Title: Karl Marx
1Karl Marx
Prof. Ricardo Feijó
2A Segunda Revolução Industrial
- A Revolução Industrial da segunda metade do
século XIX teve como base o desenvolvimento do
eletromagnetismo com as experiências seguidas de
muitos físicos brilhantes e a síntese matemática
de James Clerk Maxwell, que com suas quatro
equações básicas, envolvendo campos elétricos e
magnéticos, proporcionou uma completa compreensão
teórica dos fenômenos naturais observados em
laboratório.
3Avanço tecnológico e privações sociais
- A aplicação dos achados da ciência física na
construção de motores, na comunicação por
telégrafo, na indústria siderúrgica e em outros
campos criou as condições para um novo impulso no
desenvolvimento do capitalismo industrial. - Às expensas dos bens de consumo populares,
intensifica-se o investimento em bens de capital
cuja criação ampliada cobrava um elevado custo
social com grandes privações para as massas.
4Sacrifício e especialização
- As classes sociais inferiores foram as mais
sacrificadas. Mais uma vez, as relações
tradicionais no seio das comunidades eram
substituídas por pura relação de mercado. - O trabalho foi, cada vez mais, especializado em
operações mecânicas simplificadas e a tirania do
relógio no interior das fábricas ditava o ritmo
do trabalho, inteiramente dependente das
máquinas. Mulheres e crianças eram empregadas nas
fábricas.
5Lei dos pobres, capatazes e condição das mulheres
- A Lei dos Pobres na Inglaterra não conseguia
assegurar os direitos das crianças e muitas delas
ficavam aos cuidados de inescrupulosos que se
dedicavam ao tráfico de crianças. - Os capatazes eram pagos para manter a rígida
disciplina do trabalho e recebiam pela
produtividade. - A condição da mulher na sociedade foi revista na
medida em que passava ela a desempenhar papéis
nas fábricas que antes eram prerrogativas de
homens.
6Urbanização e conflito
- Crescem as cidades na Inglaterra, num ambiente
empoeirado e sem condições mínimas de higiene. O
poder absoluto e irrefreável dos grandes
industriais foi contestado em motins organizados
pelos trabalhadores. - Até 1813 eclodem revoltas de grupos de
trabalhadores contra o sistema fabril, mas os
ímpetos contestatórios foram sendo dominados pelo
emprego da força e pela necessidade de
sobrevivência dos revoltosos.
7Novas leis sociais
- O governo tratou de intervir nas relações sociais
fazendo a revisão das leis que haviam sido
edificadas no fim do século anterior. - A Lei das Associações, de 1799, visava coibir as
ações dos primeiros grandes sindicatos na
indústria têxtil. - Um complexo sistema de auxílio aos pobres havia
sido edificado, entretanto, muitos argumentavam
que tal sistema teria contribuído para a queda
dos salários e limitado a mobilidade da força de
trabalho. - A nova legislação, de 1834, condicionou a
assistência ao pobre à exigência de internação
nas Casas de Trabalho.
8Novos ideais de sociedade
- Nem todos, porém, acreditavam que reformas nas
leis poderiam conter o quadro desumano criado
pela expansão capitalista. - A descrença para com a sociedade, tal como era,
tinha levado alguns pensadores a imaginarem um
novo tipo de sociedade regulada por outras regras
e princípios. - Muitos deles chegaram a implementar, em contextos
particulares, pequenas comunidades regidas pelos
critérios imaginados. Seguiam o exemplo de
Gerrard Winstanley (1609-1652) que em sua época
tinha fundado uma comunidade nas terras da coroa
inglesa.
9Socialismo na Revolução Francesa
- Na época da Revolução Francesa, havia se
difundido a idéia de que a tomada do poder por
populares poderia, enfim, eliminar as injustiças
sociais criadas pela desigual condição humana. - Gracchus Babeuf (1760-1797) pregava o socialismo
como modelo social e foi executado logo após a
queda de Robespierre. - Mas ao contrário de Babeuf, a maioria dos
socialistas pensava que a transição ao novo
modelo de sociedade poder-se-ia realizar de modo
pacífico.
10Robert Owen
- Na Inglaterra, conservadores rotulados de Tóris
propunham reformas sem ruptura na sociedade. - Robert Owen (1771-1858) critica os excessos
cometidos por empresários industriais,
acreditando que através de empreendimentos
industriais de caráter experimental poderia
demonstrar a superioridade de um modelo mais
humano nas relações de trabalho.
11A fábrica experimental de Owen
- Imaginava ele que o ambiente da fábrica poderia
funcionar como uma irmandade de iguais, onde os
operários seriam estimulados a dar o melhor de
si. Em troca, seriam recompensados e tratados com
toda consideração. - Para Owen, o socialismo atenuaria a competição e
faria prevalecer relações de cooperação entre os
homens. - A fábrica experimental de Owen não foi bem
sucedida e ela só pode funcionar mantendo uma
rígida disciplina do trabalho.
12Willian Godwin (1756-1836)
- Outros também pensavam que o socialismo poderia
vir a prevalecer a partir de exemplos bem
sucedidos em experimentos particulares. - Willian Godwin faz a defesa da classe operária
mostrando que ela tem sido quase sempre
prejudicada pelas leis que só favorecem os ricos.
Godwin acredita que a educação e o bom uso da
razão levariam à transformação social.
13Henri de Saint-Simon (1760-1825)
- Outro conservador radical, Henri de Saint-Simon
pensava que o governo deveria participar
diretamente na produção e distribuição de
riquezas. A propriedade privada não deveria ser
abolida, mas usada no interesse das massas. - Tidos como mais eficientes que a pequena
manufatura, os grandes empreendimentos
industriais não são combatidos, mas Saint-Simon
assevera que eles deveriam ser canalizados para
atender o interesse público.
14Charles Fourier (1772-1837)
- Fourier foi outro que acreditou ser possível
reformar o capitalismo pela força dos exemplos. - No entanto, as cooperativas rurais que fundara
também foram uma experiência fracassada. - Fourier critica a concorrência no capitalismo
alegando que ela leva sempre ao monopólio. - O capitalismo é um sistema irracional, já que
nele poucos realizam trabalho útil para a
sociedade, enquanto a maioria é composta por
parasitas.
15Joseph Proudhon (1809-1865)
- Finalmente, outro socialista que se destacou no
período foi Joseph Proudhon que contesta
radicalmente a existência da propriedade e afirma
literalmente que a propriedade é um roubo.
16Do socialismo utópico ao socialismo revolucionário
- Todos esses socialistas apontados anteriormente,
a exceção de Babeuf, acreditam que reformas
políticas graduais poderiam levar a uma sociedade
melhor. - Na segunda metade do século XIX, aparece a
concepção do socialismo como algo a ser alcançado
pela revolução social. - Ele não seria obtido pelas reformas nas leis e
nem pelo exemplo particular.
17- Os seus adeptos substituem a concepção do
socialismo como uma utopia ideal pelo socialismo
como método de interpretação da história e de
ação política. - O principal nome na teoria do socialismo
revolucionário foi o pensador alemão Karl Marx.
18A vida de Karl Marx
19- Karl Heinrich Marx (1818-1883) nasceu em Trier,
região então desenvolvida e com moderna indústria
fabril ao sul da Alemanha. - Filho de uma família relativamente abastada, de
origem judaica e convertida ao cristianismo, seu
pai foi brilhante jurista e lhe conferiu uma
vigorosa orientação formadora. - Marx perdera-o com apenas 20 anos, mas as
influências do falecido pai permaneceram por toda
a vida.
20- Aos 17 anos, ingressou no curso de Direito na
Universidade de Bonn. Em Bonn, iniciou relação
afetiva com Jenny von Westphalen, com quem viria
a se casar anos depois. - No ano seguinte, o pai de Marx enviou-o à
Universidade de Berlin, tida como mais séria,
onde permaneceu por quatro anos, tempo em que
abandonou o romantismo.
21A esposa de Marx
- Jenny era filha do Barão de Westphalen, membro
proeminente da sociedade de Trier e o responsável
pelo interesse de Marx na literatura romântica e
nas idéias saint-simonianas.
22Hegel e os jovens hegelianos
- O rico ambiente cultural despertou o interesse de
Marx pela filosofia, especialmente por G. Hegel
(1770-1831) e pela leitura dele feita pelos
Jovens Hegelianos. - Marx tornou-se membro desse movimento e seu grupo
incluía os teólogos Bruno Bauer e David Friedrich
Strauss que fazem crítica radical ao cristianismo
e, por implicação, estão contra os opositores
liberais da aristocracia prussiana, afeitos ao
regime democrático e constitucional.
23A concepção materialista
- A filosofia hegeliana, no entanto, já se
encontrava em crise e cisão, e dela Marx se ateve
a certos elementos enquanto negava outros. - O que logo de início ele tratou de se
desvencilhar foi o idealismo, em prol de
concepção materialista que o levou à escolha do
tema de sua tese de doutorado em filosofia no
estudo comparativo dos filósofos gregos
materialistas Demócrito e Epicuro, defendida na
Universidade de Iena em 1841.
24Influência de Feuerbach
- O materialismo de Marx foi reforçado com a
leitura da obra de Ludwig Feuerbach (1804-1872),
A Essência do Cristianismo, lançada em 1841 e que
propôs apoiar a crença materialista no
naturalismo antropológico e na revisão do
conceito hegeliano de alienação.
25A nova noção de alienação
- Enquanto a noção de alienação em Hegel descrevia
o processo em que as idéias se realizam nas
criações objetivas da história humana, para
Feuerbach alienação corresponde à perda da
essência humana, o afastamento de si mesmo em
prol da submissão ao Deus projetado. - No lugar do cristianismo, propõe ele um humanismo
naturalista.
26Marx rompe com Feuerbach
- Embora Marx tenha acolhido com entusiasmo as
idéias de Feuerbach, ele havia rejeitado a
descrição naturalista e universal do homem e a
crítica à dialética hegeliana, tida por Feuerbach
como mera especulação mistificadora.
27O que determina o caráter humano?
- Para Marx, o caráter do homem dependeria do lugar
por ele ocupado na trama das relações sociais e o
princípio dialético de Hegel não deveria ser
descartado, mas elaborado no sentido da criação
de uma dialética materialista. - Assim, Marx, em sua crítica ao idealismo
hegeliano, ainda manteve a dialética, agora
redefinida como elemento propulsor do
materialismo.
28Diferentes interpretações da dialética
- Na história da filosofia, a noção de dialética
ganha diferentes significados. - Nos pré-socráticos é a mutabilidade do mundo, a
transformação de toda propriedade em seu
contrário. - Em Platão e Aristóteles adquire o significado de
arte da discussão. - Em Kant é a força dos aspectos contraditórios no
processo de desenvolvimento das idéias, que
possui uma conexão interna a ser desvendada pela
filosofia.
29- Marx reteve a concepção dialética de Hegel, mas
não como propulsora das idéias e sim como motor
do desenvolvimento nas relações econômicas.
30O que é de Marx?
- As idéias de Marx foram se firmando enquanto
tendência particular dentro do materialismo
filosófico. - Ele se afastou das noções filosóficas idealistas
de Hegel, da crença de que todos os fenômenos da
natureza e da sociedade têm sua base na idéia
absoluta. - Reteve, entretanto, o conceito de alienação e o
ponto de vista dialético da compreensão da
realidade.
31A nova dialética
- A dialética de Hegel, afirmara Marx, estava
correta, mas deveria ser posta de cabeça para
baixo substituindo-se o idealismo pelo
materialismo, a visão da história como sendo
movida pelo desenvolvimento do espírito absoluto
pela idéia de que as condições materiais seriam o
motor verdadeiro do devir histórico.
32Prioridade da matéria...
- A matéria é o princípio primordial e o espírito
apenas um reflexo secundário dela. - Da matéria surge a consciência e o conhecimento
do universo é a realidade refletida nessa
consciência. Mas a realidade enquanto tal existe
independentemente da consciência.
33Evolução do materialismo
- Os primeiros filósofos materialistas apareceram
na Grécia antiga. Tales de Mileto, Anaximandro,
Anaxímenes, Heráclito, Demócrito e Epicuro, todos
eles procuraram identificar o elemento material
básico, o bloco de construção do universo água,
vapores, átomos materiais e até mesmo o fogo
foram selecionados como sendo esse elemento. - Depois, na Idade Média, as concepções
materialistas sobreviveram na filosofia
nominalista. Na Renascença, G. Bruno manteve
idéias materialistas. Tido como herege, ele foi
condenado à fogueira.
34- O hilozoísmo e o panteísmo acreditam que as
sensações e outros fenômenos psíquicos possuem as
mesmas propriedades do mundo físico. - No século XVIII, surge o materialismo mecanicista
de La Metrie, Diderot e Holbach. Tidos como
ateus, suas concepções escandalizaram o mundo em
sua época. Feuerbach, portanto, pode contar com
uma longa tradição em filosofia materialista. - Ele usou o materialismo em seu ataque a Hegel, e
Marx, mesmo não aderindo integralmente às teses
de Feuerbach, esteve sob suas influências.
35- Apenas Marx uniu o materialismo à dialética na
construção do seu materialismo dialético que
acredita estar embasado na prática social e
aspira ser a teoria orientadora da revolução do
proletariado.
36A trajetória de Marx
37Marx jornalista
- Com a pretendida carreira universitária impedida
pelo governo prussiano, Marx mudou-se para o
jornalismo e em outubro de 1842 se tornou editor,
em Colônia, da influente Gazeta Renana, um jornal
liberal financiado por industriais. - Foi a atividade política, no exercício do
jornalismo, que o impeliu ao estudo da Economia
Política e das teorias socialistas. Os artigos de
Marx, particularmente em questões econômicas,
forçaram o governo da Prússia a fechar o jornal.
Marx então emigrou para a França após se casar
com Jenny em 1843.
38Marx em Paris
- Chegando em Paris no fim de 1843, Marx
rapidamente trava contato com grupos organizados
de imigrantes alemães que faziam oposição ao
absolutismo prussiano e também com vários adeptos
de diferentes seitas socialistas francesas. - Ele publica, em colaboração com Arnold Ruge,
figura destacada da esquerda hegeliana, o
periódico de curta duração Anais Franco-alemães,
que pretendia unir os socialistas franceses aos
radicais alemães de inspiração hegeliana.
39Manuscritos Econômicos e Filosóficos
- Durante seus primeiros meses em Paris, Marx
tornou-se comunista e expôs suas concepções numa
série de escritos reunidos depois nos Manuscritos
Econômicos e Filosóficos, que permaneceram não
publicados até 1932. - Nos Manuscritos, Marx delineia uma concepção
humanista do comunismo, ainda sob influencia da
filosofia de Feuerbach e com base no contraste
entre a natureza alienada do trabalho no
capitalismo e a sociedade comunista na qual os
seres humanos desenvolveriam livremente sua
verdadeira natureza na produção cooperativa.
40- Nos Manuscritos, Marx delineia uma concepção
humanista do comunismo, ainda sob a influência da
filosofia de Feuerbach e com base no contraste
entre a natureza alienada do trabalho no
capitalismo e a sociedade comunista na qual os
seres humanos desenvolveriam livremente sua
verdadeira natureza na produção cooperativa.
41O encontro com Engels
- Foi em Paris que Marx iniciou sua parceria, que
se desenvolveria por toda vida, com Friedrich
Engels (1820-1895), filho de um industrial têxtil
e afastado do curso universitário, mas que se
tornara incansável autodidata, movido por enorme
curiosidade intelectual. Engels também se ligou
ao movimento dos Jovens Hegelianos.
42- O primeiro contato intelectual entre ambos se deu
nos Anais, onde consta artigo de Engels
intitulado Esboço de uma Crítica da Economia
Política.
43- Esboço de uma Crítica da Economia Política (F.
Engels) tido como genial na avaliação de Marx.
O Esboço de Engels focaliza a obra dos
economistas clássicos ingleses como expressão da
ideologia burguesa da propriedade privada, que
não teria, portanto, uma significação científica. - Marx ficou convencido, a partir das influências
do amigo, que sua atividade teórica em
complemento à ação política teria como orientação
a crítica da Economia Política.
44- Introdução à Crítica à Filosofia do Direito de
Hegel e A Questão Judaica Marx esboçara, por
meio de giros dialéticos e da concepção
teleológica da história, o modo como o
proletariado alemão seria a classe agente da
transformação mais profunda que deveria combater
o absolutismo na Prússia e abolir a divisão de
classes na nova sociedade.
45Conceitos de alienação
46Alienação micro
- O operário não conhece o efeito real da
contribuição de seu trabalho particular no
conjunto das operações da fábrica que resultam no
artigo vendável a que ela se destina. - A essência humana se objetiva nos produtos do
trabalho do operário que a ele se contrapõem por
serem produtos alienados e convertidos em
capital.
47Alienação macro
- O automatismo do capital num modo de produção
particular o capitalismo funcionando como uma
segunda natureza, a idéia de que o capital
possui leis próprias de funcionamento e é movido
por uma lógica intrínseca a ele em direção à
acumulação, submetendo os agentes a essa mesma
lógica. - Qualquer ator social vira mero suporte de
relações e deixa de ter uma vida voltada à
execução de seus próprios desígnios. As
exigências da acumulação capitalista se impõem
aos objetivos individuais e empobrecem o sentido
da vida humana.
48Alienação em Feuerbach
- Deus foi inventado pelos homens como projeção das
próprias idéias deles. Contudo, ao criarem Deus
como sua imagem haviam alienado o homem dele
mesmo. Eles criaram outro ser em contraste
consigo mesmo, reduzindo a si próprio a uma
criatura pecadora que necessitaria da religião e
dos governos a fim de guiá-la e controlá-la. - Se a religião fosse abolida, diz Feuerbach, os
seres humanos superariam o estado de alienação.
49Alienação econômica
- A idéia de alienação de Marx aplica-se à
propriedade privada propriedade esta que faz o
homem trabalhar para ela e não para o bem de sua
espécie. - Nos Manuscritos, a idéia de alienação tem uma
base econômica. Só a sociedade comunista poderia
se contrapor ao efeito desumano da propriedade
privada.
50A fuga de Paris
- Sob pressão das autoridades prussianas, o governo
francês expulsa Marx de Paris no fim de 1844. - Na companhia de Engels, ele se move para Bruxelas
permanecendo por lá nos próximos três anos. - Neste período, visita a Inglaterra, onde a
família de Engels possuía uma indústria de
tecelagem de algodão em Manchester. - Marx iria residir em Londres a partir de 1847.
51Três novas obras de Marx
- Marx e Engels trabalham conjuntamente o livro A
Sagrada Família, de 1845, em que os amigos jovens
hegelianos são criticados por manterem a
interpretação hegeliana do conceito de alienação.
- Ainda em Bruxelas, no mesmo ano Marx trabalha em
algumas notas, As Teses sobre Feuerbach, que em
colaboração com Engels seriam ampliadas e
resultariam no livro A ideologia Alemã.
52A Ideologia Alemã
53- Trata-se de intenso estudo em história em que se
elabora o que viria a ser conhecido como a
concepção materialista da história. - A tese fundamental é a de que a natureza dos
indivíduos depende do papel deles na produção
material ou que o pensamento humano é determinado
pelas forças socioeconômicas. - Marx traça a história de diferentes modos de
produção desenvolvendo o método de análise do
materialismo dialético, em que a ação de forças
históricas leva à mudança na sociedade. Ele prevê
o colapso do estágio atual, o capitalismo
industrial, e sua substituição pelo comunismo.
54- Na Ideologia Alemã o materialismo de Marx alcança
plena maturidade. - Sua filosofia procura ser antimetafísica e
contrária ao idealismo. Ela é o estudo das leis
mais gerais que regem a natureza, a sociedade e o
pensamento, partindo do modo como a realidade
objetiva se reflete na consciência. - Estuda como se transforma a matéria, como se
realiza a passagem das formas inferiores às
superiores. Sua teoria do conhecimento enfatiza a
prática social como critério de verdade. As
verdades científicas são sempre parciais enquanto
conhecimento limitado pela história.
55- O materialismo histórico de Marx, tido como uma
evolução do materialismo dialético, estuda as
leis sociológicas que caracterizam a vida em
sociedade, bem como sua evolução histórica e a
prática social dos homens no desenvolvimento da
humanidade. - Ao mesmo tempo em que estabelece as bases do
materialismo histórico, a Ideologia Alemã critica
os jovens hegelianos e Feuerbach, pois,
contrariamente à opinião deles, a história não é
o mero resultado de um jogo de ideologias e da
presença de grandes heróis. - O verdadeiro fundamento dela reside nas formações
socioeconômicas e nas relações de produção. - Marx e Engels não negam a força das idéias, pelo
contrário, afirmam serem elas capazes de
introduzir mudanças na base econômica que as
originou. Decorre então a importância da ação dos
partidos políticos e de outras associações.
56O materialismo histórico e dialético
57- O materialismo histórico trabalha com conceitos.
- A unidade do processo social é o ser social,
não o indivíduo mas suas relações uns com os
outros e com a natureza. Tais relações têm
existência objetiva, não dependendo da
consciência. - A consciência social é o conjunto de idéias
políticas, jurídicas, filosóficas, estéticas e
religiosas, mais a psicologia das classes
sociais. Esse conjunto de idéias e representações
constitui-se através da história.
58- Outros conceitos centrais são os meios de
produção, tudo o que é empregado para gerar bens
materiais, as forças produtivas, que englobam
meios de produção, capacidade técnica,
conhecimento e rotinas de produção, as relações
de produção, relações de cooperação, submissão e
outros vínculos que se estabelecem entre os
homens na produção, e os modos de produção,
conceito mais abrangente que caracteriza o
estágio de desenvolvimento da sociedade, entre
comunidade primitiva, escravagismo, feudalismo,
capitalismo e comunismo, o ápice na escala de
evolução das sociedades.
59O modo de produção
- O modo de produção é basicamente composto de três
estratos. A base material que são as forças
produtivas, o conjunto de relação sociais que
compõe as relações de produção e a
superestrutura, o conjunto de crenças ou a
ideologia que mantém a coesão entre os homens
justificando o status quo e compelindo-os ao
cumprimento dos papéis individuais.
60A concepção materialista da história
- A filosofia do devir histórico de Marx e Engels é
cravejada de conceitos, não apenas os que
definimos anteriormente. Diversos outros termos e
expressões adquirem conotação particular no
interior de uma ontologia social. Sociedade,
formações socioeconômicas, estrutura social,
organização política da sociedade, vida
espiritual, cultura, história, personalidade e
progresso social, cada qual deve ser interpretado
à luz do quadro de referências associado a este
sistema filosófico.
61- A concepção materialista da história parte da
materialidade do mundo, onde tudo é matéria em
movimento e a matéria é anterior à consciência. O
mundo pode ser conhecido primeiro as qualidades
e depois os aspectos quantitativos e as causas
dos fenômenos.
62Aspectos da lógica no sistema filosófico de Marx.
- Além de conceitos peculiares, a crença de Marx
parte de uma ontologia social, que identifica o
que constitui os objetos da realidade social, e
de uma lógica. - A lógica é apenas uma linguagem. A lógica
dialética de Marx é uma alternativa à lógica
tradicional. - Esta última aceita o princípio da não
contradição duas proposições opostas não podem
ser simultaneamente verdadeiras.
63- Marx, seguindo a filosofia hegeliana, acredita
que em certas circunstâncias o uso dessa lógica
pode levar a resultados contraditórios e busca
contornar tais dificuldades. - Se a realidade é contraditória, ou seja, se a
contradição está no próprio objeto de estudo é
melhor aceitá-la desde o início e examiná-la no
prisma de uma lógica que aceita a contradição. - A lógica que não admite a contradição, ao
examinar uma realidade ela mesma contraditória,
leva a resultados também contraditórios. Tratando
a realidade por meio de uma lógica que admite a
contradição chega-se a resultados não
contraditórios. Portanto, a lógica dialética
apreende melhor a realidade do capitalismo.
64A Miséria da Filosofia
- Simultaneamente à composição da Ideologia Alemã,
Marx trabalha na elaboração de um polêmico
panfleto, A Miséria da Filosofia, no qual ele
demarca nitidamente as teses do socialismo
revolucionário das crenças socialistas
anteriores. - Os escritos de Owen, Godwin, Saint-Simon e
Fourier, são considerados formulações ilusórias
do socialismo a que Marx rotula de socialismo
utópico. - Nesse ensaio, ele tem em vista principalmente a
concepção socialista idealizada de Proudhon. Não
se pode negar, entretanto, as influências que
esses socialistas tiveram na formação de Marx.
65Manifesto do Partido Comunista
66- Em 1847, uma organização de trabalhadores
emigrados da Alemanha com sede em Londres,
conhecida como Liga Comunista, convida Marx e
Engels a participarem de uma conferência em
Londres na condição de líderes teóricos. - Ao final dela, eles são solicitados a escreverem
uma declaração de suas posições pessoais. - Ela apareceria no ano seguinte em meio à eclosão
de diversas revoluções na Europa intitulou-se
Manifesto do Partido Comunista.
67- O Manifesto condensou o trabalho teórico dos
autores em termos de estratégia e tática
política. - Sua fórmula é simples ele declara que toda a
história tem sido a história da luta de classes.
Sobre o capitalismo, o enfrentamento entre a
classe trabalhadora e os capitalistas resultará
no comunismo. - A eclosão da revolução na Alemanha e em outros
países da Europa conduziu Marx de volta à
Colônia, onde ele iniciou a publicação do jornal
diário Nova Gazeta Renana que até o seu
fechamento, em maio de 1849, defendeu a
perspectiva comunista no decurso de uma revolução
democrático-burguesa. - Com o fracasso do movimento liberal na Alemanha,
Marx transfere-se permanentemente a Londres.
68Marx em Londres
- Por muitos anos, Marx e sua família viveram na
pobreza, ajudados pelas pequenas subvenções de
Engels e de parentes. - De 1851 a 1862, Marx contribui para o jornal
americano New York Tribune, escrevendo artigos e
editoriais. Ele permanecia, entretanto, a maior
parte do tempo no Museu Britânico, estudando
Economia e história social e desenvolvendo suas
teorias.
69- As idéias de Marx levaram alguns alemães
refugiados em Londres a estabelecerem, em 1864, a
Associação Internacional dos Trabalhadores,
conhecida como Primeira Internacional. - No ano de uma breve comuna em Paris, em 1871, o
nome de Marx começou a se tornar conhecido em
alguns círculos políticos europeus
70O Capital
71- Os estudos de Economia em Londres resultaram na
obra O Capital, a mais importante de Marx. Ele
concluiu o primeiro volume em 1867 e outros dois
foram editados postumamente em 1884 e 1894. - Marx hesitou em publicar esses dois volumes tendo
trabalhado neles até seus últimos dias. O
lançamento póstumo deles se deu graças à
iniciativa de Engels que também reuniu esboços
feitos por Marx na compilação de um quarto
volume.
72- O Capital é o ápice no desenvolvimento do
trabalho de Marx em Economia Política. - Em 1857 ele já havia produzido um gigantesco
manuscrito de 800 páginas a respeito de temas
como capital, propriedade da terra, salário, o
papel do Estado, comércio exterior e mercado
mundial intitulado Grundrisse. - Tal obra permaneceu desconhecida só sendo
publicado em 1941. No começo dos anos 60, Marx
havia composto três volumes reunidos nas Teorias
da Mais-Valia onde critica as teorias da Economia
Política, particularmente as de Smith e Ricardo.
73- O volume I do capital é uma reelaboração ampliada
dessas reflexões, analisando o processo
capitalista de produção e elaborando sua própria
versão da teoria do valor-trabalho e seus
conceitos de mais-valia e exploração articulados
num modelo que levaria à queda na taxa de lucro e
ao colapso do capitalismo industrial.
74Participação política
- Um dos motivos porque Marx demorou em publicar O
Capital foi que ele estava devotando muito de seu
tempo e energia à primeira Internacional, onde
havia sido eleito para o Conselho Geral em 1864. - Marx esteve ocupado em preparar os congressos
anuais da Internacional. Uma batalha interna se
desenvolve então entre Marx e o anarquista russo
Mikhail Bakunin (1814-1876), contestado e depois
expulso por Marx. Embora Marx tenha vencido o
conflito com Bakunin, a transferência da sede do
Conselho Geral de Londres para Nova York em 1872,
apoiada por ele, levou ao enfraquecimento e
posterior declínio do movimento.
75- O evento político mais importante no período de
existência da Internacional foi a Comuna de Paris
em 1871, quando os cidadãos de Paris se rebelaram
contra o governo e mantiveram a cidade sob
controle por dois meses. Ao longo dos combates
sangrentos da rebelião, Marx escreveu um de seus
mais importantes panfletos A Guerra Civil na
França, uma defesa entusiasmada do comunismo.
76- Marx foi demitido da Primeira Internacional em
1872 e passou seus últimos anos trabalhando na
sua obra mais importante O Capital, à medida que
seu estado clínico ia crescentemente se
debilitando. - Mesmo às custas de sua saúde, Marx manteve-se
ainda engajado em movimentos políticos. - Na Alemanha, ele se opôs à aliança entre seus
seguidores Karl Liebknecht e Augusto Bebel e o
governo socialista de Lasalle, que procurava
unificar o partido socialista. O ponto de vista
de Marx a respeito aparece na Crítica ao Programa
de Gotha. Em correspondência com Vera Zasulich,
Marx contemplava a possibilidade da Rússia pular
o estágio capitalista de desenvolvimento e ir
direto ao comunismo.
77A morte de Marx
- Durante a última década de sua vida, Marx lutava
para recuperar a saúde. Ele esteve em vários spas
europeus e até na Argélia em busca de uma
melhora. - O falecimento de sua irmã mais velha e de sua
esposa o debilitou ainda mais. Falecido em 1883,
Marx foi enterrado no Cemitério de Highgate em
Londres
78(No Transcript)
79Avaliação da obra de Marx
80- Mais do que a especialização em Economia, Karl
Marx foi filósofo, cientista social e
historiador, além da atividade prática como
revolucionário. - Ele é, sem dúvida, o pensador social mais
influente do século XIX. Suas idéias sociais,
econômicas e políticas tiveram rápida aceitação
no movimento socialista após a sua morte. - Até recentemente quase a metade da população do
mundo vivia sob regimes que se autoproclamavam
marxistas. No entanto, em vida, Marx foi
completamente ignorado nos meios acadêmicos.
81Marx e a crise da economia
- Na época em que Marx se dedicou a estudar a
Economia clássica com o intuito de criticá-la, a
ciência econômica vinha atravessando um período
de crise de credibilidade. - A contribuição econômica de Marx poderia ter-se
firmado como novo paradigma em substituição aos
clássicos. Esta possibilidade não se realizou,
pois o seu sistema teórico deixou de atrair para
si os descontentes da época com a Economia de
Ricardo e Mill.
82- No século dele, antes da década de 80 a sua obra
em nada afetou o ambiente acadêmico dos
economistas. Embora o primeiro volume de O
Capital tenha sido publicado no alemão em 1867,
ele só foi traduzido para o inglês em 1887. Marx
morreu desconhecido. - Os expoentes da Revolução Marginalista, Jevons,
Menger e Walras, não conheciam as idéias dele.
83- Alguns historiadores buscam equivocadamente
interpretar o surgimento da economia marxista
como reação ao marginalismo e sua tentativa de
salvar a crença na eficiência dos mercados
dando-lhe uma outra roupagem teórica alternativa
aos clássicos. - Ou então que o marginalismo seria uma reação ao
marxismo. - No entanto, nos seus primeiros trabalhos, a
teoria marginalista não pode ser vista como uma
mera tentativa de defesa do capitalismo ou como
uma reação ao avanço das idéias socialistas na
Europa.
84- Somente após a difusão do marxismo, as idéias de
Marx passaram a ser criticadas pelos
marginalistas que empregaram seu peculiar
instrumental teórico para atacá-las. - Destacamos, entre os críticos de Marx, os nomes
de Wicksteed, Pareto, Wieser e Böhm-Bawerk.
Particularmente, este último procurou refutar
Marx através de uma nova interpretação do
conceito de exploração.
85- Os marxistas acusam a aparente assepsia da teoria
da utilidade marginal de ser uma defesa do status
quo, pois, argumentam, nela não se pode lutar
contra a propriedade privada, já que a alocação
eficiente de recursos pressupõe a sua aceitação. - Tal teoria também fornece uma justificativa para
a desigualdade na distribuição de renda ao falar
em remunerações dos fatores pelas suas
produtividades marginais.
86- Em suma, avaliar o impacto ideológico da
Revolução Marginalista é uma questão
controvertida. Para alguns, o conceito de
utilidade marginal é ideologicamente neutro. De
fato, algumas coisas na Economia clássica servem
como instrumento para defender a propriedade
privada, como, por exemplo, a teoria do fundo de
salários. - Além disso, há certos elementos que poderiam ser
considerados subversivos no marginalismo de
acordo com ele, uma distribuição igualitária da
renda maximizaria a satisfação social, se fossem
possíveis comparações interpessoais.
87- Tal argumento apareceu nos movimento socialista
Fabiano. Também se argumenta que, dentre os
marginalistas, Walras era um reformista social e
que Pigou tinha derivado conclusões
equalitaristas da teoria da utilidade marginal. - Há ainda o caso de George Bernard Shaw que tentou
construir um socialismo vulgar com base nos
trabalhos de Jevons e Menger. No estágio inicial
de desenvolvimento da análise marginalista, ela
não foi usada para criticar a teoria de Marx.
88- A teoria marginalista da utilidade foi atacada
pelos socialistas como sendo meramente uma nova
versão da Economia ortodoxa, uma nova linha de
defesa necessária em face do ataque bem sucedido
de Marx ao argumento clássico do laissez-faire. - No entanto, sabemos que ela não foi uma resposta
burguesa às teses de Marx.
89Problemas na interpretação de Marx
- O sucesso das idéias de Marx no meio político,
não significa que ele tenha sido completamente
compreendido no contexto do desenvolvimento
lógico das teorias econômicas e sociais. - O sistema marxista angariou adeptos mais em
função de seus apelos humanistas e da promessa de
um mundo melhor do que em função de uma
compreensão verdadeiramente científica de duas
idéias.
90- O mito de Marx pesou mais do que critérios
racionais de substituição de teorias. A
interpretação nebulosa e pontos obscuros do
sistema marxista resultaram no processo em que
várias de suas idéias originais foram
freqüentemente modificadas e seu significado
adaptado a uma grande variedade de circunstâncias
políticas. - Adicionalmente, há o fato de muitos dos escritos
de Marx terem sido publicados com grande atraso,
de modo que apenas em décadas recentes os
acadêmicos tiveram a oportunidade de apreciarem a
estatura intelectual de Marx.
91Raízes do pensamento de Marx
- Marx é um economista bastante singular no
desenvolvimento do pensamento econômico. Sua obra
vastíssima abrange não apenas questões
econômicas, mas uma ampla variedade de temas. - O que torna a interpretação econômica de Marx
particularmente afastada da ortodoxia é a
peculiar maneira em que ele combina diferentes
raízes de seu pensamento na interpretação da
economia.
92- Há o fundamento filosófico alemão, alicerçado na
visão de Georg Hegel, com a dialética, a noção de
idéias objetivas e sua teoria do progresso. Dele,
Marx extrai a interpretação econômica da história
e certas teses ontológicos e metodológicas. - Há também o materialismo de Ludwig Feuerbach e o
conceito de alienação. Da Economia Política, Marx
serviu-se de fontes tais como Smith e Ricardo,
donde encontrou inspiração para sua teoria do
valor trabalho e outras idéias a divisão de
classes sociais, a noção de arbitragem entre
mercados que iguala as taxas de lucro, a
preocupação com a evolução do capitalismo na
teoria da queda tendencial da taxa de lucro e uma
miríade de conceitos. - Finalmente dos socialistas utópicos ele extrai a
idéia de construção de uma nova sociedade com a
abolição parcial da propriedade privada.
93- Esta confluência em um único autor de diferentes
matrizes de pensamento espalhadas em pelo menos
três países (Alemanha, França e Inglaterra) era
novidade na evolução da ciência econômica. - Ao mesmo tempo em que tal fato conferiu
originalidade e brilhantismo aos escritos de
Marx, tornou-o uma espécie de corpo estranho na
tradição ortodoxa da Economia. Resultam dele
dificuldades de interpretação em face do problema
conceitual e de pressupostos ontológicos nem
sempre explícitos da análise de Marx. - Mas embora se nutrindo de fontes alienígenas ao
ambiente inglês, o pensador alemão também seguiu
certos modismos da Inglaterra, um exemplo é a
admiração que sentia por Darwin e a crença de que
a Economia deveria seguir o exemplo da biologia.
94- Não sem motivos, O Capital foi dedicado a
Darwin. Marx uma vez escreveu que... - O trabalho de Darwin serviu-me como uma base
natural científica para a idéia de luta de
classes na história
95Livros, artigos e entrevistas de Karl
Marx. Crítica à Doutrina do Estado de Hegel
(1843) Cartas a Arnold Ruge (1843) Contribuição à
Crítica à Filosofia do Direito em Hegel (1844) A
Questão Judaica (1844) Notas Críticas sobre o
"Rei da Prússia" (1844) Excertos dos Elementos de
Economia Política de James Mill (1844)
Manuscritos Econômicos e Filosóficos (1844) A
Sagrada Família (1844) Teses sobre Feuerbach.
(1845) A ideologia Alemã (com Engels) (1845) Liga
Comunista (com Engels) (1847) A Miséria da
Filosofia (1847) Discurso Sobre a Questão do
Livre Comércio (1848) O Manifesto do Partido
Comunista (com Engels) (1848) Discurso
Comunismo, Revolução e a Polônia Livre (1848)
Demandas do Partido Comunista na Alemanha (com
Engels) (1848) Salário, Trabalho e Capital.
(1849) A Revolução do Século 17 na Inglaterra
(com Engels) (1850) A Luta de Classe na França
1848 a 1850 (1850) Revolução e Contra-Revolução
na Alemanha (1852) O Dezoito Brumário de Louis
Bonaparte (1852) Revelações sobre a Colônia
Comunista de Trial (1852) Introdução à
Contribuição para a Crítica à Economia Política
(1857) Formações Econômicas Pré-Capitalistas
(1857) Grundrisse (1857) Contribuição para a
Crítica à Economia Política (1859) Teorias da
Mais Valia, Vol. 1 (1861-63) Teorias da Mais
Valia, Vol. 2 (1861-63) Teorias da Mais Valia,
Vol. 3 (1861-63) Proclamação na Polônia (1863)
Valor, Preço e Lucro (1865) O Capital, Vol. 1
(1867) A Abolição da Propriedade da Terra (1869)
New York World Entrevista com Marx (1871)
Resolução da Conferência de Londres sobre a Ação
Política da Classe Trabalhadora (com Engels)
(1871) A Guerra Civil na França (1871) A Alegada
Ruptura na Internacional (com Engels) (1872)
Relatório para o Congresso de Hague (1872)
Conspectos do Livro de Bakunin Estatismo e
Anarquia (1875) Para a Polônia (com Engels)
(1875) Crítica ao Programa de Gotha (1875)
Chicago Tribune Entrevista com Marx (1879)
Reformistas no Partido Social-Democratica da
Alemanha (com Engels) (1879) Carta Circular a
Bebel, Liebknecht, Bracke, et. al. (com Engels)
(1879) Notas Marginais sobre o Lehrbuch der
politischen Okonomie de Adolph Wagner (1880)
Introdução ao Programa do Partido dos
Trabalhadores Franceses (1880) O Capital, Vol. 2
(1885) O Capital, Vol. 3 (1894).