Title: SEMI
1SEMIÓTICA
- Cristiana Trichez
- Vanessa Casarin
2O que é Semiótica
- Do grego semeiotiké ou "a arte dos sinais
também chamada de Semiologia, nas ciências da
linguagem, é a ciência geral dos signos e da
semiose que estuda todos os fenômenos culturais
como se fossem sistemas sígnicos, isto é,
sistemas de significação. Ambos os termos são
derivados de "Semeion", que significa "signo". - Mais abrangente que a linguística, a qual se
restringe ao estudo dos signos linguísticos, esta
ciência tem por objeto qualquer sistema sígnico
artes visuais, música, fotografia, cinema,
arquitetura, etc. - Surgiu, de forma independente, na Europa e nos
EUA. Mas frequentemente, costuma-se chamar
"Semiótica" à ciência geral dos signos nascidas
do americano Charles Sanders Peirce e
"Semiologia" à vertente européia do mesmo estudo,
as quais tinham metodologia e enfoques
diferenciados entre si.
3Charles Sanders Peirce (Cambridge, 10 de
setembro de 1839 19 de abril de 1914, Milford)
Charles Sanders Peirce licenciou-se em ciências
e doutorou-se em Química em Harvard. Ensinou
filosofia nesta universidade e na Universidade de
John Hopkins. Foi o fundador do Pragmatismo e da
ciência dos signos, a semiótica. Também era
matemático, físico e astrônomo. Dentro das
ciências culturais estudou particularmente
Linguística, Filologia e História, com
contribuições também na área da Psicologia
Experimental. Estudou praticamente todos os tipos
de ciência em sua época, sendo também conhecedor
de mais de dez idiomas. As áreas pelas quais é
mais conhecido, e às quais dedicou grande parte
de sua vida e estudos, são a Lógica e Filosofia.
Propôs aplicar nesta última os métodos de
observação, hipóteses e experimentação a fim de
aproximá-la mais das características de
ciência. Os últimos 30 anos de sua vida foram
dedicados a estudos acerca da semiótica, que para
ele, era um sistema de lógica. Produziu cerca de
80.000 manuscritos durante a vida, sendo que
12.000 páginas foram publicadas. A Semiótica
Peirciana pode ser considerada uma Filosofia
Científica da Linguagem. A Fenomenologia é a
ciência que permeia a semiótica de Peirce, e deve
ser entendida nesse contexto. Para ele a
Fenomenologia é a descrição e análise das
experiências do homem, em todos os momentos da
vida. Nesse sentido, o fenômeno é tudo aquilo que
é percebido pelo homem, seja real ou não.
Peirce concebia a Lógica dentro do campo do que
ele chamava de teoria geral dos signos, ou
Semiótica.
4O que é Semiótica
- Por ser a ciência que investiga todas as
linguagens, é interessante diferenciar língua de
linguagem. - Segundo Santaella (1983) estamos tão
acostumados com a língua que falamos e utilizamos
para compreender e nos fazer compreender dentro
da sociedade que muitas vezes, não nos damos
conta, de que existem outras línguas e outras
formas de linguagem. Nos orientamos e nos
comunicamos através de imagens, gráficos, sinais,
setas, objetos, músicas e vários outros
elementos.
5Maria Lúcia Santaella Braga(Catanduva, 13 de
agosto de 1944)
- É pesquisadora e professora titular da PUC-SP
com doutoramento em Teoria Literária na PUC-SP,
em 1973, e livre-docência em Ciências da
Comunicação na ECA/USP, em 1993. - É fundadora do "CS games", Grupo de Pesquisa em
Games e Semiótica da PUC-SP. - É professora da Escola de Economia de São Paulo
da Fundação Getúlio Vargas EESP-FGV, nas áreas de
Novas Tecnologias e Novas Gramáticas da
Sonoridade, Relações entre o Verbal, Visual e
Sonoro na Multimídia e Fundamentos Biocognitivos
da Comunicação. - Tem 34 livros publicados.
- Organizou a edição de 11 livros.
- Aproximadamente 300 artigos publicados.
- Suas áreas mais recentes de pesquisa são
Comunicação, Semiótica Cognitiva e Computacional,
Estéticas Tecnológicas e Filosofia e Metodologia
da Ciência. - Fonte CNPq, 2009.
6O que é Semiótica
- Imagens que falam sem palavras
7Objetivo da Semiótica
- Estudar as formas de constituição de todo e
qualquer fenômeno como processo de produção de
significação e sentido. (Santaella, 1983). - "Sem informação não há mensagem, não há
planejamento, não há reprodução, não há processo
e mecanismo de controle e comando. (SANTAELLA,
1983, p. 2) - Signo representa alguma coisa para alguém
8Relação triádica do signo
Interpretante (ou referência, signo criado na
mente do receptor)
Signo
Objeto (referente)
9Categorias dos signosPrimeiridade, Secundidade e
Terceiridade
- Para Peirce tudo que aparece à consciência ,
aparece numa gradação de três categorias
universais. - Qualidade Primeiridade
- Relação Secundidade
- Representação Terceiridade
- Artigo Sobre uma nova lista de categorias de
14 de maio de 1867.
10Primeiridade
- Qualidade da consciência imediata. Tudo que
está imediatamente presente à consciência de
alguém. É presente e imediato, ele é inicialmente
original, espontâneo e livre, ele precede toda
síntese e toda diferenciação. - Como Luís Carmelo (2003) explica no seu livro
Semiótica uma introdução, "A firstness diz
respeito todas as qualidades puras que,
naturalmente, não estabelecem entre si qualquer
tipo de relação. Estas qualidades puras
traduzem-se por um conjunto de possibilidades de
vir a acontecer()". - Escritor e Ensaísta, nasceu em Évora em 25 de
agosto de 1954. - Exemplo da chuva.
11Secundidade
- Onde quer que haja um fenômeno, há uma
qualidade, isto é, sua primeiridade. Mas a
qualidade é apenas uma parte do fenômeno, visto
que, para existir, a qualidade tem que estar
encarnada numa matéria. O fato de existir, que é
a secundidade está nessa corporificação material.
É quando o sujeito lê com compreensão e
profundidade de seu conteúdo. - Palavra chave OCORRÊNCIA conceito em ação.
- Atualização das qualidade da primeiridade.
- Exemplo do homem comendo banana.
12Terceiridade
- Corresponde à camada de inteligibilidade, ou
pensamento em signos, através da qual
representamos e interpretamos o mundo. - É quando conectamos à frase a nossa experiência
de vida, fornecemos à oração um contexto pessoal. - Palavra chave ELABORAÇÃO COGNITIVA síntese
intelectual. - Capacidade de previsão de futuras ocorrências da
secundidade. - Exemplo do homem comendo banana.
13Tipos de Signos Ícone, Índice e Símbolo
- Ícone
- Mantém uma relação de proximidade sensorial ou
emotiva entre o signo, representação do objeto e
o objeto dinâmico em si. -
- Exemplo o desenho de um boneco de homem e
mulher que ficam anexados à porta do banheiro
indicando se é masculino ou feminino - primeiramente ícone
- uma das 10 tricotomias apresentadas por Pierce,
a mais conhecida
14Tipos de SignosÍcone, Índice e Símbolo
- Índice
- Parte representada de um todo anteriormente
adquirido pela experiência subjetiva ou pela
herança cultural - exemplo onde há fumaça, logo
há fogo. É como quando tiramos nossas conclusões
através de um indício (causa). - A principal característica do índice é
justamente a ligação física com seu objeto. - Exemplo uma pegada é um "indício" de quem
passou.
15Tipos de SignosÍcone, Índice e Símbolo
- Símbolo
- Segundo Carmelo, é um signo que se refere ao
objeto que denota em virtude de uma lei,
normalmente uma associação de idéias gerais que
opera no sentido de fazer com que o símbolo seja
interpretado como se referindo aquele objeto. - É todo signo que a convencionalidade predomina.
- São essenciais no processo de comunicação.
Podem estar relacionados com a cultura, religião. - Exemplo imagem da pomba branca - por convenção
simboliza a paz mundial.
16Relação categoria tipo de signo
Primeiridade (sensível)
Ícone Secundidade (nível experiência)
Índice Terceiridade (razão)
Símbolo Teixera
Netto
17Conceito e divisões do interpretante do
signo(interpretante imagem mental criada na
relação triádica do signo)
Sentido, Significado e Significação Sentido
efeito total que o signo foi preparado para
produzir na mente e produz (iterpretante
imediato) Significado efeito direto produzido
no interprete pelo signo, o que é concretamente
experimentado no ato de interpretação, depende de
cada indivídio. (interpretante dinâmico) Signific
ação resultado interpretativo, o que tende o
evento real (interpretante final) Teixera Netto
18Semiótica da Arte e da Arquitetura
A tese do livro, propõe aplicar a semiótica, de
Charles Sanders Pierce, aos signos artístico,
arquitetônico e do Desenho Industrial ... a
comprovação da existência de um pensamento
icônico, autônomo, independente e irredutível, ao
pensamento lógico discursivo, verbal, mesmo
naquelas instâncias extremas em que o signo
icônico tenta instaurar-se como logicamente
determinado.
19Piet Mondrian Neoplasticismo De Stijl, O
Estilo 1915
Piet Mondrian, Composition with red, blue, yelow
and black. 1921
20Gerrit Rietveld,
Schröder House, 1924
Gerrit Rietveld, Red Blue Chair, 1921
Interior Schröder House, 1924
21Esta não é propriamente uma cadeira É um
pensamento. É um manifesto neoplasticista O
neoplasticismo procura explicar o variável e o
invariável simultaneamente e em equivalência.
Piet Mondrian.
Gerrit Rietveld, Red Blue Chair, 1918
22Cadeira Vermelho e Azul foi uma cadeira projetada
em 1917 por Gerrit Rietveld . Ela representa uma
das primeiras explorações do De Stijl ,
movimento de arte em três dimensões. A cadeira
originalmente foi pintada de preto, cinza e
branco. Modificada posteriormente para se
assemelhar às pinturas de Piet Mondrian, quando
Rietveld entrou no contacto com o trabalho deste
artista em 1918. Rietveld juntou-se ao
movimento De Stijl em 1919. A cadeira atualmente
está no museu de Montreal.
23Semiótica da Arte e da Arquitetura
... os planos retangulares formados pela
pluralidade das linhas retas em oposição
retangular, necessárias a determinação da cor,
dissolvem-se graças ao seu caráter uniforme,
emergindo tão somente o ritmo, enquanto os planos
tendem a anular-se no nada,... ... Nosso
caminho conduz a busca de uma equivalência das
oposições desiguais da vida. Mondrian, 1915
24Schröder House, 1924
25Schröder House, 1924
Mondrian, Composition
Foto Dik Nagteggal
26Estúdio Eames 1945
27(No Transcript)
28(No Transcript)
29Signo
Objeto
Signo
Objeto
Peix Hotel d'Arts, La Marina 19, Port Olimpic,
Barcelona (1988-92)
Museu Oscar Niemeyer, Curitiba
30Igreja da Sagrada Família, Bacelona, ES
31Referências bibliográficas
- SANTAELLA, Lúcia. O que é semiótica. São Paulo
Brasiliense, 1983. - ______. Currículo do Sistema de Currículos Lattes
(Lúcia Santaella). CNPq, São Paulo, 27 outubro
2010. Disponível em lthttp//www.cnpq.br/gt.
Acesso em 02 nov. 2010. - TEIXEIRA COELHO NETTO, J. Semiótica, Informação e
comunicação. Ed. Perspectiva. São Paulo, 1999. - PIGNATARI, Décio. Semiótica da Arte e da
Arquitetura. 3. ed. São Paulo Ateliê Editorial,
2004.