Title: Helder Anibal Hermini
1MEDIDAS DE TEMPERATURA
(Aspectos Gerais)
2CONCEITOS BÁSICOS
Grandeza física relacionada com o grau de
vibração dos átomos e/ou moléculas que constituem
o corpo.
Temperatura
Energia térmica em trânsito de um corpo de maior
temperatura para um corpo de menor temperatura.
Calor
3AS PRIMEIRAS MEDIÇÕES DE TEMPERATURA
- As primeiras medições de temperatura
registradas que se tem conhecimento, foram
realizadas por GALILEU, a partir de um
termoscópio, termômetro cujo princípio físico era
a expansão do ar na ocasião, sua escala estava
dividida em graus de calor, segundo seus
registros.
4PRINCÍPIO DE CONSTRUÇÃO DE UM TERMÔMETRO
5PRINCÍPIO DE CONSTRUÇÃO DE UM TERMÔMETRO
- 1o PASSO Escolher uma propriedade termométrica
(sistema sensor) compatível ao sistema a ser
medido. - 2o PASSO Definir uma Escala de Temperatura
6ERRO ESTÁTICO/ERRO DINÂMICO/CONSTANTE DE TEMPO
O erro estático é a diferença entre a leitura do
sistema em uso em comparação com um padrão (ou
seja, valor verdadeiro). Esse erro depende do
tipo de sensor, cabos, sistema de leitura
(analógico, digital, osciloscópio, registrador).
7ERRO ESTÁTICO/ERRO DINÂMICO/CONSTANTE DE TEMPO
Quando a temperatura está variando rapidamente
num processo industrial, por exemplo, o sistema
de medição poderá não conseguir acompanhar esta
variação (principalmente pela inércia térmica do
sensor).
8ERRO ESTÁTICO/ERRO DINÂMICO/CONSTANTE DE TEMPO
Mesmo quando se realiza uma medida estática de
temperatura deve-se ter cuidado com a resposta do
sensor, uma vez que ele leva um certo tempo para
chegar a esse valor máximo. O tempo necessário
para o sensor chegar a aproximadamente 63 do
valor máximo é chamado de constante de tempo, e a
partir desse valor (geralmente fornecido pelo
fabricante), é possível saber quanto se deve
esperar para chegar ao valor máximo.
9TIPOS DE TERMÔMETROS
10TERMÔMETRO BIMETÁLICO
Este tipo de termômetro está baseado na
dilatação de metais como diferentes metais
possuem diferentes coeficientes de dilatação, se
esses metais estiverem dispostos em lâminas
conjuntas, a dilatação diferenciada irá curvar
esse conjunto de lâminas.
Fig. 1 - Dilatação de dois metais com diferentes
coeficientes de dilatação (?A e ?B) o resultado
é uma flexão lateral do conjunto de lâminas, que
tem um ponteiro acoplado. A leitura é feita
diretamente numa escala acoplada.
11TERMÔMETRO BIMETÁLICO
O raio de curvatura é dado por
onde t espessura total da placa ?A e
?B coeficientes de dilatação T2 -T1
variação de temperatura
A combinação desta equação com relações
apropriadas da resistência dos materiais permite
o cálculo de deflexões de vários tipos de
elementos em uso prático.
12TERMÔMETRO BIMETÁLICO
Aplicação
- Medidas de temperatura.
- Elemento sensor de controle de temperatura,
principalmente do tipo liga-desliga. - Sistema de chaveamento para desligar o sistema em
casos de sobrecarga em aparelhos elétricos - Ao fluir a corrente elétrica pelo bimetal há seu
aquecimento e expansão, provocando a abertura da
chave quando há uma corrente excessiva).
13TERMÔMETRO BIMETÁLICO
Aplicação
- Intervalo de temperatura de trabalho
- O intervalo de temperatura de trabalho é de
-100oC a 1000oF. - Grau de precisão de medida
- Imprecisões da ordem de 0,5 a 1 do intervalo de
escala devem ser esperados em termômetros
bimetálicos de alta qualidade.
14TERMÔMETROS DE LÍQUIDO EM VIDRO
Aspectos Gerais
- É adaptável a uma grande variedade de aplicações,
variando-se o material de construção e/ou sua
configuração, ou seja
15TERMÔMETROS DE LÍQUIDO EM VIDRO
Aspectos Gerais
- Os termômetros são de dois tipos
- Imersão Total - São calibrados para leitura
correta quando a coluna de líquido está imersa
completamente no fluído medido. - Imersão Parcial - São calibrados para leitura
correta quando imersos numa quantidade definida
com a porção exposta numa temperatura definida.
16TERMÔMETROS DE PRESSÃO
ASPECTOS GERAIS
Estes termômetros utilizam o princípio de
expansão dos líquidos em espaço confinado para
produzir pressão a ser utilizada para operar um
tubo de Bourdon, fole ou diafragma mostrando a
temperatura de atuação.
17TERMÔMETROS DE PRESSÃO
Classificação
- Termômetros de pressão podem ser classificados em
4 grupos - Classe 1 - Sistemas cheios com líquidos
(excluindo mercúrio) - Classe 2 - Sistemas com vapor
- Classe 3 - Sistemas cheios de gás
- Classe 4 - Sistemas cheios com mercúrio
18TERMÔMETROS DE PRESSÃO
Classificação
- Em todos os sistemas são possíveis fontes de
erros - Submersão incorreta
- Mudanças na pressão barométrica
- Mudanças na temperatura ambiental
19TERMÔMETRO A GÁS A VOLUME CONSTANTE
O termômetro a gás volume constante, obtém-se a
temperatura em função da pressão Pg no ponto do
gelo e da pressão Pv no ponto de vapor,
resultando uma equação LINEAR semelhante á
equação dos termômetros líquidos, só que em
termos da pressão versus temperatura.
20TERMOELETRICIDADE
21TERMOELETRICIDADE TERMOPARES
Em 1821, o físico alemão Thomas Johann Seebeck
observou que, unindo as extremidades de dois
metais diferentes x e y e submetendo as
junções a e b a temperaturas diferentes T1 e
T2, surge uma f.e.m. (força eletromotriz,
normalmente da ordem de mV) entre os pontos a e
b, denominada tensão termoelétrica.
Figura 2 - Experimento de Seebeck
22TERMOELETRICIDADE TERMOPARES
Figura 2 - Dois metais diferentes, x e y com
as extremidades unidas e mantidas a temperaturas
diferentes
Figura 3 - Abrindo o circuito em qualquer ponto
e inserindo um instrumento adequado, tem-se o
valor da f.e.m.
23TERMOELETRICIDADE TERMOPARES
Este fenômeno é conhecido por "Efeito Seebeck".
Em outras palavras, ao se conectar dois metais
diferentes (ou ligas metálicas) do modo mostrado
na Figura 1, tem-se um circuito tal que, se as
junções a e b forem mantidas em temperaturas
diferentes T1 e T2, surgirá uma f.e.m.
termoelétrica e uma corrente elétrica i
circulará pelo chamado "par termoelétrico ou
"termopar". Qualquer ponto deste circuito poderá
ser aberto e nele inserido o instrumento para
medir a f.e.m. (Figura 3). Em 1826, o físico
francês Antonie Becquerel sugeriu pela primeira
vez a utilização do efeito Seebeck para medição
de temperatura.
24TERMOELETRICIDADE TERMOPARES LEIS
TERMOELÉTRICAS
1a Lei Termoelétrica A força eletromotriz "?"
de um termopar depende somente da natureza dos
condutores e da diferença de temperatura entre as
junções de contato.
25TERMOELETRICIDADE TERMOPARES LEIS
TERMOELÉTRICAS
- Algumas conseqüências importantes da 1a Lei
-
- Se as junções estiverem a mesma temperatura, a
f.e.m. gerada pelo termopar é nula. - b) A f.e.m. gerada pelo termopar independe do
ponto escolhido para medir o sinal. Por isso, ao
confeccionar o termopar, numa das junções não é
realizada a solda, introduzindo-se alí o
instrumento.
26TERMOELETRICIDADE TERMOPARES LEIS
TERMOELÉTRICAS
Algumas conseqüências importantes da 1a Lei c) A
f.e.m. do termopar não será afetada se em
qualquer ponto do circuito for inserido um
terceiro metal, desde que suas junções sejam
mantidas a mesma temperatura. Esta propriedade é
chamada, por alguns autores, de "Lei dos Metais
Intermediários.
27TERMOELETRICIDADE TERMOPARES LEIS
TERMOELÉTRICAS
2a Lei Termoelétrica (Lei das Temperaturas
Intermediárias) Se dois metais homogêneos
diferentes produzem uma f.e.m. E1 quando as
junções estão às temperaturas T1 e T2, e uma
f.e.m. E2, quando as junções estão a T2 e T3, a
f.e.m. gerada quando as junções estão a T1 e T3
será E1 E2.
28TERMOELETRICIDADE TERMOPARES CIRCUITOS DE
TERMOPARES E MEDIÇÕES DE F.E.M.
A Figura mostra um termopar usado para medir a
temperatura T1 o instrumento indicara uma
voltagem proporcional a diferença (T1 - T2 ) .T2
pode ser medida com um termômetro convencional.
Figura 4 - Circuito equivalente, Rv é a
resistência interna do voltímetro. RT é a
resistência dos fios do termopar acrescido dos
fios que levam o sinal ao instrumento.
29TERMOELETRICIDADE TERMOPARES CIRCUITOS DE
TERMOPARES E MEDIÇÕES DE F.E.M.
Analisando o circuito elétrico, pode-se notar
que o voltímetro somente irá informar a f.e.m.
(?) se Rv gtgt RT. Desta forma, a escolha do
instrumento adequado, requer um grande cuidado!
30TERMOELETRICIDADE TERMOPARES POTENCIA
TERMOELÉTRICA
Ao se medir a f.e.m. termoelétrica de um par
termoelétrico em função da temperatura, obtém-se,
em geral, uma relação do tipo mostrado no gráfico
da figura 5. A curva mostrada no gráfico é
denominada de curva de calibração do par
termoelétrico. A relação da f.e.m. termoelétrica
com a temperatura, normalmente, não é linear, mas
para algumas faixas de temperatura, pode ser
considerada como se o fosse (veja a reta 1 da
Figura 5).
Figura 5 - Curva de calibração de um par
termoelétrico
31TERMOELETRICIDADE TERMOPARES POTENCIA
TERMOELÉTRICA
A partir do gráfico pode-se definir uma grandeza
denominada de potência termoelétrica do termopar,
dada por P d?/dT ou para um intervalo de
temperatura P ??/?T A potência
termoelétrica representa a sensibilidade de
resposta (?e) do par termoelétrico com a variação
de temperatura (?T).
32TERMOMETROS COMERCIAIS
33TERMOELETRICIDADE TERMOPARES FIOS DE COMPENSAÇÃO
Figura 6 - Termopar com fios de compensação
Na maioria dos casos, sobretudo em aplicações
industriais, o instrumento de medida e o termopar
necessitam estar relativamente afastados. Desta
forma, os terminais do termopar poderão ser
conectados a uma espécie de cabeçote, e, a partir
deste cabeçote são adaptados fios de compensação
(praticamente com as mesmas características dos
fios do termopar, porém mais baratos) até o
instrumento, conforme mostra a Figuras 6.
34TERMOELETRICIDADE TERMOPARES FIOS DE COMPENSAÇÃO
Na montagem apresentada na Figura 6, o sinal lido
no instrumento é proporcional a (T1 - T3), já que
os fios de compensação possuem as mesmas
características do termopar (é como se existisse
um único termopar). Note que, se os fios fossem
de cobre (fios comuns) o sinal lido pelo
instrumento seria proporcional a (T1 - T2).
35TERMOELETRICIDADE ALGUNS TIPOS DE TERMOPARES
Figura 7 - Diversos termopares com finalidades
aplicativas diferentes.
Figura 8 - Terminais para termopares - conexão
com cabos de compensação.
Figura 9 - Termopares com proteção diversa
(bainha de inox, tubo de inox).
Figura 10 - Termopar especial com base magnética
para fixação em dispositivos metálicos.
36TERMOELETRICIDADE ALGUNS TIPOS DE TERMOPARES
Figura 11 - Termopar com indicador digital de
temperatura.
Figura 12 - Termopar com dispositivo especial
para fixação com parafuso.
Figura 13 - Termopar com sistema auto-adesivo,
evitando necessidade de solda ou operação
mecânica (furos,..).
37TERMOELETRICIDADE
O EFEITO PELTIER
Em 1834, Jean Peltier, mostrou, através de
experimentos, que quando se passa uma pequena
corrente elétrica através da junção de dois fios
diferentes, em uma direção, a junção se resfria,
e assim absorve calor de sua vizinhança. Quando a
direção de corrente é invertida, a junção se
aquece. E assim libera calor para a vizinhança.
38TERMOELETRICIDADE
O EFEITO PELTIER
Quando se introduz um gerador em um circuito
formado por um par termoelétrico com ambas
extremidades unidas e à mesma temperatura
inicial, ao circular uma corrente elétrica "I"
pelo circuito, observa-se que em uma das junções
ocorre um resfriamento T, enquanto na outra
junção ocorre um aquecimento de mesmo valor. Ao
se inverter o sentido da corrente elétrica
inverte-se também o efeito de aquecimento e
resfriamento nas junções.
39TERMOELETRICIDADE
UMA APLICAÇÃO DO EFEITO PELTIER COOLER DE
MICROPROCESSADORES
O efeito Peltier pode ser descrito como uma
espécie de "bomba de calor", que "sulga" calor de
um dos lados, e o dissipa do lado oposto. Isto
significa que temos um lado frio e um lado
quente. O lado frio, é o que sulga o calor, que
naturalmente é o que ficará e contato com o
processador, enquanto o lado quente em geral é
fixado a um cooler convencional, que ajuda a
dissipar o calor gerado, evitando que o peltier
se superaqueça. Como o peltier deve cobrir toda a
área de contato do processador, existem peltiers
de vários tamanhos.
40TERMOELETRICIDADE
UMA APLICAÇÃO DO EFEITO PELTIER COOLER DE
MICROPROCESSADORES
- Os peltiers são bem mais eficientes que os
coolers convencionais, mas naturalmente possuem
suas desvantagens. - Consomem uma quantidade absurda de eletricidade.
Os modelos mais "econômicos" consomem por volta
de 70 watts - Peltiers geram uma grande quantidade de calor
durante seu funcionamento, que somado com o calor
"sugado" é dissipado pela face quente. Apesar do
processador ficar mais frio, a quantidade de
calor irradiada para o restante do micro será
maior. - Condensa umidade devido ao processador demorar um
certo tempo para esquentar e o Peltier começar a
trabalhar imediatamente. Portanto, a sua face
fria fica realmente gelada até que o processador
esquente, causando um grande acumulo de umidade
ou até mesmo água em estado liquido.
41TERMOELETRICIDADE
TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Os termômetros de resistência funcionam
baseados no fato de que a resistência de uma
grande gama de materiais varia com a temperatura
de um modo geral, os metais aumentam a
resistência com a temperatura, ao passo que os
semicondutores diminuem a resistência com a
temperatura.
Fig. 2 - Variação da resistência com a
temperatura para vários materiais observe-se que
para uma mesma variação de temperatura, a
variação de resistência do metal (?Rm) é
significativamente menor do que a no NTC (?Rs).
42TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
- Os termômetros de resistência são considerados
sensores de alta precisão e ótima repetibilidade
de leitura - Quando metais são usados, o elemento sensor é
normalmente confeccionado de Platina com o mais
alto grau de pureza e encapsulados em bulbos de
cerâmica ou vidro.
43TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
- Atualmente, as termoresistências de Platina mais
usuais são - Pt-25,5?
- PT-100?
- PT-120?,
- PT-130?/PT-500?,
sendo que o mais conhecido e usado
industrialmente é o PT-100? (a 0?C). Sua faixa
de uso vai de -200 a 650 ?C, conforme a norma
ASTM E1137 entretanto, a norma DIN IEC 751
padronizou sua faixa de -200 a 850 ?C.
44TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
ASPECTOS CONSTRUTIVOS
Normalmente, o bulbo de resistência é montado em
uma bainha de aço inox, totalmente preenchida com
óxido de magnésio, de tal maneira que haja uma
ótima condução térmica e proteção do bulbo com
relação a choques mecânicos. A isolação elétrica
entre o bulbo e a bainha obedece a mesma norma
ASTM E 1137.
45TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
- Para pequenas variações de temperatura a serem
medidas é válida a equação - RT Ro1 ?(T-To)
- onde
- Ro é a resistência a 0 ?C,
- RT é a resistência na temperatura T e
- ? é o coeficiente de temperatura do metal.
46TERMÔMETROS DE RESISTÊNCIA ELÉTRICA
- A leitura da resistência é feita diretamente num
ohmímetro, de preferência digital. - Os principais metais usados nestes
termoresistores são a Platina (Pt) e o níquel
(Ni) uma das famílias mais famosas é a do Pt100
este número indica que o resistor tem 10 ? a 0
?C. Também os semicondutores podem ser usados
como sensores de temperatura são os sensores do
tipo PTC e NTC.