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TICA PROFISSIONAL Narciso, de Caravaggio, 1598-99. O mito Grego de Narciso, personagem que morreu enamorado pela pr pria imagem refletida na gua, representa ... – PowerPoint PPT presentation

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1
ÉTICA PROFISSIONAL
  • Narciso, de Caravaggio, 1598-99. O mito Grego de
    Narciso, personagem que morreu enamorado pela
    própria imagem refletida na água, representa
    aqueles que não conseguem sair de si mesmos e
    descobrir a alteridade ser moral é reconhecer o
    outro como outro.

2
  • 1. O homem é um ser consciente
  • Isso é imoral, movimento pela ética na política,
    ética profissional dos médicos essas expressões
    demonstram que a moral e a ética estão presentes
    em nosso dia-a-dia, seja na vida particular, na
    família, na educação, no trabalho ou na política.
  • O fenômeno moral é tão antigo quanto a história
    da humanidade ex. as máximas de Ptahotep (2.500
    a.C). Essa obra reúne aforismas de Ptahotep,
    ministro de um faraó, compôs para orientar a
    educação do filho, aconselhando a ser leal,

3
  • tolerante, bondoso, reto e justo.
  • Imagem Eu e a Aldeia (Marc Chagal)
  • Sobre a consciênciagt é de uso freqüente, você
    perdeu a consciência, você agiu de acordo com a
    consciência.
  • Perder a consciência é perder o sentido da
    existência de nós mesmos e do mundo.
  • Trata-se da consciência psicológica, que é
    conhecimento de nós mesmos, quem somos, o que
    fazemos e o mundo que nos cerca.
  • Na segunda situação, agir de acordo com a
    consciência, trata-se da consciência moral,

4
  • pensamento interior que nos orienta, de maneira
    pessoal, sobre o que devemos fazer em uma
    determinada situação.
  • Antes de uma determinada ação, a consciência
    moral emite um determinado juízo que aconselha ou
    proíbe.
  • Após a realização da ação, a consciência moral se
    manifesta como um sentimento de satisfação (força
    recompensadora), ou arrependimento, remorso
    (força condenatória).

5
  • A consciência psicológica e a moral estão
    relacionadas.
  • Na realidade, se o problema moral é colocado, é
    porque ele possui consciência psicológica.
  • O animal não possui consciência psicológica, as
    suas respostas estão prontas nos seus reflexos e
    instintos.
  • Já o homem, para decidir, escolher, enfim,
    exercer a liberdade, o homem precisa estar
    consciente.
  • Enquanto a consciência psicológica possibilita ao
    homem escolher, a consciência moral, com seus
    valores e normas, orienta a escolha.

6
  • Três componentes fundamentais da vida moralgt
    CONSCIÊNCIA LIBERDADE RESPONSABILIDADE.
  • Assim temos que qualquer coação interna ou
    externa anula a liberdade de uma pessoa, e a
    exime da responsabilidade moral.
  • Etapas da formação da consciênciagt (aprofundar)
    Piaget, a formação segue quatro etapas Anomia,
    heterônoma, socionomia e autonomia.

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  • ANOMIA gt A negação. NOMIA regra, lei.
    Atitudes Bagunça, devassidão, libertinagem,
    dissolução.
  • HETERONOMIA gt A lei, a regra vem do exterior, do
    outro. Atitudes Medo, autoritarismo, imposição,
    castigo, prêmio, respeito unilateral, autocracia,
    tirania.
  • AUTONOMIA gt Capacidade de governar a si mesmo.
    Atitudes Cooperação, amor, respeito mútuo,
    afetividade, livre-arbítrio, democracia,
    reciprocidade, lei Causa e Efeito.
  • SOCIONOMIA o seguimento das regras da sociedade.
  • No aspecto moral, segundo Piaget, a criança passa
    por uma fase pré-moral, caracterizada pela
    anomia, coincidindo com o "egocentrismo" infantil
    e que vai até aproximadamente 4 ou 5 anos.
    Gradualmente, a criança vai entrando na fase da
    moral heterônoma e caminha gradualmente para a
    fase autônoma.

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  • Na fase de anomia, natural na criança pequena,
    ainda no egocentrismo, não existem regras e
    normas. O bebê, por exemplo, quando está com
    fome, chora e quer ser alimentado na hora. As
    necessidades básicas determinam as normas de
    conduta. No indivíduo adulto, caracteriza-se por
    aquele que não respeita as leis, pessoas, normas.
  • Na medida em que a criança cresce, ela vai
    percebendo que o "mundo" tem suas regras. Ela
    descobre isso também nas brincadeiras com as
    criança maiores, que são úteis para ajudá-la a
    entrar na fase de heteronomia.

9
  • Na moralidade heretônoma, os deveres são vistos
    como externos, impostos coercitivamente e não
    como obrigações elaboradas pela consciência. O
    Bem é visto como o cumprimento da ordem, o certo
    é a observância da regra que não pode ser
    transgredida nem relativizada por interpretações
    flexíveis. De certa forma, a intolerância da
    Igreja, por qualquer interpretação diferente da
    sua, referente ao Evangelho, manteve a humanidade
    na heteronomia moral. O bem e o certo estavam na
    Igreja, no Estado e não na consciência interior
    do indivíduo.

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  • O indivíduo obedece as normas por medo da
    punição. Na ausência da autoridade ocorre a
    desordem, a indisciplina.
  • Na moralidade autônoma, o indivíduo adquire a
    consciência moral. Os deveres são cumpridos com
    consciência de sua necessidade e significação.
    Possui princípios éticos e morais. Na ausência da
    autoridade continua o mesmo. É responsável,
    auto-disciplinado e justo. A responsabilidade
    pelos atos é proporcional à intenção e não apenas
    pelas conseqüências do ato.

11
  • 2. O Conceito de Ética
  • Ética é a ciência do comportamento moral dos
    homens em sociedade.
  • É uma ciência que tem objeto próprio, leis
    próprias e método próprio.
  • A moral é um dos aspectos do comportamento
    humano.
  • O objeto da ética é a moral, mais especificamente
    a moralidade positiva, ou seja, o conjunto de
    regras de comportamento e formas de vida através
    das quais tende o homem a realizar o valor do
    bem.

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  • O conceito de ética já leva à conclusão de que
    ela não se confunde com a moral.
  • A ética é a ciência dos costumes, já a moral, não
    é ciência, mas objeto da ciência.
  • Como ciência, a ética procura extrair dos fatos
    morais os princípios gerais a eles aplicáveis.
  • Enquanto conhecimento científico, a ética deve
    aspirar à racionalidade e objetividade mais
    completas e, ao mesmo tempo, deve proporcionar
    conhecimentos sistemáticos, metódicos.

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  • A ética é uma disciplina normativa, não por criar
    normas, mas por descobri-las e elucidá-las.
  • O objetivo, é mostrar às pessoas os valores e
    princípios que devem nortear sua existência.
  • O complexo de normas éticas se alicerça em
    valores. Há uma conexão entre dever e valor. Pois
    para responder a pergunta o que devo fazer, devo
    saber responder sobre o que é valioso.

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  • Toda norma pressupõe um valor. A norma é regra de
    conduta que postula dever.
  • Todo juízo normativo é regra de conduta, mas nem
    toda regra de conduta é uma norma.
  • Algumas regras de conduta tem caráter
    obrigatório, enquanto outras são facultativas.
  • A noção de norma pode precisar-se com clareza se
    comparada com a de lei natural ou físicas.
  • As leis físicas são juízos enunciativos que
    assinalam ralações constantes entre os fenômenos.
  • As leis físicas têm um fim explicativo, as normas
    um fim prático.

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  • As normas não pretendem explicar nada, mas
    provocar um comportamento.
  • As leis físicas referem-se à ordem da realidade e
    tratam de torná-la compreensível.
  • O investigador da natureza não faz juízos de
    valor. Simplesmente se pergunta a que leis
    obedecem os fenômenos.
  • Ao formulador de normas do comportamento não
    importa o proceder real da pessoa, senão a
    explicitação dos princípios a que sua atividade
    deve estar sujeita.
  • A norma exprime um dever e se dirige a seres
    capazes de cumpri-las ou não. Se o indivíduo não
    pudesse deixar de fazer o que ela prescreve, não
    seria norma genuína, mas lei natural.

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  • Outra diferença é que a lei natural ou física,
    pode ser provada pelos fatos, e a norma vale
    independentemente de sua violação ou observância.
  • A ordem normativa é insustentável de comprovação
    empírica.
  • As normas não valem enquanto são eficazes, senão
    na medida em que expressam um dever ser. Aquilo
    que deve ser pode não haver sido, não ser
    atualmente e nem chegar a ser nunca, mas
    perdurará como algo obrigatório.

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  • Vejamos um casogt a paz perpétua ou absoluta
    harmonia entre os homens. Podem ser que não se
    convertam nunca em realidade,mas a aspiração em
    atingi-los é plenamente justificável, pois tende
    a algo valioso.
  • Não há uma relação necessária entre validez e
    eficácia da norma.
  • A validez dos preceitos reitores da ação humana
    não está condicionada por sua eficácia, nem pode
    ser destruída pelo fato de sejam infringidos. A
    norma que é violada segue sendo norma, e o
    imperativo que nos manda ser sinceros conserva
    sua obrigatoriedade apesar dos hipócritas.
  • Por isso se diz que as exceções à eficácia de
    uma norma não são exceções à sua validez.

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  • Já as leis naturais, só se validam se a
    experiência não as desmentem.
  • A possibilidade de inobservância, indiferença
    humana pelas normas não deve desalentar aqueles
    que acreditam na sua imprescindibilidade para
    conferir sentido à existência.
  • O papel confiado aos cultores da ciência
    normativa é reforçar essa tendência, fazendo
    reduzir o nível de inobservância perante a ordem
    do dever ser.

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  • 3. Moral absoluta ou relativa
  • Os preceitos éticos são imperativos
  • Para serem racionalmente aceitos pelos seus
    destinatários, estes precisam acreditar que eles
    derivem de uma justificativa consistente.
  • Norma moral valor objetivo?.
  • Norma fixada arbitrariamente?.
  • Norma válida para todos e em todos os tempo e
    lugares?.
  • Norma validade condicionada?.

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  • Tem-se duas posições antagônicasgt uma absolutista
    e apriorista e outra relativista e empirista.
  • A relativista e empiristagt a norma ética é
    puramente convencional e mutável. O conhecimento
    da norma ética é empírica. Defende a existência
    de várias morais, do subjetivismo.
  • A absolutista e aprioristicagt a validez é
    atemporal e absoluta. Proclama o conhecimento da
    norma ética a priori. Defende a existência de
    uma moral universal objetiva.

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  • Para os absolutistas, cada ser humano é dotado de
    algo natural que o predispõe ao discernimento do
    que é certo e errado em termos éticos.
  • Para os absolutistas não se poderia falar do bem
    e do mau, da virtude e do vício, se não houvesse
    a consciência humana, aquela que é capaz de
    intuir o que vale.
  • Já os relativistas entendem não haver sentido
    falar em valores à margem da subjetividade humana.

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  • O bom e o mau não significam algo que valha por
    si, mas são palavras cujo conteúdo é condicionado
    por referenciais de tempo e espaço.
  • Na verdade, o bem é fruto da criação subjetiva e
    a norma moral é mero convencionalismo.
  • O resultado dessa contraposição de idéias é que a
    tese objetivista conduz à conclusão de que não há
    criação nem transmutação de valores, senão
    descobrimento ou ignorância dos mesmos. Os
    valores não se criam, nem se transformam, se
    descobrem ou se ignoram.
  • Sendo assim, o desafio da ética é elaborar no
    homem o órgão moral que torna possível tal
    descobrimento.

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  • Ao contrário, a tese subjetivista, postula a
    autêntica criação de valores por vontade dos
    homens.
  • Os homens criam valores à medida do necessário ou
    do oportuno.
  • 4. A classificação da ética
  • Ética empírica
  • Ética de bens
  • Ética formal
  • Ética valorativa

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  • 4.1. Ética empíricagt
  • Devemos partir da distinção feita por Kant entre
    filosofia pura e filosofia empírica.
  • Da distinção entre conhecimento puro e
    conhecimento empírico.
  • Podemos afirmar que todos os nossos conhecimentos
    têm origem em nossa experiência.
  • Porém, embora o conhecimento se inicie na
    experiência, ele precisa, para se tornar de fato
    "conhecimento", que nossa própria mente lhe
    adiciona.

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  • É preciso portanto, em primeiro lugar, separar
    esses dois elementos, ou seja por um lado o que
    é recebido dos sentidos e pelo outro o que é
    adicionado pela razão.
  • Esse conhecimento independente dos sentidos é
    chamado "a priori" (diferente dos empíricos,
    chamados "a posteriori").
  • A ética empírica é observada e constatada com a
    prática.
  • A ética empírica é aquela que nega a ética
    absolutista ou apriorista.
  • Logo, "a priori" não é um conhecimento que vem
    "antes da experiência", mas sim um que vem
    "independente da experiência".

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  • A ética empírica deriva seus princípios da
    observação dos fatos.
  • O homem deve ser como naturalmente é, e não deve
    se comportar como queiram que ele seja.
  • Suas características são a subjetividade e a
    conotação utilitarista.
  • A ética empírica procura sempre o valor útil para
    cada indivíduo.
  • Com relação a subjetividade não há uma moral
    universal, única, apriorista.
  • Varia a conduta humana de acordo com o tempo e as
    circunstâncias e, assim, o bom é determinado
    estrito de tempo, de lugar etc.

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  • O empirismo deságua no relativismo, não é
    possível uma moral universal e valores
    axiológicos absolutos.
  • Vai-se ao subjetivismo, uma das principais
    variantes da ética empírica.
  • Se idéias morais variam de indivíduo para
    indivíduo ou de sociedade a sociedade, o bem e o
    mal carecerão de existência objetiva, já que
    dependem dos juízos estimativos dos homens.
  • Assim aparecem, por um lado, o subjetivismo ético
    individualista e, por outro, o subjetivismo ético
    social, também chamado antropologismo ou
    subjetivismo ético específico.

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  • A partir dessas constatações, é fácil chegar ao
    ceticismo ao niilismo.
  • Algo que é bom para um não é para outro, o bem
    nada significa e a moral é produzida pela
    convenção arbitrária.
  • Não há sentido em formular juízo estimativo ou
    estabelecer valores com pretensão de
    objetividade.
  • Se nada é absolutamente bom, o conveniente é
    procurar condutas que pareçam mais benéficas à
    sociedade e ao indivíduo, fazendo do útil o
    preceito moral supremo.

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  • Temos uma tríplice configuração da ética
    empírica a anarquista, a utilitarista e a ética
    ceticista.
  • A) A ética anarquista
  • A anarquia repudia toda norma ou valor.
  • Direito, moral, convencionalismo sociais,
    religião, tudo constitui exigências arbitrárias.
  • As leis não são legítimas, sejam morais ou
    jurídicas.
  • É uma doutrina egoísta.
  • Prepondera a vontade humana, e esta varia de
    pessoa para pessoa.

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  • Vai prevalecer a decisão do mais forte.
  • O anarquismo tem uma tendência hedonista buscar
    o prazer e evitar a dor.
  • Quando o prazer é encontrado no fazer o bem do
    outro, o essencial é a obtenção do conforto
    pessoal. Egoísmo disfarçado de altruísmo.
  • O anarquismo na modernidade se apresenta como
    anarquismo individualista e como anarquismo
    comunista ou libertário.
  • Os dois coincidem em dois pontos 1. liberdade
    absoluta e a aspiração suprema do indivíduo 2.
    toda organização política deve desaparecer, por
    contrariar as exigências da natureza.

31
  • Os dois postulados derivam do mesmo princípio só
    tem valor o que não contraria as tendências e
    impulsos naturais. A ordem jurídica, como
    organização social de tipo coercível, se opõe à
    liberdade e representa, por isso, um mal que deve
    ser combatido.
  • Diferença entre individualistas e comunistas na
    escolha do método na luta contra o Estado.
  • O primeiro, acredita no progresso lento e gradual
    da razão, para superar o Estado.
  • O segundo, pela violência, superar o Estado.

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  • Para os comunistas, a propriedade privada tende a
    desaparecer. A natureza não destinou seus bens a
    quem quer que seja. Tudo é comum e deve ser de
    todos.
  • Os homens viveriam em regime de cooperação
    espontânea, visando ao mais completo
    desenvolvimento da individualidade, unido ao
    desenvolvimento mais completo da associação.
  • Os individualistas não negam a propriedade
    privada, mas negam o associativismo.

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  • Se equivocam os anarquistas quando acreditam
    existir uma liberdade natural. Pois na vida em me
    sociedade, a liberdade é um direito.
  • Não existe direito sem um sistema normativo e
    provido de força capaz de assegurá-lo, quando
    quem quer que seja pretenda vulnerá-lo.
  • B) A ética utilitarista
  • É bom o que é útil.
  • A conduta ética desejável é a conduta útil.
  • A utilidade, porém, e um mero atributo de um
    instrumento. Ex.uma faca é útil se corta.

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  • A eficácia técnica dos meios não correspondem ao
    valor ético dos fins.
  • Os meios mais úteis, podem estar a serviço de um
    fim nefasto. Ex. a arma que é útil para cortar um
    pedaço de carne, também é útil para ser usada
    para esfaquear uma pessoa.
  • No exemplo acima, vimos que o meio possui igual
    eficácia, e sua utilidade é alheia à significação
    dos desígnios que serve.

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  • O estudo do utilitarismo permite entender a
    falácia que é a afirmação os fins justificam os
    meios.
  • A teoria da moral utilitarista só é aproveitável
    se conciliada com a teoria das finalidades úteis.
  • A teoria utilitarista de MILL, não concerne
    unicamente aos meios, mas remete a uma verdadeira
    ética de fins. Vejamos
  • A) A doutrina utilitarista afirma que a
    felicidade é desejável, a única coisa desejável
    como fim sendo todas as demais desejáveis só
    como meios para esse fim.

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  • B) A felicidade é o único fim da ação humana e
    sua consecução o critério para julgar de toda
    conduta donde necessariamente se segue que tem
    que ser o critério da moralidade, já que a parte
    encontra-se incluída no todo.
  • O utilitarismo tem sentido na vida moral, se
    entendido como prudente emprego dos meios aptos à
    consecução de fins moralmente valiosos.
  • C) A ética ceticista
  • O cético não acredita em nada.

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  • A dúvida não implica o conhecimento, é mera
    suspensão de juízo. O cético não é o que nega,
    nem o que afirma, senão o que se abstêm de
    julgar.
  • É preciso distinguir a dúvida metódica
    (Sócrates), da dúvida sistemática.
  • Utilizada como método, a dúvida serve como
    eliminação de possíveis erros. É uma atitude
    provisória. Uma provisória transição de juízo,
    por segurança.
  • A dúvida sistemática é própria dos ceticistas,
    que duvidam de tudo e de forma permanente.

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  • Os céticos declaram não crer em nada, e aqui já
    erram, pois se fossem verdadeiramente céticos,
    duvidariam até das própria afirmação. Isso
    implicaria uma regressão infinita.
  • Outro problema, o ceticismo pode sustentar uma
    negação permanente em teoria, mas na prática
    cairia em uma paralisação completa.
  • No aspecto moral, na dúvida entre o certo e o
    errado, nada se faria. Mas nada fazer já é uma
    atitude, sendo assim, fica impensável uma atitude
    cética no campo prático.

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  • Na verdade, os céticos não pregavam o ceticismo
    absoluto. Admitiam a existência de alguns valores
    e a necessidade de uma moral.
  • As lições de Sexto Empírico demonstram que ele
    aceitava algumas regras propiciadoras de uma
    relativa felicidade.
  • A) Seguir as indicações da natureza.
  • B) Ceder aos impulsos das disposições passivas o
    cético só come se tem fome, só bebe se está
    sedento.

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  • C) Submeter-se às leis e costumes do país onde
    vive.
  • D) Não permanecer inativo e cultivar alguma das
    artes.
  • Estas regras se fundam em critérios axiológicosgt
    a primeira, de que é valioso o que tem origem
    natureza. A segunda, de que as necessidades
    humanas devem ser satisfeitas com moderação. A
    terceira de que as leis de um país merecem serem
    acatadas. A quarta condena a inatividade e
    valoriza o trabalho.

41
  • A conclusão é de que, mesmo quando se nega,
    teoricamente a existência de critérios sólidos de
    certeza, na prática se admite a existência da
    moral e se prega que há formas de vida que devem
    ser evitadas, e outras que devem ser seguidas.
  • d) A ética subjetivista
  • Consiste em cada um adotas para si a conduta
    ética mais conveniente com a sua própria escala
    de valores.
  • Existe o subjetivismo individualista e o social.

42
  • A origem do subjetivismo está em Protágoras, para
    quem o homem é a medida de todas as coisas, da
    existência das que existem, e da não existência
    das que não existem.
  • Cada homem é a medida do real.
  • A verdade não objetiva, mas há tantas verdades
    quanto homens.
  • O que é verdade para um, pode não ser para o
    outro.
  • A teoria de Protágoras conduziria ao
    AGNOSTICISMO.
  • Todas as opiniões seriam igualmente verdadeiras e
    se tudo é verdade, nada é certo, pois o que a um
    parece evidente, a outro pode parecer falso.

43
  • Aplicando à ordem moral, terá valor para um
    indivíduo, aquilo que ele entender como valioso.
  • Cada homem é a medida do bem e do mal.
  • O subjetivismo está por tudo, não só moral e
    epistemológico, mas estético, religioso, jurídico
    e etc.
  • O chamado subjetivismo ético social, pretende ser
    uma teoria objetiva, pois os valores éticos são
    produzidos pelo coletivo.
  • Aqui há uma confusão, pois se pensa que a
    objetividade é um critério estatístico, o
    critério do valor ou da verdade é a quantidade, a
    maioria.

44
  • Os representantes do subjetivismo ético social
    DURKHEIN E BOUGLÉ.
  • O problema do subjetivismo, individual ou ético
    específico, vai para um relativismo absoluto.
  • É fácil concluir que o relativismo absoluto não
    pode presidir as relações humanas, seja na esfera
    moral, seja na esfera jurídica.
  • 4.2 A ética dos bens
  • Ao contrário do relativismo, defende a existência
    de um valor fundamental denominado bem supremo.

45
  • Parte da estrutura teleológica do atuar humano.
  • O que significa? A criatura humana é capaz de e
    propor fins, eleger meios e colocar em prática os
    últimos, para alcançar os primeiros.
  • O supremo bem da vida consistirá na realização do
    fim próprio da criatura humana.
  • Para estabelecer a hierarquia dos fins, basta
    verificar qual deles pode ser, simultaneamente,
    fim e meio para a obtenção de outro fim. Quando
    se se defronta com um bem que não pode ser meio
    de qualquer outro, então esse é o bem supremo.

46
  • Divisão da ética dos bens
  • A) Eudemonismo, idealismo ético e hedonismo
    Eudemonmismo, deriva de eudemonia, felicidade.
    Para essa concepção há uma tendência inata no
    homem para a felicidade, e segundo Aristóteles, a
    felicidade é o bem supremo, é um fim que não
    possui um caráter de meio.
  • Todos os outros bens da vida podem ser meios para
    a obtenção que é o eternamente desejado em si, e
    que não se converterá jamais em meio.

47
  • O idealismo a finalidade última do homem é a
    prática do bem. Os estóicos, por exemplo, não
    aspira a ser feliz, mas a ser bom. A virtude é um
    fim, não um meio. Impõe-se à criatura ser
    virtuosa, ainda que disso não extraia prazer
    algum.
  • Já para o hedonismo, a felicidade está no prazer.
    Seja ele o prazer sensual, seja a fruição da
    tranqüilidade extraída do deleite, no exercício
    de atividade intelectual ou artístico.
  • O hedonismo elegeu a felicidade como fim, mas o
    prazer como meio.

48
  • b) A Ética Socrática
  • Para o autor o verdadeiro objeto do conhecimento
    é a alma humana.
  • A bondade é resultado do saber.
  • Para alguém ser feliz, precisa ser bom, e para
    ser bom é preciso ser sábio.
  • Aquele que encontrou a verdade oculta em sua alma
    sente-se obrigado a ajustar com ela sua conduta.
    Assim o conhecimento do bem determina a prática
    da virtude.
  • Não existe pessoas más, senão extraviadas.
  • A maldade é produto da ignorância.

49
  • O aperfeiçoamento não se consegue sozinho, é na
    convivência comunitária. Porque o homem é um ser
    social.
  • Entre ética e política existe uma correlação
    íntima o homem perfeito não é unicamente o homem
    bom, mas o bom cidadão.
  • Para Sócrates o conhecimento do bem se identifica
    com a prática da virtude. Quem sabe a verdade,
    age bem.
  • A Ética de Sócrates é de direito natural no
    fundamento das normas positivas há leis não
    escritas ( ágrafoi nómoi).
  • Para Sócrates a lei moral é natural, brotando da
    mesma natureza como uma sua propriedade. Não
    resulta de uma ordem dogmática posterior exterior
    emitida, ou por Deus, ou pelos homens.

50
  • A análise das coisas e das operações humanas
    mostram que nenhum homem pode senão querer o bem
    e mesmo quando quer o mal, procura-o na suposição
    de buscar um bem.
  • A ética socrática é finalistica (ou teleológica)
    como se depreende dos textos platônicos Apologia
    e Eutifron, como ainda das informações vindas de
    Xenofonte.
  • Concretamente a finalidade última dos atos
    humanos, de acordo com Sócrates, é a felicidade.
  • Provou Sócrates seu eudaimonismo ético por meio
    de análise aplicada ao desejo humano este não se
    dirige para o mal. Orienta-se para o bem, desde
    que o conheça. Desta adesão e conquista resulta o
    estado psíquico da felicidade.

51
  • c) A ética Platônica
  • Decorre a ética coerentemente do sistema geral do
    platonismo, essencialmente exemplarista, em
    virtude do qual nada se cria senão tendo as
    idéias reais separadas como arquétipos.
  • Estes arquétipos são a finalidade a executar,
    inclusive na ação.
  • Por isso, a ação tem um caminho previamente
    traçado o que implica em uma obrigação ética.

52
  • Platão, ao estabelecer as idéias reais, de
    variada espécie, se referiu especialmente à idéia
    do bem.
  • E assim também a idéia do bem é um arquétipo,
    segundo qual se processa toda ação.
  • Depende, pois, a ética de Platão da existência de
    um arquétipo denominado o bem.
  • É possível sintetizar a idéia do bem, com a do
    ser simplesmente e então dizer que há um
    fundamento ontológico para a ética platônica. A
    ação enquanto realiza mais ser, se subordina ao
    que o ser necessariamente é.

53
  • Como todas as éticas do ser, também a de Platão
    depende de como traçar os caminhos do ser nos
    seus mais variados detalhes, os quais serão as
    suas leis e os quais, depois de cumpridos com
    habitualidade, constituem as respectivas
    virtudes.
  • Ainda que Platão não tenha utilizado esta
    linguagem, pode-se distinguir em seu sistema
    entre fundamento próximo e remoto da obrigação
    ética, ou da eticidade.

54
  • O fundamento próximo está no ser de cada
    indivíduo, o qual já obedece ao parâmetro remoto,
    e por isso diretamente revela qual o fim
    realizado, e em potencial ainda revela o que lhe
    falta para atingir a plenitude.
  • Mas, o fundamento remoto é a mesma idéia real,
    que tudo contém e na qual tanto o Demiurgo viu
    como fez a obra e ainda deverá ver o indivíduo
    aquilo que falta para a plenitude.

55
  • É possível falar na ética de Platão em um fim
    externo da criatura em relação a Deus, e em um
    fim interno da criatura em relação a si mesma.
  • Cabendo a Deus agir por primeiro, está seu
    objetivo em primeiro lugar no caso seria
    difundir a si mesmo, isto é, sua glória (a glória
    é um brilho da obra em favor do criador).
  • Pode-se prever esta tese em Platão cujo Demiurgo
    tem, por objetivo refletir no mundo o bem e a
    harmonia, como reflexo das idéias reais. Neste
    sentido, em primeiro lugar, já antes da
    felicidade interna da criatura, valeria o
    objetivo do Demiurgo.

56
  • No fim último externo se encontra o fundamento do
    culto religioso mas este aspecto não foi
    claramente explorado por Platão.
  • Estabeleceu Platão, como Sócrates, a felicidade
    como fim do homem. A vontade se inclinaria
    essencialmente para o bem, como o seu objeto
    adequado. Impossível querer o mal diretamente
    (Ménom 77). Dito com mais precisão , a
    felicidade, pela conquista do bem, é o fim último
    interno do homem.

57
  • Distingue Platão entre felicidade e prazer
    (Filebo 11 b). Referindo-se a felicidade à
    inteligência e o prazer aos sentidos.
  • Desde logo, pois, refuta a tese cirenaica de que
    o prazer sensível é o único fim. Mas não e exclui
    a felicidade os prazeres da sensibilidade estes
    são honestos desde que subordinados
    harmonicamente. Estabeleceu, portanto Platão,
    como Sócrates, uma hierarquia de valores morais
    (Filebo Leis 717, 718).

58
  • Ocorrem três graus, de prazeres e felicidade, a
    saber, pela via ascendente os prazeres do
    coração, já menos fugazes os prazeres procurados
    pela opinião e pela inteligência.
  • O caráter pouco propício aos sentidos,
    resultantes da doutrina das idéias e da separação
    entre corpo e alma, apenas extrinsecamente
    unidos, dá à ética de Platão um feitio
    anti-humanista e pouco grego.
  • Com uma notável aproximação das práticas órficas,
    a ética de Platão descreve pitorescamente o
    verdadeiro filósofo como um "forasteiro" (Teeteto
    174), que ao passar por esta vida terrestre,
    pouco se interessa pelo que se lhe apresenta.

59
  • Virtudes cardeais. Estabeleceu Platão uma divisão
    geral da virtudes (República 410), em quatro
    fundamentais, que mais tarde serão chamadas, por
    Santo Ambrósio, virtudes cardeais, isto é, chaves
    das demais.
  • Esta classificação obedece a um princípio, em que
    a cada parte da alma corresponde uma virtude
    principal. Portanto, uma para a razão, outra para
    a vontade, outra para o impulso sensível,
    finalmente ainda uma outra para o controle das
    partes entre si.
  • A prudência, denominada também sabedoria ( ), é a
    virtude da parte racional.

60
  • A fortaleza, dita também valentia ( ) é a virtude
    do entusiasmo (thymoiedés), ou seja dos impulsos
    volitivos e afetos, regrando o coração.
  • A temperança, também chamada autodomínio, medida,
    moderação ( ), é a virtude da vida impulsiva,
    instintiva, ou sensível, refreando os prazeres
    corporais.
  •  
  • Uma quarta virtude, a da justiça ( ), resulta da
    colaboração equitativa de todas as virtudes,
    garantindo o funcionamento harmonioso das partes
    da alma, ou seja de suas faculdades.

61
  • Atribuiu Platão a cada classe social (vd 251) uma
    das virtudes cardeais, como lhe sendo mais
    adequada.
  • A sabedoria é própria da classe dirigente, ou
    dominante.
  •  
  • A fortaleza se faz necessária na classe
    militante, ou guerreira.
  • A temperança se recomenda aos demais, os
    trabalhadores.  

62
  • A virtude é descrita por Platão como um habito
    que conduz, ao bem. Ocorre, entretanto, no mestre
    da Academia a secreta preocupação de que a
    virtude se obtém pelo saber (Ménon 96, Fédon 82,
    República em vários itens).
  • Aceito o ponto de vista socrático de que a
    virtude é saber, segue dali que os ditames da
    ética dependem da estabilidade ou instabilidade
    do conhecimento. A virtude habitual, dependente
    das opiniões da tradição relativas, seria
    superada por uma virtude apoiada em outro tipo de
    conhecimento, definitivo, absoluto. Ora, tal
    virtude existe como fato logo existe também tal
    tipo de conhecimento.

63
  • Como se vê o móvel ético de Platão é favorável ao
    conhecimento inteletivo. Admitida uma vez a
    relatividade dos sentidos, deve-se, de outra
    parte, aceitar a estabilidade da inteligência e
    que possibilita a ocorrência da virtude.
  • Também a doutrina da virtude sofre de imediato a
    influência da doutrina das idéias reais, donde
    dividir-se em duas espécies a virtude perfeita,
    referente a alma espiritual, e a virtude comum,
    baseada na opinião verdadeira.
  •  
  • A virtude perfeita consiste na própria sabedoria,
    segundo o adágio socrático a ciência é idêntica
    à virtude. Não deixa a vontade de seguir o que o
    a inteligência lhe mostra como bom.

64
  • Seguindo os mesmos passos do conhecimento
    inteletivo, a virtude se adquire andando pelos
    mesmos caminhos da dialética, para evitar a
    submissão da razão às paixões inferiores, e
    dialéticas do amor aspiração ardente pela
    contemplação das idéias.
  • A virtude comum organiza-se no plano da opinião,
    portanto nas faculdades emotivas da alma
    inferior. Neste plano se encontra a maioria dos
    homens.
  • Esta virtude comum não depende da ciência, mas da
    educação.

65
  • A sanção é parte do sistema moral de Platão.
    Neste e noutro mundo acontece o castigo para o
    mal.
  • A recompensa é a outra face da sanção, tendo a
    felicidade por objeto a contemplação das idéias
    eternas.
  •  
  • O significado da sanção e o que a justifica é a
    necessidade de um castigo, para que se evite o
    mal, e de uma recompensa, para que haja um
    estímulo levando à prática do bem. Somente a
    sanção numa vida futura garantirá o triunfo total
    do bem.

66
  • Não encontrou Platão dificuldade em estabelecer a
    sanção futura, visto que admitia a metempsicose e
    a progressiva possibilidade da purificação da
    alma.
  • D) A ética Aristotélica
  • A finalidade da ética é descobrir o bem absoluto
  • Chama-se o bem absoluto de felicidade.
  • A felicidade está no exercício constante da
    virtude.
  • Aristóteles distingue a virtude dos vícios e
    emoções.
  • Emoções e instintos involuntários.
  • A virtude volutiva.

67
  • A virtude se obtém mediante o exercício é um
    hábito.
  • As aptidões, intelectuais ou físicas, são inatas.
  • A virtude para Aristóteles é o justo meio entre
    dois vícios extremos.
  • D) Ética Epicurista
  • Epicuro a felicidade é o bem último da
    existência e consiste no prazer.
  • O prazer se atinge de diversas formas a forma
    mais elevada é a do espírito.
  • Os prazeres são naturais e necessários, naturais
    e não necessários ou nem naturais e nem
    necessários.

68
  • Prazeres naturais e necessários a satisfação
    moderada dos apetites.
  • Prazeres naturais e não necessários a gula.
  • Prazeres nem necessário nem naturais a glória.
  • Os prazeres ainda são corporais, espirituais,
    violentos e serenos.
  • O que é a dor? É inevitável e muitas vezes pode
    levar a prazeres mais intensos.
  • A finalidade da ética para os epicuristas duas
    crítica e construtiva.
  • Na finalidade crítica, consiste no aniquilamento
    das superstições que afligem os mortais.

69
  • Na finalidade construtiva é assinalar regras que
    farão felizes os indivíduos.
  • Dificuldades na busca da felicidade o medo da
    morte e o temor dos deuses.
  • Primeira orientação não se deve temer a morte,
    pois ela não diz respeito ao homem vivo.
  • A morte nada é para nós, pois enquanto somos, ela
    não é e quando ela chega, já não somos.
  • Não se deve temer os deuses
  • pois seres perfeitos e distantes, não estão
    preocupados com a imperfeição humana.

70
  • A ética epicurista se inclina para o
    individualismo. A conduta é problema pessoal e
    não coletivo.
  • A pessoa deve procurar seu próprio bem, sem se
    interessar pelo dos outros.
  • Há nessa ética um certo utilitarismo os homens
    viviam como selvagens, à margem da lei e
    decidiram um dia unir-se para pôr um paradeiro
    naquele estado de selvageria.
  • Surgiu assim a Justiça, conceito negativo de não
    prejudicar os semelhantes, em troca do dever
    recíproco.

71
  • A justiça é o fruto de um pacto de utilidade.
    Cada indivíduo desiste de molestar os demais, em
    troca de não ser molestado.
  • O Estado tem o dever de velar pelo cumprimento do
    contrato social e punir seus infratores.
  • Resumindo a ética epicurista é um eudemonismo
    hedonista, individualista e egoísta.
  • E) Ética Estóica
  • A virtude é o bem supremo dessa ética idealista.

72
  • Viver virtuosamente é viver de acordo com a
    natureza. Não a natureza biológica, mas a
    natureza concebida pela razão.
  • O homem é provido da razão, mas tb de patologias.
    As patologias se dão nas inclinações e afetos
    dos quais é necessário se libertar.
  • Liberta-se das afeições é um dos ideais estóicos.
    Pois através dos vínculos afetivos os homens de
    escravizam.
  • O homem deve se desligar das coisas do mundo,
    apagando-as até atingir a apatia.

73
  • O prazer deve ser evitado, pois pertence às
    afeições.
  • A virtude é autárquica auto-suficiente. O
    verdadeiro sábio encontra nela a defesa para suas
    angústias do mundo exterior.
  • A virtude é única nisso funda-se em Sócrates
    e entre a virtude, bem único, e o vício, único
    mal, não há meio termo.
  • Não confunde o desejável, com o eticamente bom.
  • F) A Ética Formal
  • A ética dos bens se preocupa com a relação
    estabelecida entre o proceder individual e o
    supremo fim da existência humana.

74
  • Já para Kant, em sua filosofia prática, a
    significação moral do comportamento não reside em
    resultados externos, mas na pureza da vontade e
    na retidão dos propósitos do agente considerado.
  • Trabalha-se a moralidade de um ato a partir do
    foro íntimo da pessoa. O que significa isso?
  • A boa vontade não é boa pelo que efetue e
    realize, não é boa por sua adequação para
    alcançar algum fim que nos tenhamos proposto é
    boa só pelo querer, quer dizer, é boa em si
    mesma...

75
  • Moralmente valioso é o atuar que, além da
    concordância com aquilo que a norma impõe,
    exprime o cumprimento do dever pelo dever. Ou
    seja, por respeito à exigência ética.
  • O fundamento da lei moral não está na
    experiência, mas se apóia em princípios racionais
    apriorísticos. A lei que representa a conduta
    boa, vem do imperativo categórico, critério
    supremo da moralidade
  • Age sempre de tal modo que a máxima de tua ação
    possa ser elevada, por sua vontade, à categoria
    de lei de universal observância.

76
  • Esse enunciado exprime duas exigências a
    exigência da autonomia e da universalidade.
  • O ato só é moralmente valioso quando representa
    observância de uma norma que o sujeito se deu a
    si mesmo. Se a conduta não atende a um mandato
    vindo da própria vontade, mas procede da vontade
    de outro, carece de valor de valor do ponto vista
    ético.
  • E para que o ato valha moralmente é indispensável
    que deva ser aplicado a todo ser racional
    universalidade. A lei moral não pode ter
    fundamento subjetivo, contingente e empírico, mas
    deverá estar racionalmente fundado. E o
    fundamento objetivo dela somente pode
    encontrar-se no conceito da dignidade da pessoal.

77
  • O conceito mais importante da ética de Kant é a
    boa vontade.
  • A partir de Kant o que se considerará em ética
    será a atitude interior da pessoa. O centro da
    moral será a pureza das intenções.
  • E boa vontade se definirá como aquela que age
    não só conforme o dever, mas por dever.
  • Ex. conservar a vida é um dever. Se nos
    preocuparmos apenas com isso, nossa conduta fica
    reduzida de significação moral. Se atentamos
    contra ela, descumprimos o dever. Mas se alguém
    perdeu todo apego à vida e, mesmo não temendo, ou
    até desejando a morte, conserva a existência para
    não descumprir o dever se conservar a vida, sua
    conduta coincide externa e internamente com a lei
    moral e possui o valor moral pleno.

78
  • Outro conceito importante é o dos imperativos. Os
    fenômenos da natureza decorrem das leis naturais,
    os fenômenos humanos derivam de princípios.
  • A determinação da vontade por leis objetivas se
    chama constrição.
  • A representação de um princípio objetivo
    constritivo para a razão se formula através de um
    imperativo.
  • O imperativo se exterioriza sob a forma de um
    dever ser e se divide em categórico e hipotético.

79
  • O imperativo categórico impõe uma conduta por si
    mesma, enquanto o imperativo hipotético ordena
    comportamento como meio para atingir uma
    finalidade. Ex. deves amar a teus pais
    imperativo categórico se queres ir de um ponto a
    outro pelo caminho mais curto, deves seguir a
    linha reta imperativo hipotético.
  • A fórmula do imperativo categórico é célebre Age
    só segundo uma máxima tal que possas querer ao
    mesmo tempo que se torne lei universal. Isso
    significa que a pessoa deve agir espontaneamente,
    com ação produzida por sua vontade e não por
    vontade do outro. E para que o comportamento seja
    eticamente valioso, ele deve revestir valor
    universal.

80
  • Kant distingue máxima e lei moral.
  • Máxima é o princípio subjetivo da ação, a regra
    de acordo com a qual procede o sujeito.
  • A Lei, ao contrário, constitui o princípio
    objetivo, universalmente válido, de acordo com o
    qual a pessoa deve conduzir-se. O que o
    imperativo categórico exige é que a máxima
    (princípio subjetivo) seja de tal natureza que
    possa ser elevada à categoria de lei de universal
    observância.
  • O valor que vai servir de valor absoluto para os
    imperativos, é a pessoa humana.

81
  • Os objetos de nossas aspirações têm valor
    relativo, servindo como meios. Só o homem tem
    valor absoluto.
  • As coisas têm preço, as pessoas têm dignidade. O
    imperativo prático será, pois, como segue
  • age de tal modo que uses a humanidade, tanto em
    tua pessoa como na pessoa de qualquer outro,
    sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca como um
    meio.

82
  • A idéia de autonomia e heteronomia tb é
    importante.
  • Só se poderá falar em ética a partir da
    autonomia.
  • G) Ética dos valores
  • Inversão da ética Kantiana.
  • Para kant, o valor de uma ação depende da relação
    da conduta com o princípio do dever, o imperativo
    categórico.
  • Para a ética do valor, todo dever encontra
    fundamento em um valor.

83
  • Sendo assim, deve ser aquilo que é valioso e tudo
    que é valioso deve ser.
  • Aqui o valor passa a ser o conceito ético
    essencial.
  • A nossa consciência adverte sobre a existência
    dos valores.
  • Mas os valores não foram criados pela nossa
    consciência.
  • Os valores só foram descobertos pela consciência.
  • Conclusão, só pode ser descoberto o que já
    existe.

84
  • 1. Sobre a existência do valor
  • Se a consciência só descobre é porque os valores
    já existem.
  • A existência dos valores existem valores? A
    tese é de que existem e podem ser constatados por
    qualquer pensante.
  • Os valores só podem ser sentidos ou intuídos.
  • Os valores não dependem da ordem material.
  • Os valores integram a ordem do mundo
    supra-sensível, podendo ser somente captado pelo
    intelecto, não pelos sentidos.

85
  • Para clarear a filosofia reconhece dois tipos de
    existência o real e o ideal.
  • Ao mundo real pertencem todas as coisa que ocupam
    lugar no espaço e tempo. O ser real se encontra
    temporalmente localizado.
  • Por estar temporalmente localizado, pode ser
    objeto do conhecimento sensível.
  • Na esfera prática têm essa forma de existência o
    agir humano intenções, propósitos, decisões
    voluntárias, juízos, sentido de responsabilidade,
    consciência de culpa.

86
  • Já os valores não integram a ordem da realidade.
    Os valores se situam como ideais que a realidade
    deve seguir, se espelhar.
  • Por isso o problema é de definir que exista só o
    real e não o ideal.
  • Uma outro problema, confundir idealidade com
    subjetividade.
  • Ideal não aquilo que é objeto da representação.
    Na lógica e na matemática, se observa bem a força
    da idealidade quando se afirma que o todo é
    maior do que a parte, independentemente de alguém
    imaginá-lo assim, o postulado continua sendo o
    mesmo.

87
  • Os valores se submetem a uma hierarquia, não por
    eleição, mas objetivamente.
  • Os critérios que são utilizados para a hierarquia
    dos valores segundo Scheler Um valor é tanto
    mais alto a) quanto mais duradouro é b) quanto
    menos participa da extensão e da divisibilidade
    c) quanto mais é satisfação ligada à intuição do
    mesmo d) quanto menos se acha fundamentados por
    outros valores e) quanto menos relativa seja sua
    percepção sentimental...

88
  • A durabilidade do valor tem a idéia de
    permanência. Ex. Não teria sentido o amante
    declarar que ama agora ou durante um certo tempo.
  • O valor é mais elevado quanto menor a necessidade
    de dividi-lo com outrem. Ex. A obra de arte é
    indivisível. Imagina dividir uma tela de arte
    para dar um pedaço para cada pessoa, a obra perde
    seu valor.
  • O valor fundamentado em outro é sempre inferior
    ao fundamentante.Ex. a vida, entre os direitos
    fundamentais, é o bem por excelência. Todos os
    demais direitos são bens da vida.

89
  • A satisfação coincide com a vivência de
    cumprimento, não com o estado de prazer gerado
    pela posse do valor.
  • 2. Sobre o conhecimento dos valores
  • Existem bens porque existem valores, não o
    contrário. São os valores que determinam os bens.
  • O ser humano confere a determinadas coisas ou
    ações valores que as qualifica como sendo boas ou
    ruins, úteis ou inúteis, agradáveis, belas ou
    feias.

90
  • A pauta dos valores é aprioristica e, embora se
    afirme baseada na imitação, ou na índole
    intuitiva e emocional do conhecimento, ela existe
    em toda sã consciência.
  • A intuição dos valore não é completa, nem
    perfeita. Nenhuma pessoa é capaz de intuir todos
    os valores. Quando intuí nem sempre pode fazer de
    forma nítida.
  • É preciso crescer nessa arte de conhecer os
    valores.
  • A missão do pedagogo e do moralista é desenvolver
    a sensibilidade para o conhecimento daquilo que é
    eticamente relevante.

91
  • A história tem demonstrado a nossa cegueira
    valorativa, fruto de uma sociedade que não educa
    para os valores mais elevados.
  • Mas a cegueira valorativa ou miopia moral, não
    destrói a doutrina da objetividade dos valores.
    As variações da intuição estimativa não alteram o
    valor, que permanece íntegro, à espera da
    descoberta.
  • 3. Sobre a realização dos valores
  • O ser em si dos valores subsiste mesmo se não
    realizados.

92
  • A consciência é testemunha da realização dos
    valores, pois é ela que sinaliza o que é e não é
    valioso, que determina o juízo moral, mo
    sentimento de responsabilidade e a consciência de
    culpa.
  • Os valore são princípios da esfera ética real.
    Determinam a conduta humana. O valor moral não se
    funda no dever, mas o dever se funda nos valores.
  • O dever ser na ética valorativa tem os seguintes
    elementos a) a existência de um valor b) o
    dever ser ideal do mesmo c) a atualização de tal
    dever d) a existência de um ser capaz de
    realizar o valioso.

93
  • Mas como realizar o valioso? Realizar o valioso
    consiste para o homem num dever. E o dever impõe
    uma conduta.
  • A realização dos valores se consuma através de um
    processo de dúplice etapa determinação primária
    e secundária.
  • A primária é a fase da intuição. A secundária é a
    da deliberação da vontade.
  • 4. Sobre a liberdade moral
  • Só se a liberdade existir é que a conduta humana
    terá significado moral.
  • Se não existe liberdade, a pessoa não poderá
    responder por seu comportamento.

94
  • A liberdade moral não se confunde com a liberdade
    jurídica.
  • A liberdade jurídica é uma faculdade puramente
    normativa é mais no âmbito espacial de
    atividade exterior, que a lei limita e protege.
  • A liberdade moral é atributo real da vontade. A
    moral é pensada como um poder capaz de
    transpassar o permitido.
  • Também não se pode confundir livre-arbítrio com
    liberdade de ação.
  • A liberdade de ação é mero atributo da decisão.

95
  • O livre arbítrio é aquele capaz de decidir.
  • O homem por se um ente natural, acha-se
    casualmente determinado por suas tendências,
    afetos e inclinações.
  • Como pessoa, é portador de outra determinação,
    que vem do reino ideal dos valores. Esta
    determinação permite eleger finalidades, optar
    por meios e colocá-los em ação para chegar
    àquelas.

96
  • ÉTICA E SOCIEDADE
  • 1. DEVERES ÉTICOS
  • A sociedade surge de maneira natural, pois o
    homem é um animal político por excelência e só
    realiza seus objetivos individuais se conseguir
    aliar a própria força aos demais. A primeira
    sociedade é a família a segunda forma de
    sociedade é o Estado.

97
  • O Estado é a forma social mais abrangente.
  • É a sociedade de fins gerais
  • Sociedade que permite o desenvolvimento, em seu
    seio, das individualidades e das demais
    sociedades, chamadas de fins particulares.

98
  • 2. ÉTICA E O ESTADO
  • O Estado como pessoa é uma ficção.
  • Constitui um arranjo formulado pelos homens para
    organizar a sociedade e disciplinar o poder, afim
    de que todos possam se realizar em plenitude,
    atingindo suas finalidades particulares.

99
  • Sendo assim, não faria sentido falar em Estado
    ético ou aético. Éticos ou aéticos são os homens
    que integram o Estado.
  • Na verdade o Estado mantém e difunde a moral.
  • Todo Estado, mesmos os autoritários, vestem sua
    ordem jurídica (leis), política e vida social com
    um manto moral.

100
  • O revestimento moral traduzirá a opção
    fundamental do Estado a moral do capitalismo, a
    moral do socialismo, a moral da globalização.
  • O Estado tem um valor ético. A essência ética do
    Estado é de realizar o mínimo ético da
    convivência humana. Esse mínimo ético é garantido
    mediante a instituição da ordem jurídica.

101
  • Há uma justificação moral para o exercício do
    instrumento do poder de que dispõe e há um
    caráter moral em seu uso.
  • Esse caráter moral coloca um dique ao predomínio
    dos elementos menos humanos da natureza humana em
    benefício da verdadeira humanidade.
  • O Estado é pois, a autodefesa do espírito humano
    ao assegurar a existência verdadeiramente humana
    dentro da vida coletiva.

102
  • O Estado não é as idéia ética universal, mas é o
    instrumento para se atingir o objetivo ético da
    criatura humana.
  • Essa idéia é muito presente no Estado brasileiro.
  • A administração pública brasileira se submete ao
    princípio da moralidade.
  • O Estado brasileiro tem de se conduzir
    moralmente, por vontade expressa na constituinte.
  • O poder público pode ser responsabilizado se não
    se não tiver gerindo a coisa comum de maneira
    eticamente irrepreensível.

103
  • A moralidade administrativa é hoje pressuposto da
    validade de todo ato da administração pública.
  • o agente administrativo, como o ser humano
    dotado de capacidade de atuar, deve,
    necessariamente, distinguir o Bem do mal, o
    honesto e o desonesto. E, ao atuar, não poderá
    desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
    não terá que decidir somente entre o legal e o
    ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
    inconveniente, o oportuno e inoportuno, mas
    também o honesto e desonesto.

104
  • Parece que o intuito da constituinte foi o de
    fazer o administrador refletir sobre o aspecto
    ético da sua atuação.
  • A imoralidade administrativa no Brasil comporta
    sanções. A) Ação popular para anular ato lesivo à
    moralidade administrativa. B) outra é a punição à
    improbidade administrativa do governante, seja
    mediante suspensão de direitos políticos além de
    outras retribuições.
  • Todavia , a realização da idéia ética do Estado,
    não é so responsabilidade dele, mas de toda
    sociedade.

105
  • Aquilo que se chama salto qualitativo ético na
    sociedade política brasileira só virá quando a
    comunidade nacional estiver inteira e coesamente
    desperta para a realização do trabalho do
    governo. O governo só se legitima se estiver a
    serviço do povo.
  • O mandato ao governante não foi outorgado por
    DEUS. Foi outorgado pelo povo, titular da
    soberania, por força do pacto constitucional.
  • Cada brasileiro deve ter consciência de que o
    governante está a seu serviço e não ele a
    serviço do governante, e de que é bom governante
    apenas aquele que tem como meta exclusiva servir
    ao cidadão.

106
  • 3. ÉTICA PUBLICA E PRIVADA
  • Ética pública é a moralidade com vocação de
    incorporar-se ao direito positivo, orientando
    seus fins e seus objetivos como direito justo.
  • Quando ainda não se incorporou ao direito
    positivo, mas serve de critério para apreciar a
    norma positiva, ela é chamada moralidade crítica.
  • Quando já incorporada ao direito positivo, é
    chamada morlidade legalizada ou privada.
  • Embora se relacionando com a ética privada, a
    ética pública não se confunde com ela.

107
  • A ética pública é uma ética procedimental que não
    assinala critérios, nem estabelece condutas
    obrigatórias, para alcançar a salvação, o bem, e
    a felicidade, nem fixa qual deve ser nosso plano
    de vida último. Marca critérios, guias e
    orientações, para organizar a vida social, de tal
    maneira que situe a cada um para atuar livremente
    nessa dimensão última de escolher nosso caminho,
    nosso plano de vida para alcançar o bem, a
    virtude e a felicidade ou a salvação, para eleger
    livremente nossa ética privada.

108
  • A ética pública supõe um esforço de
    racionalização da vida política e jurídica para
    alcançar a humanização de todos. Instrumento
    voltado ao desenvolvimento integral de cada ser
    humano.
  • Ética privada é uma ética de conteúdos e de
    conditas que assinala critérios para salvação, a
    virtude, o bem ou a felicidade, quer dizer,
    orienta nossos planos de vida.
  • Ela tem duas dimensões a individual e a social.
    Deve ser resultado da opção de quem a abraça, daí
    o caráter de autonomia, mas suscetível de ser
    oferecida a todos os demais como se fora uma lei
    geral, daí a universalidade.

109
  • O que distingue a ética pública da privada é que
    a primeira é formal e procedimental, a segunda é
    material e de conteúdo.
  • O paradigma da ética pública da modernidade da
    noção de liberdade social, completada pelos
    valores segurança, igualdade e solidariedade.
  • A liberdade social permitirá a cada pessoa, de
    maneira autônoma, exercer sua liberdade moral.
  • A cada ser humano há de ser garantido escolher
    livremente o seu plano individual de existência.

110
  • A finalidade da ética pública é estabelecer
    critérios para que os espaços sociais estejam
    abertos à realização de projetos morais
    individuais.
  • O projeto moral individual é traçado pela ética
    privada, aquela que estabelece modelos de conduta
    ou comportamento, estratégias de felicidade ou
    ideais sobre o bem e virtudes.
  • Quando ética pública e privada não se
    compatibilizam, quase sempre se frustrará o
    projeto de realização individual das pessoas.

111
  • Os governantes têm o dever de zelar pela fixação
    e observância da ética pública.
  • 4. A ÉTICA E A PROFISSÃO FORENSE
  • 1. Conceito de profissãogt sob o enfoque
    eminentemente moral, profissão como uma atividade
    pessoal, desenvolvida de maneira estável e
    honrada, ao serviço dos outros e a benefício
    próprio, de conformidade com a própria vocação e
    em atenção à dignidade da pessoa humana.
  • Merece destaquegt atividade a serviço dos outros
    (a finalidade social de toda profissão).

112
  • O espírito de serviço, de doação ao próximo, de
    solidariedade é característica essencial à
    profissão.
  • O profissional que considera apenas a sua própria
    realização, o bem-estar pessoal, e a retribuição
    econômica por seu serviço, não é alguém
    vocacionado.
  • Destacar também, em benefício próprio. À função
    social da profissão não é incompatível o fato de
    se destinar ela a satis
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