bioestatistica, jurídica e teológica
e outras que garantam os valores culturais e
morais da comunidade. - Funciona junto do INFARMED (Instituto Nacional da
Farmácia e do Medicamento).
121Comissões de Ética
- CES
- Funcionam nas instituições e serviços de saúde
públicos e unidades privadas de saúde. - Nomeados pelo Director Clínico.
- Mandato de 3 anos.
- Composta por 7 membros designados de entre
médicos, enfermeiros, farmacêuticos, juristas,
teólogos, psicólogos, sociólogos ou profissionais
de outras áreas das ciências sociais e humanas.
122Comissões de Ética
- Tipos
- Investigacionais análise da validade científica
dos projectos de investigação e de defesa dos
sujeitos da investigação. - Assistenciais reflexão global sobre tudo o que
na área institucional tenha implicações éticas. - ? Em Portugal as CES tem cariz investigacional
(sem julgamento de natureza científica) e
assistencial.
123Comissões de Ética
- Competências
- Emitir pareceres sob a forma escrita, não
vinculativos, excepto no caso de parecer negativo
para ensaios clínicos. - Os pareceres podem ser pedidos pelo C.A.,
serviços, doentes/familiares, profissionais,
alunos. - Aconselhar em relação a problemas éticos.
- Acção pedagógica.
- Solicitar parecer ao CNECV.
- Actualmente só emite pareceres sobre ensaios
clínicos se solicitado pelo CA mas só após ter
tido o parecer prévio da CEIC.
124Investigação/Experimentação humana
- Investigação
- - Processo sistemático, que faz uso de métodos
científicos ordenados para responder a questões
ou solucionar problemas. - Experimentação
- - Pressupõe a intervenção activa do investigador,
que passa de mero observador a agente de
modificação das condições do processo a estudar
(manipulação e controlo de variáveis).
125Investigação/Experimentação humana
- Tipos de experiências
- In vitro.
- Tecidos humanos (cadáveres ou obtidos em
intervenções cirúrgicas). - Experiências realizadas em animais.
- Experiências realizadas em seres humanos sãos ou
doentes.
126Investigação/Experimentação humana
- Experimentação humana
- Em indivíduos considerados inferiores (escravos,
prisioneiros, condenados à morte) ? perspectiva
utilitarista. - Auto-experimentação (Eusébio Valli injectou pús
variólico, Lindermann injectou a espiroqueta da
sífilis, Pettenkoffer ingeriu bacilos da cólera e
Verner Forssman experimentou em si mesmo o
cateterismo cardíaco). - Em voluntários (docentes de medicina e seus
alunos e familiares e anónimos).
127Investigação/Experimentação humana
- Tipos de investigação humana (Declaração de
Helsínquia) - Investigação médica terapêutica
- (o voluntário pode beneficiar com a
investigação). - Investigação médica não-terapêutica
- (improvável beneficio para o voluntário,
participando este por altruísmo e solidariedade).
128Investigação/Experimentação humana
- Directrizes para a investigação em seres humanos
- Respeito pela autonomia e obtenção do
consentimento. - Protecção dos incompetentes.
- Maximização dos benefícios em relação aos riscos
da investigação. - Necessidade de experimentação animal prévia
(Portaria nº 1005/92 de 23 Outubro). - Revisão por uma CES.
- Critérios específicos envolvendo crianças e
grávidas. - Direito à privacidade individual na investigação
epidemiológica.
129Investigação/Experimentação humana
- Porquê ensaios clínicos?
- A não existência de ensaios conduziria à
estagnação e atraso no progresso científico
(maior sofrimento e morte). - Toda a intervenção terapêutica tem efeitos
adversos e interacções, pelo que é fundamental
identificar essas situações.
130Investigação/Experimentação humana
- Exigências éticas do ensaio clínico
- Validade científica.
- Respeito pela autonomia (consentimento).
- Respeito pela integridade física e psíquica.
- Gratuitidade.
- Confidencialidade.
- Voluntariedade.
- Indemnização por danos involuntários (seguro).
- Ressarcimento.
- Uso compassivo do medicamento (garantir
continuação do tratamento).
131Investigação/Experimentação humana
- Situações especiais em investigação
- Estes grupos apenas devem ser incluídos nos
ensaios se não puderem ser realizados fora das
situações e se tiverem benefícios efectivos. - Incompetentes (consentimento do tutor e do
próprio quando possível e como complemento do
substitutivo). - Crianças (consentimento dos pais ou tutor).
- Grávidas.
- Mulheres em idade fértil (efeito abortivo ou
teratogénico). - Reclusos.
- ? As Comissões de Ética devem actuar como
defensoras e advogadas dos melhores interesses
dos sujeitos.
132Investigação/Experimentação humana
- Trabalhos de investigação no campo académico
- - Atender à pertinência do tema.
- - Respeitar os princípios anteriormente
enunciados relativamente aos sujeitos da
investigação. - - Solicitar as respectivas autorizações (C.A.,
que enviará à CES). - - Garantir a confidencialidade dos dados, o
anonimato, a gratuitidade e a voluntariedade na
participação. - - No caso de menores, não esquecer que o
consentimento tem que ser dado pelos pais ou
tutores. - - Enviar exemplar do(s) instrumento(s) de recolha
de dados (não pode ter identificação).