Title: Globaliza
1Globalização e Seguridade Social investidas
neoliberais no Plano Petros
Julho, 2006
- Por Fernando Siqueira Conselheiro Deliberativo
da Petros
2Ardil para dividir a categoria, e impor um Plano
Petros 2
- Os gerentes do neoliberalismo no mundo, para
impor planos de previdência privada que atendam
os interesses do sistema financeiro, seguem as
indicações de estratégias globais, tais como - Jogar um grupo de beneficiários contra outros, na
Petros separar aposentados, ativos, novos,
Pré-70, 78/79 - Apresentar as propostas como a salvação da
lavoura (...) - Características das próprias políticas sociais
(Pierson, 1996) - Reformas nas políticas sociais impõem perdas
tangíveis e certas, a grupos de eleitores, em
troca de promessas de ganhos futuros, difusos e
incertos. - (...)
3Ardil para dividir a categoria, e impor um Plano
Petros 2
- A Petrobrás, através da Ata CA 1.109, item 7, de
20-03-97, Pauta nº 30, decidiu que a Fundação
Petrobrás de Seguridade Social (Petros) deve - ... (b) aprovar a constituição, por ato do
Presidente da Companhia, da Comissão de
Acompanhamento de Atividades da Petros (CAAP)
(c) incumbir a CAAP de, no prazo de sessenta
dias, promover estudos objetivando a
desvinculação da correção dos benefícios dos
participantes do reajuste dos salários do pessoal
da ativa, bem como a desvinculação do plano dos
índices de correção dos benefícios do Instituto
Nacional de Seguro Social (INSS) (...) - (Hélio Shiguenobu Fujikawa Secretário-Geral
da Petrobrás)
4Ardil para dividir a categoria, e impor um Plano
Petros 2
Privatização / Desnacionalização através de
Vendas da AçõesPosição Acionária da PETROBRÁS
1.086.101.087 Ações330.000 acionistas
(abril-2002)
Julho-2000
Março-2002
Free Float 39,1
Free Float 59,1
Fonte PETROBRÁS
5Ardil para dividir a categoria, e impor um Plano
Petros 2
Privatização / Desnacionalização através de
Vendas da Ações
30/05/2006
Fonte PETROBRÁS
6Ardil para dividir a categoria, e impor um Plano
Petros 2
- Em 7 de dezembro de 2002, antes da posse,
ocorreu uma reunião, pouco divulgada pela
imprensa, entre o diretor do FMI (Horst Köhler) e
Lula. Nesta reunião, o FMI colocou para Lula que
o problema fiscal do país era a Previdência, cujo
déficit chegaria a 5 do PIB, e insistiu na
aplicação da receita do FMI para ela. O diretor
do FMI contou depois na FEBRABAN - Federação
Brasileira de Bancos (onde os bancos estrangeiros
são hegemônicos), que Lula teria respondido que
cuidar da previdência seria a prioridade número 1
do seu governo. A notícia foi comemorada. - Fonte Reforma da Previdência e Historias
Conseqüentes. Joviniano S. de Carvalho Neto.
7 A falácia do déficit da Previdência
I RECEITAS (R bilhões)
Receita previdenciária líquida 80,73
Outras receitas do INSS 0,60
COFINS 57,78
Contribuição social sobre o lucro líquido 16,14
Concursos de prognóstico 1,27
CPMF 22,99
Receitas próprias do Ministério da Saúde 0,76
Outras contribuições sociais 0,17
TOTAL DAS RECEITAS 180,44
8 A falácia do déficit da previdência - II
II DESPESAS (R bilhões)
Pagamento total de benefícios 112,20
1. Benefícios previdenciários 105,36
Urbanos 84,45
Rurais 20,91
2. Benefícios assistenciais 6,22
RMV 1,77
LOAS 4,45
3. EPU Legislação especial 0,62
Saúde 26,71
Assistência social geral 0,48
Custeio e pessoal do INSS 2,92
Outras ações da Seguridade 2,23
Ações do Fundo de Combate à Pobreza 4,17
TOTAL DAS DESPESAS 148,71
SALDO FINAL (POSITIVO) 31,73
9A falácia do impacto dos novos
- A pedido do Conselho Fiscal, a Petros nos enviou
o estudo Impacto da Entrada dos Novos no Plano
Petros. Nesse estudo, a conclusão apresentada
era de que a entrada dos novos causaria um
impacto negativo de R 200 milhões. - Estranhando esse cálculo, questionamos a STEA,
autora do estudo, e descobrimos que a Petros
incluiu no banco de dados 980 petroleiros que
estão fora da Petros e próximos da aposentadoria,
portanto, não contribuíram para o Fundo. Ou seja
houve manipulação do resultado.
10A previdência na Constituição de 1988
- A Constituição Federal de 1988 foi pormenorizada
ao tratar da previdência, situando-a no Título
VIII, que trata da ordem social. O poder
constituinte originado, ao inaugurar o referido
Título, afirmou que a ordem social tem como base
o primado do trabalho e como objetivo o bem-estar
e as justiças sociais (art. 193). - Nas disposições gerais é disposto que a
seguridade social compreende um conjunto
integrado de ações de iniciativas dos Poderes
Públicos e da sociedade destinadas a assegurar
direitos relativos a saúde, a previdência, e
assistência social (art. 194).
11A previdência na Constituição de 1988
- A nova redação do art. 202 da Constituição
Federal - 1º A lei complementar de que trata este artigo
assegurará ao participante de planos de
benefícios de entidades de previdência privada o
pleno acesso às informações relativas à gestão de
seus respectivos planos. - 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de
previdência privada pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, suas autarquias e
fundações, empresas públicas, sociedades de
economia mista e outras entidades públicas, salvo
na qualidade de patrocinador, situação na qual,
em hipótese alguma, sua contribuição normal
poderá exceder a do segurado.
12A previdência na Constituição de 1988
- Definição de contribuição normal
- A Lei Complementar 109/2001 determinou que os
planos instituídos por pessoa jurídica de direito
público terão seu custeio normal rateado
paritariamente entre as patrocinadoras e os
participantes. Ressalte, contudo, a divisão
igualitária de custeio se dá exclusivamente na
contribuição normal, pressupondo que há outra
contribuição que não a normal. Trata-se da
contribuição extraordinária que nos termos do
art. 19, Único, inciso 2, da LC-109/2001,
destina-se ao custeio de déficit, serviço
passado, e outras finalidades não incluídas na
contribuição normal.
13OS INSTITUTOS NOS PLANOS DE ENTIDADES FECHADAS
- Benefício proporcional diferido (art. 14.1)
estabelece que um participante ao perder o
vínculo laborativo com o patrocinador, possa
optar por manter o recurso acumulado no plano
para receber benefícios proporcionais na
aposentadoria. - Portabilidade (art. 14, II) oferece ao
participante a possibilidade de remeter suas
reservas para outros planos de benefícios, sem
perda obrigatória de valores e sem ter que pagar
os tributos sobre essas transferências (Imposto
de Renda e CPMF). - Resgate (art. 14, III) e auto-patrocínio (art.
14, IV) são os mesmos da legislação anterior.
14Privatização mundial da previdência
- Matéria do jornal Valor Econômico, de 29-10-04
(pág. A-11), afirma que estudos do Banco Mundial
demonstram que os modelos aplicados na América
Latina, no qual houve hipertrofia da contribuição
privada (denominado regime chileno) apresentam
atualmente imensas dificuldades e se mostram como
socialmente excludentes.
15Do livro O Futuro do Welfare State
- O quadro dominante é uma paisagem congelada.
Não existe uma proposta milagrosa. Mudanças
sofrem resistências até porque não são para
melhorar e sim para perder direitos. - . O Chile e o Leste Europeu fizeram mudanças
drásticas pela destruição da estrutura
organizacional existente.
16Sistema social justo elemento crucial de
competitividade
- ... Em certa medida, o sucesso da Finlândia é
contraditório com a visão comum de que é
impossível combinar um sistema de bem-estar com
uma economia competitiva. Não só a Finlândia,
como os outros países nórdicos, mostram que um
sistema social justo é um elemento crucial de
competitividade. - (Professor JORMA ROUTTI, finlandês, um dos
maiores especialistas mundiais em políticas
públicas para a economia do conhecimento. Foi
responsável pela Diretoria Geral de Pesquisa
Científica e Desenvolvimento da Comissão Européia
depois que sua experiência na Finlândia se tornou
um modelo internacional. Entrevistado pela Folha
de São Paulo em 04/06/2006.)
17Definição dos planos BD e CD
- Plano Benefício Definido (BD)
- Nesse plano sabe-se o montante do benefício a
receber, que pode ser um valor constante ou um
valor relativo (x salários mínimos ou percentual
relativo à última contribuição). Os planos são
avaliados no seu decorrer para ajustar a
contribuição necessário, que pode variar ao longo
do tempo. Se for normal é dividida entre
empregador e empregado.
18Definição dos planos BD e CD
- Plano Contribuição Definida (CD)
- Nesse plano sabe-se o valor a ser pago (em geral
pré-determinado ou percentual fixo da
remuneração). Sendo o resultado do montante
acumulado no decorrer da vida laborativa que irá
fixar o valor do benefício. No momento da
concessão do benefício, calcula-se atuarialmente
o montante de pagamento que servirá de renda
mensal vitalícia ou renda por prazo determinado.
19A falácia do mutualismo perverso (Hood Robin)
- Tabela Relação Salário/Contribuição
Fonte Fernando Siqueira.
Continua...
20A falácia do mutualismo perverso (Hood Robin)
- Tabela Relação Salário/Contribuição
Fonte Petros
Continua...
21A falácia do mutualismo perverso (Hood Robin)
- Contribuições para o Plano Petros
- No Plano Petros, as contribuições dos
participantes e dos assistidos são calculadas
tendo como base, percentuais que variam de 1,96
a 14,9 ou 1,45 a 11, consoante as faixas
salariais ou o plano escolhido pelo participante.
A taxa de contribuição mensal das patrocinadoras
é de 12,93 sobre a folha de salário de
contribuição dos participantes ativos do plano.
Essa taxa vigora desde 1996, quando foi aprovado
pelo Conselho de Administração da PETROBRAS o
novo plano de custeio da entidade, reduzindo a
taxa até então vigente, que era de 22,16. - As contribuições dos demais planos de benefícios
administrados pela Petros estão especificadas nos
regulamentos de cada plano. - (Nota Explicativa Principais praticas
contábeis, letra B do parecer da Trevisan
Auditores Independentes, referente às
Demonstrações Contábeis da Petros Exercício
base de 2005.)
22A falácia do mutualismo perverso (Hood Robin)
() Patrocinadora 12,93 Alíquota
Dedução Participante Até 1.334,08 1,96 - De
1.334,09 a 2.688,16 4,06 28,02 De 2.688,17 a
13.015,12 14,90 317,24
- Analisando a tabela, observamos
- A percentagem da CONTRIBUIÇÃO DO PARTICIPANTE é
crescente variando de 1.96 até 11,72. Ou seja
quem ganha menos contribui percentualmente com
menos. - b) Se acrescentarmos a CONTRIBUIÇÃO DA
PATROCINADORA, a contribuição continua menor para
quem ganha menos, inclusive na SOMA DAS
CONTRIBUIÇÕES. Ou seja, quem ganha menos não
subsidia a quem ganha mais. - Quanto à qualidade, entendemos que dificilmente
os novos empregados encontrariam um plano de
previdência complementar com o patrimônio de
cerca de R30 bilhões. Segundo recente estudo dos
diretores da Petros, o Plano só irá ter problemas
no ano de 2085. Ou seja, o Plano Petros é um
plano saudável até porque, o déficit de R 5,2
bilhões, segundo parecer do atuário Rio Nogueira,
compartilhado pelo Conselho Fiscal da Petros e
por nos, é uma manipulação grosseira. Se as
dívidas da Petrobrás forem devidamente calculadas
e quitadas, se as premissas aturarias forem
honestas, a Petros teria um superávit acima de
R5 bilhões. - Desse modo, resulta falaciosa a afirmação de que
o problema estrutural da Petros seja de que os
que recebem menor salário subsidiam àqueles que
recebem maior salário.
23A falácia do mutualismo perverso (Hood Robin)
24A falácia do mutualismo perverso (Hood Robin)
25Balanço Atuarial da Petros (2004)E o déficit
manipulado
Alterações das premissas atuariais
Alterações das premissas atuariais
Ativo Passivo
Exigível 1.275.053.914,28
Reservas (provisões) 27.276.580.401,00
Benefícios Concedidos 17.101.488.596,00
Benefícios a Conceder 10.175.091.805,00
Fundos 0,00
Déficit (5.291.990.360,45)
23.259.643.954,83 23.259.643.954,83
Fonte Prof. Rio Nogueira.
26Balanço Atuarial para o Sistema
Petrobrás31-12-2004 - STEA
Mês / Ano Déficit Déficit
Mês / Ano R Em Relação ao Patrimônio Líquido
Dezembro / 2004 5.291.990.360,45 24,07
Todavia, admitida a paridade contributiva ipsis
litteris. (Patrocinadora recolhe aos cofres da
entidade montante igual ao das contribuições dos
ativos e dos assistidos).
Mês / Ano Déficit Déficit
Mês / Ano R Em Relação ao Patrimônio Líquido
Dezembro / 2004 3.625.815.662,45 16,49
27Componentes do déficit da Petros
Déficit, segundo a Diretoria da Petros
Anulação da rotatividade ....... 223 Crescimento do salário acima do previsto em 2003 ........612 Aumento de expectativa de vida apurada pelo IBGE .................................................. 24 Mudanças de tábua de mortalidade .......... 2.112 Ajustes cadastrais ........... 263 Mudança da prev. nível de inflação ............. 675 Fator previdenciário ........ 458 Mudança teto previdência .......... 485 Déficit corrente ...........440 R 5.292.000.000,00
Déficit, segundo o Conselho Fiscal
Redução do Fundo Adm ........... 350 Recuperação de aplicações Fin. ............. 250 Ressarcimento sopão corrigido .......... 2.038 Dif. Corrigida do fechamento do plano ............ 1.500 Dif. De aporte dos Pré-70 ..... ..1.259 FAT-FC ... 2.378 Mortalidade Experiências Petrobrás ............ 596 R 5.854.000.000,00
Saldo considerando o Conselho Fiscal R 562.000.000,00
28Petros déficit formalismo e realismo
O que seria o déficit, se Seria convertido em
A patrocinadora também recolhesse contribuição equivalente à dos assistidos? R 1.666.174.698,45. R (3.625.815.662,00)
2. Além disso, fosse observada a experiência da Petros, no caso de baixo progresso da vitalidade? R 596.504.922,00. R (3.029.310.740,00)
3. Além disso, o investimento continuasse aos juros reais de 11,87 ao ano, apurados nos últimos 3 anos?- R 5.844.438.460,00 Superáviti de R 2.815.118.080,00
Saldo final considerando Petros, Conselho Fiscal e Rio Nogueira
R 2.815.118.080,00 562.000.000,00 3.377.118.080,00
Observação falta considerar 1) O pagamento de
R 5,7 bilhões, referente aos Pré-70, sem
considerar a revisão atuarial 2) a mudança de
tábua que ocasionou o déficit de R 5,2 bilhões
não foi aplicada a essa dívida. Há uma Ação
Judicial da FUP em andamento.
Fonte Prof. Rio Nogueira.
29Petros déficit formalismo e realismo
- Ofício nº 763 / DAJUR/SPC Brasília, 30 de
abril de 2004 - Ao Sr. Wagner Pinheiro de Oliveira
- (...)
- b) em relação à segunda questão, a paridade
deverá ser observada anualmente, de forma que as
contribuições do patrocinador, a cada exercício,
não superem a soma das contribuições normais dos
participantes, inclusive dos assistidos, desde
que estas já estejam previstas pelo regulamento
do plano de benefícios. - (...)
30Perdas com os títulos NTN-B (I)Período de
01/01/2005 a 31/12/2005
- 1) Custo de Oportunidade
- Variação do IPCA 6 a.a 63,42
- Variação do CDI 83,96
- 1ª opção valor do ativo R 10 bilhões em
01/08/2002 - 2ª opção valor do ativo R 11 bilhões em
01/08/2002 - Atualização pelo IPCA 6 a.a
- 1ª opção R 10 bilhões x 63,42 R 16,342
bilhões - 2ª opção R 11 bilhões x 63,42 R 17,976
bilhões - Rentabilidade pelo custo de oportunidade (CDI)
- 1ª opção R 10 bilhões x 83,96 R 18,396
bilhões - 2ª opção R 11 bilhões x 83,96 R 20,236
bilhões - Perdas em relação à rentabilidade oferecida pelo
mercado - 1ª R 18,396 bilhões 16,342 bilhões R 2,054
bilhões. - 2ª R 20,236 bilhões 17,976 bilhões R 2,260
bilhões.
31Perdas com os títulos NTN-B (II)Período de
01/01/2005 a 31/12/2005
- 2) Perdas com a não reavaliação atuarial
- A massa salarial dos Pré-70, de responsabilidade
da Petrobrás, passou a ser paga pela Petros, em
96, através de contrato bilateral, com o
reembolso, em espécie, pela Petrobrás. Com a
quitação via título, teria que ser feita,
anualmente, a reavaliação atuarial. Não sendo
feita, gera perdas para a Petros de R 1,120
bilhões (balanço de 2004). - PERDAS TOTAIS COM NTN-B
- 1ª R 2,054 bilhões R 1,120 R 3,174
bilhões. - 2ª R 2,260 bilhões R 1,120 R 3,380 bilhões.
32Perdas com os títulos NTN-B (III)Período de
01/01/2005 a 31/12/2005
Título Indexador Juros Fixos Rendimento bruto nos últimos 12 meses
LTN Prefixado ------ 18,65
NTN-B IPCA 8,66 ------
LFT Selic ------ 19,54
Obs. qualquer pessoa pode aplicar em títulos do
Tesouro, todas as quartas-feiras, qualquer valor
acima de R 200. Basta acessar www.tesourodireto.g
ov.br. A liquidez é total, para manter a
credibilidade dos títulos.
33Déficit resultante da mudança de inflação
- Inflação considerada 5 (ao invés de 11)
- Déficit gerado R 700 milhões
- Inflação real no período
- 2002 12,5
- 2003 9,3
- 2004 7,6
- 2005 5,69
- Média do período 8,77
34Débitos da Petrobrás com a PetrosACP Ação
Coletiva Pública FUP(valores em milhões)
NTN-B 3.083
Sopão 2.249
Outros 757
Pré-70 1.259
FAT-FC 2.326
Custeio paritário (contribuição para os aposentados) 1.378
Revisão das pensões 887
Limite de idade (78/79) 1.071
Outros grupos (33/45, etc.) 150
Total 13.150
35Déficits, dívidas, contratos e suas alterações
- Parecer do Dr. Castagna Maia
- (...)
- SÚMULA DO STJ
- N 288 COMPLEMENTAÇÃO DOS PROVENTOS DA
APOSENTADORIA - A complementação dos proventos da aposentadoria é
regida pelas normas em vigor na data da admissão
do empregado, observando-se as alterações
posteriores desde que mais favoráveis ao
beneficiário do direito. (...) - A PARTIR DE 1981, no entanto, assim passou a
constar - Art. 59 As contribuições mensais aludidas no art.
47 e integrantes do plano de custeio obedecerão
às seguintes taxas enquanto ouras não forem
estabelecidas - I - quanto aos mantenedores-beneficiários ativos
referidos nos incisos I, II, III e IV do art. 2 - a) 1,45 sobre o salário-de-participação, até o
limite do menor valor-teto do salário-de-benefício
, na forma da legislação vigente (artigo 225 do
Decreto 77.077 de 24.01.76 - b) mais 11 sobre a parcela que exceder o maior
valor-teto do salário-de-benefício, na forma da
legislação vigente, observado o limite
estabelecido no 2º do artigo 13 deste
Regulamento. - II - quanto à Petrobrás as que forem aprovadas,
periodicamente, pelo respectivo Conselho de
Administração, para atender ao plano de custeio
do sistema previdenciário da Petros (...)
36Déficits, dívidas, contratos e suas alterações
- Parecer do Dr. Castagna Maia
- (...)
- Ainda mais, no Regulamento de 1985 assim constou
- Art. 48. Os fundos patrimoniais garantidores do
plano previdencial da Petros serão constituídos
pelas seguintes fontes de receita - () X - aporte de recursos, por parte das
patrocinadoras, na mesma proporção de suas
contribuições, nos anos em que porventura
ocorreram déficits técnicos. - (...)
- Voltemos ao caso Petros e concluamos
parcialmente não havia e não há previsão de
custeio de déficit pelos participantes da Petros
não pode a lei imputar a uma das partes o que o
contrato originalmente não imputou. - Há na Petros, sim, DÍVIDAS da patrocinadora
Petrobrás, conforme longamente já discorremos em
diversas oportunidades.
37Situação do Plano Petros se o déficit fosse real
38Balanço Atuarial da Petros (2004)
Fonte Prof. Rio Nogueira.
39A solidez do Plano Petros com déficit zero
40A solidez do Plano Petros com déficit zero
41Súmula 321 do STJ Enunciado O Código de Defesa
do Consumidor é aplicável à relação jurídica
entre a entidade de previdência privada e seus
participantes.
42Análise do Plano Petros II
43Reserva Líquida (depósitos-despesas)
- Quanto maior for a taxa de administração, menos
recursos sobrarão para as contas individuais de
capitalização. - Quanto maiores os benefícios de risco
(aposentadorias por invalidez e pensão direta),
menor o valor que reverterá para as contas
individuais. E são justamente essas contas
individuais que, no final do período de
contribuição, garantirão as aposentadorias por
tempo de contribuição.
a. Custeio administrativo da entidade.
b. Custeio dos benefícios de risco e eventuais outros fundos mutualistas.
c. Crédito nos saldos de conta.
44Reserva Líquida (depósitos-despesas)
- Há vinculação dos referidos valores com o que é
pago pelo INSS? - Não há qualquer vinculação, tanto positiva quanto
negativa. Ou seja, a Petros, de um lado, não se
beneficiará de eventual reajuste do INSS para
reduzir seus compromissos de outro lado, havendo
diminuição da aposentadoria do INSS, de regra por
mudança legislativa ou adição, entre outros, do
fator previdenciário, a previdência
complementar não suportará tal diferença, o que
provocará um buraco na aposentadoria do
trabalhador.
45Mudança da tábua de mortalidade (I)
- Recentemente a Petros modificou sua tábua de
mortalidade, passando a adotar a AT-2000, e que o
déficit da entidade foi multiplicado por 4 em
virtude de tal modificação. Até 3 anos a Petros
utilizava a EB7-75 em 2003 modificou para GAM-71
(a mesma da Previ) em 2005 modificou para
AT-2000. - No período de três anos a Petros utilizou três
tábuas.
46Mudança da tábua de mortalidade (II)
- Com a mudança de tábua, o impacto aparente
inexiste plano CD não tem déficit, mas queda de
reserva Tal situação somente existe, em caso de
CD-misto, para a reserva de aposentados. Se a
rentabilidade não foi o suficiente, ou se houve
troca da tábua de mortalidade, ou se foi alterada
qualquer outra premissa, simplesmente o valor das
cotas diminui Ou seja, se antes 300.000 reais
custeariam a aposentadoria, agora, há brutal
diminuição dos valores de aposentadoria. - Já num plano de BD o déficit que seria coberto,
pela Reserva de Contingência ou se ela não for
prevista pelo Regulamento Se o regulamento não
cobra do participante, a responsabilidade é da
patrocinadora se o regulamento prever é
dividido. De qualquer sorte, no plano de BD
corrige-se a contribuição, mantendo-se o
beneficio no plano de CD, diminui o saldo de
conta para a aposentadoria.
47CD agride política de Recursos Humanos
- A adoção de um plano tipo CD incentiva a saída de
empregados, e com o decorrer do tempo alimentará
o descompromisso com o Sistema Petrobrás,
resultando em perda de memória técnica pela
Companhia. - O sucesso da Petrobrás se deve, sobretudo, a sua
política de recursos humanos, da qual o Plano
Petros é o pilar central.. Agredir a Petros, é
agredir o Sistema Petrobrás, facilitando a sua
privatização, e, por conseqüência, a soberania do
país. . Portanto, não tem sentido um plano que
pode incentivar a saída de funcionários da
empresa. - Um plano de seguridade deve ser instrumento que
colabore para a tranqüilidade e a confiança dos
profissionais na Companhia, não o contrário.
48Solidariedade perversa ou individualismo
perverso
- Os defensores do plano CD falam freqüentemente em
Mutualismo perverso ou solidariedade perversa.
Mas pior do que solidariedade perversa, é o
individualismo perverso. Num plano tipo BD, a
contribuição da patrocinadora sobre um salário de
R15.000, por exemplo, é direcionada ao plano se
for um plano de CD, a contribuição será destinada
à conta individual do participante de alto
salário. O Petros 2 é o verdadeiro Hood Robin.
49Benefício baixo
- Desde já adiantamos que a contribuição relativa
ao benefício mínimo é calculada de forma
individualizada. Cada participante custeará seu
próprio benefício mínimo, e tal benefício é
extremamente baixo. - Se o Beneficio Mínimo do Plano Petros é baixo,
este é pior
50Contribuição voluntária
- A Contribuição Voluntária, de outra parte, é
escalonada cada participante poderá, de acordo
com a faixa etária, optar pela contribuição
voluntária, que será acompanhada pela
patrocinadora. Quanto menor a idade, menor esta
contribuição.. - Quanto mais arrochado o participante quanto mais
jovem ou mais imprevidente, menor sua
contribuição. Se ele estiver apertado pode optar
por contribuir menos, A patrocinadora, feliz da
vida, baixa sua contribuição..
51Contribuição voluntária
- A opção de contribuição escalonada sempre vem em
benefício da patrocinadora. Luiz Gushiken, nos
bons tempos, ensinava que é preciso algum grau de
compulsoriedade na previdência, justamente para
que Imprevidência não seja a regra. - No caso presente, tem-se inequívoca situação pior
do que a proposta pelo Plano Petrobrás Vida
naquele plano, a patrocinadora mantinha sua
contribuição fixa. De um lado, não poderia
atingir os ora alardeados 11 de outro lado, sua
contribuição nunca seria inferior a 10 para a
faixa acima de R 1.400,00.
52Benefício mínimo
- O Benefício Mínimo previsto para a aposentadoria
normal é de 30 do SMP. O Salário Médio de
Participação é a média de todos os salários de
participação vertidos, limitados a 35 anos. O
teto do benefício mínimo é 10 VRP, ou R1.400,00
em 01.06.2004.O Salário Médio de Participação,
portanto, é a média de toda a vida profissional
do participante desde que ingressou no Plano. Tal
é a base para o cálculo do benefício mínimo
garantido. - Nesse particular, tem-se que o benefício mínimo é
irrisório ter-se-á a média de 30 anos, mais ou
menos, dos salários de cada empregado.
computa-se, portanto, desde o primeiro momento de
ingresso na no Plano. - Acima de tudo, veja-se o benefício mínimo é
custeado individualmente. cada participante
constitui seu próprio fundo.
53Renda mensal vitalícia
- Do valor será apartado o valor o necessário ao
custeio de pensão para os dependentes. Ou seja, o
mesmo saldo de conta deverá suportar tanto a
aposentadoria quanto a pensão. - Os valores a acumular, portanto, deverão suportar
tais benefícios. Ainda mais tais valores são
acumulados individualmente pelo participante.
Quanto mais filhos menores de idade à data da
aposentadoria, maiores serão as reservas de idade
à data da aposentadoria, maiores serão as
reservas necessárias para cobrir a pensão, que
incluirá também a viúva, ou viúvo.
54Renda mensal em quotas por prazo determinado
- No momento da aposentadoria, são somados os
saldos de conta. Apura-se, por exemplo, a
existência de 300 mil reais, equivalentes a
300.000 quotas. O participante poderá receber
tais quotas por determinado número de meses,
sendo no mínimo 60 (5 anos, sem contar o
décimo-terceiro salário). - Nesse caso, poderá o participante receber 300.000
quotas divididas por 60 meses, ou seja, R5.000
ao mês. - Durante 5 anos receberá 5 mil reais ao mês. Se
falecer no quadragésimo mês, os pensionistas
receberão as vinte finais prestações. - Se o participante sobreviver por mais tempo do
que o prazo previamente determinado, nada mais
receberá da Petros.
55Renda mensal em quotas por prazo determinado
- O que há de mais preocupante, no entanto, é que
praticamente é eliminada a pensão. O participante
definirá se deseja receber a íntegra dos
recursos, sem qualquer compromisso familiar. - Percebe-se a gravidade as iniciativas
previdenciárias iniciaram pela cobertura, entre
grupos de trabalhadores, de seu auxílio-funeral
após, pela necessidade de deixar pensão em
seguida, para casos de invalidez adiante, por
idade, e, por último, a aposentadoria por tempo
de serviço, desvirtuada por FHC para
aposentadoria por tempo de contribuição. A
proposta de extinguir-se a pensão é um retrocesso
absoluto em termos históricos. - Essa espécie de plano nada tem de previdenciário.
A lei, no entanto, exige caráter previdenciário
para os benefícios. Sustentamos, portanto, que
essa modalidade de rendaé inadmissível, ilegal,
em entidades fechadas de previdência privada,
dado o seu caráter exclusivamente financeiro.
56Renda mensal em quotas por prazo indeterminado
- É a modalidade ainda mais financeira do que o CD
puro. Na data da aposentadoria, o participante
receberá determinado número de quotas. A cada
variação da quota, varia o valor de sua
aposentadoria. - E o pior, a tendência da cota é variar sempre
para baixo
57Aposentadoria por invalidez
- Já muito foi comentado a respeito de tal espécie
de plano. O Benefício Mínimo é de tal sorte
mínimo que na absoluta maioria dos casos será
suportado pela contribuição básica, tornando-se
portanto, um clássico plano de CD.
58PPV Plano Petrobrás Vida
- O PPV, só contemplava a aposentadoria vitalícia,
não previa renda por prazo determinado. bem como
não constava renda por quotas por prazo
indeterminado.
59Comparação do PPV com o Petros II
Idade Em anos completos Plano Petros 2 Mínima Máxima Plano Petros 2 Mínima Máxima PPV Percentual Único Economia da Patrocinadora sobre contribuição dita variável
Até 30 ? 8,0 10 2
Entre 31 e 35 ? 8,5 10 1,5
Entre 36 e 40 ? 9,0 10 1,0
Entre 41 e 45 ? 9,5 10 0,5
Entre 45 e 50 ? 10,0 10 ---
Entre 51 e 55 ? 10,5 10 - 0,5
Acima de 56 ? 11 10 - 1,0
60Comparação PPV com Petros II
- Para as camadas de salário mais baixo, portanto,
o PPV inequivocamente era melhor. Para qualquer
camada salarial, o Plano Petros 2 somente empata
com o PPV aos 46 anos de idade. - Tomando-se como idade de aposentadoria os 55
anos, tão somente nos últimos 5 anos a
contribuição da patrocinadora no Plano Petros 2
será maior do que no PPV. Ora, até mesmo essa
faixa está sendo prejudicada muito melhor que a
contribuição de 10 ocorra a partir dos 25, ou 30
anos, permanecendo mais tempo no plano, rendendo
sob a forma de aplicações. - Conclui-se que o financiamento do Plano Petros 2
é muito mais perverso do que o do PPV para o
participante. - Ocorre que o PPV já era muito ruim. Não passa a
ser bom a partir da comparação com o novo plano
proposto.
61Repactuação Falácias do Diretor de RH da
Petrobrás, Diego Hernandes, e da FUP
62Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- SE HOUVER REPACTUAÇÃO A PETROBRÁS APORTA DINHEIRO
NA PETROS E TORNA O PLANO SUSTENTÁVEL - Realidade Existe uma ação dos petroleiros,
impetrada pela FUP e 14 sindicatos, na qual a
perita judicial já fez parecer definindo que o
débito da Petrobrás com a Petros é de R9,3
bilhões. A Petrobrás quer a repactuação para
pagar apenas R4,5 bilhões e ainda em suaves
prestações 20 anos.
63Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- O DÉFICIT DA PETROS É DE R 4,5 BILHÕES
- Real o déficit, manipulado, caiu para R 3,5
bilhões em jan./2006. Se ele fosse real, ainda
assim não haveria déficit já que a Petrobrás deve
R 9,3 bilhões. Por que ela não paga essa dívida,
repõe as perdas (79,2 segundo o DIEESE) para
depois negociar?
64Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- SE NÃO HOUVER REPACTUAÇÃO O DEFICIT SERÁ DIVIDIDO
ENTRE A PETROBRÁS E OS PARTICIPANTES - Real para quem entrou antes da Lei Complementar
109/01, o regulamento que rege o seu contrato
reza que os eventuais débitos são de
responsabilidade da Petrobrás. É um direito
adquirido. Se repactuar ele se adapta à nova
legislação e aí, sim, passa a dividir os
déficits. A lei não retroage para ferir direito
adquirido, diz a Constituição. Mesmo que não
houvesse essa condição, os débitos da
Petrobráscom os Pré-70, com as pensionistas, com
o pessoal 78/79, com o FAT-FC e outros, são
anteriores à Emenda n 20. Não teria porque
dividir.
65Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- QUEM FALA QUE A AMS ACABA COM O FIM DO ART, 41
MENTE - Real a AMS está atrelada ao Acordo Coletivo. Se
o artigo 41 cair não haverá razão para o
aposentado participar do ACT. A Petrobrás poderá
propor no ACT um de aumento maior em troca do fim
da AMS dos aposentados e, em face do arrocho
salarial, será facilmente aprovado. O pessoal já
negociou até o anuênio! Lembro que no governo
passado criaram a Petrossaude para levar a AMS
para a Sul América, através da outra diretoria da
AMBEP. A Petrossaude não foi extinta.
66Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- OS 15.000 SÃO PARA REPOR AS PERDAS DOS
APOSENTADOS - Real não são 15.000 e sim 10.875 porque tem
27,5 de desconto para o Imposto de Renda. Valor
fixo não repõe perdas percentuais (79,2 de 1994
a 2003 pelo DIEESE). Segundo o PC a Diretoria
fixou esse valor achando que compra todos.
67Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- O ARTIGO 41 PREJUDICA AS PENSIONISTAS
- Real o INSS mudou as regras na década de 90. A
Petros tem que adaptar o seu regulamento para
complementar corretamente a pensão (de 60 para
100). Nem a diretoria anterior nem a atual a
corrigiram. A Petros está se apropriando de forma
indébita do complemento das pensionistas. Falta
vontade política.
68Repactuação Falácias do Diego e da FUP
Pensionista o cálculo da sua pensão está errado
Como a Petros deveria pagar
Como a Petros vem pagando
Diferença paga menor R 400,00. Deu para
entender a questão? Pois é, o que a FUP propõe?
Que a companheira esqueça um direito legítimo e
aceite em troca R15.000,00. Dependendo do seu
valor da Petros, a diferença é astronômica. O
passivo individual dessa questão atinge em algum
casos 5 a 10 vezes o valor proposto.
69Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- O ATIVO VAI TER 3 REMUNERAÇÕES BPO, INSS E O
PETROS 2 - Real é verdade. Mas vai perder nas 3 o BPO vai
ser corrigido pelo pior índice que é o IPCA o
INSS agora é calculado pela média do tempo de
contribuição, a partir de 1994. Hoje é dos
últimos 12 anos. No próximo ano, 13 anos,
sucessivamente até os 35 anos. Além de ser sempre
comprimido pelo governo o Petros 2 como disseram
Dr. Maia e o criador da Petros Rio Nogueira, em
alguns aspectos é pior que o PPV. A sua parcela
terá descontos, da reserva matemática, de todas
as despesas com benefícios de risco,
administração e quaisquer perdas. Logo a soma das
3 será sempre menor que os 90 do plano Petros. E
você ainda paga mais!
70Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- O ATIVO QUE REPACTUAR VAI RECEBER POR 3 FONTES
INSS, BPO E RESERVA EFETUADA PELO PLANO PETROS 2 - Real É verdade. Mas o ativo vai perder nas 3
fontes o INSS vai ter achatamento porque ele
será calculado pela média dos anos trabalhados
após 94. Hoje é a media dos 12 últimos no
próximo ano serão 13 e assim sucessivamente até a
divisão por 35 além da compressão natural do
governo sobre o INSS o BPO vai ser corrigido
pelo IPCA, o pior dos índices no depósito para o
Petros 2 serão descontados comissão, benefícios
de risco, pecúlio por morte, pensão, dependentes
e ainda o beneficio mínimo que é custeado pelo
participante ou seja será um valor pequeno.
71Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- O MUTUALISMO PERVERSO DO PLANO PETROS SE UM CARA
ENTRA COM 25 E CONTRIBUI POR 35 ANOS E OUTRO
ENTRA COM 35 E CONTRIBUI SÓ POR 25 ANOS, NA
APOSENTADORIA VAO GANHAR IGUAL, MEU REI! - Real esta é uma análise muito pobre,
incentivando a inveja e o olho grande. Senão
vejamos se eu entro com 25 anos, contribuo
dentro das regras e chego na aposentadoria a
Petros me paga os 90 do salário de contribuição,
não tenho que ficar olhando para os outros. Até
porque a minha chance de progredir mais é maior.
Mas ficar olhando com olho grande é uma paranóia.
Assim, eu teria que me comparar com o caso
Ronaldo fenômeno. O cara faz o que gosta,
trabalha pouco, transa com mulheres maravilhosas
e ganha por minuto o que ganho por ano. Se for
nesse caminho estaremos mal. Não pode ser por aí.
Isto é pobreza de espírito!
72Repactuação Falácias do Diego e da FUP
- O PLANO É CD DURANTE A FASE LABORAL, MAS É BD NA
HORA DA APOSENTADORIA TENDO UM BENEFICIO
VITALÍCIO - Real o Petros 2 é CD na fase de acumulação da
reserva. Na aposentadoria é BD. Só quea) a
contribuição da Petrobrás cairá de 12,93 para 8
para quem tiver 30 anos, aumentando meio ponto a
cada 5 anos. E o participante passa a pagar um
para um, ou seja, o participante paga mais e
recebe menos. Como é o cálculo da renda
vitalícia? É a renda acumulada como CD,
descontados os benefícios de risco, a taxa de
administração, o valor dos dependentes, eventuais
déficits e dividida pelo produto da expectativa
de vida vezes 13 salários / ano. Seja uma reserva
de 200.000 Renda Vitalícia 200.000/13x26 (13
salários anuais vezes a expectativa de vida para
o homem se ele tiver 55 anos. Se for mulher o
divisor é maior). Este quociente é de cerca de
590,00 mensais. É a merreca vitalícia.
73As contradições da FUP
- A FUP disse no Boletim Primeira Mão número 564,
que ... O IPCA era um índice do governo, tão
ruim quanto o INPC, e facilmente manipulável.
Tanto que vários fundos oferecem o IGP-M e IGP-DI
por serem índices mais confiáveis...
74As contradições da FUP
- Na época a Petrobrás e a Petros ofereceram uma
bonificação para estimular a migração do Plano
Petros para o Plano Petrobrás Vida. Algo próximo
de 3 remunerações globais (na verdade 2,75). A
FUP e os sindicatos criticaram com justa razão,
argumentando que se tratava, em síntese, de
compra da consciência ou dos direitos dos
patrocinados.
75As contradições da FUP
- Tudo foi feito açodadamente. Pouco tempo para
pensar. Estratégia da Petrobrás e da Petros. Foi
é pegar ou largar e se largar vai pagar a
conta sozinho. Não dar muito tempo para pensar
era a estratégia, sempre acompanhada da ceva de
2,75 remunerações. Alegação maior foi que a
indigesta migração não era obrigatória.
76As contradições da FUP
- Apesar da proposta da Petros para adesão ao novo
plano que outrora já foi chamado de migração,
parece-me que as alterações cingir-se-ão expressa
e diretamente aos artigos 41 e 42, mas cláusulas
2 e 10 do Termo Individual de Adesão abrem todo o
espaço necessário para modificação de outros
dispositivos, de acordo com a proposta da
Companhia. Ou seja, as modificações serão nos
artigos 41 e 42, podendo, também, invadir outros
dispositivos a critério da Petrobrás. É o que
está escrito.
77As contradições da FUP
- Quero deixar aqui consignado o que disse o
boletim Primeira Mão, de 20/09/2001, edição
especial, em um de seus boletins, referindo-se à
propaganda enganosa da Petrobrás e da Petros
naquela época ... Este boletim vem veinculando
informações desencontradas e muitas vezes
enganosas, o que só faz aumentar ainda mais a
insegurança e angústia dos participantes, que
terão que tomar uma decisão séria e definitiva em
relação à migração. Decisão esta que irá alterar
para sempre suas vidas e o seu futuro...
(afirmação da FUP)
78As contradições da FUP
- Hoje, alardeia-se que a necessidade de um novo
plano deve-se ao fato de manter o valor dos
benefícios e ninguém mais fala nos salários do
pessoal da ativa, mesmo porque serão
desvinculados da suplementação dos benefícios,
exatamente como queria a Petrobrás em 2001. Há
até a confissão no boletim FUP/PETROS Especial de
que isto (o artigo 41 do RPB) era uma ilusão de
que não foi capaz de garantir a correção dos
benefícios de que foi um tiro que saiu pela
culatra de que em razão disso os aposentados e
pensionistas passaram a acumular perdas desde o
Plano Real que o Banco do Brasil já fez isso em
1998, etc., e queixando mais. São afirmações do
consórcio FUP/PETROS.
79As contradições da FUP
- O IPCA, que, segundo a FUP, era o pior dos
índices, de repente deixou de ser tão ruim assim
e passou a ser recomendado, já que ela (a FUP) é
a divulgadora do novo plano da Petros que vai
adotar o IPCA.
80As contradições da FUP
- Antes dela os formadores de opinião eram
aposentados que fora treinados para vencer o
PPV pelo preço de 2,75 remunerações globais. Na
época era só isso mesmo. Mas agora é de 3 desde
que a soma não passe de R 15 mil. Para
benefícios menores, poderá ser 3, 4, 5, 6 ou até
7 remunerações globais. O divulgador do plano
disse em Joinville, que este é o princípio
socialista da distribuição de rendas. Será? Isto
me faz lembrar do livre de George Wells, A
Revolução dos Bichos.
81As contradições da FUP
- Entretanto, remexendo novamente o baú verifiquei
que o boletim Primeira Mão número 564 afirmou
... A Petrobrás oferece dinheiro para o
aposentado renunciar a todas as garantias que tem
no atual plano. Com isso, as aposentadorias e
pensões continuarão defasadas e a Petros se livra
de futuras ações judiciais cobrando a correção
dos benefícios... - Quanto ao IPCA, se a FUP alegou que este era um
dos piores índices, facilmente manipulável,
sugerindo que outros fundos de pensão adotavam o
IGP-M e o IGP-DI, fica uma interrogação no ar se
atentarmos que no boletim especial da FUP/Petros
há uma tabela mostrando que a evolução do INSS,
que é reajustado pelo INPC, foi 202,14 que a
evolução do IPCA foi 161,78 e que a evolução do
IGP-M foi de 233,29, todos aferidos nos últimos
10 anos. - Esta tabela comprova que a FUP tinha razão em sua
afirmação de que o IPCA era o pior dos índices.
Ao que parece hoje não é mais.
82As contradições da FUP
- Já na página da Petros, divulgadora do PPV, havia
a Nota aos Participantes aposentados e
pensionistas que apresentava várias vantagens,
dentre elas a Petrobrás garantiria todos os
direitos dos aposentados e pensionistas, através
dos artigos 108 e 109 do PPV, mas as ameaças eram
constantes ... É importante alertar que se você
não migrar deverá pagar 50 dos eventuais
déficits que surgirem futuramente no antigo Plano
Petros....
83As contradições da FUP
- Nos boletins atuais a história é outra. Nela a
Petros é tida e havida como em situação de risco
para os patrocinados. Alega-se um déficit no
valor de mais de R 6 bilhões e que a solução é
repactuar os artigos 41 e 42 e adotar o IPCA como
índice reajustador de nossos benefícios.
84As contradições da FUP
- Segundo o boletim FUP/Petros este valor será
reconhecido e pago pela Petrobrás. Para
convencimento esclarece-se que com esse valor a
Petrobrás poderia construir 3 refinarias ou 4
plantaformas P-51.
85As contradições da FUP
- Mas aí vem a pergunta que não quer calar e que
não ofende a dívida em 2001 era de R 15,18
bilhões, dos quais pago R 5,3 em 2001 restou R
9,88 bilhões, ou após pago o valor de 5,3 bilhões
o déficit aumentou novamente para R 9,88 bilhões?
86As contradições da FUP
- No encarte do boletim Sindipetro-PR/SC número
1199 há a informação de que o déficit é de R 6,2
bilhões e que será quitado pela Petrobrás,
saneando de vez o Plano Petros. Na página 20 da
Revista Petrobrás número 113 (março/abril/maio de
2006) há informação de que este déficit é de R
4,5 milhões, apurado no final de 2005.
87As contradições da FUP
- O que causa espanto é que a página 14 da Revista
Petros de abril de 2006 informa ... A elevação
da rentabilidade em cada segmento, os ativos de
investimentos - que passaram de R 23,8 bilhões
para R 27,3 bilhões - e o superávit técnico de
R 845 milhões foram outros objetos da
matéria....
88As contradições da FUP
- Não custa lembrar que na página da Petros na
internet, no dia 10/01/2002, há a informação POR
CONTRATO, PETROBRÁS GARANTE COBRIR DÉFICITS. No
corpo da matéria há a informação pública ... A
cláusula de Obrigações da Patrocinadora, o
contrato fixa que cabe à Petrobrás responder
integralmente pelo pagamento de contribuições
extraordinárias relativas à cobertura dos
Benefícios Saldados e Benefícios Proporcionais
Saldados....
89As contradições da FUP
- Sobre este assunto creio que a solução é fácil
demais. É caso de polícia, já que apropriação
indébita é crime, com o agravante de existirem
menores entre as vítimas.
90Gestão de Risco Atuarial MBA de Previdência
Complementar
- Fatores de Desconto e Capitalização Atuarial
- Capitalização Financeira e Capitalização Atuarial
- Dado que Sn (soma financeira) lt Sxn, (soma
atuarial) qual o valor de p financeiro que
equilibra o montante final atuarial para o mesmo
nível de benefício para ambos os tipos de planos? - Dos planos de contribuição definida se exigirá
maior esforço financeiro para um mesmo nível de
benefício quando comparados aos planos de
benefício definido. - O fato se deve à existência do conceito mutual
dos planos de benefício definido e não presente
nos planos por contribuição definida.
i . ( Nx-1 Nxn1 ) ( 1i )n 1 . Dxn1
p
91Gestão de Risco Atuarial MBA de Previdência
Complementar
- Fatores de Desconto e Capitalização Atuarial
- Exercício determine o esforço excedente de um
participante de 30 anos que acumule recursos
durante 35 anos a uma taxa de juros de 5 ao ano
em um plano de contribuição definida quando
comparado a um plano de benefício definido para
um mesmo nível final de benefício.
i . ( Nx-1 Nxn1 ) ( 1i )n 1 . Dxn1
0,05 . (4.003.239,70 400.781,81) ( 1,05)35 1 . 32.944,35
p
p
P 1,21069 (21)
O dissimulador Petros/Petrobrás não faz essa
conta.
92Bibliografia
- BRANDÃO, Paulo Conselheiro Fiscal eleito da
Petros. - COELHO, Vera Schattan (Org.). (2003), A reforma
da previdência social na América Latina. Editora
FGV, Rio de Janeiro. - DELGADO, Ignácio. (2001), Previdência social e
mercado no Brasil. São Paulo, LTR. - ESPING-ANDERSON, Gosta. (1995), O futuro do
Welfare State na nova ordem mundial. Lua Nova,
35, São Paulo, Cedec. - MAIA, Castagna advogado da FUP e Associações de
aposentados. - NOGUEIRA, Rio Atuário, criador do plano Petros.
- PIERSON, Paul. (1994), Dismantling the Welfare
State?, Cambridge, Cambridge University Press. - SIQUEIRA, Fernando Conselheiro Fiscal eleito
da Petros.
93Fernando SiqueiraConselheiro Deliberativo da
Petros fsiqueira_at_aepet.org.br21 2533-1110