Title: Genit
1Desordens da Diferenciação Sexual
Mariana de Melo Gadelha Hospital Regional da Asa
Sul/SES/DF www.paulomargotto.com.br 06/08/2010
2Menino....
3 4Quando não se pode responder a essa
pergunta sem pensar duas vezes, trata-se
de uma emergência médica.
Roberta Pagon
5CASO CLÍNICO
- R.V., 08 anos, criado no sexo masculino, com
queixa de pênis pequeno desde o nascimento. - Ao exame físico, formações lábio-escrotais
não-fusionadas, phallus com 1,5cm, 02
orifícios perineais, gônadas palpáveis
bilateralmente (na bolsa escrotal à direita e no
canal inguinal à esquerda). - Cariótipo 46XY/ 45X0. AP evidenciou disgenesia
gonadal mista.
6CASO CLÍNICO
- Sem resposta terapêutica às tentativas de induzir
crescimento fálico com testosterona IM. - Trocado sexo de criação para feminino.
- Realizado clitoridectomia gonadectomia
bilateral. - Realizado mudança judicial do registro. Trocado
nome de Roberto para Odete. - Distúrbios psiquiátricos na adolescência.
- Retorna na urologia do HC aos 32 anos com desejo
do fenótipo masculino. - Voltou a se chamar Roberto. Tinha namorada.
Libido normal. Cogitado confecção de neopênis.
7OBJETIVOS
- Conscientizar o pediatra geral sobre a função
primordial que ele exerce no prognóstico do
paciente com DDS - Critérios para o diagnóstico dos DDSs
- Descrição adequada da genitália
- Breve descrição embriológica da formação genital
- Descrição das etiologias e nomenclaturas atuais
dos DDSs.
8OBJETIVOS
- Conscientizar o pediatra geral sobre a função
primordial que ele exerce no prognóstico do
paciente com DDS - Critérios para o diagnóstico dos DDSs
- Descrição adequada da genitália
- Breve descrição embriológica da formação genital
- Descrição das etiologias e nomenclaturas atuais
dos DDSs.
9INTRODUÇÃO
- Emergência neonatal mais freqüentemente
negligenciada pelo pediatra - Risco de vida imediato
- Prejuízos irreparáveis ao bem-estar psicossocial
do paciente a longo prazo - Suspeita de alteração levantada muitas .
vezes pela família e não pelo médico.
101969 2005
- 149 Pacientes
- Identificação da condição pelo pediatra ao
nascimento
11Idade na Primeira Consulta com Especialista
12Situações de Risco no Período Neonatal
13Registro Civil
14OBRIGAÇÕES DO PEDIATRA
- Examinar adequadamente a genitália ao nascimento
(sala de parto) e no CD periodicamente - Em caso de suspeita de DDS na sala de parto, NÃO
fornecer DNV constando o sexo da criança - Esclarecer a família sobre a condição mas NÃO
emitir opinião sobre o sexo da criança
15OBRIGAÇÕES DO PEDIATRA
- Garantir que o restante da equipe de saúde também
não emita opinião até que o sexo de criação tenha
sido definido - Uma vez definido o sexo de criação, contribuir
para a afirmação junto à família - Garantir que a criança seja vista por
especialista ainda no berçário/ Alcon (antes da
alta).
16OBJETIVOS
- Conscientizar o pediatra geral sobre a função
primordial que ele exerce no prognóstico do
paciente com DDS - Critérios para o diagnóstico dos DDSs
- Descrição adequada da genitália
- Breve descrição embriológica da formação genital
- Descrição das etiologias e nomenclaturas atuais
dos DDSs.
17- Quando
- considerar que
- uma genitália é
- ambígua?
18Critérios de Danish (1982)
- Em uma genitália aparentemente masculina
- Tamanho peniano esticado 2,5 DP da média normal
para a idade - Hipospádia
- Gônadas pequenas ( 8mm)
- Gônadas não-palpáveis
- Presença de massa inguinal que possa corresponder
a útero/trompas rudimentares.
30 Semanas 1,5cm 1-3 anos 2,9
cm 34 Semanas 2,0 cm
9-10anos 3,8cm Termo 2,5 cm Adulto9,3cm
19Gráfico de Comprimento Peniano
20Comprimento do Phallus
21Critérios de Danish (1982)
- Em uma genitália aparentemente feminina
- Comprimento clitoriano 6mm
- Gônada palpável
- Fusão labial posterior
- Massa inguinal que possa corresponder a
testículos.
22Critérios Diagnósticos Simplificados
- Virilização Parcial da Genitália Externa
- Genitália Masculina sem Gônadas Palpáveis
- Genitália Feminina com Gônadas Palpáveis
- Hipospádias Perineais e Peno-escrotais
- Hipospádias Penianas com Gônada Unilateral
- Pênis lt 2,5cm no RN/lactente.
23Por que ter estes critérios em mente?
- Algumas vezes as alterações são extremamente
sutis... - Em outras são evidentes demais...
24DDS 46XX
25DDS 46XY
26OBJETIVOS
- Conscientizar o pediatra geral sobre a função
primordial que ele exerce no prognóstico do
paciente com DDS - Critérios para o diagnóstico dos DDSs
- Descrição adequada da genitália
- Breve descrição embriológica da formação genital
- Descrição das etiologias e nomenclaturas atuais
dos DDSs.
27Usar termos embriológicos (menos estigmatizantes)
28OBRIGAÇÕES DO PEDIATRA
- Não usar termos com conotação de sexo definido
(ex. pênis, clitóris, testículo, etc...) quando
se comunicar com a família - Usar termos embriológicos que são menos
estigmatizantes (ex. gônadas, phallus, etc...) - Quando houver a definição do sexo, passar então a
adotar o termo adequado.
29OBJETIVOS
- Conscientizar o pediatra geral sobre a função
primordial que ele exerce no prognóstico do
paciente com DDS - Critérios para o diagnóstico dos DDSs
- Descrição adequada da genitália
- Breve descrição embriológica da formação genital
- Descrição das etiologias e nomenclaturas atuais
dos DDSs.
30Diferenciação Normal da Genitália Interna
31Diferenciação Normal da Genitália Externa
32OBJETIVOS
- Conscientizar o pediatra geral sobre a função
primordial que ele exerce no prognóstico do
paciente com DDS - Critérios para o diagnóstico dos DDSs
- Descrição adequada da genitália
- Breve descrição embriológica da formação genital
- Descrição das etiologias e nomenclaturas atuais
dos DDSs.
33Diagnóstico Sindrômico
DDS 46 XX
DDS 46XY
Distúrbios da Diferenciação Gonadal
34DDS 46 XX
- Antigo pseudo-hermafrodita feminino
- Cariótipo 46XX
- Ausência de Gônadas Palpáveis
- Meninas Virilizadas
35 36DDS 46 XY
- Antigo pseudo-hermafrodita masculino
- Cariótipo 46 XY
- Presença de Gônada(s) Palpável(is)
- Meninos pouco virilizados.
37PHM - Etiologia
- INSENSIBILIDADE ANDROGÊNICA
DEFICIÊNCIA 5a-REDUTASE
Testosterona
DHT
HIPOPITUITARISMO
38DDS Disgenético (Disgenesias Gonadais)
- HERMAFRODITISMO VERDADEIRO
- Presença de Tecido Ovariano e Testicular no Mesmo
Indivíduo
39Disgenesias Gonadais
?
?
Disgenesia Gonadal Pura (Cariótipo 46XY)
Disgenesia Gonadal Mista 45X0/ 46XY, 45X0/46XX,
etc...)
40Concluindo...
A Mulher Barbuda José de Ribera, 1631 Museu do
Hospital de Tavera Toledo/ Espanha
41- n 39 relatos nos prontuários
42CASO CLÍNICO
- K.F.F.A., 04 ddv na 1a consulta, encaminhada por
DDS. - Ao exame físico saliências labioescrotais
parcialmente fusionadas na porção posterior,
presença de 02 orifícios perineais, phallus de
1,5cm de comprimento por 1cm de diâmetro - Cariótipo 46XX.
- Ecografia pélvica mostrou presença de útero.
- AP Ovotestis à E e ovário normal à D.
- H.D. Hermafroditismo Verdadeiro
43CASO CLÍNICO
- Optado pelo sexo social feminino.
- Realizado clitoridecmia vulvoplastia
gonadectomia esquerda (ovotestis) aos 02 anos 03
meses. - Manteve acompanhamento regular até a
adolescência. - Puberdade espontânea aos 11 anos, menarca aos 13
anos. - Acompanhamento na ginecologia do HC.
- Casou-se aos 20 anos e estava grávida na última
consulta. Sem queixas psiquiátricas.
44 OBRIGADA!!!
45Nota do Editor do site, Dr.Paulo R.
MargottoConsultem
Hiperplasia Adrenal Congênita Revisão de Literatura Autor(es) Hannah Peixoto Schechtman
Caso Clínico Hiperplasia congênita da supra-renalAutor(es) Marina Barichello Cerqueira, Luciana Sugai, Paulo R. Margotto