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O PARTO HUMANIZADO Todas estas crian as nasceram das m os de Doulas, s o saud veis e recebem at hoje todo o benef cio de um parto humanizado. – PowerPoint PPT presentation

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Title: IN


1
História da Enfermagem Obstetra no
Brasil Profa. Halene Maturana
2
PARTEIRAS
  • Recebe também outros nomes como curiosa,
    aparadora, etc. e representa um profissional
    muito importante na história da assistência ao
    parto.
  • Sua função é tão antiga quanto à própria
    humanidade.

Ilustração de parturiente e parteira Kiowa
(Indios americanos nativos)
3
PARTEIRAS HEBRÉIAS
  • São citadas na Bíblia (Êxodo 1152) O rei do
    Egito disse às parteiras dos hebreus, uma das
    quais se chamava Sifra e a outra Fúa "Quando
    ajudardes as mulheres dos hebreus a darem à luz,
    olhai o sexo da criança. Se for um menino
    matai-o. Se for uma menina deixai-a viver". As
    parteiras, porém, temiam a Deus. Não fizeram o
    que o rei do Egito lhes ordenara e deixaram os
    meninos viverem. Então o rei do Egito lhes
    convocou e lhes disse "Por que fizestes isso e
    deixastes viver os meninos? As parteiras
    responderam ao Faraó "As mulheres dos hebreus
    não são como as egípcias são cheias de vida,
    antes de a parteira chegar já deram à luz". Deus
    tornou as parteiras eficazes e o povo se
    multiplicou e se tornou bem forte. Ora, como as
    parteiras temessem a Deus e Deus lhe houvesse
    dado uma descendência, o Faraó deu esta ordem a
    todo o seu povo Todo menino recém-nascido,
    jogai-o ao rio.Toda menina, deixai-a viver.
    Neste episódio da Bíblia observamos que Deus
    abençoou as parteiras estabelecendo uma
    descendência de mulheres com essa vocação. A
    assistência dada pelas parteiras perdura até os
    dias de hoje e continuará para sempre em todo o
    mundo.

4
  • Luz das comadres e parteiras.
  • Primeiro livro, surgido em 1725 que ensinava a
    maneira de se aparar a criança, o modo de cortar
    o umbigo, os cuidados para com a mãe e a
    terapêutica indicada para as cólicas uterinas.
  • Parteiras
  • Além da assistência ao parto, as antigas não se
    despediam após o parto, permaneciam ao lado da
    parturiente, acompanhava diretamente os cuidados
    e a alimentação do recém-nascido.
  • Quando a mãe não podia amamentar, a própria
    parteira é quem escolhia a ama de leite.

5
PARTEIRAS
  • Nós somos as parteiras tradicionais Que em
    grupo vamos trabalhar Todas juntas sempre unidas
    Muitas vidas vamos salvar Como as parteiras
    sempre de uniformeVamos cumprir com os nossos
    deveres Todas juntas e sempre unidas Salvando
    vidas, salvando vidas Vamos trabalhar, com
    dedicação, pegando crianças com as nossas mãos
    Para a beleza e a grandeza da nossa nação.

FonteDesenho ilustrando antiga técnica de parto
da Algéria, com parturiente auxiliada por uma
parteira.
Cena de parto pioneira mulher dá à luz sentada
numa cadeira, assistida por parteiras e um homem.
FonteIlustração de um livro do final do século
19.
6
HISTÓRIA DA ENFERMAGEM OBSTÉTRICA NO BRASIL
  • O PARTO DAS INDÍGENAS
  • Era considerado como sendo fisiológico, não tinha
    acompanhamento nem cuidados especiais.
  • Era desconhecida a infecção puerperal
  • Caso necessitasse de auxílio, a indígena gritava
    e aquele que estivesse mais próximo ajudaria com
    manobras sobre o ventre.
  • Se acontecesse de uma mulher indígena abortar o
    feto era imediatamente devorado, alegavam que não
    podia dar melhor túmulo à criança que não as
    entranhas.

7
  • Importância do papel dos jesuítas
  • Assistiam, dando melhores condições de tratamento
    e alimentação à indígena grávida.
  • Faziam anotações de nascimentos.
  • Tornaram-se físicos e enfermeiros.
  • Assistência obstétrica às parturientes
  • Era atribuição da comadre ou curiosa, que
    usava métodos baseados na experiência, sem
    caráter físico e até absurdo.
  • Se a mulher fosse pobre, rica, escrava, plebéia
    ou nobre não utilizava ajuda de um físico ou
    cirurgião para os trabalhos de parto.

8
  • Proteção à saúde materna
  • Em 1822, foi elaborada as leis referentes a mãe
    escrava por José Bonifácio de Andrade e Silva.
  • A escrava durante a gravidez e passado terceiro
    mês não será obrigada à serviços violentos no
    oitavo mês só será ocupada em casa depois do
    parto terá um mês de convalescença, e passado
    este durante um ano não trabalhará longe do
    filho.
  • Primeira sala de partos
  • Foi estabelecida em 1822.
  • Em 1847 por José Clemente Pereira surge a
    primeira enfermaria obstétrica no Brasil.
  • Em 1877 fundada a Primeira Maternidade chamada
    Maternidade de Santa Isabel

9
Tipos de partos
A criação do fórceps, pelo cirurgião inglês Peter
Chamberlain, e o desenvolvimento da técnica, leva
a um declínio na profissão das parteiras,
permitindo a expressão concreta da intervenção
masculina nos cuidados ao pé do leito, e
substituindo enfim o paradigma não-intervencionist
a pelo parto controlado pelo homem. Como meio de
facilitar tais intervenções, e sob a influência
de François Mauriceau, da escola obstétrica
francesa, o parto horizontal também passa a ser
adotado.
Mais do que qualquer outro instrumento, o fórceps
simbolizou a arte da obstetrícia médica,
influenciando sua aceitação como disciplina
técnica e científica consolidando definitivamente
o conceito de que o parto é um evento perigoso.
De acordo com Sato e Brito, a partir daí, o parto
acabou sendo caracterizado como evento médico,
cujos significados científicos aparentemente
viriam a ser privado, íntimo e feminino, e passa
a ser vivido de maneira pública com a presença de
outros atores sociais.
10
O DOUTOR PARTEIRO
Fontekouzaselouzas.blogspot.com.2006
11
Vale destacar que a posição das mulheres frente
ao processo de medicalização não foi propriamente
a de vítima. As mulheres de classe mais alta não
aceitavam mais sentir a dor do parto e não
desejavam correr mais riscos, além de parir com a
assistência de um médico significar maior poder
aquisitivo de seus maridos. Com isso, a
consolidação do processo de medicalização e
hospitalização do parto acontece em meados do
século XX, juntamente com o surgimento das
grandes metrópoles e a criação de hospitais,
marcando o fim da feminilização do parto, levando
ao predomínio do parto hospitalar, marcado por
intervenções cirúrgicas, utilização de fórceps
profilático e episiotomias desnecessárias.
Durante a história, a medicina adquire o poder de
transformar eventos fisiológicos em doenças,
representando uma forte influência ideológica na
nossa cultura, capaz de tratar a gravidez e a
menopausa como doenças, transformando a
menstruação em um distúrbio crônico e o parto em
um evento cirúrgico.
12
O modelo tecnocrático, conforme descrito por
Davis-Floyd, representa a corrente de pensamento
convencional que norteia a prática da assistência
obstétrica há várias décadas e que surge com a
entrada do homem no atendimento ao parto, e com
sua institucionalização situando e elevando a
mulher na condição de paciente, sem autonomia
sobre o seu corpo, separada dos familiares e do
próprio filho ao nascer. O parto é encarado como
um processo patológico, de caráter
intervencionista e biologicista. A posição
ocupada pelo Brasil atualmente, como um dos
países com as maiores taxas de cirurgias
cesarianas, é reflexo do processo de
medicalização do corpo feminino que ocorreu e vem
ocorrendo ainda hoje.
Fontewww.brasilescola.com/upload/e/cesarea
Fonte pounpartorespetado.espacioblog.com/foceps
13
(No Transcript)
14
  • Marie Josephine Mathilde Durocher
  • Francesa naturalizada brasileira
  • Primeira mulher matriculada no curso de parteira
    na Faculdade do Rio de Janeiro.
  • Precursora do uso do uniforme.
  • Sua Contribuição na Enfermagem
  • Atuou na epidemia da febre amarela e do cólera
  • Preparou parteiras
  • Publicou vários trabalhos dentre eles Deve ou
    não haver parteiras.
  • Primeira e única mulher a ocupar um lugar na
    Academia Imperial de Medicina.

Desenvolvimento da enfermagem teve início após a
proclamação da República.
15
Fonte fisiodoula.blogspot.com/2008.07
humanizar o nascimento é adequá-lo a cada mãe,
a cada pai, ou seja, à família envolvida em cada
nascimento. A técnica não pode tornar-se mais
importante do que as pessoas envolvidas. O parto
deve voltar a ser visto como um processo
fisiológico natural e feminino. (Prado, 2004)
16
PARTO HUMANIZADO
Fonte rut_saladeparto.blogspot.com/2008
17
FORMAÇÃO DAS ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS
  • Diferença entre as profissões de enfermeira,
    parteira, obstetriz e enfermeira obstétrica.
  • Dois tipos de programas educacionais com relação
    à capacitação profissional de obstetriz e
    enfermeira obstétricas.
  • Possuir a casta de examinação.
  • Denominação de Enfermeira e obstetriz.

18
FORMAÇÃO DAS ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS
  • 1925 Encerramento do curso de parteiras da
    Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro.
  • 1931- Criação da Escola de Obstetrícia e
    Enfermagem Especializada.
  • 1949 Formação oficial de enfermeiras
    Obstétricas.

19
FORMAÇÃO DAS ENFERMEIRAS OBSTÉTRICAS
  • 1972 Passa a ser exclusiva a formação
    profissional da enfermeira obstétricas às Escolas
    de Enfermagem.
  • Definição
  • Obstetriz
  • Enfermeira Obstétra
  • Auxiliar de Obstetriz
  • Parteira tradicional
  • Posicionamentos contrário à criação do Técnico de
    Obstetrícia.

20
  • Medidas Políticas do Ministério da Saúde
  • 1999, Financiamento de Cursos de especialização
    em Enfermagem obstétrica
  • Inclusão do Parto realizados por enfermeiras
    obstétricas na tabela de pagamento do SUS.
  • Competências da formação da nova obstetriz
  • Compreensão do fenômeno da reprodução como
    singular, contínuo e saudável, na qual a mulher é
    o foco central, e que se desenvolve em um
    determinado contexto sócio-histórico
  • Desenvolvimento do processo assistencial e
    educativo, com base na interação e parceria,
    possibilitando às pessoas envolvidas tomarem suas
    decisões de saúde

21
Competências da formação da nova obstetriz
  • Articulação entre observações clínicas,
    conhecimento científico, habilidade técnica e
    julgamento intuitivo na tomada de decisões
  • Valorização do saber e da atuação
    interdisciplinares
  • Desenvolvimento das atribuições com base na
    responsabilidade ético-política e autonomia
    profissional.

22
INÍCIO DO TRABALHO DE HUMANIZAÇÃO DO PARTO
  • Início na maternidade Leila Diniz
  • (Curicica Jacarepaguá)
  • A maternidade foi inaugurada em 1994
    representando o primeiro e mais importante passo
    no sentido de humanizar a assistência ao parto.

23
DOULAS
  • São mulheres que contratadas pelas gestantes
    algumas semanas antes do parto para darem suporte
    físico e emocional a outras mulheres antes,
    durante e após o parto.
  • Alguns hospitais públicos possuem doulas
    voluntárias à disposição das parturientes
  • O papel das doulas
  • Orientar o casal acerca do parto
  • Explicar os procedimentos comuns e ajudar a
    mulher a se preparar, física e emocionalmente
    para o parto, das mais variadas formas.
  • Agir como uma interface entre a equipe de
    atendimento e o casal, explicando os complicados
    termos médicos, os procedimentos hospitalares e
    atenuar a eventual frieza da equipe de
    atendimento num dos momentos mais vulneráveis de
    sua vida.

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  • Ajudar a parturiente a encontrar posições mais
    confortáveis para o trabalho de parto, mostrar
    formas eficientes de respiração e propor medidas
    naturais que possam aliviar as dores, como
    banhos, massagens, relaxamento, etc.
  • Visitar após o parto a nova família, oferecendo
    apoio para o período de pós-parto, especialmente
    em relação à amamentação e cuidados com o bebê.
  • Ajudar o pai que sente-se embaraçado ao
    demonstrar suas emoções, a confortar a mulher.
  • Mostrar os melhores pontos de massagem, sugerindo
    formas de prestar apoio à mulher na hora da
    expulsão, já que muitas posições ficam mais
    confortáveis se houver um suporte físico.

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O PARTO HUMANIZADO
Todas estas crianças nasceram das mãos de Doulas,
são saudáveis e recebem até hoje todo o benefício
de um parto humanizado.
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CASAS DE PARTOOBJETIVOS
  • Oferecer às gestantes e sua família uma opção por
    um parto mais individualizado resgatar a
    vivência do parto fisiológico com a participação
    ativa da mulher com a inclusão de seu companheiro
    e filhos.
  • HÁ EM TODO BRASIL 7 CASAS DE PARTO Brasília
    1 Rio de Janeiro 1 São Paulo 3 Minas
    Gerais 2
  • A primeira casa de parto foi aberta em Sapopemba
    SP. em 1998.

27
CASA DE PARTO DE REALENGO
  • David Capistrano FilhoInauguração 8 de março de
    2004 pela SMS
  • Podem ser atendidas as gestantes- Que queiram
    parir de parto normal- De baixo risco- Que
    morem na área de abrangência (Realengo, Padre
    Miguel, Sulacap e Magalhães Bastos)- Que
    estejam até a 34ª semana de gestação- Nunca
    tenham tido filhos de cesariana ou tenham feito
    cirurgia uterinas.
  • A EQUIPE DA CASA DE PARTO É COMPOSTA DE 18
    enfermeiros 2 Assistentes Sociais 8 Técnicos de
    enfermagem
  • UNIDADE DE REFERÊNCIA MATERNIDADE ALEXANDRE
    FLEMING (MAL. HERMES).

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COFEn
  • O decreto-lei nº 94.406/87 que regulamenta a lei
    7.498/86 em seu artigo 8º item II define as
    incumbências do enfermeiro como integrante da
    equipe de saúde(...)b) prestação de
    assistência de enfermagem a gestantes,
    parturientes, puérperas e ao recém-nascido(...)
    j) acompanhamento da evolução do trabalho de
    partol) execução e assistência obstétrica em
    situação de emergência e execução do parto sem
    distócia(...)

29
COFEn
  • Artigo 9º - às profissionais titulares de diploma
    ou certificado de obstetriz ou enfermeira
    obstétrica, além das atividades de que trata o
    artigo precedente, incumbeI Prestação de
    assistência a parturiente e ao parto normalII
    Identificação das distócias obstétricas e tomada
    de providências até a chegada do médicoIII
    Realização de episiotomia e episiorrafia, com
    aplicação de anestesia local, quando necessária.

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PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA A MULHER
  • PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA INTEGRAL DE ASSISTÊNCIA a
    SAÚDE DA MULHER (PAISM) Criado em 1980 pelo
    governo para dar assistência integral a mulher
    sem distinção de raça ou de classe social.
  • CARTILHA DA GRAVIDEZ
  • Toda mulher tem direito a uma gravidez saudável e
    a um parto seguro.

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OS DIREITOS DA MULHER DURANTE A GRAVIDEZ
  • Direitos sociais
  • Direitos no trabalho (garantidos pelas leis
    trabalhistas CLT)
  • Direitos aos serviços de saúde
  • Direito ao pré-natal
  • Direito ao cartão da gestante.
  • Programa Cegonha Carioca

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  • Direito a ligadura de trompas
  • É importante lembrar que
  • A nova lei sobre planejamento familiar permite a
    realização da ligadura em mulheres com mais de 25
    anos ou com mais de dois filhos. Mas a ligadura
    não poderá ser feita logo após o parto ou a
    cesárea, a não ser que a mulher tenha algum
    problema grave de saúde ou tenha feito várias
    cesarianas.
  • Fazer uma cesariana para realizar ligadura de
    trompas é contra a lei e é um risco desnecessário
    à sua saúde. Não caia nessa!

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O PAI TAMBÉM TEM DIREITOS
  • Participação no pré-natal.
  • Esclarecimento de dúvidas sobre a gravidez, sobre
    o relacionamento com a mulher e sobre os cuidados
    com o bebê.
  • Ser informado sobre como a gravidez está
    evoluindo e sobre qualquer problema que possa
    aparecer
  • Na época do parto, a ser reconhecido como PAI e
    não como "visita" nos serviços de saúde
  • Acesso facilitado para acompanhar a esposa e o
    bebê a qualquer hora do dia
  • É importante que o pai acompanhe a esposa na
    consulta pós-parto, para receber as informações e
    orientações sobre contracepção e prevenção de
    doenças transmitidas em relação sexual e AIDS.
    Participar é fundamental!

34
CASA de PARTO
35
PARTO NA ÁGUA
36
Parto na Água
37
PARTO NA ÁGUA
38
OIII! NASCI!
39
De quem é a responsabilidade?
  • Rejane de Almeida, enfermeira, vice diretora do
    COREn/RJ deputada estadual em seu discurso,
    atribuiu à classe médica o fechamento da Casa de
    Parto.

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RESOLUÇÃO COFEN Nº. 305/2006Dispõe sobre a
Regulamentação e Responsabilidadesdo Enfermeiro
em Centro de Parto Normal (CASA DE PARTO).
  • O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN, no uso
    de suas atribuições
  • legais e regimentais
  • CONSIDERANDO o disposto na Resolução COFEN nº
    272/2002, que dispõe sobre a Sistematização da
    Assistência de Enfermagem, onde está determinada
    a utilização de método e estratégia de trabalho
    científico para a identificação das situações de
    saúde/doença, subsidiando ações de assistência de
    Enfermagem que possam contribuir para a promoção,
    prevenção, recuperação e reabilitação da saúde do
    indivíduo, família e comunidade, prevenindo
    riscos e a Assistência de Enfermagem livre e
    isenta de riscos provenientes da imperícia,
    imprudência e negligência no exercício
    profissional
  • CONSIDERANDO o Pacto Nacional pela redução da
    mortalidade materna, Brasil 2004 Ações
    estratégicas qualificar e humanizar a atenção ao
    parto, ao nascimento

41
Resolve
  • Art. 1º - Normatizar as responsabilidades do
    Enfermeiro quanto ao funcionamento de Centros de
    Parto Normal-CPN (Casas de Parto), para o
    atendimento à mulher e ao RN no período
    gravídico-puerperal.
  • Art. 2º - O Enfermeiro deverá garantir que o
    Centro de Parto Normal (Casa de Parto) esteja
    vinculado ÀS UNIDADES Básicas de Saúde da sua
    área de abrangência e em especial às Unidades de
    Saúde da Família
  • Art. 3º - O Enfermeiro deverá manter informados
    os Comitês de Mortalidade Materna e
    Infantil/Neonatal da Secretaria Municipal e/ou
    Estadual de Saúde a que estiver vinculado, no que
    couber
  • Art. 4º - Ao Enfermeiro Responsável pelos Centro
    de Parto Normal (Casa de Parto), cabe as
    seguintes atribuições

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  • I - Desenvolver atividades educacionais e de
    humanização, visando à preparação das gestantes
    para o plano de parto nas Casas de Parto Natural
    e da amamentação do recém-nascido/RN
  • II - Acolher as gestantes e avaliar as condições
    de saúde materna e do Feto
  • III - Permitir a presença de acompanhante
  • IV - Avaliar a validade fetal pela realização de
    partograma e de exames complementares
  • V - Garantir a assistência ao parto normal sem
    distócias, respeitando a individualidade da
    parturiente
  • VI - Garantir a assistência ao RN normal
  • VII - Elaborar e implementar Protocolos Técnicos
    referentes às diversas formas de intervenção na
    Assistência de Enfermagem à Parturiente e ao RN,
    submetidos à aprovação junto ao Conselho Regional
    de Enfermagem ao qual estiver vinculado
  • VIII - Garantir a assistência imediata ao RN em
    situações eventuais de risco, devendo para tal,
    dispor de profissionais capacitados para prestar
    manobras básicas de ressuscitação, segundo
    protocolos clínicos estabelecidos pela Associação
    Brasileira de Pediatria
  • IX - Garantir a remoção da gestante, nos casos
    eventuais de risco ou intercorrências do parto,
    em unidades de transporte adequadas, no prazo
    máximo de 01 (uma) hora
  • X - Garantir a remoção dos RN de risco para
    serviços de referência, em unidades de transporte
    adequadas, imediatamente, sendo esta remoção, em
    veículo apropriado (ambulância) e acompanhado, no
    mínimo, pelo Enfermeiro
  • XI - Acompanhar e monitorar o puerpério, por um
    período mínimo de 10 dias (puerpério mediato)
  • XII - Desenvolver ações conjuntas com as unidades
    de Saúde de referência e com os programas de
    saúde da Família e de Agentes Comunitários de
    Saúde, no que diz respeito à Saúde da Mulher e da
    Criança que tenham sido assistidos pelo
    estabelecimento
  • XIII Todas as ações deverão ser registradas em
    prontuário, conforme normatização pertinente
    (Sistematização da Assistência em Enfermagem)

43
  • Art. 5 - O Enfermeiro deverá garantir,no mínimo,
    uma estrutura física compatível com a Assistência
    a ser prestada, conforme o definido na Portaria
    MS-985, artigos 4º e 5º
  • Art. 6º - O Enfermeiro deverá garantir a
    existência, em termos de Recursos Humanos mínimos
    necessários ao funcionamento do Centro de Parto
    Normal (Casa de Parto)
  • I - Equipe mínima constituída por 01 (um)
    Enfermeiro Coordenador, com especialidade em
    obstetrícia 01 (um) Técnico de enfermagem 01
    (um) Auxiliar de Enfermagem 01 (um) Auxiliar de
    serviços gerais e 01 (um) motorista de
    ambulância, por período de funcionamento
  • II - Os Recursos Humanos deverão ser
    rigorosamente adequados à demanda assistencial
    existente
  • Art. 7º - Quando o Centro de Parto Normal (Casa
    de Parto), não estiver localizado junto a uma
    unidade hospitalar de retaguarda, o Enfermeiro
    Responsável Técnico pelo estabelecimento,deverá
    manter 01 (um) veículo ambulância de suporte
    básico, equipado para atendimento às
    urgências/emergências obstétricas,com motorista
    permanente, à disposição.
  • Parágrafo Único
  • Toda remoção deverá ser feita, no mínimo, por 01
    (um) Enfermeiro e 01 (um)Técnico de Enfermagem.
    Caberá ao Enfermeiro, assumir a coordenação da
    Assistência de Enfermagem até a efetivação da
    transferência institucional, devidamente
    documentada na forma da Lei (SAE)

44
  • Art. 9º - O Enfermeiro Responsável Técnico pelo
    Centro de Parto Normal (Casa de Parto), deverá
    manteo estabelecimento licenciado pela autoridade
    sanitária competente doEstado ou Município,
    atendendo aos requisitos constantes desta
    Resolução e na Portaria MS-985/99
  • Art. 10 - Os CORENs, em suas respectivas
    jurisdições, deverão promover ampla divulgação
    desta Resolução e da íntegra da PORTARIA
    985/1999
  • Art. 11 - É de responsabilidade dos CORENs, em
    suas respectivas jurisdições zelar pelo
    cumprimento desta norma.
  • Art. 12 - Os casos omissos serão resolvidos pelo
    COFEN.
  • Art. 13 - Esta Resolução entra em vigor na data
    de sua publicação, revogando-se disposições em
    contrário.
  • Ney da Costa Silva
  • Vice-Presidente

45
Obrigado
Obrigadu
Obrigadu
Fonte Anne Guedes
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