Title: Discentes:
1- Discentes
- Ana Cristina Biondo Salomão
- Emeli Borges Pereira Luz
2O mundo sociocultural dos aprendizes
- Abordagens mais tradicionais não consideravam
aspectos linguísticos e culturais fora da sala de
aula. - As diferenças dos aprendizes eram conceituadas
como deficiências individuais. - A perspectiva sociocultural apresenta a ligação
entre os mundos socioculturais e a aprendizagem. - Direcionamento para duas linhas de pesquisa na
Linguística Aplicada.
3Práticas de linguagem e socialização Conexão
entre a casa e a escola
- Comparar as práticas socioculturais particulares
em que os aprendizes se encontram dentro e fora
da escola. - Análises descritivo-comparativas
- Investigação duas comunidades rurais (uma de
brancos e outra de negros) x uma comunidade
urbana de classe média (brancos e negros)
4(No Transcript)
5Variação Linguística
- Descrever as características regulares de línguas
e dialetos de grupos e comunidades particulares
com o propósito geral de gerar discussões em
diversidade linguística. - Tais estudos objetivam contestar a visão de
variação linguística como uma versão deficiente
ou incompleta da variedade padrão.
6REPROJETANDO O CURRÍCULO E O ENSINO
- Compatibilidade sociocultural entre a vida dos
estudantes em casa e na escola para promover
sucesso acadêmico. - Apesar de focarem aspectos diferentes, ambas as
abordagens são baseadas em duas premissas.
7PROGRAMAS EDUCACIONAIS CULTURALMENTE RECEPTIVOS
- Desenvolver programas instrucionais específicos
para grupos culturais particulares. - Kamehameha Early Education Program (KEEP)
- Desenvolver práticas instrucionais e técnicas de
gerenciamento de sala de aula que fossem
compatíveis com as atividades domésticas das
crianças Havaianas. - Estudos mostraram que adaptando as práticas
instrucionais às práticas domésticas de
socialização das crianças, ajudavam no aumento do
desempenho acadêmico das mesmas.
8FUNDOS DE CONHECIMENTO
- Essa abordagem combina os insights de Vygotsky
sobre aprendizado com métodos etnográficos para a
condução de pesquisas no mundo sociocultural dos
aprendizes fora de sala de aula. - Essa abordagem busca reprojetar o currículo e o
ensino para que eles sejam mais significativos
para os estudantes. - Professores devem estar engajados no processo de
transformação. - Exemplo família mexicana que trazia doces para
vender de suas viagens. - As pesquisas ajudaram os professores a
redefinirem seu entendimento da noção de cultura
afastando-os da perspectiva tradicional de
cultura. - Como também ajudou os professores a entender o
valor dos contextos familiares dos estudantes
considerados não-convencionais.
9CURRÍCULO QUE PROMOVE CONSCIENTIZAÇÃO LINGUÍSTICA
- Procura adicionar um componente linguístico a
programas existentes. - Seu propósito é levantar a conscientização de
indivíduos na natureza social da língua. - Este estudo ajuda os aprendizes a entenderem as
capacidades comunicativas não somente de suas
próprias variedades, mas também de outros. - Dialect Education
- Vários livros e cursos em conscientização
linguística têm sido desenvolvidos para programas
de preparação de professores.
10CONSIDERAÇÕES
- As práticas pedagógicas atuais procuram mudar as
escolas para que elas reflitam mais adequadamente
e desenvolvam a diversidade linguística e
cultural dos mundos dos aprendizes. - Desafios Conceituação dos mundos dos
- aprendizes
- Representação as
comunidades estão - formadas de vários grupos
- A mudança nas escolas se torna mais complicada
considerando o aumento da diversidade dos grupos
e comunidades.
11ESCOLAS E SALAS DE AULA COMO AMBIENTES
COMUNICATIVOS
- Provindas da abordagem de Hymes da etnografia da
comunicação para descrever características
típicas de ambientes particulares de sala de
aula, esses estudos procuram responder a questões
como Como as comunidades de sala de aula
aparentam? Quais os eventos e atividades típicos
das comunidades? Quais as normas e padrões
convencionais de participação? Quem são os
participantes e que papéis eles interpretam? - O objetivo das pesquisas iniciais era de
descobrir suposições culturais particulares
incorporadas nas rotinas e atividades de salas de
aula para que possamos entender mais
completamente os mundos culturais dos aprendizes. - Canagarajah (1993) investigou as atitudes dos
estudantes em relação ao aprendizado do Inglês em
uma aula de nível universitário no Siri Lanka.
12LINGUAGEM E CULTURA DA SALA DE AULA
- Nas salas de aula, aprendizes e professores criam
juntos comunidades baseadas em objetivos,
recursos e padrões em comum, participando como
membros legítimos dessas comunidades. - Eles assumem identidades e papéis particulares e
desenvolvem entendimento do que constitui a
essência do que é aprendido e também do próprio
processo de aprendizagem. - Esses entendimentos ajudam no desenvolvimento dos
alunos como aprendizes e usuários da língua. - Este capítulo trata de pesquisas relacionadas a
comunidades nas salas de aula, limitadas a dois
tipos de sala de aula - salas de aulas de línguas (primeira,
segunda ou estrangeira) - salas de aulas convencionais formadas de
aprendizes culturalmente e linguisticamente
diversos.
13- Ele concluiu que o total entendimento do que
acontece dentro de sala de aula deve também se
basear no entendimento das forças sociopolíticas
com que os estudantes devem enfrentar fora da
escola. -
- Descobertas deste e de outros estudos
etnográficos têm ajudado no entendimento da
natureza das salas de aula como comunidades
socioculturais legítimas.
14O PAPEL DO DISCURSO DE SALA DE AULA
- Pesquisas relacionadas à como os mundos das salas
de aula são construídos através da linguagem. -
- THE IRE
- Pesquisas focaram no descobrimento de padrões de
discurso considerados típicos de sala de aula. - Pesquisadores descreveram o que consideraram ser
a unidade básica do discurso de sala de aula. - I Iniciativa do professor
- R resposta do aluno
- E Avaliação da resposta do aluno pelo
professor (Evaluation) -
15- O professor, no papel de expert, obtém informação
individual do aprendiz com intuito de averiguar
se os alunos sabem o material. - É esperado que o estudante forneça uma resposta
correta. - O professor avalia a resposta do estudante com
frases com Bom, Está correto, Não, não está
correto. - Cazden (1988) revelou que o uso do IRE mais
facilita o controle da interação pelo professor
do que o aprendizado do conteúdo da lição pelo
aluno. - Barnes (1991) concluiu que o uso frequente de IRE
não favorecia modos complexos de comunicação
entre os professores e aprendizes. - Gutierrez (1994) e Hall (1995) chegaram à mesma
conclusão.
16- THE IRF
- Wells (1993) conduziu uma analise extensiva das
interações de sala de aula onde a participação
dos alunos era comum com intuito de entender mais
completamente as conexões entre padrões
particulares da sala de aula e o aprendizado. - Diferentemente do IRE os professores ao avaliarem
pediam aos alunos para elaborarem ou clarificarem
suas respostas e as tratavam como contribuições
valiosas na discussão. - Ele concluiu que o que limitava a oportunidade de
aprendizado dos estudantes era a maneira com que
o professor avaliava e considerava as respostas
dos aprendizes. - F Follow up (Sequencia, continuação)
- Outros estudos (NYSTRAND ET AL, 1997 NASSAJI E
WELLS, 2000, dentre outros) mostraram que ao dar
sequencia o professor convidava os alunos a
continuarem sua exposição ou melhorarem suas
repostas, abrindo portas para futuras discussões
e oportunidades de aprendizado.
17REPROJETANDO O CURRÍCULO E A ISNTITUIÇÃO
- Se o que fazemos na sala de aula está intimamente
ligado ao desenvolvimento dos aprendizes, então o
que precisamos fazer é criar comunidades de
aprendizes de sala de aula efetivas. - Através da interação, professores e aprendizes
trabalham juntos abordando assuntos, preocupações
e problemas que são particularmente importantes
para sua comunidade. - O papel do professor é de fornecer oportunidades
para os aprendizes de se apropriarem de
conhecimentos comunicativos e culturais.
18COMUNIDADES DE PRÁTICA
- Comunidades de Prática são unidades de atividade
sociais que consistem em indivíduos que
compartilham uma identidade comum e compartilham
seus propósitos. - Os novatos se apropriam de um comportamento
particular, crenças e modos de orientação com o
mundo e entre o grupo através da participação com
membros mais experientes. - Lave e Wenger (1991) chamam de Participação
periférica legítima - Nas salas de aula os professores e alunos
trabalham juntos como mentores e aprendizes em
comunidades de aprendizes, com o objetivo em
comum de mover os aprendizes da participação
limitada de novatos para a participação completa
de um expert.
19Características chave de uma comunidade de
aprendizes
- Uma comunidade de aprendizes é baseada nos
seguintes princípios - Língua é uma ferramenta primária para o
aprendizado - Através de atividades em conjunto os aprendizes
são socializados nas praticas das suas
comunidades - O aprendizado requer assumir papéis e identidades
sucessivamente mais complexos - Os aprendizes compartilham responsabilidade pelo
aprendizado - O professor representa um papel essencial
- O afetivo é integrado com o cognitivo
- Conhecimento e a construção de habilidades são
intrinsecamente ligadas a atividades
instrucionais da comunidade.
20SALAS DE AULA COMO COMUNIDADES DE INVESTIGAÇÃO
- Em tais comunidades de aprendizes, a investigação
é vista como o principio fundamental que o
currículo e a ensino são organizados (WELLS,
1999) - Nas comunidades de investigação as atividades de
sala de aula são organizadas em torno de estudos
explanatórios de questões ou tópicos que são
gerados de experiências reais dos membros dos
grupos e consequentemente são de genuíno
interesse do grupo.
21Princípios incorporados no conceito de salas de
aulas como comunidades de investigação.
- A sala de aula é uma comunidade colaborativa
- Trabalhos em direção a objetivos compartilhados
- Atividades significativas
- Atividades situadas no lugar e no tempo
- Currículo como um meio e não um fim.
- Os resultados da atividade não podem ser
completamente conhecidos ou prescritos com
antecedência - Atividades devem dar abertura à diversidade e
originalidade - As comunidades de investigação são formadas por
valores e expectativas institucionais e sociais,
como também por condições materiais incluindo a
disponibilidade de recursos.
22PRÁTICAS DE APRENDIZAGEM COOPERATIVAS
- Esta abordagem é melhor vista como uma estratégia
instrucional particular para fomentar cooperação
entre aprendizes para alcançarem objetivos
compartilhados em ambientes de aprendizagem.
23Componentes das práticas de aprendizagem
colaborativas
- O objetivo principal é desenvolver oportunidades
de aprendizagem que são baseadas na cooperação e
respeito mútuo. - Grupos pequenos e heterogêneos
- Interdependência positiva
- Cada membro do grupo é necessário com sua
contribuição única - Responsabilidade individual e grupal
- Interação facilitadora entre os membros do grupo
- Habilidades de grupo interpessoais e pequenas.
24CONSIDERAÇÕES
- Uma vez que tivermos um entendimento maior do que
estamos fazendo nas comunidades de sala de aula e
das condições que influenciam o que fazemos,
poderemos tomar decisões informadas sobre como
podemos projetas comunidades que formarão o
desenvolvimento dos aprendizes de maneiras que
são consideradas apropriadas às suas necessidades
sociais, culturais, comunicativas e outras.
25Língua e cultura como conteúdo curricular
- Examinar a questão de uma perspectiva
sociocultural - Descrever algumas abordagens pedagógicas para o
ensino de língua e cultura
26Competência comunicativa
- Primeira tentativa de linguistas aplicados para
definir conteúdo em aulas de línguas sob
perspectiva sociocultural foi de Canale e Swain
(1980). - Origem do conceito competência comunicativa
- Chomsky
Hymes -
- Competência lingüística Competência
comunicativa
- Conhecimento do sistema da língua / gramática
universal (capacidade inata de processar e gerar
enunciados)
Há regras de uso sem as quais as regras da
gramática seriam inúteis. Para ele, Chomsky
desconsidera fatores socioculturais
274 dimensões da competência comunicativa
- Systemic potential - se algo é formalmente
possível (em Chomsky chamado de gramaticalidade) - Feasibility - se há viabilidade - (relacionado à
performance e à aceitabilidade) - Appropriateness - se é apropriado ao contexto
(aceitabilidade julgamentos acerca de adequação
exigem um conhecimento tácito) - Occurence - se é de uso aceito (uma sentença pode
ser possível, viável, adequada, mas não ocorrer)
28Modelo de competência comunicativa
- Canale e Swain (1980) Canale (1982)
- Competência gramatical - conhecimento do código
lingüístico - Competência sociolinguística - conhecimento das
regras sociais que norteiam o uso da língua - Competência estratégica - estratégias de
comunicação compensatórias - Competência discursiva - existência de coesão
- e coerência
29Evolução cronológica da competência comunicativa
30In E. Alcón Soler and M.P. Safont Jordà (eds.).
Intercultural Language Use and Language Learning,
16. Springer ScienceBusiness Media B.V. 2008
31Intercultural competence
- Modelo de Byram (1997) operacionaliza estudo de
tal competência, que antes ficava, aparentemente,
embutida na competência sociolingüística. - conhecimentos (savoirs)
- saber aprender (savoir apprendre)
- saber fazer (savoir faire)
- saber ser (savoir être)
32Aprendizagem
- Conceitos de competência comunicativa e
competência intercultural proveram esquemas úteis
que levam em consideração o conhecimento e
habilidades presentes em atividades
comunicativas. - Porém, ainda há uma pergunta sem resposta
- Espera-se que os alunos aprendam os conhecimentos
e habilidades de quem?
33Questionamentos pertinentes para o planejamento
do currículo
- Que variante enfocar?
- Para aprendizes de inglês, p. ex.
- Dos EUA? Da Austrália? Da Inglaterra? Da Índia?
- Para aprendizes de espanhol, p. ex.
- Da Espanha? Do México? Da República Dominicana?
- Quem são os aprendizes?
- Adultos? Adolescentes?
- Qual nível econômico-social?
- Em que instituição social se dará a aprendizagem?
(família, escola, trabalho)
34Widdowson (1998)
- Learners cannot be rehearsed in patterns of
appropriate cultural behavior, and of course they
will not be prepared in every particular to cope
with all the niceties of communication, but the
crucial requirement is that they should have
basic capacity which enables them to learn how to
cope when occasion arises. - The extent to which they subsequently fine-tune
their behavior to conform to particular norms for
appropriate use will depend on a number of
circumstancial and attitudinal factors which
simply cannot be antecipated and accounted for in
the classroom context.
35Abordagens pedagógicas para redesenhar o ensino
de línguas
- Pedagogia participatória
- Abordagem centrada no aluno, que usa o mundo dos
aprendizes como base para planejamento de
currículo e atividades instrucionais - Projeto dos multiletramentos
- Combina foco centrado no aluno com foco centrado
no conhecimento
36Pedagogia participatória
- Baseada nas ideias de Paulo Freire (1972, 1973)
- Educação bancária
- Questões sociais, culturais, políticas e
históricas são mantidas invisíveis, o status quo
é mantido. E aprendizes continuam a pensar que
não têm poder, e são incapazes de fazer uma
diferença em seu mundo
- Educação emancipatória
- Deve levar aprendizes a desenvolverem suas
próprias vozes em resposta às suas condições
locais e circunstâncias, e transformarem suas
vidas de maneira significativa
37Pedagogia participatória
- Considera a aprendizagem como sendo socialmente
situada e um processo colaborativo de
transformação - Professores e alunos constroem uma base comum de
conhecimento, esquemas de entendimento, um
sistema comum de significados, valores e crenças
para crescimento mútuo - Papel do professor é criar ambiente seguro para
que aprendizes se sintam à vontade para que
levantem questionamentos e considerem
alternativas - 2 características
- Currículo não é pré-determinado baseado em
conteúdo, mas sim organizado ao redor de
experiências, necessidades e preocupações dos
próprios indivíduos - Foco na ação informada é o objetivo central da
aprendizagem. A língua é meio de participação na
sociedade
382 tipos de pedagogia participatória
- Problem-posing approach
- Comunidade de imigrantes adultos
- Experiências vividas por eles são temas das aulas
- Uso de figuras, histórias em quadrinho, contos,
canções, entre outros - Questões abertas para discussão
- Habilidades linguísticas a partir dessas
conversações e ações identificadas - Ferramenta para implementar mudança real em suas
experiências de vida
- Classroom-based social research
- Comunidade de imigrantes adultos
- Aprendizes usam métodos etnográficos
(entrevistas, tabelas de observação, diários) e
auxílio do professor para examinar suas
oportunidades de interação na língua alvo em
contextos distintos e no vários papéis que
assumem como membros de suas comunidades - Descrevem e refletem criticamente sobre suas
experiências - Adultos imigrantes
- Crianças (Heath e Mangiola, 1991) empoderá-los
para terem sucesso como estudantes
39Projeto dos multiletramentos
- Dois grandes desafios
- Crescente diversidade linguística e cultural nas
comunidades ao redor do mundo - Proliferação de meios de comunicação (multimodal)
dentro e entre comunidades - Noção padrão de letramento já não é mais adequada
- 4 esferas inter-relacionadas
- Não são hierárquicas
- Podem ocorrer
- simultaneamente
- ou não
Prática situada
Instrução aberta
Prática transformada
Esquema crítico
40Projeto dos multiletramentos
- Dar oportunidades aos aprendizes de participar de
atividades comunicativas - Aperfeiçoamento das habilidades e conhecimento é
parcialmente dependente do envolvimento do
aprendiz na própria atividade em que ele quer se
tornar competente desde o início da instrução - Papel do professor é criar ambiente seguro e
modelar a ação linguística necessária para a
participação nas atividades, guiar os aprendizes
a reconhecer e entender estas ações e assisti-los
a usar as ferramentas da atividade para
realizarem as ações por si próprios
Prática situada
Instrução aberta
- Prover oportunidades para que os aprendizes
enfoquem, pratiquem e finalmente se apropriem das
várias convenções linguísticas e outras também
relevantes para se engajarem de maneira
competente em suas atividades comunicativas. Por
ex. escrever uma história, pedir ajuda, entre
outros - Auxiliar aprendizes a desenvolver metalinguagem
para descrever as conexões contextuais entre a
função e forma comunicativa
- Auxiliar os aprendizes a se afastarem de suas
atividades e identificarem as diversas e
múltiplas perspectivas envolvidas nelas, com o
objetivo de entenderem seus contextos histórico,
social, cultural, político e ideológico - Tal análise pode ajudá-los a discernir as
maneiras convencionais como os recursos
linguísticos são usados, como esses usos estão
sujeitos a forças políticas e sociohistóricas que
restringem os significados e acessos aos
recursos, e como os indivíduos usam os recursos
para seus próprios fins sociais e políticos,
dando a eles capacidade de fazer escolhas
informadas sobre sua própria participação
Esquema crítico
Prática transformada
- Prover oportunidade aos aprendizes para tomarem a
frente de sua própria aprendizagem e usar o que
sabem pra traçar rotas alternativas de ação epara
alcançar objetivos pessoais e sociais - Professores devem desenvolvem meios pelos quais
aprendizes possam demonstrar como vão planejar e
colocar em prática, de maneira reflexiva, novas
práticas inseridas em seus próprios objetivos e
valores, criando novos contextos e novos modos
para se expressarem e conectar-se com os outros
41Conclusão
- Aprendiz deve desenvolver a habilidade de ver a
partir de múltiplas perspectivas, a ser flexível
em seu pensamento, a conduzir sua própria
aprendizagem, a resolver problemas de forma
criativa, e, finalmente, a desenvolver novos
meios de se tornar envolvido em seu próprio mundo - Necessitamos de estudos longitudinais
42Teaching text and context through multimedia
- Hoje em dia, professores são chamados a usar as
tecnologias ligadas ao computador para ensinar
línguas estrangeiras - Computadores oferecem acesso imediato ao uso que
o falante nativo faz da língua em situações
reais, possibilitando o desenvolvimento da
competência sociocultural dos aprendizes mais
prontamente do que as páginas de um livro ou as
paredes de uma sala de aula - O que significa língua e cultura em forma
digital? - Como podemos ensinar esta combinação de
língua-na-cultura e cultura-na-língua?
Claire Kramsch
43Uma perspectiva linguística antropológica
- Visão de língua dos produtores de materiais em
vídeo é a mesma dos escritores de livros
didáticos - Língua um conjunto de estruturas linguísticas
(vocabulário, formas gramaticais) - Língua serve para explicar a cultura visão de
que língua é livre de valores, crenças e várias
visões de mundo
- Língua sistema de signos entre muitos outros
usados pelas pessoas para fazer sentido de seu
ambiente - Quando aprendiz viaja para outro país, signos
estão lá para serem reconhecidos e decodificados - Vídeo ou programa multimídia, signos são
filtrados pelo cineasta
44Uma perspectiva linguística antropológica
- O que os aprendizes precisam entender quando
aprendem o sistema linguístico através de vídeos
autênticos is a maneira que a língua interage
com outros sistemas de signos, incluindo aqueles
do meio que os representa - Uso de multimídia transforma a tarefa de ensinar
o sistema formal em uma atividade social que
reflete e reproduz o estoque de valores e crenças
de uma comunidade de fala (prática comunicativa) - Ensino de língua como semiótica cultural
45Prática comunicativa como contexto
- William Hanks trabalho antropológico de campo
Yucatan - Yuum kul á?an wá dón chàabo?
- Is Don Chabo seated?
- Margot, the wife of Don Chabo's eldest son and
thus the senior resident woman in the household,
answered - Margot ushén tol o?, taán uy uk' ul. sheén to
ich nah o? - Go over there. He's drinking. Go over there
inside. (Hanks, 1996, p. 157) - Entender o horizonte cultural
46Do texto ao contexto
- O problema de aprender uma língua em um contexto
vivo é que o contexto em si não pode ser
aprendido, ele só pode ser experienciado - Para ser aprendido, o contexto deve se
transformar em texto analisável - Dialética do texto e do contexto
- Exemplo Ucuchi Quechua live and in color
- A interpretação em si é apenas uma peça de um
complexo quebra-cabeça que deve ser decifrado na
postura, palavras, tom, atitudes e silêncio dos
participantes
47Implicações para o ensino de língua e cultura
- Tentativa de interpretar a representação textual
do contexto na tela - Multimídia necessidade de manter o texto e o
contexto em constante tensão - Universo dos textos falados, escritos, visuais e
impressos não é autoexplicativo. - O papel da educação é fazer tal mediação visível
(por ex., entre os sentidos atribuídos pelos
participantes e os sentidos dados pelo
analista/professor/aluno) - Parte de nossa profissão aprofundar nosso
entendimento da relação entre o texto e o
contexto quando ensinamos uma língua como prática
comunicativa