Title: Transg
1Transgênicos
2Conceito
- Transgênicos ou OGMs são organismos manipulados
geneticamente, de modo a fornecer características
desejadas pelo homem. - OGMs possuem alterações em seu genoma realizadas
através da tecnologia do DNA recombinante ou da
Engenharia genética.
3Objetivos
- A geração de transgênicos visa à obtenção de
características específicas por um organismo de
interesse. - Resultados na área de transgenia já são
alcançados desde a década de 70, época na qual
foi desenvolvida a técnica do DNA recombinante. - O primeiro transgênico foi a bactéria Escherichia
coli, que sofreu adição de genes humanos para a
produção de insulina na década de 1980.
4Alimentos Transgênicos
5Alimentos Transgênicos
- Os alimentos transgênicos são modificados
geneticamente em laboratórios com o objetivo de
conseguir melhorar a qualidade do produto. - Os genes de plantas e animais são manipulados e
muitas vezes combinados. - Os organismos geneticamente modificados, depois
da fase laboratorial, são implantados na
agricultura ou na pecuária.
6Alimentos Transgênicos
7Alimentos Transgênicos
- Na agricultura, por exemplo, uma técnica muito
utilizada é a introdução de genes que conferem
tolerância a herbicidas.
8(No Transcript)
9Gerações de Transgênicos
10Primeira Geração
- Nas culturas transgênicas que atualmente estão
sendo comercializadas foram incorporadas
características da chamada primeira geração
(input traits), capazes de conferir vantagens
agronômicas simples, ou seja, dependentes de
genes únicos ou de alguns poucos genes, dirigidas
para a solução de estresses ambientais. - Essas incluem, em primeiro lugar, a tolerância a
herbicidas, seguida pela resistência a insetos e
alguns produtos resistentes a vírus. Neste grupo
de plantas transgênicas incluem-se, ainda,
aquelas que incorporaram vantagens como a
tolerância a metais tóxicos do solo, ao frio e a
outros estresses abióticos.
11Primeira Geração
- A alta taxa de adoção de culturas com tais
características reflete a satisfação dos
agricultores com produtos que oferecem benefícios
significativos, como manejo mais flexível, menor
trabalho e mais alta produtividade, além de
benefícios econômicos e ambientais, pelo
decréscimo no uso de agroquímicos. - Exemplos o mamão papaia (vírus da mancha
anelar), o milho, soja e algodão que são
fortalecidos contra insetos que devoram as
plantações, a batata que resiste a pragas e reduz
absorção de óleo durante o processo de fritura.
12Primeira Geração
- A empresa Monsanto recebeu parecer favorável da
CTNBio à produção em escala comercial da semente
de soja transgênica Roundup Ready resistente à
aplicação de herbicida à base de Glifosate da
mesma empresa, em dezembro de 1998. - O parecer técnico-científico baseia-se na
conclusão de que a soja geneticamente modificada
não oferece riscos a saúde humana ou animal, e
nem ao meio ambiente.
13A decisão da CTNBio está embasada nos
seguintesargumentos
- O cultivar da soja não é passível de polinização
cruzada com espécies silvestres - Não há razões para se prever a sobrevivência de
plantas derivadas fora de ambientes agrícolas - Não haverá aumento da pressão de seleção sobre as
plantas daninhas, com a introdução de cultivares
tolerantes ao herbicida Glifosate - Não há nenhuma constatação de que a utilização do
herbicida Glifosate nas lavouras de soja no
Brasil tenha efeito negativo no processo de
fixação biológica de nitrogênio - Não há indícios de que o uso de cultivares
derivadas dessa linhagem possa alterar o perfil e
a dinâmica das populações de insetos associados à
cultura de soja convencional a introdução do
transgene não altera as características da
composição química da soja, com exceção do
acúmulo de proteína transgênica, tendo comprovada
sua segurança quanto aos aspectos de toxicidade e
de alergenicidade humana e animal (Comissão
Técnica 1999).
14Segunda Geração
- A segunda geração de características introduzidas
em culturas transgênicas inclui aquelas capazes
de conferir a melhoria na qualidade do produto.
Tais características resultam em benefícios que
serão mais evidentes para os consumidores. - A primeira característica de qualidade
introduzida numa cultura transgênica foi o
amadurecimento retardado no tomate Longa Vida,
aprovado para comercialização nos Estados Unidos
em 1994.
15Outros Exemplos
- A cenoura mais doce e contendo doses extras de
betacaroteno - O arroz com mais proteínas
- A batata com retardo de escurecimento
- A soja com genes de castanha-do-pará que aumenta
seu valor nutritivo.
16Outros produtos com características de
qualidadeque estarão disponíveis em curto prazo
incluem
- Produtos mais nutritivos e saudáveis para a
alimentação humana e animal - Produtos para sanar deficiências de
micronutrientes - Produtos com melhor sabor, aroma e/ou aumento na
qualidade e armazenamento de compostos como amido
ou proteínas - Produtos com melhor qualidade em fibras
- Produtos que estão sendo desenvolvidos como
remédios para deficiências de vitaminas.
17Outros produtos com características de
qualidadeque estarão disponíveis em curto prazo
incluem
- O produto que promete um grande impacto na saúde
pública é uma variedade de arroz, desenvolvida
pela empresa Syngenta, com maior concentração de
betacaroteno. - A substância é usada pelo organismo para
metabolizar vitamina A. - Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de
500 mil crianças ficam cegas todo ano em países
pobres por falta de vitamina A em sua dieta - em
grande parte composta de arroz.
18Outros produtos com características de
qualidadeque estarão disponíveis em curto prazo
incluem
- O único produto desse tipo já comercializado é a
soja com ômega 3, disponível no mercado americano
desde 2005. A Kellog's utiliza este grão nos seus
produtos.
19Terceira Geração
- Vacinas Comestíveis
- Animais Transgênicos
- Proteínas Recombinantes
20Vacinas Comestíveis
21Vacinas Comestíveis
- A grande vantagem é que não necessitam ser
refrigeradas, pois o alimento protege as
proteínas da degradação. E, dentro das células
vegetais, as vacinas encontram-se protegidas do
suco gástrico, sendo liberadas gradativamente já
no intestino delgado. - Desde o início das pesquisas com vacinas em
alimentos, os pesquisadores desconfiavam que
estas vacinas também teriam ação sobre a
imunidade mucosal. - Muitos agentes patológicos entram no corpo via
nariz, boca ou órgãos genitais a primeira defesa
do organismo é uma série de membranas mucosas,
localizadas nestas regiões. As vacinas
injetáveis, em geral, não estimulam a defesa
mucosal as vacinas comestíveis, teoricamente,
deveriam ser mais ativas nesta imunidade, pois
entra em contato íntimo com a mucosa do
intestino. Deveriam, portanto, serem capazes de
ativar a imunidade mucosal e sistêmica. - Este efeito seria ótimo contra doenças como a
diarréia, por exemplo.
22Vacinas Comestíveis
- A maior parte dos cientistas envolvidos com
vacinas comestíveis está pesquisando formas de
combater a diarréia, que é provocada por vários
agentes, como o Norwalk virus, o Vibrio cholerae
e Escherichia coli. - Cerca de 3 milhões de crianças morrem anualmente
por causa destes agentes, que são capazes de
perturbar as células do intestino delgado,
provocando a liberação excessiva de água dos
tecidos. - A única terapia disponível é a re-hidratação, mas
algumas vezes não é suficiente. Não existe
vacina, ainda, de alcance mundial para a doença.
No Brasil, a morte por diarréia é, infelizmente,
muito comum em várias regiões.
23Vacinas Comestíveis
- Em 1995, Arntzen conseguiu obter plantas de
tabaco que produziam uma proteína antígena para o
vírus da hepatite B, testou em ratos e estes se
tornaram imune à doença. - Também neste ano, William H. R. Langridge da Loma
Linda University obteve tomates e batatas com
vacinas para as três principais causas da
diarréia. Alimentando animais (ratos, coelhos e
macacos) com estas frutas ou tubérculos,
conseguiram resultados excelentes as cobaias
tiveram respostas positivas de imunidade mucosal
e sistêmica, e não contraíram a doença quando
expostas aos agentes patológicos reais.
24Vacinas Comestíveis
- Estes e outros testes preliminares, em animais,
serviram para indicar que os humanos também
deveriam ser testados. - Arntzen foi o primeiro cientista a testar vacinas
comestíveis em pessoas. Em 1997, vinte
voluntários comeram batatas não cozidas, contendo
a sub-unidade B da toxina da E. coli. Todos
apresentaram estímulos das imunidades sistêmica e
mucosal. O mesmo grupo comeu outras batatas,
contendo vacina contra o Norwalk virus 19 dos
vinte tiveram resultados positivos. No ano
seguinte, Hilary Koprowski do Thomas Jefferson
deu alface geneticamente modificada para conter
um antígeno da hepatite B para três voluntários
dois ficaram imunes a doença.
25Vacinas Comestíveis
- Estes resultados parecem deixar claro que as
vacinas comestíveis são, de fato, eficazes. A
comunidade científica vê com bons olhos e vários
órgãos de saúde pública, como a NIH e a Unicef,
já investem bastante dinheiro nesta área.
Entretanto, várias questões ainda devem ser
respondidas, e vários problemas precisam ser
resolvidos, antes da liberação em massa destas
vacinas. - Dentre os obstáculos, está a escolha das plantas
corretas - e cada planta apresenta seu próprio
desafio. - As batatas são ideais se propagam rapidamente e
podem ser estocadas por longos períodos. A
desvantagem é que devem ser ingeridas sem
cozimento, o que não é uma prática comum.
26Vacinas Comestíveis
- As folhas de tabaco, extensivamente estudadas,
não fazem parte da dieta de nenhuma população. - As bananas não precisam ser cozidas, mas suas
árvores levam anos para dar frutos, e estes são
sazonais. Além disso, após colhidas as bananas
apodrecem rapidamente. - Por isso, mais plantas tem sido testadas, como
alface, cenouras, amendoins, trigo, milho arroz e
soja.
27Vacinas Comestíveis
- Outra questão o consumo cotidiano de vacinas
poderia causar um fenômeno conhecido como
tolerância oral - o organismo pode simplesmente
passar a desligar suas defesas contra estas
proteínas, se tornando suscetível ao ataque do
agente patológico real. - Além disso, alguns cientistas advertem para o
fato de que a mãe que come o alimento com vacina
estaria indiretamente vacinando o seu filho, quer
seja o feto, através da placenta, ou o bebê, pela
amamentação.
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29(No Transcript)
30Animais Transgênicos
31Animais Transgênicos
- Em 1997, o primeiro bovino transgênico, a vaca
Rosie, produzia leite enriquecido com a proteína
humana lactoalbumina. - Esse leite transgênico é mais nutritivo para
humanos que o leite natural, e poderia ser
introduzido na alimentação de crianças com
carência de nutrientes específicos. - Há também pesquisas em curso voltadas para a
produção de leite transgênico contendo as
proteínas necessárias para o tratamento de
doenças como fenilcetonúria, enfisema hereditário
e fibrose cística. - Por exemplo, o Instituto A. I. Virtanen, da
Finlândia, gerou um bovino contendo um gene cuja
proteína correspondente promove o crescimento de
hemácias em humanos.
32Animais Transgênicos
- Em razão do impacto e da complexidade ética da
criação de animais transgênicos para o consumo
humano, a Comissão do Codex alimentarius (Lei
alimentar ou Código alimentar, em latim),
estabelecida conjuntamente pela FAO (Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e a
Alimentação) e pela OMS (Organização Mundial da
Saúde), está trabalhando em colaboração com
vários países, dentre eles o Brasil, com o
objetivo de criar normas de aplicação
internacional visando a segurança de alimentos
produzidos a partir desses animais
33Animais Transgênicos
- Recentemente foi aprovada pela Agência Européia
de Medicina a produção pioneira de antitrombina
humana pela empresa americana GTC
Biotherapeutics, valendo-se de cabras
transgênicas como biorreatores. - O novo medicamento se chama Atryn e será
comercializado no próximo ano na Grã-Bretanha e
em outros países europeus. - A antitrombina é uma proteína presente no sangue
com propriedades anti-coagulantes e
antiinflamatórias, que pode ser utilizada no
tratamento de portadores de uma doença genética
rara conhecida como deficiência hereditária de
antitrombina.
34Animais Transgênicos
- A glândula mamária pode ser considerada
atualmente um excelente candidato a biorreator
animal. - Estudos extensos têm demonstrado a possibilidade
da produção de uma grande variedade de proteínas
recombinantes no leite muitas delas são
proteínas complexas, como - Eritropoietina humana e hormônio da paratireóíde
humano. Assim espera-se obter uma produção de
anticorpos monoclonais em grandes quantidades.
35Animais Transgênicos
- A tecnologia utilizada para o desenvolvimento de
animais trangênicos, conduz de alguma forma a
dois grandes problemas cruciais a eficiência e a
velocidade com que um produto comercial pode ser
produzido. - Os métodos em andamento, levam à baixa natalidade
e pouco sucesso de vida (10) dos animais
transgênicos. A eficiência da transferência
nuclear é baixa e muitos embriões sofrem
anomalias e são inviáveis.
36Exemplos
Suínos alterados geneticamenteem laboratório
produzem gorduraque faz bem para o coração!
Mosquito Transgênico Incapaz de transmitir a
dengue!
37Futuras Gerações
- A combinação de anticorpos recombinantes e
engenharia da planta, têm resultado na expressão
de uma diversidade de formas moleculares em
diferentes espécies de plantas - Várias proteínas farmacêuticas têm sido
produzidas em plantas transgênicas, incluindo a
lipase e a eritropoietina. - O hormônio do crescimento somatotrofina é usado
para o tratamento de nanismo hipopituitário em
crianças e, futuramente existe possibilidade de
uso na síndrome de Turner, insuficiência renal
crônica e síndrome debilitante do HIV.
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39(No Transcript)
40Países Produtores de Transgênicos
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43Países Produtores de Transgênicos
44Países Produtores de Transgênicos
- A soja geneticamente modificada foi a principal
lavoura de transgênicos em 2005, ocupando 54,4
milhões de hectares (60 da área GM global),
seguida pelo milho (21,2 milhões de hectares com
24 da área GM global), algodão (9,8 milhões
hectares com 11) e canola (4,6 milhões de
hectares com 5,0 da área global semeada com
lavouras GM).
45Nos próximos anos, dezenas de variedadesgeneticam
ente modificadas poderão ser cultivadas
noBrasil., tais como
- Arroz
- Desenvolvido pela multinacional Bayer
CropScience, o arroz Liberty Link é resistente a
herbicidas, o que permite ao agricultor eliminar
as ervas daninhas que aumentam o custo da
produção e reduzem a qualidade do produto que
chega ao consumidor.
46Nos próximos anos, dezenas de variedadesgeneticam
ente modificadas poderão ser cultivadas
noBrasil., tais como
- Milho
- Resistente a herbicidas e a insetos, não é
atacado pelas micotoxinas, agentes que podem
causar alergias, intoxicações e câncer. A
empresa americana Syngenta Seeds trará para o
Brasil a tecnologia do milho, empregada na
Argentina e nos Estados Unidos.
47Nos próximos anos, dezenas de variedadesgeneticam
ente modificadas poderão ser cultivadas
noBrasil., tais como
- Batata
- O desenvolvimento da batata resistente promete
livrar o agricultor do mosaico, a principal
doença da lavoura, responsável por perdas de até
80 da safra. O estudo, da Embrapa, vem sendo
feito há mais de dez anos. - Nos EUA, já é comercializada há cinco anos.
48Nos próximos anos, dezenas de variedadesgeneticam
ente modificadas poderão ser cultivadas
noBrasil., tais como
- Feijão
- Desenvolvido pela Embrapa, tem resistência à
doença do mosaico dourado, capaz de causar perdas
de 40 a 85 da produção. Os pesquisadores já
conseguiram quatro variedades preto, carioca,
jalo e roxinho. - Cana-de-açúcar
- O Centro de Tecnologia Canavieira conseguiu
desenvolver uma cana com mais açúcar. As
experiências mostram que a planta geneticamente
modificada pode ter uma concentração até 18
maior que a da canade-açúcar convencional.
49Segurança de Alimentos Transgênicos
50Segurança dos Alimentos Transgênicos
- No desenvolvimento de uma metodologia para a
avaliação de segurança de novos alimentos, era
essencial estabelecer uma definição de alimento
seguro. - Segundo a OECD (Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico), um alimento é
considerado seguro se houver certeza razoável de
que nenhum dano resultará de seu consumo sob
condições previstas de uso.
51Segurança dos Alimentos Transgênicos
- Em 1993, a OECD formulou o conceito de
equivalência substancial (ES) como uma ferramenta
a ser utilizada como guia na avaliação da
segurança de alimentos geneticamente modificados,
a qual tem sido aperfeiçoada ao longo dos anos. - O conceito de ES se baseia na idéia de que
alimentos já existentes podem servir como base
para a comparação do alimento geneticamente
modificado com o análogo apropriado.
52Segurança dos Alimentos Transgênicos
- Os fatores considerados incluem a identidade,
fonte e composição do OGM, os efeitos do
processamento/cocção sobre o alimento
geneticamente modificado, o processo de
transformação, a potencial toxicidade, entre
outros fatores. - O fato de um alimento geneticamente modificado
ser substancialmente equivalente ao seu análogo
convencional não significa que ele seja seguro,
nem elimina a necessidade de se conduzir uma
avaliação rigorosa para garantir a sua segurança
antes que sua comercialização seja permitida.
53Segurança dos Alimentos Transgênicos
- Na avaliação da segurança de alimentos
geneticamente modificados, além dos estudos de
composição, e da avaliação de segurança, um outro
componente a ser considerado é a equivalência
nutricional. - Esta avaliação é realizada através de estudos em
que animais são alimentados com rações produzidas
a partir do alimento geneticamente modificado. - Não é muito utilizado na avaliação da qualidade
de novas variedades de alimentos desenvolvidos.
54Segurança dos Alimentos Transgênicos
- Nenhuma das plantas resultantes dos cruzamentos
interespecíficos existiu ou existe na natureza.
Portanto, sob qualquer definição, tais plantas
foram geneticamente modificadas por intervenção
humana. Nesse processo, mesmo que o melhorista
esteja interessado em uma ou poucas
características, grandes blocos de genes são
transferidos da planta doadora para a receptora.
Isso significa que centenas de genes
não-conhecidos e indesejáveis podem ser
introduzidos concomitantemente ao gene de
interesse, com o risco de que algum(ns)
codifique(m), por exemplo, toxinas ou produtos
alergênicos que são importantes para a
sobrevivência das plantas selvagens na natureza.
55Segurança dos Alimentos Transgênicos
- É importante enfatizar que alimentos oriundos de
plantas mutantes espontâneas ou induzidas, bem
como daquelas resultantes de cruzamentos
interespecíficos, apesar de serem avaliados
agronomicamente pelos melhoristas, não são
submetidos a testes especiais, rotulagem ou
qualquer regulamentação e/ou inspeção
governamental sobre os métodos de obtenção e
sobre os riscos alimentares ou ao meio ambiente
decorrentes das alterações genéticas.
56Segurança dos Alimentos Transgênicos
- Tanto os genótipos obtidos pelos métodos
convencionais como os obtidos pela transgenia
devem ser devidamente avaliados. Essa orientação
está enfaticamente apresentada em declaração
redigida pelo Dr. C.S. Prakash da Tuskegee
University, e assinada por mais de 3.300
cientistas de todo o mundo, na qual é afirmado
que Nenhum produto alimentar, seja produzido
com técnicas de DNA recombinante ou com métodos
mais tradicionais, é totalmente sem risco. Os
riscos apresentados por alimentos são uma função
das características biológicas dos alimentos e
dos genes que foram utilizados, e não do processo
empregado para o seu desenvolvimento. Nosso
objetivo como cientistas é assegurar que qualquer
novo alimento produzido com a utilização de DNA
recombinante seja tão ou mais seguro do que
aqueles que já vêm sendo consumidos
(http//www.agbioworld.org/ declaration/petition/p
etition.phtml/ Janeiro de 2000).
57Segurança dos Alimentos Transgênicos
- Já o Instituto Brasileiro de Defesa (1999)
salienta os riscos dos alimentos transgênicos,
para a saúde da população e para o meio ambiente.
Pode ocorrer o aumento das alergias com o consumo
dos OGMs, pois novos compostos são formados no
novo organismo, como proteínas e aminoácidos que
ingeridos poderão desencadear processos
alérgicos, e aumento de resistência aos
antibióticos, pois são inseridos nos alimentos
transgênicos genes que podem ser de bactérias
usadas na produção de antibióticos. Com o consumo
pela população desses alimentos, poderá ocorrer
resistência a esses medicamentos, reduzindo ou
anulando a eficácia dos mesmos.
58Segurança dos Alimentos Transgênicos
- Pode ser desencadeado também, um aumento das
substâncias tóxicas quando o gene de uma planta
ou de um microorganismo for utilizado em um
alimento, e é possível que o nível dessas toxinas
aumente inadvertidamente, causando mal às
pessoas, aos insetos benéficos e aos animais.
Estudos a respeito têm demonstrado que a inserção
de genes resistentes aos agrotóxicos em alguns
alimentos transgênicos conferem às pragas e às
ervas daninhas maior resistência, tornando-se
super-pragas, desequilibrando os ecossistemas,
implicando uso de uma maior quantidade de
agrotóxicos, que resultará no aumento de resíduos
nos alimentos, rios e solos.
59(No Transcript)
60Legislação
61Resolução - RDC nº 214, de 30 de julho de 2002
- Estabelece condições para importação,
comercialização, e exposição ao consumo dos
produtos incluídos na RDC nº 213 de 30 de julho
de 2002.
DECRETO N 4.680, DE 24 DE ABRIL DE 2003
- Art. 1 Este Decreto regulamenta o direito à
informação, assegurado pela Lei n 8.078, de 11
de setembro de 1990, quanto aos alimentos e
ingredientes alimentares destinados ao consumo
humano ou animal que contenham ou sejam
produzidos a partir de organismos geneticamente
modificados, sem prejuízo do cumprimento das
demais normas aplicáveis. - Art. 2º Alimentos destinados ao consumo humano,
produzidos a partir de OGMs com presença acima do
limite de 1 do produto geneticamente modificado,
deverão ser informados ao consumidor.
62INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 1º DE ABRIL DE 2004
REGULAMENTO TÉCNICO SOBRE ROTULAGEM DE ALIMENTOS
E INGREDIENTES ALIMENTARES QUE CONTENHAM OU SEJAM
PRODUZIDOS A PARTIR DE ORGANISMOS GENETICAMENTE
MODIFICADOS.
63- 1.1. Este Regulamento se aplica à comercialização
de alimentos e ingredientes alimentares
destinados ao consumo humano ou animal, embalados
ou a granel ou in natura, que contenham ou sejam
produzidos a partir de Organismos Geneticamente
Modificados - OGM, com presença acima do limite
de um por cento do produto
64- 1.1.1. A verificação do limite do OGM no produto
será efetuada com base na quantificação do Ácido
Desoxirribonucléico - ADN inserido ou da proteína
resultante da modificação genética ou, ainda, de
outras substâncias oriundas da modificação
genética, por métodos de amostragem e de análise
reconhecidos pelos órgãos competentes.
65- 3.1.2. Deverá ser informado, no rótulo, o nome
científico da espécie doadora do gene responsável
pela modificação expressa do OGM, sendo
facultativo o acréscimo do nome comum quando
inequívoco. - A informação deverá ser feita da seguinte forma
- a) após o(s) nome(s) do(s) ingredientes(s)
- b) no painel principal ou nos demais painéis
quando produto de ingrediente único.
66Alimentos Com e Sem Transgênicos
67Guia GreenPeace
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71(No Transcript)
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73(No Transcript)
74Dúvidas?